terça-feira, 16 de setembro de 2014

A “europeização” do nosso futebol (de maneira forçada)

 Luciano Dias (@jornlucianodias)


O futebol brasileiro passa por uma série de mudanças, principalmente, depois da Copa do Mundo. As novas arenas, por exemplo, trouxeram muitos pontos positivos, como melhores gramados e conforto para os torcedores. Isso é ótimo!

O problema é o que os dirigentes querem fazer do futebol brasileiro. Querem mudar o modo de torcer, de forma imediata e não aos poucos. Uma série de proibições, de regras têm deixado o esporte mais adorado do país muito chato. É a “europeização” do futebol.

Na partida entre Atlético e Grêmio, no último domingo, (14), no Independência, fiz algumas (apenas algumas) observações:

- Agora, as duas equipes devem entrar juntas no gramado. Pois bem! Primeiro, o Grêmio entrou em campo, sentiu as vaias dos atleticanos, cumprimentou a sua torcida no Independência, mas teve que voltar. Isso mesmo! Retornou para entrar perfilado com os jogadores atleticanos. Uma maneira forçada de imitar o estilo Europa, o Padrão FIFA. Ficou bizarro!

- Hora do Hino Nacional brasileiro, muito bonito por sinal. Mas parece que querem (leia-se CBF) ensinar aos brasileiros a cantar o hino. Mais uma vez, jogadores perfilados, estilo Copa do Mundo. O hino começa a tocar, mas ninguém presta atenção. Os jogadores do banco das duas equipes rindo, contando piadas. A torcida atleticana, por sua vez, cantou o hino… Só que do Atlético!!

- Mais uma da CBF. Agora, são permitidos apenas 22 mascotes . É a restrição da alegria da meninada de entrar com o ídolo em campo. Mas, a diretoria do Atlético fez bem. Desrespeitou a “norma” e mais de 70 mascotes entraram com os jogadores no gramado. Uma alegria muito grande da criançada.

O imediatismo que deveria acontecer seria uma mudança no calendário do nosso futebol. O imediatismo deveria ser pensar nos torcedores, como diminuir o preço dos ingressos, melhorar o transporte público para que os amantes do futebol cheguem aos estádios de maneira justa.

Não tentem mudar a cultura de um povo de uma vez. Respeitem os brasileiros, que amam o futebol, mas já amaram muito mais.