segunda-feira, 31 de maio de 2010

Raio-x da Copa

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Grupo G

Seleções: Brasil, Coréia do Norte, Costa do Marfim e Portugal
Palpite: Brasil e Portugal

Brasil
O time não chega tão badalado como em 2006, quando tinha o "quarteto mágico". Quatro grandes jogadores de frente: Kaká, Ronaldinho Gaúcho, Adriano e Ronaldo. O fato dos holofotes não estarem virados para a nossa seleção é muito bom. Foi assim que o Brasil conquistou os dois últimos mundiais. Muitos não acreditavam nos times de 94 e 2002.

Com uma convocação contestada, a esperança brasileira está depositada em Kaká. Além disso, o crescimento do setor defensivo nos últimos anos deve ser destacado. Júlio César, Maicon, Juan e Lúcio apresentam belo entrosamento. Sim, falta um lateral esquerdo regular e um camisa 10. Mas os resultados nas últimas competições (Copa América, Copa das Confederações e Eliminatórias) superam estes pontos fracos e aumentam o favoritismo brasileiro.

Coréia do Norte
Um país que disputa sua segunda Copa do Mundo. Em 1966 fez até bonito. Eliminou a Itália e chegou às quartas no Mundial da Inglaterra. Foi uma das maiores zebras da história das Copas. Mas, na África, a realidade deve ser outra. O time tem tudo para ser o saco de pancadas do grupo. A maioria dos jogadores da seleção joga no país. O que aponta a inocência dos atletas.

Os destaques da equipe são Hong Yong-Jo, do FC Rostov (RUS), e Jung Tae-Se, mais conhecido como Rooney asiático, do Kawazaki Frontale (JAP). Força no futebol de lado, vale ficar atento ao impacto político que a Coréia do Norte, um dos poucos países socialistas, vai sofrer após participar de um evento global do porte de uma Copa do Mundo.


Costa do Marfim
Mais um time africano, com jogadores habilidosos, mas com deficiências na defesa. Se observarmos a convocação, é possível dizer que a Costa do Marfim tem o melhor time da África. Tem que respeitar uma seleção que tem Drogba, Kalou, Yaya Touré e Ebouê. São jogadores de times de ponta da Inglaterra.

O azar marfinense é ter no mesmo grupo Brasil e Portugal. É o mesmo drama de 2006, na Alemanha, quando na mesma chave estavam Holanda e Argentina. A seleção deve ficar em terceiro lugar. Mas, ao mesmo tempo, tem totais de condições de desbancar um dos favoritos da chave.

Portugal
É um time que não se encaixa. Tem grandes jogadores, como o astro Cristiano Ronaldo e os luso-brasileiros Deco e Liédson. As eliminatórias foram sofridas. Vaga para a Copa conquistada apenas na repescagem. Se analisarmos a última Copa, quando os comandados por Felipão chegaram às semifinais, a seleção não teve muita renovação.

É um time envelhecido e piorado. Portugal vai depender, e muito, do futebol de Cristiano Ronaldo. Se não tiver cuidado, pode perder a vaga para a segunda fase para a Costa do Marfim.

Destaques especiais



Rafael Rebuiti (@rafaelrebu)

A partir de hoje, o Acréscimos traz para você tudo que aconteceu de mais importante no final de semana nos esportes especializados em todo o planeta. Um “resumão” com os resultados, a participação brasileira em diversas modalidades e o que foi destaque no esporte nacional e internacional. Ainda teremos boletins extraordinários produzidos no decorrer da semana para não deixar passar nada em branco.

Assunto não falta neste primeiro boletim, já que o fim de semana foi repleto de emoção na pista, no tatame, nas quadras e na areia.

Confira o que foi destaque no esporte mundial:

Atletismo:
O atletismo mundial comemora hoje, com entusiasmo, o primeiro feito de Usain Bolt. O jamaicano estabeleceu sua primeira quebra de recorde mundial dos 100 metros rasos. O feito do aconteceu em Nova York. Bolt cravou 9s78, superando a marca do norte americano Tyson Gay.

No Brasil, aconteceu o GP de atletismo de Maringá (PR). E os brasileiros foram muito bem, conquistando cinco medalhas de ouro: Kléberson Davide, nos 800m (1m46s26); Ronald Julião, no lançamento de disco (59m); Rubens dos Santos Junior, no salto em distância (7,68m); Jailma Sales de Lima, nos 400m (52s90); e Tânia Ferreira da Silva, no salto triplo (13,30m).

Mas o destaque do GP no sul do país ficou por conta da americana LaShauntea Moore, que fez nos 100 metros o tempo de 10s97. Com esta marca ela se tornou a primeira atleta a correr a distância em menos de 11s na América do Sul.

Automobilismo:

O fim de semana foi marcado por grandes emoções nas duas principais categorias do esporte a motor do mundo.

Na fórmula 1, o GP da Turquia tinha tudo para ter novamente a dobradinha dos carros da Red Bull. Mas, os dois pilotos da escuderia se engalfinharam na volta de número 40, quando o alemão Sebastian Vettel, que vinha em segundo, tentou a ultrapassagem sobre Mark Webber. O australiano defendeu corretamente, mas Vettel voltou com o carro para cima de Webber. Resultado: os dois bateram e deixaram a vitória no colo do inglês Lewis Hamilton, seguido pelo companheiro de equipe Jason Button. Os brasileiros decepcionaram. Massa foi apenas o sétimo, Barrichelo chegou em 14º e Lucas Di Grassi chegou na penúltima posição. Bruno Senna não completou a prova.

Neste domingo, aconteceu a prova mais famosa e importante do automobilismo mundial: as 500 milhas de Indianápolis. Diferente da Fórmula 1, o que não faltou foi emoção durante as mais de três horas de corrida. O escocês Dario Franchitti foi o vencedor. Os brasileiros Hélio Castro Neves e Tony Kanaan disputavam as primeiras posições até as últimas voltas da corrida, quando tiveram que entrar nos boxes para reabastecer seus carros. O resultado foi a queda na classificação final. Helinho chegou em nono e Kanaan em 11º.

Basquete:

Na NBA, foram conhecidos os finalistas da competição. As equipes do Boston Celtics e do Los Angeles Lakers se enfrentarão na grande final, na série melhor de sete partidas. Os Lakers, que tentam o segundo título consecutivo, chegam à decisão como favoritos. Já os Celtics têm a missão de trazer a taça novamente para o Leste.

Já na Liga Nacional de Basquete, o Brasília venceu o Flamengo na terceira partida da decisão e fez 2 a 1 na série melhor de cinco. O jogo foi bastante disputado e a vitória de 85 a 84 colocou a equipe brasiliense a uma vitória do título. A próxima partida acontece nesta quinta feira (3), no Rio de Janeiro.

Lutas:

O Brasil mostrou mais uma vez a sua força e tradição no judô. Na etapa da Copa do Mundo realizada em São Paulo, a delegação brasileira conquistou 12 medalhas: cinco ouros, três pratas e quatro bronzes. O resultado traz motivação para o judô nacional, que, no mês de setembro, disputa o campeonato mundial no Japão.

O brasileiro Rogério Minotouro não teve moleza para vencer o UFC 114 contra Jason Brilz, adversário que substituiu Forrest Griffin. A vitória foi dada pelos juízes, por pontos. Minotouro é considerado o maior atleta da atualidade no vale tudo. Com esta vitória, ele leva para casa o cheque de US$ 65 mil pela melhor luta do show.

Tênis:

Acontece em Paris, um dos quatro torneios mais importantes de tênis do mundo. O Aberto da França foi de vitórias para os brasileiros neste fim de semana. Nas duplas, os mineiros Bruno Soares e Marcelo Melo derrotaram os italianos Daniele Bracciali e Potito Starace com um duplo 7/6. Agora, eles enfrentam, nas quartas de finais do torneio, a dupla formada pelo austríaco Julian Knowle e o israelense Andy Ram, cabeças de chave número 10 da competição .

Já na chave de simples, Tomaz Belluci derrotou o croata Ivan Ljubicic, no último sábado (29), e enfrenta nesta manhã, o espanhol Rafael Nadal, atual número dois do mundo e considerado o Rei do Saibro.

Já na chave juvenil do torneio, o brasileiro Thiago Fernandes, ex número 1 da ATP entre os tenistas até 18 anos, estreou vencendo com facilidade o neozelandês Sebastian Lavie com parciais de 6/4 e 6/1. Outro brasileiro na categoria a estrear com vitória foi o gaúcho Guilherme Clezar. Ele venceu o americano Raymond Sarmiento por 7/5 e 6/3.

Vôlei de Praia:

Juliana e Larissa foram campeãs da etapa de Seul, na Coreia do Sul, do Circuito Mundial de Vôlei de Praia pela primeira vez. Neste domingo, as brasileiras derrotaram as americanas Angie Akers e Tyra Turner por 2 sets a 0 (parciais de 21/11 e 21/18), na final da competição. O bronze do quarto torneio da temporada ficou com as campeãs mundiais Jennifer Kessy e April Ross, também dos Estados Unidos, que venceram as brasileiras Talita e Maria Elisa.

sábado, 29 de maio de 2010

Raio-x da Copa

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Grupo F

Seleções: Itália, Paraguai, Nova Zelândia e Eslováquia
Palpite: Itália e Paraguai

Itália
Não tem como deixar de apontar como favorito o atual campeão mundial. Um time que já conquistou quatro Copas e que já chegou em seis decisões. O destaque da equipe que vai à África é o goleiro Buffon. Aliás, o time tem um bom setor defensivo.

Mas, a falta de um ataque regular pode prejudicar a campanha da Azurra. Gilardino e Iaquinta, por exemplo, não são jogadores de ponta do futebol mundial. Trata-se de uma seleção com nenhum craque. O meia Totti, que poderia ser esse grande jogador, não foi convocado pelo técnico Marcello Lippi. Além disso, a equipe tenta apagar as campanhas ruins feitas na Euro 2008 e na Copa das Confederações do ano passado. Se a Itália ir longe no Mundial, vai por causa da força da camisa.

Paraguai
Talvez, o maior problema dos paraguaios é saber que eles podem ir além das oitavas em uma Copa do Mundo. Parece que falta confiança ao time. A campanha nas Eliminatórias foi muito boa. Ficou atrás apenas do Brasil. O time está mais experiente. Deve passar da primeira fase. Nova Zelândia e Eslováquia são fracos.

O Paraguai tem uma boa defesa e algumas opções no ataque, como o atacante Roque Santa Cruz, do Manchester City (ING). Mas, falta um armador de qualidade. E por falar em falta, a ausência mais sentida pelos paraguaios é o atacante Cabañas, que se recupera de um tiro que levou na cabeça no final de janeiro, no México.

Nova Zelândia
Seria injusto dizer que a Nova Zelândia só está nesta Copa porque a Austrália disputou a eliminatória asiática? Acho que não. Depois de vencer países amadores, como Fiji, Vanuatu e Nova Caledônia, a classificação para o Mundial aconteceu depois de um empate e uma vitória contra o Bahrein, na repescagem.

O país, conhecido no esporte por causa do rúgbi, disputa uma Copa depois de 28 anos. A expectativa é que a equipe vá à África para ser saco de pancadas. A maioria dos convocados atua no futebol local ou na Áustrália. Ou seja, falta experiência ao time. O destaque é o atacante Shane Smeltz, do Gold Coast United (AUS).

Eslováquia
Finalmente, uma Copa do Mundo sozinha. Após a dissolução da Tchecoslováquia, em 1993, a irmã República Tcheca esteve em todas as Eurocopas e ainda disputou o Mundial de 2006, na Alemanha. Os eslovacos só agora começam a ter destaque. Os tempos são outros. Nas Eliminatórias a o país "irmão" ficou para trás.

O destaque da equipe é o zagueiro Skrtel, do Liverpool (ING). Mas o time não deve ir muito longe no Mundial. Não tem problema. O fato de disputar a primeira Copa do Mundo é o maior presente que os eslovacos poderiam ter.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

Raio-x da Copa

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Grupo E

Seleções: Holanda, Dinamarca, Japão e Camarões
Palpite: Holanda e Dinamarca


Holanda
A seleção carrega a fama de ter um futebol bonito, mas nunca levar a taça. Ou seja, sempre morre na praia. De fato, o elenco apresenta grandes jogadores, principalmente do meio para frente. Roben e Sneijder, por exemplo, brilharam na Liga dos Campeões por Bayern de Munique (ALE) e Internazionale (ITA), respectivamente. O atacante Van Persie é outro que deve ser mencionado. Ele é um dos destaques do Arsenal (ING).

Nas Eliminatórias européias, uma campanha arrasadora. Foram 17 gols marcados e apenas dois sofridos. A torcida holandesa tem muita esperança neste time. Mas, sinceramente, a Holanda, mais uma vez, não vai passar das quartas de finais.

Dinamarca
A Dinamarca atual não tem o mesmo futebol do time de 98, dos irmãos Laudrup. Muitos menos o da "Dinamáquina"da Copa de 86, que seis anos mais tarde ganharia a Euro. O time que vai à África é mais marcador, com poucos jogadores habilidosos. Não tem nenhum atleta excepcional. Os destaques são o jovem Bendtner, do Arsenal (ING), e o já experiente Tomasson, do Feyenoord (HOL).

Nas eliminatórias, a seleção desbancou as favoritas Portugal e Suécia e ficou com a primeira colocação de sua chave. A Dinamarca vai motivada ao Mundial. Com um pouquinho de sofrimento, deve passar à segunda fase da Copa. Mas, as oitavas parecem ser o máximo que os dinamarqueses podem alcançar.

Japão
Um time rápido e habilidoso. Mas, não defende e não finaliza bem. Essas deficiências são fatais para uma seleção que quer passar, pelo menos, da primeira fase. Em 2006, o time, comandado pelo brasileiro Zico, não venceu nenhuma partida.

O armador Nakamura, do Espanyol, continua sendo a referência da equipe. Curiosamente, pela quarta Copa seguida, o Japão conta com algum brasileiro no elenco. O zagueiro Marcus Túlio Tanaka é um dos homens de confiança do técnico Takeshi Okada.

Camarões
Samuel Eto´o e mais dez. Esta é a cara de Camarões. Um time que depende cada vez mais do atacante da Internazionale (ITA). Os campeões das Olímpiadas de 2000, como o meia Geremi e o goleiro Kameni, ficaram mais experientes. Ao mesmo tempo, o futebol deles também caíram.

O time não vai surpreender como na Copa de 90, quando venceu a Argentina na estréia e foi a primeira seleção africana a passar pela primeira fase de um Mundial. Eto´o não faz milagres. Para a tristeza dos Leões Indomáveis.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Raio-x da Copa

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Grupo D

Seleções: Alemanha, Austrália, Sérvia e Gana
Palpite: Alemanha e Sérvia


Alemanha
Uma seleção em fase de renovação. O técnico Joachim Löw mescla jovens, como os defensores Beck e Tasci, com atletas experientes, como o atacante Klose. É um time que não tem nenhum craque. Principalmente, após o corte de Ballack, um dos destaques da equipe nos últimos Mundiais.

Mas, é a Alemanha. É sempre favorita, independentemente do momento que vive. E em Mundial camisa pesa muito. Os alemães já chegaram em sete decisões e venceram três Copas. Foi vice-campeã em 2002 e terceira em 2006. Na última Eurocopa foi derrotada para a Espanha na final. Ou seja, é um time que sempre chega. Tem tudo para ir longe na África.

Austrália
A seleção disputou uma outra eliminatória para disputar a Copa. Preteriu a Oceania, onde encontrava diversas seleções inocentes. Optou pelas Eliminatórias asiáticas. Um nível mais difícil. E a Austrália foi bem no teste. Em 14 jogos, foram nove vitórias, três empates e apenas duas derrotas, ficando com a liderança de sua chave.

Na África, está em um grupo complicado. Os destaques da equipe são os meia-atacantes Tim Cahill, do Everton (ING), e Harry Kewell, do Galatasaray (TUR). O experiente goleiro Schwarzer, do Fulhan (ING), também transmite muita segurança à equipe.

Sérvia
A Sérvia agora está sozinha, graças a fatores políticos. Antes pertencia à Iugoslávia, que sempre montava boas equipes. Em 2006, se uniu a Montenegro e o resultado não foi nada bom. Fez uma péssima Copa do Mundo. Mesmo assim, o elenco tem alguns jogadores de qualidade, como o zagueiro Vidic, do Manchester United, o atacante Zigic, do Valencia, e os meias Krasic, do CSKA, e Stankovic, do Inter de Milão.

A qualidade foi demonstrada nas Eliminatórias. A equipe ficou em primeiro lugar no grupo, à frente de França, Romênia e Áustria. Vai ser difícil, mas tem futebol para passar às oitavas da Copa da África do Sul.

Gana
Um futebol alegre, de muita habilidade. Os campeões do Mundial Sub-20 de 2001 ficaram experientes. A torcida ganesa deposita muita esperança na geração de Essien, do Chelsea (ING), Appiah, do Bologna (ITA), e Muntari, da Internazionale (ITA). Como aperitivo, a seleção ficou em segundo lugar na Copa Africana de Nações.

Mesmo com estes destaques, a defesa é fraca e inocente. Característica comum no futebol africano. E isso deve custar a eliminação da boa seleção, do meio para frente, já na primeira fase da Copa.

Em tempo: Com uma lesão no joelho direito, o volante Essien foi cortado nesta quinta-feira (27). A seleção de Gana está ainda mais fraca.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Raio-x da Copa

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Grupo C

Seleções: Inglaterra, Estados Unidos, Argélia e Eslovênia
Palpite: Inglaterra e Estados Unidos

Inglaterra
Um grande time. A classificação para a Copa do Mundo foi tranquila. Foram nove vitórias e apenas uma derrota nas Eliminatórias. O English Team tem jogadores de ponta no futebol mundial. Rooney, Lampard, Gerard, Terry...

Além disso, tem um grande treinador. Fábio Capello tem a fama de conquistar títulos por onde passa. Diante de tantos destaques, não tem como deixar de apontar a Inglaterra como favorita. Mas, a falta de um grande goleiro pode prejudicar os ingleses.

Estados Unidos
Uma seleção em evolução. Foram-se os tempos que vencer os Estados Unidos era resultado certo. O segundo lugar na última Copa das Confederações mostra o crescimento. A equipe deve se classificar para a segunda fase. Argélia e Eslovênia são muito fracos. A qualificação para o Mundial da África foi tranquila. Também pudera. A eliminatória que disputa é ridiculamente fácil.

Os Estados Unidos têm jogadores obedientes taticamente O destaque da equipe é, mais uma vez, o atacante Donovan. Com o elenco que tem, as quartas de finais seria um grande resultado para os estadunidenses.

Argélia
Depois de 24 anos, o país volta a disputar uma Copa do Mundo. A Argélia não tem nenhum grande jogador. Metade do time atua em clubes médios ou pequenos da Europa e a outra metade no futebol local.

Se jogar como fez nas eliminatórias, a Argélia não deve incomodar. Mesmo sem grandes perspectivas para este Mundial, pelo menos, desta vez, a torcida argelina não vai precisar torcer para Zidane, nascido no país e naturalizado francês. Finalmente, os torcedores tem um time inteiro para vibrar na Copa.

Eslovênia
Considerada a maior zebra européia para este Mundial. Nas Eliminatórias, deixou para trás times de tradição, como Rússia e República Tcheca. Disputa a sua segunda Copa do Mundo. Em 2002, com três derrotas, ficou apenas em 30º lugar. Para esquecer aquele Mundial, nenhum jogador daquele ano está no time atual. Ir para a segunda fase na África seria um grande feito.

Com é tradição nos países do leste europeu, a Eslovênia é muito disciplinada, mas peca, e muito, na qualidade técnica. O grandalhão Novakovic, de 1,92m, que atua no Colônia (ALE), é a esperança de gols da equipe.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Raio-x da Copa

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Grupo B

Seleções: Argentina, Nigéria, Coréia do Sul e Grécia
Palpite: Argentina e Nigéria

Argentina
Mesmo com as decepções nas últimas quatro Copas e com a campanha irregular nas Eliminatórias, a bi-campeã Argentina chega à África como uma das favoritas ao título. Deve garantir a primeira colocação no grupo com tranquilidade. O que pode complicar é a falta de padrão de jogo da equipe. Deficiência que pode ser corrigida por Maradona com a série de amistosos que o time vai fazer antes da Copa.

Os holofotes estão voltados para Lionel Messi, o melhor jogador do mundo. Aliás, o setor ofensivo é o ponto forte desta seleção. Além de Messi, o time conta com atacantes que vivem grandes fases, como Milito, Higuain, Tevez e Aguero. Difícil é saber quem vai ser titular.

Nigéria
Um time imprevisível. Deu muito trabalho nas Copas de 94 e 98, mas perdeu força nos últimos anos. Falta jogadores de qualidade, principalmente, no meio-campo. Tanto que o volante do Chelsea e destaque da equipe, Obi Mikel, joga com a 10. A torcida tem saudades do armador Okocha, organizador das jogadas nos últimos Mundiais.

Mesmo com a carência de atletas de qualidade, a Nigéria tem condições de avançar para a segunda fase. Com exceção da Argentina, os adversários da chave são fracos. Mas, de fato, os nigerianos não devem ir muito longe na Copa.

Coréia do Sul
Um time quase sempre impecável. Nas Eliminatórias asiáticas, é claro. Repetir o feito de 2002, quando a o país chegou em quarto lugar na Copa que sediou junto com o Japão, é muito difícil. O primeiro objetivo é classificar para as oitavas. Seria um grande feito, por sinal.

O destaque é o meio campista do Manchester United Park Ji Sung. No mais, a Coréia do Sul conta com jogadores experientes, que já disputaram outras Copas, como o goleiro Lee Woon Jae, de 37 anos.

Grécia
É uma equipe com uma boa defesa. O mesmo não é possível dizer do setor ofensivo. Nas Elimatórias européias, a vaga para o Mundial foi conquistada na repescagem, contra a Ucrânia, de Shevchenko. O time vai apenas para a sua segunda Copa do Mundo. Em 1994, perdeu todos os jogos.

A esperança grega é que aconteça uma zebra semelhante com a que ocorreu na Eurocopa de 2004, quando o time desbancou todos os favoritos. De fato, vai ficar só na esperança. O destaque da equipe é o meia Karagounis, do Panathinaikos.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Raio-x da Copa

Luciano Dias (@jornlucianodias)

A Copa do Mundo 2010 está chegando. E, antes do Mundial começar, as dúvidas e as apostas já aparecem. Quais seleções são favoritas? Quais países vão decepcionar? Quais vão surpreender? Quais serão os classificados na primeira fase? Quais jogadores vão se destacar? Quem vai ser o artilheiro?

As especulações e os pitacos são dos mais diversos. Para alimentar ainda mais a vontade dos torcedores em saborear a Copa do Mundo, faço um raio-x de todos os grupos do Mundial. Todos os países serão avaliados.

E no rítmo de especulações, vou deixar as minhas apostas sobre quais seleções vão se classificar para a segunda fase. No primeiro post, uma análise do Grupo A:

Seleções: África do Sul, México, Uruguai e França
Palpite: França e México

África do Sul
A história mostra a pouca tradição dos donos da casa. Apenas duas participações em Copas. E o melhor resultado foi o 17º lugar em 2002. Os anfitriões contam com a força e o barulho da torcida para conseguir algum sucesso no Mundial.

Mas, a missão é muito complicada para o técnico brasileiro Carlos Alberto Parreira. A África do Sul corre o risco de se tornar o primeiro anfitrião eliminado na primeira fase. O time carece de jogadores de qualidade. O destaque dos Bafana Bafana é o jovem atacante Pienaar, do Everton (ING). Se o artilheiro Benni McCarthy conseguir vencer a balança pode ser uma esperança de gols para os sul-africanos.


México
Como de costume, a classificação para a Copa da África foi tranquila. Os mexicanos ficaram em primeiro lugar nas Eliminatórias da Concacaf. Mas, a atual geração é conhecida por "tremer" em momentos decisivos, mesmo contantdo com jogadores de qualidade. E isso prejudica o desempenho do país.

As melhores colocações nas Copas aconteceram quando o país sediou. Sexto lugar em 1970 e em 1986. Na África do Sul, a tendência é que a equipe brigue pelo segundo lugar no grupo com a seleção uruguaia. O destaque, mais uma vez, é o zagueiro do Barcelona, Rafa Marquez. A elasticidade do goleiro Guillermo Uchoa e a experiência do atacante Cuauhtemoc Blanco também devem ser lembrados.

Uruguai
Dentre as seleções que já conquistaram o Mundial, o Uruguai tem o time mais fraco. A equipe não tem, nem de longe, a força do passado. A classificação para a Copa foi apenas na repescagem.

A esperança de algum sucesso dos uruguaios na África pode acontecer se a famosa raça celeste aparecer. O ex são paulino Lugano é um exemplo desta força. O destaque da seleção é o atacante Diego Forlán, do Atlético de Madrid.

França
A classificação para esta Copa foi muito polêmica. O time só conseguiu avançar na repescagem com um gol irregular, contra a Irlanda. Mesmo com o sofrimento, o time é o favorito no grupo. A experiência do elenco e os talentos individuais, como Henry e Ribery, devem prevalecer na primeira fase.

Desta vez, o time não conta com Zinedine Zidane, o maior responsável pelo único caneco francês em Copas. Sorte dos brasileiros. Se o confuso técnico Raymond Domenech não inventar, a equipe tem condições de fazer um bom Mundial.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Duelo de Gigantes – Parte III

Paulo Marques (@paulo16marques)


Estamos próximos de mais uma decisão do Novo Basquete Brasil! Como de praxe, Universo/BRB/Financeira Brasília e Flamengo voltam a se encontrar, pelo terceiro ano consecutivo, na decisão do torneio que vem revelando grandes talentos do basquete nacional.

Nas semifinais, o Pitágoras/Minas e o Vivo/Franca venderam caro a classificação das outras duas equipes à final. No caso do Flamengo, uma cesta de três pontos nos segundos finais, do armador Marcelinho – disparado o jogador melhor da liga –, garantiu os cariocas na decisão. Já no caso do Brasília, foram necessários os cinco jogos – com o Minas vencendo dentro dos domínios dos brasilienses – para que a vaga fosse definida.

Pra muitos, o basquete brasileiro ficou restrito aos cariocas e brasilienses, mas não é verdade. O formato desse novo torneio, obrigou a evolução das equipes e, consequentemente, fez com que a qualidade dos jogos se elevasse em relação aos anos anteriores.

As partidas emocionantes, principalmente nos playoffs semifinais, fizeram com o confronto final seja aguardado com muita ansiedade.

O Flamengo venceu as últimas duas edições do NBB e vem com gabarito para vencer a terceira consecutiva. O sucesso da equipe da Gávea pode ser creditado pelo entrosamento entre os jogadores, o longo período em que o técnico Paulo Chupeta está a frente do Flamengo e a identificação de todos com o clube.

Chupeta está no Flamengo desde 1997, quando começou a trabalhar nas categorias de base do clube. Desde 2005, comanda a equipe principal do Flamengo e, a partir daí, vem acumulando conquistas. Além de ser bi-campeão do NBB (2008 e 2009), o treinador foi quatro vezes campeão carioca (2005, 2006, 2007 e 2008), vice-campeão da liga Sul-Americana de Basquete, em 2008, e, logo depois, no ano seguinte, campeão do torneio intercontinental.

Já o Brasília tem um dos melhores elencos da liga e também um dos técnicos mais experientes do basquete nacional – Lula Ferreira.

O Universo/BRB/Financeira Brasília montou uma equipe de craques. Além do armador da seleção brasileira, Alex, o técnico Lula Ferreira conta ainda com Nezinho, que foi decisivo na classificação para a final, Valtinho, que também se encontra em um ótimo momento, o ala/armador Arthur e os pivôs Guilherme, Estevam, Cipriano e Mineiro.

Com todos esses ingredientes, a final do Novo Basquete Brasil – que começa neste próximo sábado, às 16 horas, na Arena da Barra, no Rio de Janeiro - promete ser eletrizante (partida que será transmitida pelo canal fechado Sportv). Agora é torcer para que o basquete nacional continue nessa ascensão, que começou há três anos, e atinja o patamar que merece.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Em busca de novos "Verões"

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Juan Sebastian Verón, 35 anos. Um jogador espetacular. Vai disputar a sua última Copa do Mundo. Aliás, o Mundial da África do Sul marca, oficialmente, a transição da "Era Verón" para a "Era Messi" na Argentina.

A geração de Verón é a primeira do período pós-Maradona, que se encerrou em 1994, após o melancólico Mundial dos EUA. Com certeza, uma pressão muito grande para a geração do "La brujita". Afinal, o período maradoniano é o mais iluminado do futebol argentino.

E não é que os jogadores da "Era Verón" sentiram a pressão?! Não ganharam nada. São considerados atletas de uma geração perdida na Argentina. Olha que a "Era Verón" foi representada por grandes nomes: Batistuta, Crespo, Ortega, Cláudio Lopez, Simeone, Ayala, Sensini, Zanetti, Sorín, Gallardo, Riquelme...

Ótimos jogadores. Mas não conseguiram títulos para a fanática torcida argentina. São símbolos dos fracassos. Nas Copas, só desastres. Caíram nas oitavas em 1994, nas quartas em 1998 e 2006 e o mais impressionante: foram eliminados na primeira fase em 2002.

Pior que isso, foi ver a hegemonia da Seleção Brasileira crescer. Enquanto a Argentina decepcionava, o Brasil ganhava dois Mundiais (1994 e 2002), três Copa das Confederações (1997, 2005 e 2009) e quatro edições da Copa América (1997, 1999, 2004 e 2007).

No Mundial deste ano, Juan Sebastian Verón passará o bastão, definitivamente, para Lionel Messi . Agora, é a vez de do melhor do mundo na atualidade tentar recuperar a tradição de conquistas do futebol argentino. Da geração de Verón, apenas Martin Palermo vai fazer companhia ao "La brujita" na Copa. Quem sabe, esta passagem de gerações não é coroada com um título?!

De fato, a torcida hermana comemora o fim da "Era Verón". Timidamente, é claro. Tem muito respeito pelo meio campista. Mas, chegou a hora dos argentinos respirarem novos verões.

Esperança

A "Era Messi" está muito bem representada. Além do atacante do Barcelona, a Seleção Argentina leva para a Copa excelentes jogadores abaixo dos 25 anos. Otamendi, Samuel, Mascherano, Di Maria, Mário Bollati, Jésus Dátolo, Tevez, Higuaín, Aguero, entre outros.

Muitos desses jogadores participaram das conquistas das Olímpiadas de 2004 e 2008 e do Mundiais Sub-20 de 2005 e 2007. Esperança mais do que renovada para a torcida argentina.

domingo, 16 de maio de 2010

Pastor Dunga e a Seleção Invisível

Paulo Júnior (@juniorpest)

Românticos da arquibancada, pervertidos do sofá: unimos-vos! Contra todos aqueles que comem, respiram e devoram nosso planeta chamado Bola.

Pátria de Chuteiras urgente! Capítulo Inicial, do Testamento “daquele que tudo vê”, versículo um. Dunga disse aos discípulos: César Doni Gomes; Maicon Alves Bastos e Beto; Kaká, Elano e os Seis Baptistas. Robson, Nilmar, Fabiano e não Neymar. Palavras da Salvação! Foi glória a voz, senhor capitão...

Chega de Famílias! Chega de me engolir! Agora está na hora de Renascer. Bem vindo à fantástica era de Pastor Dunga e a Seleção Invisível de craques. Dos três zagueiros e trezentos volantes!

Afinal, quem ainda não crê que Os Batistas são melhores do que os jovens da Seara, ou o craque da Bozano, o mágico da Nike e os artistas de tanto outros patrocinadores?

Não, eles não foram abençoados com o poder do Rebanho. São infiéis. Como todos aqueles desprovidos de fé (...) somos pagãos. E pagaremos uma conta muito alta por isso.

Na pior das hipóteses, a crença fascista pelo nacionalismo desenfreado nos deixará cegos na busca de pontos G. Iremos terceirizar no grupo e, após três anos e meio de preparação, iremos adiar nossas esperanças em mais quatro anos.

Mas e se as contas estiverem erradas? Se os românticos estiverem errado? Se essa seleção der certo? Guerreira e dramática, especialistas na academia do um a zero, e se alcançarmos as semifinais? Você teria coragem de apoiar a fantástica fé do Pastor Dunga e a Seleção Invisível? Ignoraria as bênçãos de Ricardo Teixeira, como na utópica, mas viável, Copa do Mundo no Brasil? Vestiria a camisa verde amarela dos Amados Baptistas, os Seresteiros da Pátria?

Eu acredito! Somos quinhentos milhões: Avante Brasil! Salvem a seleção. Salve-a do terrível Messi, do Ronaldo deles e de todos os outros pagãos!

Pastor Dunga

Que ele transforme Júlio em Cesar
Os Baptistas, Kaká em Craque.
Luis em Rei! Pra ele não existe impossível
Pastor Dunga e a Seleção Invisível

terça-feira, 11 de maio de 2010

Injustiçados!

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Acabou a ansiedade. Terminaram as especulações. Dunga convocou, nesta terça-feira (11), os 23 jogadores para a Copa da África. Alegria para alguns, tristeza para outros. Convocação para Mundial é assim mesmo. Não dá para agradar todo mundo.

Com isso, a mídia e a torcida sempre elegem os jogadores “injustiçados”. Aqueles craques, unanimidades, mas que na hora da verdade foram deixados de fora do Mundial. Na convocação para a Copa da África, a maioria dos torcedores cobra de Dunga os motivos para as ausências de Victor (ou Fábio), Paulo Henrique Ganso, Ronaldinho Gaúcho e Neymar.

Mas, Dunga não é o único “injusto” entre os técnicos que já comandaram a seleção. Todo treinador que convoca o Brasil para os Mundiais sente esta mesma pressão. A história mostra isso. A lista de jogadores "injustiçados", que não foram convocados para determinadas Copas, é muito grande.

A mesma pressão aconteceu com Parreira, Felipão, Zagallo... Vai ocorrer com o treinador da Copa de 2014. Afinal, estamos no país do futebol. Terra em que o número de bons jogadores é semelhante ao de políticos corruptos.

É válido destacar, que não estou defendendo o técnico brasileiro. Pelo contrário. Eu levaria Victor (ou Fábio), Paulo Henrique Ganso, Ronaldinho Gaúcho e Neymar nos lugares de Doni, Josué, Elano e Júlio Baptista, respectivamente. É questão de opinião. Enfim, eu entro no time que está chamando o treinador de "injusto".

De fato, os “injustiçados” por Dunga entram em um seleto grupo. Um grupo de jogadores brasileiros que eram unânimes para a mídia e para a torcida. Mas, não eram unanimidades para os “injustos” treinadores.

Vamos percorrer as copas e verificar os jogadores que foram "injustiçados", segundo boa parte da mídia e dos torcedores. A nossa análise termina na Copa de 1958, ano da primeira conquista brasileira.

Copa de 2006

Alex - Para boa parte dos torcedores, o técnico Parreira não deveria levar Zé Roberto e/ou Ricardinho. E sim, o talento de Alex.

Copa de 2002

Romário - Felipão sofreu. A convocação de Romário era uma obrigação. Era consenso nacional. Não adiantou. Talvez, para o treinador brasileiro, o Baixinho seria sinônimo de conflito na harmoniosa "Família Scolari".

Djalminha - Sem dúvidas, um craque. Mas, ao mesmo tempo, indisciplinado. A cabeçada que o jogador deu no então técnico do La Coruña, Javier Irureta, foi essencial para a não convocação para a Copa. Para muitos, Djalminha é mais um “injustiçado”.

Copa de 1998

Marcelinho Carioca - Para muitos, não teve muitas chances na seleção. Para outros, Marcelinho não conseguia render o mesmo futebol no seu clube, o Corinthians. Zagallo ficou com os outros.

Copa de 1994

Evair - Um jogador frio. Vivia grande fase no Palmeiras. Foi convocado várias vezes para as disputas da Copa América de 1993 e das eliminatórias. Mas, na hora da convocação do Mundial dos EUA, Parreira preferiu Viola, Ronaldinho e Paulo Sérgio.

Copa de 1990

Neto - A não convocação do meia desagradou, principalmente, a imprensa de São Paulo. Para os paulistas, o confuso Sebastião Lazaroni preferia os jogadores cariocas. Neto vivia sua melhor fase no Corinthians. Mas, o treinador brasileiro optou por Bismark, do Vasco.

Copa de 1986

Renato Gaúcho - Principal jogador na conquista do Mundial Interclubes pelo Grêmio, em 1983, o atacante era nome fácil na lista da Copa do México. Mas, dias antes da convocação, fugiu da concentração para ir a uma festa. Para o disciplinador Telê Santana, o suficiente para cortá-lo. Para muitos, uma extrema injustiça.

Copa de 1982

Leão - Então com 33 anos, era o goleiro ideal para aquela mágica seleção. Telê Santana preferiu Valdir Peres, que engoliu um frango contra a União Soviética. Falha que aumentou as reclamações sobre a não convocação de Leão para a Copa.

Copa de 1978

Falcão - Aos 25 anos, era um dos meias mais talentosos da geração pós-Pelé. Era dono do meio-campo do Internacional, onde já havia conquistado vários títulos. Mas, o técnico Claudio Coutinho preferiu a raça de Chicão, do São Paulo, ao invés da categoria de Falcão.

Copa de 1974

O torcedor brasileiro foi o mais "injustiçado".

Copa de 1970

Dirceu Lopes - Craque, mas nasceu em uma época errada. Tinha uma concorrência desleal. Pelé, Tostão, Rivelino, Jairzinho e Gérson. João Saldanha e, depois, Zagallo cortaram o jogador do Cruzeiro. Olha que Dirceu Lopes tinha sido chamado em todos os jogos preparatórios. No lugar dele, foi o irreverente Dadá. O então presidente Médici teria obrigado Zagallo a convocar o Peito de Aço.

Copa de 1966

Djalma Dias - Zagueiro de técnica refinada. Não foi o suficiente para garantir a convocação para aquela Copa. Também ficaria de fora quatro anos depois, no México. Pior que isso, é saber que o filho, Djalminha, 36 anos depois, passaria pela mesma situação.

Copas de 1958 e 1962

Evaristo de Macedo - Atuou em apenas 14 partidas pela Seleção. Mesmo assim, ele ainda estabeleceu um recorde. Foi o único jogador a marcar 5 gols em uma única partida pelo Brasil. Insuficiente para disputar uma Copa do Mundo. Evaristo foi um dos jogadores brasileiros pioneiros no futebol europeu. Por incrível que pareça, é idolatrado na Espanha pelas torcidas do Barcelona e do Real Madrid.


Como já deixei claro, é questão de opinião. Outros nomes poderiam entrar ou sair da lista acima. Mas, com esta viagem no tempo, é possível fazer uma constatação: entre os treinadores que passaram pela Seleção, Dunga pode ser considerado o mais "injusto". A lista de "injustiçados" para a Copa da África parece ser a maior na história das Copas. Tomara que eu esteja enganado...

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Acho que vi um campeonatinho começar...

Thiago Ricci (@thiricci)

Não, não foi impressão ou um devaneio da sua mente. Sim, no fim de semana, as 20 principais equipes do Brasil deram início ao torneio de futebol entre clubes mais equilibrado do mundo. Sim, os maiores vencedores do torneio se enfrentaram na primeira rodada! Sim, quatro times jogam a sorte no maior campeonato das Américas no meio da semana.

Chega a ser cômico o início do Brasileirão. Como Luciano Dias (@jornlucianodias) bem frisou no texto abaixo, o público foi decepcionante e oito times (ou 40% das equipes) jogaram incompletos. Não é justo culpar somente a mentalidade do público, que, após sete anos desde a implantação dos pontos corridos, já entende bem a importância de todo jogo.

O grande responsável? A querida Confederação Brasileira de Futebol, conhecida pela alcunha CBF. Neste ano, em que a Copa do Mundo acontece, a confederação fatura, somente com publicidade (declarada, obviamente), R$220 milhões. Para efeito de comparação, o Corinthians, detentor do maior patrocínio brasileiro, ganha, ao todo, R$41 milhões por ano. E o alvinegro tem uma estrutura física e pessoal enorme para manter.

É responsabilidade da CBF, sim, divulgar o campeonato mais disputado e emocionante do mundo. E, com uma boa administração da confederação e dos clubes, seria questão de tempo para o Brasileirão ser o melhor tecnicamente. Propagandas em revistas, jornais, telejornais; publicidade em outdoors; ou qualquer outra ação de marketing. Nada disso foi visto. Toda a promoção do Campeonato Brasileiro foi feita pela própria imprensa, bem mais interessada do que a CBF, preocupada somente em angariar dinheiro em cima de jogadores superstars pagos pelos próprios clubes.

É responsabilidade da CBF, sim, pensar em um calendário mais inteligente. Além de a Copa Libertadores e a do Brasil estarem na fase final (quartas-de-final e semifinal, respectivamente), é insano ver quatro favoritos ao título (tanto que estão na Libertadores) se enfrentarem na primeira rodada. Flamengo, atual campeão, pegou São Paulo, que venceu três dos últimos quatro campeonatos.

O torcedor acredita estar diante de um déjà vu, mas, na verdade, é um filme repetido exaustivamente. E assim será até que as conhecidas pessoas interessadas em encher o bolso e atrasar a evolução do futebol brasileiro saiam do poder.

Nada como um Brasileirão...

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Começou neste domingo o campeonato nacional mais disputado do mundo. A primeira rodada do Brasileirão foi até equilibrada. Com exceção do Avaí que, como um tsunami, castigou as estruturas do Grêmio Prudente: 6 a 1 na Ressacada. Os outros vencedores da rodada conseguiram suas vitórias por apenas um gol de diferença.

Veja todos os resultados:

Botafogo 3 x 3 Santos - Engenhão
Palmeiras 1 x 0 Vitória - Palestra Itália
Atlético-GO 0 x 0 Grêmio - Serra Dourada
Flamengo 1 x 1 São Paulo - Maracanã
Atlético-MG 2 x 1 Vasco - Mineirão
Internacional 1 x 2 Cruzeiro - Beira-Rio
Corinthians 2 x 1 Atlético-PR - Pacaembu
Ceará 1 x 0 Fluminense - Castelão
Guarani 1 x 0 Goiás - Brinco de Ouro
Avaí 6 x 1 Grêmio Prudente - Ressacada

Como podemos ver, a única equipe que venceu fora de casa foi o Cruzeiro. O curioso é que oito clubes entraram em campo com times repletos de reservas. Cruzeiro, Inter, São Paulo, Flamengo, Santos, Atlético Goianiense, Grêmio e Vitória. A prioridade, por enquanto, são os campeonatos simultâneos. A Copa do Brasil e a Libertadores.

As redes balançaram 27 vezes na abertura. Média de 2,7 gols por partida. É a terceira melhor média da "Era Pontos Corridos". Perde apenas para 2007, que teve média incrível de 3,9 gols por jogo, e 2005, que teve média de 3.

Destaques para o Avaí, que marcou seis gols, e para Botafogo e Santos, que marcaram três vezes cada. O que, para o Peixe, é rotineiro. O único jogo que não teve gols foi Atlético-GO e Grêmio. Também pudera. O goleiro Victor fechou a goleira Tricolor.

Favoritos à artilharia, como o gladiador Kléber, o Fenômeno Ronaldo e o Coração Valente Washington já deixaram as suas marcas. Mas, quem roubou a cena na abertura não foi um atacante. E sim, um zagueiro. Emerson marcou três gols contra o Prudente. Nada mau para um defensor.

A média de público desta rodada (10,6 mil/jogo) não agradou muito. Assim como na média de gols, Atlético-GO e Grêmio, disputado no Serra Dourada, também colocou a média de público para baixo. Apenas 5.647 assistiram o duelo. A única partida que teve mais de 20 mil pagantes foi Botafogo e Santos, no Engenhão. Todos querem ver os "meninos da vila", mesmo com desfalques.

Não parece, mas o Brasileirão 2010 já começou. Um início ruim pode fazer muita falta no final. Coincidência ou não, nenhum dos rebaixados dos dois últimos campeonatos venceram na primeira rodada, em 2008 e em 2009. Confira (em negrito, os rebaixados):

2009
Palmeiras 2 x 1 Coritiba - Palestra Itália
Santo André 1 x 1 Botafogo -
Goiás 3 x 3 Náutico - Serra Dourada
Sport 1 x 1 Barueri - Ilha do Retiro

2008
Portuguesa 5 x 5 Figueirense - Canindé
Inter 1 x 0 Vasco - Beira Rio
Ipatinga 0 x 1 Atlético PR - Ipatingão


Mas, os dois últimos Nacionais também mostra um lado muito bom ao ser derrotado na estreia. Tudo porque os campeões de 2008 (São Paulo) e de 2009 (Flamengo) perderam na primeira rodada. Veja:

2009
Cruzeiro 2 x 0 Flamengo - Mineirão

2008
São Paulo 0 x 1 Grêmio - Morumbi

Se analisarmos o Brasileirão deste ano a partir das coincidências dos últimos dois campeonatos, já podemos tirar algumas conclusões. Os vencedores desta primeira rodada não serão campeões e nem rebaixados. Alívio misturado a tristeza para torcedores de Palmeiras, Cruzeiro, Corinthians Avaí, Ceará e Atlético-MG.

Mas, Brasileirão é Brasileirão. Um campeonato que a palavra surpresa é redundante. Vamos esperar os próximos 37 capítulos.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

¿Qué es el Corinthians? Escriba en Google

Paulo Júnior (@juniorpest)

Amigo da arquibancada, torcedor de sofá! Unimos-vos! Felicidades para vocês que comem, respiram e devoram esse planeta chamado Bola. O mundo penitenciário acordou mais triste nesta quinta feira...

Da mesma maneira que, cheio de dúvidas, perguntou uma jovem estrela argentina. “¿Qué es el Corinthians?”. “Escriba en Google”, respondeu o empresário dele. Foi desta maneira que De Federico deve ter entendido pela primeira vez a grandeza e a importância da "Sociedade Esportiva Corinthians".

Uma coisa é certa. A derrota preta e branca não tornou o Timão um time inferior. Nem manchou a história do clube. Não desmerece sua torcida. Nos cem anos de Corinthians, o time nunca teve sequer um título que criasse uma tradição em Terrenos Latinos. Não dá para ficar pior. A derrota contra o Flamengo apenas comprova o fantasma que persegue a equipe. Não significa que durará para sempre. Significa que durará, pelo menos, mais um ano.

Projeto Libertadores 2010

Mas o que é um para quem já esperou cem? Muita pouca coisa. Todo centenário deve ser um planejado com antecedência. O do Corinthians até que foi, alias, foi demais! Houve um super planejamento, resultando em uma cobrança acima da qualidade do próprio time. Desde a contratação do treinador Mano Menezes, ainda na Série B, só se fala do título sulamericano de 2010.

Em 2008, com um orçamento superior ao dos adversários, Mano construiu uma super equipe, vencedora da Copa do Brasil no ano seguinte. Time que foi desmantelado pela própria diretoria, visando o orçamento necessário para cobrir o projeto Ronaldo 2010. Os custos eram altos e o negócio bastante arriscado.

Muitos jogadores chegaram, mas, mesmo assim, Mano não teve o mesmo tato em construir uma equipe com o grandíssimo elenco desta temporada.

Projeto Ronaldo 201,0 kg

Mas e o Ronaldo? Bem, eram 20 minutos do segundo tempo e a torcida ainda sonhava com um “lance bonito como Lukscolor”. Ou um lançamento melhor do que o presto barba da Bozano. Ou o vigor físico como o dos jogadores nas propagandas da Nike. Nem “um bando de loucos”, como foi dito na apresentação do Ronaldo:

- Vamos ganhar, porra!

Deve ter sido este o grito que faltou ao jogador. Não se via nele (ou na evolução de sua forma física, ou do seu rendimento nos jogos...) um comprometimento. Ou você viu nesta temporada alguma arrancada dele, como a que ele fez com o André Dias na partida contra o São Paulo no Paulista de 2009?

Bem, “respeito aos ídolos”, retruca o gordo! Ronaldo não é ídolo do Barcelona. Não é do Real Madrid. Nem do Milan ou do Inter de Milão. Em 2006, também deixou de ser ídolo da Seleção Brasileira. Só restou um clube que aceitasse crer em um mito sem seguidores.

Todo Poderoso Corinthians


A Fiel. 30 milhões em ação. A derrota de ontem não irá abalar a fé corinthiana. Nem esfarelar toda a grandeza do clube. Corinthians é tudo aquilo que você viu ontem. É pressão da torcida. É o êxtase da mídia. Os gritos e os choros na arquibancada.

O Corinthians vai continuar na a elite do futebol Paulistano, entre os mais fortes do Estado. Um dos mais tradicionais clubes brasileiros. Não só de torcida vive um clube. Ela não faz dele grande. Nem os títulos. Eles, única e desprezivelmente, não servem para nada, além de histórias para contar. Nem um gigantesco estádio serve para tornar grande um clube de futebol.

O que faz de um clube, e do Corinthians também, grande, é o efeito que a camisa dele causa no adversário. É o fato de só a presença fazer dele favorito ao título do torneio. É a mobilização que a vitória dele, ou a derrota, causa ao redor do mundo. O Corinthians é tudo isso: no Brasil. No resto do Planeta Bola, a notícia ontem não era a derrota corintiana, mas sim a do Ronaldo.

Cuidado para que não haja confusão. A história do Timão é linda. Deixa a Portuguesa com água na boca. Mas ainda há uma página em branco dentro de um livro alvinegro... até o ano que vem!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Apagão no Pitágoras/Minas pode deixar os mineiros fora da decisão

Paulo Marques (@paulo16marques)

O Novo Basquete Brasil (NBB) está em sua reta final. As quatro melhores equipes da primeira fase (Universo/BRB, Flamengo, Vivo/Franca e Pitágoras/Minas, na respectiva ordem) já começaram o confronto dos playoffs, da melhor de cinco partidas.

Nesta fase da competição, prezar pelos fundamentos básicos do esporte pode garantir certa vantagem sobre os adversários. E justamente neste sentido o Pitágoras/Minas ruiu. O time mineiro esqueceu de usar o fator casa, teve erros primários causados pela falta de concentração e fracassou na partida contra o Universo/BRB, na última terça-feira, na Arena JK, em Belo Horizonte, onde os visitantes venceram por 106 a 97.

Na partida, que iniciou a série de playoffs, a equipe mineira até esboçou que começaria o confronto com vitória, mas os constantes erros de passes, o pouco aproveitamento nos rebotes e a inconstância no ataque fizeram com que a equipe de Brasília vencesse com um pouco de facilidade.

O técnico Flávio Davis mostrou que ainda está inseguro com sua equipe. Vendo seu time perder muitos rebotes, o técnico do Minas não usou o banco de reservas para tentar sanar o problema. O ala/pivô Leandro (6 pontos), que tem um ótimo aproveitamento nos rebotes, foi pouco usado pelo treinador. O armador Sucatzky (18 pontos), esperança de bons lances, foi um dos poucos lúcidos na partida, mas no final acabou sentindo dores na coxa e teve que deixar a quadra.

Já pelo lado do Brasília, o armador Nezinho, cestinha da partida com 26 pontos, e o ala Alex (11 pontos) fizeram a diferença, tudo deu certo. O treinador Lula de Oliveira soube usar as ferramentas nos momentos certos e confundiu a defesa do Minas, que não estava em uma noite inspirada. Murilo, pivô da equipe mineira, também terminou a partida com 26 pontos.

Contando com a boa movimentação dos pivôs, principalmente do grandalhão Guilherme, o Universo/BRB manteve-se constante na partida, o que não facilitou muito a vida do treinador Flávio Davis. Os contra-ataques deliberados pelo armador Valtinho (19 pontos) e os rebotes do pivô Estavam (13 pontos) também foram fundamentais para o sucesso dos visitantes.

Na seqüência da série, os mineiros têm que vencer pelo menos uma das duas partidas que acontecem na casa do Universo/BRB para forçar o quarto confronto, em Belo Horizonte. De acordo com o regulamento da competição, as duas equipes melhores colocadas jogam a segunda e a terceira partida em casa e, se necessário, também jogam o quinto e último jogo em seus domínios. A vantagem de três vitórias garante a equipe na final do NBB.

Abaixo a relação dos próximos jogos:

(1º) Universo/BRB/Financeira Brasília 1 x 0 Pitágoras/Minas (4º)

Jogo 01 – 04/05 (terça-feira) Universo 106 x 97 Minas, em Belo Horizonte (MG)

Jogo 02 – 07/05 (sexta-feira), às 19h, em Brasília (DF)

Jogo 03 – 08/05 (sábado), às 18h30, em Brasília (DF)

Jogo 04 – 11/05 (terça-feira), às 19h, em Belo Horizonte (MG) – se necessário

Jogo 05 – 14/05 (sexta-feira), às 19h, em Brasília (DF) – se necessário

Filme repetido

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Mais uma decepção corintiana em Libertadores. Desta vez, no ano do centenário. Depois de fazer a melhor campanha da fase de grupos, o Corinthians foi eliminado pelo Flamengo nas oitavas de final da competição.

Culpados? Neste momento, vários são apontados como vilões. Alguns culpam Ronaldo, que não se encontrou em 2010. Outros destacam os reforços que não vingaram, casos de Tcheco, Iarley e Danilo. Para alguns, a falta de padrão de jogo de Mano Menezes foi essencial.

De fato, todos estes fatores prejudicaram. Mas, a obsessão pela Libertadores foi determinante para o fator psicológico do time, culminando com a eliminação precoce. Mais uma vez.

Eliminações diferentes, mas todas com um sabor - muito amargo por sinal. O River Plate, em 2003 e 2006, não sai da cabeça da Fiel. Agora, o Flamengo também não vai sair tão cedo. Qual corintiano que esqueceu das eliminações para o Palmeiras em 1999 e 2000? Com certeza, nenhum. Duas vezes nos pênaltis.

A palavra chave para o corintiano é Libertadores. É um título que os rivais têm. O Timão não. Todo grupo que entra nessa competição com a camisa do Corinthians sente essa obsessão. A pressão é muito grande e isso prejudica muito.

Olha que o elenco atual é muito experiente. Jogadores rodados. Alguns, campeões do mundo e da Libertadores. Roberto Carlos, Ronaldo, Danilo, Iarley...

Mas, muitas vezes experiência não é tudo. Tranquilidade para trabalhar conta muito. A história do Corinthians na Libertadores sempre atrapalhou esta busca de tranquilidade. Para muitos, o Timão sempre entra como favorito, mas sempre decepciona.

Vamos fazer um giro histórico e acompanhar as decepções corintianas na Libertadores:

1977: eliminado na primeira fase, no grupo onde estava Internacional (BRA), El Nacional e Deportivo Cuenca (EQU);
1991: eliminado nas oitavas de final para o Boca Juniors (ARG): 1 x 3 (F) e 1 x 1 (C);
1996: eliminado nas quartas de final para o Grêmio: 0 x 3 (C) e 1 x 0 (F);
1999: eliminado nas quartas de final para o Palmeiras: 0 x 2 (N) e 2 x 0 (N) - Palmeiras 4 x 2 nos pênaltis;
2000: eliminado nas semifinais para o Palmeiras: 4 x 3 (N) e 2 x 3 (N) - Palmeiras 5 x 4 nos pênaltis;
2003: eliminado nas oitavas de final para o River Plate (ARG): 1 x 2 (F) e 1 x 2 (C);
2006: eliminado nas oitavas de final para o River Plate (ARG): 2 x 3 (F) e 1 x 3 (C) ;
2010: eliminado nas oitavas de final para o Flamengo: 0 x 1 (F) e 2 x 1 (C)

terça-feira, 4 de maio de 2010

O salvador das torcidas e dos incompetentes

Thiago Ricci (@thiricci)

Claramente baseados em interesses políticos, os estaduais ganham a cada ano mais inimigos. Tabelas inchadas, disparidade técnica entre os times assombrosa, despreparo dos times grandes, sem tempo para pré-temporada, falta de interesse do público são alguns motivos óbvios para o extermínio desses torneios.

Mas o que seriam dos dirigentes corruptos e incompetentes sem os salvadores estaduais? E os pobres torcedores desses times, comandados por irresponsáveis? Para não se estender à outra polêmica, foram analisados os 20 clubes pertencentes ao Clube dos 13:

Atlético-MG - Nem toda a recente adoração pelo "salvador" Alexandre Kalil seria capaz de amenizar a ira alvinegra. A massa atleticana, nacionalmente conhecida pela paixão incondicional, teria, certamente, um impacto negativo. Nada menos do que 40 troféus seriam reduzidos da estante preta e branca. O último caneco de alguma expressão seria o da extinta Conmebol, em 1997. E mesmo assim de valor duvidoso, já que o CSA, da Alagoas, foi vice-campeão e o Talleres, atualmente na terceira divisão argentina, abocanhou o título.

Atlético-PR - Menos 22 taças para o currículo dos paranaenses. Entretanto, o time mais forte do Paraná não ficaria completamente órfão, graças às competentes conquistas dos últimos anos. Os vices da América, em 2005, e do Brasil, em 2004, além do título brasileiro do início do século, em 2001, deixariam os rubro-negros, que têm um dos estádios mais modernos do país, tranquilos.

Bahia -A supremacia no estado continuaria por causa do único título nacional, mas os torcedores perderiam 43 motivos para importunar os rivais. A comemoração mais importante ficaria na década de 80, com o Brasileiro de 1988. Além do solitário troféu, os dirigentes poderiam se escorar nas três conquistas da Copa do Nordeste (1997, 1999 e 2003), talvez a saída para substituir os desinteressantes campeonatos estaduais.

Botafogo - O atual comandante do alvinegro carioca odiaria a extinção dos estaduais. Sete cariocas seriam subtraídos do currículo de Joel Santana. O questionado time do Botafogo estaria completamente na berlinda, ao ser eliminado da Copa do Brasil. E os dirigentes precisariam fazer duas estátuas: uma para o atacante Túlio e outra para o árbitro Márcio Rezende de Freitas. O primeiro pelos 23 gols e o último pelas trapalhadas na partida final que ajudaram a dar o único Brasileiro ao Fogão, em 1995. A estante botafoguense teria que dar adeus a 19 taças.

Corinthians - Perderia a supremacia paulista ao ver 26 taças sumirem. Mas o alvinegro paulista, sustentado por parcerias suspeitas, provavelmente conseguiria manter o maior número de torcedores no estado. Apesar do rebaixamento em 2007, os quatro títulos brasileiros (1990, 1998, 1999 e 2005), as três Copas do Brasil (1995, 2002 e 2009) e a Copa do Mundo organizada pela Fifa, em 2000, conseguiriam fazer com que os fãs corintianos esquecessem a incompetência administrativa.

Coritiba - Sem 34 títulos estaduais, a torcida do Coritiba perderia, provavelmente, um dos únicos argumentos para zombar os rivais atleticanos. O recente rebaixamento no Campeonato Brasileiro e o longínquo Campeonato Brasileiro de 1985 provavelmente causariam a fúria dos coxas-brancas.

Cruzeiro - Carinhosamente apelidado de campeonato rural pelo presidente, o Cruzeiro aparentemente não sentiria falta do Campeonato Estadual. Os cruzeirenses somente lamentariam a chance de alcançar o número de títulos do rival. Desde 1990, ganhou o dobro do que o Atlético (12 contra 6 conquistas). Uma visão mais pessimista diria que o período de sete anos sem títulos nacionais (em 2003, o Cruzeiro venceu o que chama de tríplice coroa: Estadual, Copa do Brasil e Campeonato Brasileiro) é extenso para um dos clubes mais organizados do Brasil.

Flamengo - A disputa particular com o Fluminense (tricolor tem 30 títulos e, o rubro-negro, 31) acabaria, mas é provável que o Flamengo continuaria com a maior torcida do país. O título brasileiro do ano passado e a Copa do Brasil em 2006 são conquistas que continuam frescas na memória do torcedor.

Fluminense - Sem 30 taças na Sala de Troféus, o Fluminense provavelmente perderia adeptos. A torcida teria que ficar satisfeita com a Copa do Brasil de 2007. Com exceção da conquista há três anos, só os trintões conseguiriam vangloriar-se de um título nacional: em 1984, um Campeonato Brasileiro.

Goiás - O time alviverde perderia a supremacia goiana, com 22 troféus a menos. Mas o impacto ficaria restrito a isso, já que não venceu títulos de importância nacional. As últimas taças seriam a da Copa Centro-Oeste, em 2001, 2002 e 2003.

Grêmio - Sem os 36 títulos estaduais, o Grêmio precisaria voltar há quase uma década para comemorar uma conquista importante: a Copa do Brasil de 2001. Pouquíssimo para um time de tanta tradição quanto o tricolor gaúcho.

Guarani - O curioso é que o Guarani ficaria intacto com a eliminação dos títulos estaduais. Única equipe do interior a vencer um Campeonato Brasileiro, em 1978, o Bugre nunca ganhou um Campeonato Estadual.

Internacional - Os colorados não ficariam satisfeitos em perder um dos motivos para ridicularizar os rivais: sem as 39 taças, a supremacia estadual iria por água abaixo. De qualquer forma, a boa administração desta década acalmaria os torcedores. Além de sediar a Copa do Mundo em 2014, o clube tem nada menos do que cinco copas internacionais recentes: Mundial e da Libertadores em 2006, Recopa no ano seguinte, Sul-Americana em 2008 e Suruga no ano passado. Falta, somente, o Brasileiro. O último foi em 1979.

Palmeiras - Se o alviverde paulista já é um turbilhão com 22 campeonatos estaduais, a situação com certeza não melhoria sem eles. Ainda com a recente perda do Campeonato Brasileiro, a torcida não perdoaria ser o único time paulista sem títulos importantes no atual século. Restaria aos palmeirenses lembrar da década de 90: Copa Libertadores (1999), bicampeonato brasileiro (1993 e 1994), Copa Mercosul (1999) e Copa do Brasil (1998).

Portuguesa - Time simpático, é difícil acreditar que os poucos torcedores que tem existem por causa dos distantes campeonatos estaduais de 1935, 1936 e 1973. Provavelmente não teria impacto algum no número de simpatizantes.

Santos - Ninguém gostaria de perder 18 títulos - ainda mais um com menos de uma semana de conquista. Mas é praticamente certo que a torcida não depende dessas taças. Além de ter encantado o Brasil com um time em que o maior futebolista da história jogou, o Santos aprendeu a viver sem o Pelé. Os únicos campeonatos brasileiros foram vencidos nesta década, em 2002 e 2004.

São Paulo - Outro time que provavelmente passaria imune à retirada dos estaduais (21 títulos a menos). A administração, com certeza, comemoraria a derrocada da inimiga Federação. Dono do maior estádio particular do país, o São Paulo ainda tem fresco na memória o tricampeonato brasileiro (2006, 2007 e 2008) e dois títulos internacionais (Copa Libertadores e Mundial em 2005).

Sport - 38 taças e a supremacia estadual absoluta a menos desagradariam os rubro-negros. O que salvaria a pele dos dirigentes seria a Copa do Brasil, vencida há dois anos. Fora essa conquista, sobrariam o contestado título nacional de 1988 e a Copa Nordeste, de 1994 e 2000.

Vasco - Talvez o maior símbolo de vítima de uma administração corrupta, o Vasco aumentaria o jejum sem os 22 campeonatos cariocas. A torcida, ávida por um título, provavelmente ficaria ainda mais insatisfeita. Ninguém se esqueceu das conquista do final da década de 1990 (Libertadores em 1998, Campeonato Brasileiro em 1997 e 2000, Mercosul em 2000 e Rio-São Paulo no mesmo ano), mas é pouco para um clube como o Vasco.

Vitória - Sem os 26 campeonatos estaduais, sobrariam para o Vitória as conquistas da Copa Nordeste (1997, 1999 e 2003). Três títulos para um time tradicional provavelmente não sustentariam a torcida que o Vitória tem. De qualquer forma, a aparição mais forte do time baiano no cenário nacional foi em 1993, quando disputou o Campeonato Brasileiro com o Palmeiras.



Com essa rápida constatação, é possível observar que muito time brasileiro ficaria praticamente sem títulos nas últimas décadas. O efeito dos campeonatos estaduais é claramente maléfico para o futebol cada vez mais profissional e competitivo disputado atualmente. Mas é difícil negar a importância desses campeonatos para a distribuição de torcedores. É possível que, sem eles, ficássemos parecidos com os países europeus, com um grupo extremamente restrito de clubes potentes.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Extra, extra!

Thiago Ricci (@thiricci)

Os tempos sombrios acabaram. Alívio, alegria e empolgação são alguns dos sentimentos ao poder escrever a excelente notícia. Após o Acréscimos ficar um longo período dependente do nosso herói da resistência Luciano Dias (@jornlucianodias), temos o prazer de anunciar que o projeto volta ainda mais forte e ambicioso.

Faltam alguns ajustes para que todas as novidades sejam divulgadas, mas vocês já poderão se desfrutar, nesta semana, da volta dos textos de Paulo Henrique Marques (@paulo16marques), Pedro Rotterdan (@protterdan), Rafael Rebuiti (@rafaelrebu), Thiago Ricci (@thiricci), além da novidade Antônio de Paulo (@juniorpest), com suas ácidas palavras. São aguardadas duas assinaturas para a equipe ficar ainda mais abrilhantada.

O pacote também abrange outras áreas, não somente jornalísticas. Mas, como foi dito, elas serão explicitadas logo mais. Além da volta daqueles que estavam adormecidos, esta semana já apresenta novidade: o acompanhamento de jogos pelo twitter do Acréscimos (@acrescimos). Sigam-nos! Amanhã, com jogos da Copa Libertadores, será dado o pontapé inicial desta nova ferramenta.

Aguardem, sigam, leiam, opinem!

domingo, 2 de maio de 2010

São Paulo Foot-Ball Porto Alegrense

Luciano Dias

Oito jogadores. Este é o número de ex-são-paulinos no elenco do Grêmio. Quase um time inteiro. O objetivo gremista deve ser adquirir o espírito vencedor do São Paulo dos últimos anos.

A receita está dando certo. O Grêmio levou o Gaúchão deste ano. O Tricolor dos Pampas não ganhava nada desde 2007, quando conquistou o Estadual. Aliás, naquele ano, foi vice da Libertadores.

São oito atletas, que em sua maioria, alternaram bons e maus momentos com a camisa do São Paulo. Alguns jogadores nem brilharam tanto. Casos de Joilson e Fábio Santos. Mas, um fato é comum entre esses atletas: todos ganharam títulos no Tricolor Paulista.

O treinador do Grêmio, Silas, também brilhou no São Paulo. Não como técnico, mas como um exímio meio-campista.

A avalanche de ex-são-paulinos coloca o Tricolor dos Pampas novamente no caminho das conquistas.

Confira a relação de ex-são paulinos no Grêmio:

- Rodrigo: o zagueiro atuou em duas temporadas pelo São Paulo – 2004-05 e 2008-09. Conquistou o Brasileirão de 2008 com o Tricolor. Recebeu a Bola de Prata do Nacional daquele ano. No ano passado, teve dificuldades para superar uma embolia pulmonar e um problema na mão direita. Vinculado ao Dínamo de Kiev, não acertou a renovação de empréstimo com o São Paulo. O Grêmio, em uma boa jogada, acertou;

- Joilson: Versátil (lateral-direito e meio-campo), jogou no São Paulo em 2008. Não repetiu as boas atuações dos tempos de Botafogo. Também não está bem no Grêmio. Foi dado como dispensável em 2009, mas Silas ainda insiste com ele no elenco;

- Fábio Santos: Revelado no São Paulo, foi eterna moeda de troca do clube paulista. Nunca caiu nas graças da torcida são-paulina. Mesmo assim, tem no currículo um Paulista, uma Libertadores e um Mundial com o São Paulo;

- Lúcio: No Tricolor, ficou por uma temporada e conquistou o Brasileirão de 2006. Não teve grandes atuações como nos tempos de Palmeiras e Ituano. Foi negociado no ano seguinte;

- Souza: Irreverente e polêmico, o apoiador ficou cinco anos (2003-08) no São Paulo. Teve altos e baixos. Com boas atuações em 2006, levou a Bola de Prata do Brasileirão daquele ano. O currículo é recheado de títulos no Tricolor Paulista. Um Mundial, uma Libertadores, dois Brasileiros e um Paulista;

- Hugo: O armador surgiu no Tricolor paulista disputando a Copa São Paulo de Júniores de 2000. Era um time que tinha Kaká no banco. Mas, Hugo teve que rodar o Brasil e o mundo para ter reconhecimento no São Paulo. Na segunda passagem pelo clube paulistano, atuou entre 2007 e 2009. Colocou no currículo dois Brasileiros;

- Leandro: Pupilo de Muricy Ramalho, o guerreiro, como é apelidado, atuou no São Paulo entre 2006 e 2007. Mesclando raça e categoria, conquistou dois Brasileiros com o Tricolor Paulista;

- Borges: Para muitos, injustiçado no São Paulo. Para outros, não tinha futebol para se firmar como titular no Tricolor Paulista. Essa foi a realidade de Borges entre 2007 e 2009. Tempo para conquistar dois Nacionais. Mesmo assim, não ficou satisfeito na última temporada. O Grêmio, quase um São Paulo, foi a escolha para respirar novos ares. Está muito bem no Sul. Os gols estão saindo com frequência;

- Silas: Ainda não teve a chance de treinar o São Paulo. Mas, como jogador, foi ídolo no Tricolor Paulista, nas décadas de 80 e 90. Conquistou três Paulistas (1985, 87 e 98) e o Brasileirão de 1986.