domingo, 13 de abril de 2008

Com dois gols de Adriano, um de mão, São Paulo vence e fica em vantagem

O São Paulo conseguiu superar o clima ruim que paira o Morumbi, o elenco esvaziado e a viagem realizada para o Chile na quinta-feira, e fez um grande jogo contra o Palmeiras neste domingo, no Morumbi, pela primeira partida pela semifinal do Paulistão. O tricolor, que se beneficiou por um de mão, foi superior durante praticamente toda a partida e pudia ter saído do jogo com uma vantagem maior. Por outro lado, o Verdão precisa de uma simples vitória para se classificar.

O São Paulo tinha a volta do zagueiro Alex Silva, recuperado de lesão, mas, por outro lado, o Muricy não podia contar com nove jogadores: Juninho, Aloísio e Reasco (lesionados), Borges (suspenso), Carlos Alberto e Fábio Santos (afastados) e os reforços que não estão inscritos no Estadual: Éder Luís, Éder e Jancarlos. Com isso, o tricolor voltou ao esquema 3-5-2, com Alex Silva, Miranda e André Dias fazendo o trio da zaga.

A partida começou como um confronto entre Palmeiras e São Paulo por uma semifinal pede. O jogo começou muito disputado, nervoso e com faltas - que logo foram punidas pelo árbitro Paulo César de Oliveira (distribuiu três cartões em menos de 8 minutos). Logo aos 3min, Palmeiras chegou com perigo em bola cruzada na área adversária.

Nove minutos depois, a combinação mais batida e fatal dos são-paulinos não foi bem anulada pelo alviverde. Jorge Wagner cruzou pela esquerda e Adriano, de peixinho e com a mão, completou livre dentro da pequena área. A partir do gol, recuou todos os jogadores para o campo de defesa e anulou as laterais palmeirense. Diego Souza e Valdívia tinham marcação especial - Richarlyson e Zé Luís, respectivamente.

O Palmeiras teve duas chances para empatar: aos 16min, em cabeçada de Alex Mineiro que carimbou a trave, e aos 37min, em uma bomba de Pierre. Em contrapartida, em duas de três faltas cobradas por Rogério Ceni, Marcos ficou batido no lance torcendo para a bola sair.

Na segunda etapa, quando o Verdão voltava com força total para conseguir o empate, uma lambança de Gustavo. O zagueiro matou mal, a bola caiu no pé de Jorge Wagner que, mais uma vez, deu uma bela assistência para Adriano, que teve calma e tirou na saída de Marcos.

A partir do segundo gol, o São Paulo recuou novamente, mas com inteligência, e passou a mandar na partida. O tricolor teve no mínimo três chances claras de matar a semifinal logo no primeiro jogo. Entretanto, foi castigado pela falta de capricho nas finalizações. Aos 31min, Alex Mineiro cobrou com firmeza pênalti que Lenny sofreu (também polêmico) e recolou os palmeirenses firmes no confronto.

O segundo jogo vai ser disputado no próximo domingo (20), no Parque Antarctica, com a vantagem do empate para o São Paulo, que não poderá contar com Richarlyson e Zé Luís (suspensos) e terá a volta de Borges. Qualquer vitória alviverde (que não terá Pierre, suspenso) classifica o time de Luxemburgo para a finalíssima.

Notas dos jogadores

São Paulo

Rogério Ceni
- 7,0. Faltou pouco para marcar um gol de falta. Debaixo das traves, fez no mínimo três defesas complicadas, principalmente em chute de Diego Souza logo no início do segundo tempo.
Alex Silva - 6,0. Muito importante a volta do zagueiro para o time tricolor. Após ficar cinco meses parado, voltou bem no clássico e continua soberano nas bolas aéreas.
André Dias - 6,5. Muito bem na partida. Preciso na marcação e bastante eficiente nas antecipações. Só peca pela falta de velocidade.
Miranda - 6,5. É chover no molhado elogiar a atuação de Miranda. Seguro, calmo e firme.
Joílson - 6,0. Melhor partida com a camisa tricolor. Eficiente na marcação e muito bem no apoio. Fica cada vez mais claro que o jogador não é lateral, e sim ala.
Zé Luís - 6,5. Gigante na marcação, anulou completamente a maior arma palmeirense, o chileno Valdívia.
Richarlyson - 6,0. Não precisa ser gênio para ver que o jogador é volante, e não lateral. Voltou a ser aquele jogador com muito vigor físico e preciso na marcação.
Hernanes - 6,5. Jogador mais regular do São Paulo atualmente. Só vacilou em duas oportunidades que teve para matar o jogo.
Jorge Wagner - 6,5. Analisando toda a partida, foi um jogador um pouco apagado que se preocupou muito em marcar. Entretanto, deu duas assistências para os gols de Adriano.
Dagoberto - 4,5. Não foi bem de novo. Tem muita disposição e corre muito, mas falta confiança para apresentar o melhor futebol. Foi substituído por Hugo (sem nota), que nada fez.
Adriano - 7,5. Talvez a melhor partida no São Paulo. Jogou dentro da área, deu um baile nos marcadores e ainda deixou dois gols.

Palmeiras

Marcos
- 5,5. Não teve culpa nos gols e é uma pessoa fora de série. Porém, este blogueiro acredita que o reserva Diego Cavalieri é mais seguro. Ficou batido em todas as faltas cobradas perto da área.
Élder Granja - 6,5. Um dos melhores laterais-direito do país. Conseguiu sair da marcação de Jorge Wagner e foi muito bem no apoio. Foi substituído por Lenny (7,0), que mudou o cenário da partida. Teve muita personalidade, partiu pra cima da defesa são-paulina e conseguiu um pênalti que pode mudar a história do confronto.
Gustavo - 4,0. Não conseguiu ganhar nenhuma disputa com Adriano. Para piorar, fez uma lambança que resultou no segundo gol do São Paulo.
Henrique - 5,5. Mais seguro que a dupla de zaga, mas também não realizou uma grande partida. Começou muito nervoso, depois melhorou no segundo tempo.
Leandro - 5,0. Apagado, foi anulado pela marcação de Joílson e se limitou em aparecer no campo de defesa.
Pierre - 6,5. Realizou uma grande partida, firme na marcação e quase marcou um golaço. Às vezes, exagera no ímpeto e comete falta duras. Por isso, não joga o segundo jogo e foi substituído por Martinez (5,0), que não acrescentou nada ofensivamente e piorou a marcação palmeirense.
Léo Lima - 5,0. Não marcou bem e, no ataque, deu somente um chute forte de fora da área, que foi facilmente defendido por Rogério Ceni.
Diego Souza - 5,5. Completamente apagado no primeiro tempo pelo Richarlyson. No segundo, conseguiu se livrar um pouco e quase marcou um belo gol.
Valdívia - 4,5. Presa fácil para a marcação de Zé Luís. Se limitou a reclamar e dar um chute a gol.
Kléber - 4,0. Nervoso e descontrolado, não conseguiu criar nenhuma chance de gol e ainda levou uma bronca de Luxemburgo. Denílson (4,0) entrou no começo do segundo tempo e só conseguiu discutir com a marcação.
Alex Mineiro - 5,5. É perigoso e dá bastante trabalho aos marcadores. Entretanto, jogou muito isolado no ataque e ficou um pouco apagado no jogo.



Imagem: VIPCOMM


Thiago Ricci

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