Luciano Dias (@jornlucianodias)
O futebol brasileiro passa por uma série de mudanças, principalmente,
depois da Copa do Mundo. As novas arenas, por exemplo, trouxeram muitos
pontos positivos, como melhores gramados e conforto para os torcedores.
Isso é ótimo!
O problema é o que os dirigentes querem fazer do futebol brasileiro.
Querem mudar o modo de torcer, de forma imediata e não aos poucos. Uma
série de proibições, de regras têm deixado o esporte mais adorado do
país muito chato. É a “europeização” do futebol.
Na partida entre Atlético e Grêmio, no último domingo, (14), no Independência, fiz algumas (apenas algumas) observações:
- Agora, as duas equipes devem entrar juntas no gramado. Pois bem!
Primeiro, o Grêmio entrou em campo, sentiu as vaias dos atleticanos,
cumprimentou a sua torcida no Independência, mas teve que voltar. Isso
mesmo! Retornou para entrar perfilado com os jogadores atleticanos. Uma
maneira forçada de imitar o estilo Europa, o Padrão FIFA. Ficou bizarro!
- Hora do Hino Nacional brasileiro, muito bonito por sinal. Mas
parece que querem (leia-se CBF) ensinar aos brasileiros a cantar o hino.
Mais uma vez, jogadores perfilados, estilo Copa do Mundo. O hino começa
a tocar, mas ninguém presta atenção. Os jogadores do banco das duas
equipes rindo, contando piadas. A torcida atleticana, por sua vez,
cantou o hino… Só que do Atlético!!
- Mais uma da CBF. Agora, são permitidos apenas 22 mascotes . É a
restrição da alegria da meninada de entrar com o ídolo em campo. Mas, a
diretoria do Atlético fez bem. Desrespeitou a “norma” e mais de 70
mascotes entraram com os jogadores no gramado. Uma alegria muito grande
da criançada.
O imediatismo que deveria acontecer seria uma mudança no calendário
do nosso futebol. O imediatismo deveria ser pensar nos torcedores, como
diminuir o preço dos ingressos, melhorar o transporte público para que
os amantes do futebol cheguem aos estádios de maneira justa.
Não tentem mudar a cultura de um povo de uma vez. Respeitem os brasileiros, que amam o futebol, mas já amaram muito mais.