sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Alexandre Kalil é o 48º presidente do Galo

Coluna Luciano Dias - Memória e calculadora esportiva

Foram 43 dias sem presidente. Mas, enfim, nesta quinta-feira, 30, o Atlético elegeu o seu novo mandatário: Alexandre Kalil, 49 anos. O ex-presidente do Conselho Deliberativo do clube e ex-diretor de futebol, recebeu 271 votos dos conselheiros, contra 130 para Sérgio Bias Fortes e apenas um para Itamar Vasconcellos. Houve um voto nulo. Compareceram 403 dos 474 conselheiros com direito a voto.

Logo após o resultado da eleição, o vencedor tomou posse para um mandato até o dia 31 de dezembro de 2011. Alexandre Kalil vai substituir Ziza Valadares, que não suportou a pressão e renunciou no dia 18 de setembro passado, seguido por seus quatro vice-presidentes.

Alexandre Kalil é o 48º presidente na história alteticana – uma média de um comandante há cada dois anos. O primeiro foi Margival Mendes Leal, de 1908 a 1910. Na história centenária, o Galo teve presidentes de diversos estilos e de variados comportamentos. Alguns foram vitoriosos, outros ficaram marcados por catástrofes.

A torcida alvinegra não se esquece de Nelson Campos, presidente da maior conquista do clube: o Campeonato Brasileiro de 1971. Walmir Pereira assumiu em 1975 e junto com ele surgiram grandes revelações para o futebol nacional, como Toninho Cerezo, Reinaldo, João Leite e Marcelo Oliveira. Em 1977, o Atlético foi vice-campeão Brasileiro com uma curiosidade: o time perdeu o campeonato nos pênaltis para o São Paulo, no Mineirão, e terminou a competição de maneira invicta. Nelson Campos retornaria entre 1985 a 1988.

Elias Kalil, pai de Alexandre Kalil, foi o presidente de 1980 a 85. Ele não era tão polêmico igual ao filho, mas tão apaixonado quanto. Quando assumiu, Elias declarou que o Cruzeiro não comemoraria títulos enquanto ele fosse o presidente. A projeção quase deu certo, se não fosse o título do Campeonato Mineiro que o time celeste conseguiu em 1984. No seu primeiro ano de mandato, o Galo foi vice-campeão do Brasileirão novamente, desta vez sendo derrotado para o Flamengo, em 1980.

Afonso de Araújo Paulino assumiu em 1989 e com ele surgiram dívidas, contratações decepcionantes, escassez de títulos e crescimento do maior rival. A “Selegalo” de 1994, com Neto, Renato Gaúcho, Éder e Gaúcho, foi o estopim para a torcida alteticana. Paulo Cury (1995-98) e Nélio Brant (1999-01) deixaram as dívidas alvinegras alarmantes.

Como resolver a dívida? Talvez contratar um bancário. E o escolhido foi Ricardo Guimarães (2001-06). Após vários projetos, ele ficou marcado por ser o presidente do rebaixamento da equipe para a segunda divisão em 2005. Ziza Valadares assumiu em 2007 e ficou marcado por promessas, e só. Veio 2008, esperado ano do centenário, mas os vexames eclodiram por sua renúncia em setembro.

Agora é a vez de Alexandre Kalil. Apaixonado, polêmico e, acima de tudo, atleticano. Mas isso não basta para a torcida alvinegra.

Primeiras missões de Kalil

O principal desafio do eleito será organizar as finanças e armar uma equipe vencedora. Para Kalil, o melhor caminho é justamente apostar no futebol. E, para isso, a torcida é a principal aliada. Ele pretende promover a reaproximação dos torcedores, afastados do time depois de tantos fracassos. Kalil informou que os ingressos para o jogo contra o Vasco, dia 16 de novembro, pelo Brasileirão, custarão R$ 5 em qualquer setor do Mineirão.

As dívidas do Atlético ultrapassam R$ 200 milhões. O clube tem um déficit mensal de R$ 2 milhões. De cara uma grande dor de cabeça: o clube caminha para três meses de salários atrasados, período que se for completado, no final da próxima semana, pode resultar na saída de jogadores via Justiça do Trabalho.


Imagem: Jorge Gontijo/ Estado de Minas

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Mundiais de viradas históricas

Coluna Pedro Rotterdan - Pole Position

Durante vários anos, a F1 foi disputada com muita emoção. Mas na década de 1990, com os avanços tecnológicos, começamos a ver comapeões com quatro ou cinco corridas de antecedência. O alemão Michael Shumacher é uma prova viva disso. Nos mundiais entre 2001 e 2004 ele foi imbatível - campeão com no mínimo cinco corridas antes do término da temporada. Mas em 2005 e 2006 ficou sem o título devido algumas mudanças nas regras. Desde 2007 as equipes ficaram proibidas de usar tração nas rodas traseira, já que elas mantinham os pilotos mais tempo na corrida, impedindo as emocionantes rodadas nas pistas. Este ano, para haver mais equilíbrio das equipes, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) estipulou um valor máximo que as equipes poderiam gastar na temporada. Ou seja, com as escuderias em igualdade temos finais de campeonatos mais emocionantes.

Agora, por algumas linhas, vou assumir uma característica da coluna Memória e Calculadora, de nosso companheiro de blog Luciano Dias. Isso porque vamos relembrar algumas viradas nas últimas corridas do ano.

Em 1988 a rivalidade entre Ayrton Senna e Alain Prost só fez aumentar. Nesta temporada a pontução pelo título era diferente. Na briga pelo caneco, Prost fez 105 pontos, mas foram computados apenas 87. Já Senna, campeão desta temporada, marcou 94 sendo computados 90. A fómula contava apenas os 11 melhores resultados do ano. Na última corrida, em Adelaide, na Autrália, Prost venceu e Senna chegou em segundo e, como o Brasileiro tinha resultados melhores do que seu concorrente, conquistou pela primeira vez o título na F1.

Em 1976 a disputa pelo título foi entre Nikki Lauda e James Hunt, por sinal, emocionante durante toda a temporada. Lauda ficou sem correr durante três grandes prêmios devido a um grave acidente, mas recuperou a ponta da tabela e manteve a diferença de sete pontos até a última corrida. Mas, na largada, percebeu a pista muito molhada e decidiu encostar, deixando a corrida. Hunt, que chegou em terceiro lugar, marcou oito pontos, ficando um a frente de Lauda que foi duramente criticado por seus companheiros de F1. Depois da corrida, o piloto declarou que ficara com medo de se envolver em mais um grave acidente.

Em 1981, o GP que guadava as espectativas de título era o de Las Vegas. Três pilotos ainda estavam na briga pelo título: o argentino Carlos Reutemann (49 pontos), o francês Jacques Laffite (43) e o brasileiro Nelson Piquet (48). Tudo ia contra o brasileiro, já que a pista era muito travada e não permitia muitas ultrapassagens. Piquet consegiu terminar a prova em quinto lugar, após um esforço sobre-humano, enquanto o então lider da competição, Reutemann, terminou na oitava colocação. O brasileiro foi campeção pela primeira vez, com um ponto a mais que seu adversário, que é argentino. Nesta época, apenas os seis primeiros pontuavam, hoje são os oito melhores colocados.

Como dito, a partir de 2006 os GPs ficaram mais equilibrados. Prova disto foi o mundial de 2007, quando Hamilton recolocou a McLaren entre as melhores, batendo de frente com a Ferrari de Raikkonen e Massa. O piloto inglês chegou na última corrida com sete pontos de vantagem, mas devido a inexperiência (ele era estreante naquele ano), rodou na pista, e terminou a corrida em sétimo lugar. A Ferrari então fez um belíssimo jogo de equipe, fazendo com que Raikkonen ultrapassasse Massa, que estava na liderança e nos boxes. Assim, o finlandês ficou com a taça, numa corrida em que todos pensavam que o Hamilton seria campeão.

Este ano o GP do Brasil promete mais emoção. Vamos então ficar na espectativa. Massa X Hamilton, quem leva? O inglês mais uma vez esta em vantagem. Até quando vai suportar a pressão? Mas Massa também está pressionado, pode ser o primeiro brasileiro a ser campeão dentro do Brasil. Ficaremos então na espera. Sexta, dia 31, teremos treinos livres. No sábado, a partir da 14h, teremos os treinos classificatório. No domingo, às 15h, a grande corrida.

Há 20 anos surgia um novo campeão

30 de outubro de 1988. Sabe o que quer dizer esta data? Para quem acertou, parabéns. Para quem errou ou não se lembra, Ayrton Senna, aos 28 anos, era pela primeira vez campeão mundial de Fórmula 1 pela McLaren. Antes desta temporada, Senna passara alguns anos treinando e ganhando experiência pela equipe Lotus. Senna e Prost, companheiros de equipe, foram os únicos pilotos que tivram chances de título. Das 16 corridas da temporada, o brasileiro venceu oito, enquanto o francês venceu sete.

Imagem: globo.com

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Melhor Superliga da história começa hoje

O especializado - Rafael Rebuiti


Ao contrário do futebol, em que todas as estrelas atuam no exterior, o vôlei brasileiro concentra a maior parte dos grandes nomes nas ligas nacionais. Nesta quarta-feira, 10 jogos abrem a Superliga masculina e feminina. A temporada 2008/2009 promete ser a mais emocionante dos últimos anos.

No feminino, grande parte da seleção campeã olímpica em Pequim (nove atletas) vai brigar pelo título. Já no masculino, a repatriação de nomes como o líbero Serginho, o levantador Marcelinho e os atacantes André Heller, André Nascimento e Samuel deixam a disputa mais equilibrada. Desta vez, cinco equipes têm reais chances de brigar pelo caneco, diferentemente dos últimos anos em que Minas e Florianópolis dominaram.

A competição

A Superliga continua no mesmo formato dos últimos anos. São 24 equipes: 12 no masculino e 12 no feminino. A primeira fase terá quatro turnos. As oito melhores colocadas pelo índice técnico irão compor a fase quarta-de-final; semifinal. Os dois times que se saírem melhor nesta fase vão para a finalíssima, disputada em jogo único, no ginásio do Maracanãzinho.

Os mineiros

Minas será bem representado nesta edição, tanto no masculino, quanto no feminino. Entre os homens participará as equipes do Betim e do Minas Tênis Clube. Entre as mulheres, teremos três times na disputa: o Minas, o Mackenzie e o Praia Clube de Uberlândia.

Novas Regras

Novas regras, aprovadas pela Federação Internacional de Voleibol (FIVB), foram adotadas pela edição deste ano. A primeira mudança se refere à invasão da linha central. Será permitido invadir a quadra adversária com qualquer parte do corpo, desde que os pés do jogador estejam parcialmente sobre a linha central ou dentro da quadra de sua equipe.

Não será permitida a invasão caso haja contato direto com o adversário. Outra modificação é em relação ao toque na rede. Só será falta quando o jogador tocar na parte superior da fita ou na antena. Os atletas poderão tocar na malha da rede desde que a ação não gere vantagem para a equipe, não atrapalhe o jogo do adversário, e a rede sirva de apoio ao realizar um movimento.


Imagem: Divulgação CBV

sábado, 25 de outubro de 2008

Americana dispara na liderança do Nacional de Basquete

Termina hoje, 25, a terceira semana do Nacional de Basquete Feminino. A equipe de Americana (SP), única invicta na competição, recebe o São Caetano (SP), às 17 horas. As meninas do ABC Paulista ocupam a sétima colocação, com 28,6% de aproveitamento.

Em Florianópolis, o Floripa (SC), penúltimo colocado, enfrenta o São Bernardo (SP) que está a quatro jogos sem vencer. Elaine, pivô da equipe paulista, lamenta a recaída do time que chegou a ser vice-líder. Atualmente é apenas o quinto. Já as catarinenses querem aproveitar a vantagem de jogar em casa para sair da parte baixa da tabela.

O último jogo da rodada é entre Sport de Recife (PE) e Mangueira (RJ). As pernambucanas começaram o nacional com o gás todo, porém estão apenas em sexto lugar. Do lado carioca as coisas não andam bem. A equipe está na lanterna com apenas 14,3% de aproveitamento. No jogo anterior, o Mangueira foi derrotado por 104 x 57 para o Americana, em São Paulo.

Minas se prepara para o Sul-Americano

Na próxima terça-feira, 28, começa o 45ª Campeonato Sul-Americano de Basquete Masculino. Duas equipes representam o Brasil, no Equador, país sede neste ano. De Santa Catarina, o Joinville, que investiu muito na preparação dos atletas, busca o primeiro título. Já o Minas, atual campeão, treina desde agosto.

O Minas abre o campeonato enfrentando o Clube Biguá, do Uruguai. Os catarinenses jogam contra o Libertad Sunchales, da Argentina. O técnico da equipe mineira, Flavio Davis, acredita que a equipe está preparada para enfrentar um time do nível do Clube Biguá. Os Uruguaios têm dois jogadores da seleção titular da Argentina e ainda contrataram mais dois norte-americanos.

Mesmo pegando os favoritos ao título deste ano, logo na estréia, o técnico catarinense, Alberto Bial, aposta na superação do elenco. “Estamos motivados em busca do título sul-americano. Acredito que o Libertad Sunchales tenha um pouco do favoritismo do torneio, mas nós também estamos na briga”, analisou Bial.

Mais duas equipes disputam a competição, o Barcelona Guaiaquil, do Equador e o Liceo Mixt, do Chile. De acordo com regulamento, as seis equipes jogam entre si em turno único. Será campeão quem somar o maior número de pontos nas cinco rodadas.

Esclarecimento

Família do Acréscimos, por problemas técnicos a coluna Cesta na Sexta não saiu esta semana. Mas na próxima sexta-feira a coluna volta com mais novidades sobre o mundo do basquetebol.
Imagens: CBB

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Programa Acréscimos 24/10

O Acréscimos está no ar. Abaixo, você ouve as principais notícias esportivas com Luciano Dias e Christiano Soares.

Tudo em duas partes. A primeira, destaque para os jogos que abriram a 31ª rodada do Campeonato Brasileiro; os preparativos do Cruzeiro e do Ipatinga. Tem as últimas do Futsal. Na segunda, a sequência da rodada 31 do Brasileirão, Copa Sul-Americana e as últimas do Atlético.

Parte I:



Parte II:



Equipe Acréscimos

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Os grandes também caem

Coluna Luciano Dias - Memória e calculadora esportiva

"Isto nunca vai acontecer com a gente". "Nosso time é muito forte e vai sair desta situação". "Quando as vitórias aparecerem, nossa equipe sai desta zona". Essas são algumas das frases ditas por jogadores, técnicos ou dirigentes de futebol quando o rebaixamento parece ser um fato iminente.

REBAIXAMENTO. Termo ingrato para quem convive com ele. O Aurélio define: passar à categoria mais baixa, considerar inferior, humilhar, desacretitar, comporta-se indignamente. O fantasma do rebaixamento é um martírio. A pior crise que profissionais e adoradores de um grande time no Brasil podem passar. Uma mancha eterna no currículo. Desta forma, ninguém deseja passar por essa vexatória situação.

Mas, no futebol nacional, são poucas as equipes que jamais foram rebaixadas para a Segunda Divisão do Brasileiro. Mais precisamente, seis clubes: Vasco, Flamengo, Cruzeiro, Inter, Santos e São Paulo. Este ano, o número pode cair para cinco, já que o Vasco configura entre os piores do Brasileirão. A equipe, que venceu o Goiás fora de casa nesta quarta-feira por 4 a 2, ocupa a 18ª colocação e pode fechar a 31ª rodada na lanterna.

Outros dois grandes do futebol nacional se encontram na zona da degola no atual Campeonato Brasileiro: Fluminense e Atlético-PR. A torcida do Flu, por sinal, se sente como se acontecesse um déjà vu. Em 1996, o tricolor carioca foi rebaixado pela primeira vez para a Segunda Divisão.

Graças a uma manobra nos bastidores, o Fluminense foi reconduzido à Série A. Como a lição não foi aprendida, o clube sofreu a segunda queda em 1997. Desta vez, sem virada de mesa.

Um ano depois, o momento mais humilhante da história tricolor. O time acabou rebaixado para a Terceira Divisão, só conseguindo voltar à elite no ano 2000, quando disputou a Taça João Havelange. O torneio, que substituiu o Brasileirão naquele ano, juntava as séries A, B e C nos confrontos das oitavas-de-final. Desde então, o Flu se mantém na elite.

Palmeiras, Botafogo, Atlético-MG, Corinthians e Grêmio são outras equipes de destaque que já desfilaram (o Corinthians desfila) na Série B. O Tricolor gaúcho, aliás, superou dois rebaixamentos. A primeira queda foi em 1991, quando o clube caiu e voltou à elite do futebol brasileiro somente em 1993, graças a uma manobra da CBF que trouxe da Segundona 12 times, inflando a Série A daquele ano.

O Grêmio voltaria a cair em 2004. Desta vez, subiu sem ajuda de ninguém. O acesso, ao contrário do anterior, foi brilhante em 2005. Foi na histórica "Batalha dos Aflitos".

Palmeiras e Botafogo tiveram a ingrata experiência de cair em 2002. O Galo desceu em 2005 . As torcidas destas equipes promoveram verdadeiros espetáculos nas arquibancadas quando os times estiveram na Série B. O Corinthians caiu ano passado e a Fiel dá mostras de amor ao clube na atual Segunda Divisão.

Mas, pergunte a esses torcedores, que deram shows, se eles querem voltar ou permanecer na Segundona. Invariavelmente, a resposta é não.


Ilustração: Luciano Dias

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Empates marcam a rodada dos clássicos

A 30ª rodada do Campeonato Brasileiro foi marcada por empates e clássicos estaduais. Em Florianópolis, o Ipatinga (19º) conseguiu a igualdade diante do Figueirense (14º), graças a um gol do boliviano Pablo Escobar aos 48min da etapa complementar. Placar 1 a 1. O marcador se repetiu no confronto entre Coritiba (8º) e Goiás (9º), no Couto Pereira. As duas equipes, que estão próximas na tabela, deram adeus ao sonho de conquistar uma vaga na Libertadores'09.

Nos outros empates, o 2 a 2 prevaleceu. No clássico paulista, Palmeiras (3º) e São Paulo (4º) travaram um jogo eletrizante, no Palestra Itália. O Tricolor vencia até aos 35min do segundo tempo, mas permitiu o empate do Verdão em menos de dois minutos. Sport (11º) e Náutico (15º) promoveram um clássico nervoso na Ilha do Retiro. Talvez por causa do momento das duas equipes, que não venciam há quatro partidas (tabu que aumentou para cinco jogos). Onze jogadores receberam cartões amarelos e Roger, do Leão, e Ticão, do Timbu, foram expulsos.O outro 2 a 2 aconteceu no confronto entre Vitória (10º) e Fluminense (17º), que retornou à zona de rebaixamento.

Os maiores beneficiados com tantos empates foram, sem dúvidas, Cruzeiro, Flamengo e Portuguesa. O time celeste derrotou o arquirrival Atlético (12º) por 2 a 0, no Mineirão. A equipe aumentou o tabu, e não perde para o adversário há oito partidas. De quebra, assumiu a vice-liderança do Nacional. O Flamengo (5º) não ganhou nenhuma posição depois do triunfo de 1 a 0 sobre o lanterna Vasco, no Maracanã. Mas renovou as esperanças de conquistar o título do campeonato. A diferença para o líder Grêmio é de apenas quatro pontos. Tudo por causa do Tricolor Gaúcho, que poderia disparar mais uma vez na competição, mas foi derrotado para a Portuguesa (16º) por 2 a 0, no Canindé. A Lusa ganhou duas posições e saiu da zona da degola.

Fechando a rodada, o Internacional manteve a confiança de beliscar uma vaga no G-4. O Colorado derrotou o desesperado Atlético-PR (18º) por 2 a 1, no Beira Rio. E no Engenhão, o Santos (13º) ficou longe da zona do desespero após derrotar o Botafogo (6º) por 1 a 0.

Com estes resultados, cinco equipes - Grêmio, Cruzeiro, Palmeiras, São Paulo e Flamengo - polarizam a disputa pelo título. Lá em baixo, a briga para fugir da zona da degola está emocionante também. E se o campeonato terminasse hoje, três "grandes" seriam rebaixados: os cariocas Vasco e Fluminense e o Atlético do Paraná.



Luciano Dias

domingo, 19 de outubro de 2008

Hamilton com a mão na taça

Coluna Pedro Rotterdan - Pole Position
O inglês Lewis Hamilton venceu GP da China com méritos. Ele liderou a corrida de ponta a ponta. Nenhum piloto ofereceu perigo ao corredor da McLaren. Fernando Alonso perdeu a quarta posição para Kovalainen mas recuperou minutos depois. Massa e Raikkonen permaneciam nas mesmas posições em que largaram, mas perto do final da prova, o finlandês abriu para o brasileiro passar e não deixar Hamilton aumentar a diferença de pontos.

A corrida

Sem muita emoção, ao contrário do esperado, Hamilton não foi pressionado na largada e nem sofreu ataques de nenhum piloto na briga pela primeira colocação. Na 14ª volta, Massa entrou pit stop e Hamilton entrou para o reabastecimento na volta seguinte. A única emoção ficou por conta de Alonso, que ao perder a posição para Kovalainen, soube entrar bem na reta e entrar por fora na curva, reassumindo a quarta colocação. Manobra digna de um bicampeão mundial. Felipe Massa, ainda com pequenas chances de título, ultrapassou o companheiro de equipe faltando sete voltas para o final.

Nelsinho Piquet, que ainda não tem futuro certo para a próxima temporada, terminou a prova em oitavo lugar. Já Barrichello, indeciso vai ou não parar nesse ano, terminou a corrida em 11°.

Coincidência

Hamilton aumentou a diferença para sete pontos em relação a Felipe Massa. Essa distância de pontos é mesma que o piloto inglês tinha sobre Kimi Raikkonen na temporada passada, antes da última corrida. No ano passado, Hamilton não completou a prova e o título ficou para o finlandês.

Para o brasileiro ficar com o caneco, será necessário vencer a corrida e torcer para que Hamilton termine da sexta colocação para trás. Se Massa terminar em segundo, o inglês terá que ficar no máximo em oitavo. Somente essas duas colocações interessam à Felipe Massa. Se Massa ficar em primeiro e Hamilton ficar em sexto os dois empatam em pontos, 97 para cada. Neste caso, o título fica para o brasileiro, pois no primeiro critério de desempate Massa e Hamilton ficam com cinco vitórias cada, no segundo critério, o que daria o título para o brasilerio, Massa ficaria com 3 segundos lugares contra 2 de Hamilton. Ao piloto inlgês, basta apenas um quinto lugar para ficar com a taça.

Imagem: Uol

sábado, 18 de outubro de 2008

Luta pelo título segue acirrada na F1

Coluna Pedro Rotterdan - Pole Position

A China volta a ser palco de um grande espetáculo, cerca de três meses após o término das Olimpíadas de Pequim. Desta vez, Xangai é o centro das atenções já na reta final da F1 2008. Promessa de grandes emoções entre Felipe Massa e Lewis Hamilton. Os dois seguem firmes na briga pelo título da F1 e o treino classificatório desta madrugada de sábado prova isto. O inglês, que corre pela McLaren, vai largar na primeira colocação seguido pelo finlandês Kimi Kaikkonen. Na segunda fila, Massa larga em terceiro lugar, na frente do espanhol Fernando Alonso, vencedor dos dois últimos GP’s.


Já os brasileiros Nelsinho Piquet e Rubens Barrichello não passaram da segunda fase de classificação e vão largar em 10º e 13º, respectivamente. O destaque negativo fica para o escocês David Coulthard, que segue com desempenho ruim pela RBR e larga apenas na 15ª posição.


Hamilton está cercado


Maior favorito ao título deste ano, o inglês largará cercado de pessoas que não querem vê-lo campeão nesta temporada. Kimi Raikkonen, que há duas semanas declarou que irá ajudar Massa, deve tentar
atrapalhar Hamilton na largada, já que Felipe vem logo atrás. Fernando Alonso, antigo companheiro do inglês na McLaren, também declarou que prefere ver o brasileiro como campeão. Assim, Hamilton está ilhado, e pode mais uma vez, perder um título mundial se não deixar o nervosismo de lado. Heikki Kovalainen, companheiro do inglês na F1, nada poderá fazer, pelo menos na largada, porque sai em quinto lugar.


O Circuito


A corrida no circuito de Xangai promete muita emoção na sua quinta edição. A pista contém alguns trechos em que o piloto pode rodar e ir parar na caixa de areia, principalmente nas três curvas mais acentuadas. Neste circuito serão dadas 56 voltas. A melhor volta que deu a um piloto o direito de largar na Pole pertence ao brasileiro Rubens Barrichello, 1m34s012 (2004). A volta mais rápida é do alemão Michael Schumacher, 1m32s238 (2004). Em 2007, o vencedor foi Kimi Raikkonen, seguido por Fernando Alonso e Felipe Massa. Nas quatro edições da corrida nenhum piloto repetiu uma vitória. Os outros vencedores foram: em 2004 Barrichello, o primeiro piloto a vencer uma prova em Xangai; Fernando Alonso em 2005; e Schumacher em 2006.

Imagem: Acréscimos

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Esporte para promover a Educação

Coluna Paulo Henrique Marques - Cesta na Sexta

O esporte é um elemento importante, não apenas para a saúde física das pessoas, mas também para a convivência em sociedade. Várias pessoas encontram nas práticas esportivas um escape para seus problemas pessoais.

Na última quarta-feira, 15, foi comemorado o “Dia dos Professores”, então vocês perguntam: O que é que isso tem haver com esporte? Simples, o esporte deveria ser melhor aproveitado no Brasil para introduzir em nossas crianças e adolescentes valores que colaborem para o crescimento dos mesmos.

A defasada educação brasileira, que não atende a todos, precisa de uma reformulação rápida. Mas sua importância foi esquecida até mesmos por aqueles que tinham um papel fundamental neste processo: os professores.

Eles vão à escola e fingem que ensinam, os estudantes fingem que aprendem, os administradores públicos fingem que trabalham e a educação fica cada vez mais em segundo plano nas políticas públicas e para a comunidade em geral.

Projetos sociais como os que a Central Única das Favelas (CUFA) realiza, levando esporte e consciência social às pessoas que vivem em comunidades de risco, poderia ter melhores resultados se a educação estivesse adequada nesses determinados lugares.

O basquete, esporte que introduz em quem o pratica noções do funcionamento da vida em sociedade e formas de como trabalhar em equipe, seria uma ótima ferramenta para a ascensão social dessas pessoas, aliada a uma boa educação e medidas tomadas por nossos líderes que facilitem este processo.

No próximo domingo, 19, Cruzeiro e Atlético se enfrentam no Mineirão pelo Campeonato Brasileiro de Futebol. Então, vândalos, não torcedores, sairão às ruas para provocarem uma verdadeira guerra, em um dia que deveria ser de festa. Várias pessoas, inclusive crianças, estarão assistindo todo este papelão pela TV e, então, o exemplo estará dado.

No dia seguinte, jovens motivados por estes atos agridem professores em plena sala de aula como forma de mostrarem que também podem ser “guerreiros” e a educação fica cada vez mais prejudicada. Está na hora de todos, desde estrelas até as pessoas comuns, aproveitarem esta data, o dia 15 de Outubro, para aclamar por melhores condições aos educadores e assim, a melhor qualidade do ensino.

O esporte pode ser um bom aliado neste processo. Ele impõe valores às pessoas e colabora na integração dos mesmos. Mas para que isso aconteça, vamos parar de valorizar coisas inúteis que são feitas por aí e começarmos a desenvolver medidas que promovam uma melhor qualidade de vida para todos.


Imagem: Paulo Henrique Marques

Objetivos opostos no clássico das gerais

Coluna Luciano Dias - Memória e calculadora esportiva

“Clássico é clássico e vice-versa”. A frase do atacante Jardel, ex-Grêmio e atualmente no Criciúma, faz referência às dificuldades para se fazer prognósticos em clássicos. Domingo, 19, é dia de mais um Atlético e Cruzeiro, no Mineirão - duelo válido pela 30ª rodada do Brasileirão.

O momento cruzeirense no campeonato é melhor. No Nacional, a equipe ocupa a terceira colocação e sonha ainda com o título da competição. Já o Galo, está em 12° lugar há oito rodadas. Além disso, o alvinegro tem dois tabus para serem quebrados. O time não vence o rival há sete confrontos (seis vitórias celeste e um empate). O último triunfo aconteceu no primeiro jogo da final do Estadual do ano passado: 4 a 0 com esbanjo.

Pelo Brasileiro, o Atlético não derrota o Cruzeiro há quatro anos. A última vitória aconteceu no dia 23 de outubro de 2004. E também foi de goleada: 3 a 0. Gols do articulador Rodrigo Fabri, do lateral-esquerdo Rubens Cardoso e do prata da casa Juninho.

As duas equipes fizeram campanhas pífias no campeonato daquele ano. O Galo escapou do rebaixamento apenas na última rodada, quando derrotou o São Caetano por 3 a 0, no Mineirão. A Raposa também decepcionou e ficou na modesta 13ª posição.

O meia Wagner, do Cruzeiro, é o único remanescente entre as duas equipes. A equipe estrelada tinha um bom time no papel (só no papel). Edu Dracena, Sorín, Maldonado, Jussiê e Fred faziam parte do clube. O comandante era Marco Aurélio. Já o Galo contava em seu elenco com o polêmico goleiro Danrlei e com o atual vice-artilheiro do Brasileirão, Alex Mineiro. O técnico era Mário Sérgio.

Galo leva vantagem nos números

Se o momento do Cruzeiro é melhor no campeonato, os dados do confronto são a favoráveis ao Atlético. Foram disputados 439 clássicos, sendo 174 vitórias do Galo, 147 da Raposa e 118 empates.

Pelo Campeonato Brasileiro, os números são mais equilibrados. O alvinegro venceu em 15 oportunidades, o time celeste em 12 e ocorreram 15 empates. Em compensação, no Mineirão, a vantagem é azul. São 76 vitórias do Cruzeiro, 70 empates e 71 vitórias do Atlético.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Copa do mundo das revelações para o Brasil

Rafael Rebuiti - O especializado

Todos os holofotes estavam sobre o campeão Olímpico dos 50m livres, César Cielo e o finalista Olímpico Thiago Pereira. Mas, quem roubou a cena na primeira etapa da Copa do Mundo de natação em piscina curta foi a meninada brasileira que não ficou pra trás dos grandes nomes. Você já ouviu falar de Felipe França, de Isabelle Longo, Amanda Macedo e do minastenista Henrique Rodrigues? Não!!! Então, está na hora de conhecer.

Eles fizeram bonito na piscina da Rua da Bahia. Felipe bateu o recorde sul-americano nos 50m peito, com o tempo de 27s17, deixando para trás o ex-detentor do recorde Eduardo Fischer, que ficou em quarto lugar. Outro nadador de destaque foi Henrique Rodrigues, de apenas 17 anos, que ficou na segunda colocação nos 100 e 200m medley.

Outros destaques da equipe masculina foram Luis Rogério Arapiraca, que quase venceu os 1500m livres (prova mais longa da natação), depois de chegar 44 centésimos atrás do atual campeão olímpico da prova, o tunisiano Oussama Mellouli. Kaio Márcio ganhou a prova de 200m borboleta sem muitas dificuldades. O ex-recordista mundial da prova em piscinas curtas fez o tempo de 1min56s74.

Outro brasileiro que subiu no lugar mais alto do pódio foi Armando Negreiros, que chegou na frente nos 400m livres. Ele também conseguiu o bronze nos 1500m . Nicolas Santos deixou Cielo para trás e venceu os 50m borboleta com o tempo de 23s06. Nicolas também foi bronze nos 50m livres.

Equipe feminina - As mulheres tambêm se destacaram. A veterana Fabíola Molina (foto), 33, foi o grande nome da natação nesta Copa do Mundo. Ela disputou três provas e venceu todas, os 50m costas, os 100m medley e 100m costas. Fabíola também bateu dois recordes sul-americanos.

O presidente da CBDA Coaracy Nunes acredita que Fabíola vai nadar até os 40 anos. “A Fabíola é quem nem uísque, quanto mais velha melhor”, brincou. O exemplo do sucesso de Fabíola nestes anos dedicados a natação do país, fez com que várias meninas ingressassem no esporte. Duas delas foram Isabelle Longo e Amanda Macedo. Elas disputaram as mesmas provas e ganharam as mesmas medalhas. Isabelle chegou em segundo nos 400m medley e 800m livres, já Amanda conseguiu o bronze.

Joana Maranhão foi outro nome muito esperado pela torcida que encheu a arquibancada do complexo aquático. Ela conseguiu duas medalhas, nos 200 e 400m medley. Outro destaque foi Tatiana Lemos, responsável pela medalha de número 500 do país em Copa do Mundo, com a terceira posição nos 200m livres. Ela também ganhou bronze nos 100m livres.

Agora, não podemos deixar de falar de Thiago Pereira e César Cielo. Os dois maiores nomes da natação do país na atualidade também fizeram bonito. Thiago venceu duas provas, os 100 e 200m medley, provas de sua especialidade. Já Cielo, mesmo não estando em sua melhor forma, papou três medalhas, dois ouros, nos 50 e 100m livres, e um bronze nos 50m borboleta. Ele ainda desafiou Michael Phelps que vai nadar as provas do brasileiro. “Eu não tenho medo dele” disse.

Saldo Final

No final dos três dias de provas, o Brasil ficou em primeiro lugar no quadro de medalhas com 10 de ouro, 14 de prata, 18 de bronze, 42 no total. Após a etapa de Beagá, 538 medalhas soma o Brasil em sua história nas Copas do Mundo da FINA. Caso o Minas Tênis fosse um país ele chegaria em quinto lugar no quadro de medalhas com três ouros, seis pratas e cinco bronze, 14 no total.

O que ninguém mostrou

Durante as provas, duas situações inesperadas aconteceram.Uma no primeiro dia de finais. A toca de um dos nadadores ficou na piscina por 5 minutos. A organização só deu conta quando as nadadoras já estavam balizadas para a largada dos 200m medley. Joana Maranhão teve que pular na piscina para retirar o objeto. No segundo dia, o que caiu na piscina foi um quarda-sol que protegia os juízes. E pra variar, quem estava competindo? Joana Maranhão. Só que desta vez quem pulou para apanhar o aparato foi um dos nadadores que fazia o aquecimento na piscina secundaria. Coisas que só acontecem no Brasil.


Imagem: Satiro Sodré

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Paulistas disparam no Nacional Feminino de Basquete

Neste último domingo, 12, dois jogos abriram a segunda semana do Nacional de Basquete Feminino. Em Santo André, no ABC Paulista, a equipe da casa recebeu o líder da competição, o Americana, e foi derrotada por 68 x 56. Em São Bernardo do Campo, também em São Paulo, as meninas locais bateram o São Caetano: 78 x 65.

Com as vitórias, Americana, em primeiro, e São Bernardo, em segundo lugar, se tornam as duas únicas equipes invictas no nacional. Já o São Caetano amarga a terceira derrota consecutiva na competição e fica na lanterna sem nenhuma vitória.

Amanha, mais quatro jogos dão continuidade à segunda semana do campeonato. Destaque para o clássico do ABC. As vice-líderes do nacional enfrentam o Santo André em busca da quarta vitória consecutiva. A armadora de Santo André, Kátia Carvalho, acredita em uma partida difícil devido a alta qualidade das adversárias.

Já ala de São Bernardo, Cíntia Luz, observa que as rivais desta terça-feira não darão mole, mesmo tendo um início apagado até aqui. A equipe de Santo André ocupa a sétima colocação com duas derrotas e uma vitória.

Em Santa Catarina, a equipe de São Caetano busca a primeira vitória no campeonato contra as meninas do Clube Doze/Floripa, quinto colocado no nacional. O time do Sul tem 50% de aproveitamento na competição em dois jogos.

Também com dois jogos e 50% de aproveitamento, o Sport Recife vai até Ourinhos, em São Paulo, para enfrentar o time da casa. A partida promete, pois as duas equipes brigam para se manterem na ponta da competição e não se distanciar dos líderes.

As paulistas, atuais campeãs da competição, têm duas vitórias e uma derrota. A ala/armadora de Ourinhos, Karen, comentou que a atenção na defesa, principalmente com as alas do Sport, Jaqueline e Tayara, pode levar a sua equipe a vitória.

Fechando o dia, as cariocas do Mangueira irão à Catanduva, cidade à 88 km de São Paulo, para enfrentar as donas da casa. O time do Rio de Janeiro perdeu as duas partidas que disputou na competição e luta pra sair das últimas posições. As paulistas têm uma vitória e duas derrotas e ocupam o sexto lugar. As quatro partidas de amanha acontecem às 20 horas.

Imagem: CBB


Paulo Henrique Marques

domingo, 12 de outubro de 2008

Alonso vence mais uma e Massa diminui diferença para Hamilton

Coluna Pedro Rotterdan - Pole Position

Eletrizante. Assim se define o início do GP do Japão, realizado nesse domingo. Ainda na largada, o ferrarista Kimi Raikkonen tomou a primeira colocação de Lewis Hamilton que, ao tentar se recuperar, acabou empurrando o finlandês Kovalainen e Massa para fora da pista. O espanhol Fernando Alonso e o polônes Robert Kubica aproveitaram e assumiram as duas primeiras colocações.

Pouco mais tarde, foi a vez de Massa se atrapalhar. O brasileiro errou nas curvas 10 e 11 e deixou que Hamilton entrasse por dentro, e para não ser ultrapassado, acabou tocando no inglês. Depois, a comissão da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) optou por punir os dois pilotos com um drive throughs (passagem pelo pit stop). Isto colocou os dois concorrentes ao título, longe da zona de pontuação.

Após a punição, Felipe Massa conseguiu se recuperar com ultrapassagens arriscadas. No final da corrida, o brasileiro foi beneficiado com a punição de Sebastien Bourdais, que perdeu cinco posições. Então, Massa terminou em sétimo, enquanto Hamilton acabou no modesto 12º lugar. O resultado diminui para cinco pontos a diferença entre Massa e o inglês - 79 a 84.

Os quatro primeiros colocados da prova tiraram proveito de erros dos concorrentes no início da corrida. Alonso reviveu os grandes momentos, principalmente depois da 43ª volta, quando assumiu a liderança por definitivo. Kubica terminou em segundo, Raikkonen em terceiro, e Nelsinho Piquet em quarto. Foi a melhor prova do brasileiro na temporada.

Agora, com apenas cinco pontos do líder Hamilton, Massa segue com chances de vencer a temporada 2008. Dependendo dos resultados do próximo GP, na China, poderemos conhecer o campeão na última prova da temporada, no GP do Brasil, em Interlagos.


Imagem: Issei Kato/Reuters

Kaká destoa e coloca Robinho no devido lugar - 1º tempo

Coluna Tática por Thiago Ricci

Um primeiro tempo do Brasil contra a Venezuela, em San Cristóbal, muito bom taticamente. Tal organização refletiu no placar: 3 a 0 para a seleção canarinho.

Tática que só daria certo - como deu - com a entrada de Kaká. Fundamental na distribuição de jogadas, o jogador do Milan está à frente dos companheiros na inteligência e visão de jogo. O esquema determinado por Dunga também foi realizado com sucesso.

Como mostra a prancheta, o Brasil tinha a forma de sair jogando clara. Gilberto Silva caía pela direita, se juntando ao Maicon e, mais à frente, ao Kaká. Pela esquerda, outro trio: Josué, Kléber e Elano.

Quando o meio-campo venezuelano apertava, Gilberto Silva centralizava (fazendo o papel de um terceiro zagueiro na saída de bola), Elano ia para direita e Kaká flutuava na frente. Essa formação, inclusive, era a mesma quando a seleção verde e amarelo trocava passes na frente.

O problema do esquema foi possível perceber no final da primeira etapa. Se Elano, Josué, Gilberto Silva e os laterais não sobem, fica um buraco enorme entre essa turma e o trio ofensivo - Kaká, Adriano e Robinho.

O motivo do título da coluna? Diego ainda está verde para exercer essa função na seleção brasileira e Ronaldinho Gaúcho é incapaz - logo se esconderia no lado esquerdo do campo. Já Robinho, voltou ao seu devido lugar: é uma esperança para destruir marcação, mas longe de ser líder de qualquer equipe.

sábado, 11 de outubro de 2008

Massa larga em quinto e Hamilton segue favorito

Coluna Pedro Rotterdan - Pole Position

Com sete pontos de vantagem para o segundo colocado, o inglês Lewis Hamilton (foto) vai largar na pole position no GP do Japão. Ele fez uma excelente volta e colocou 0s429 sobre Felipe Massa, que larga apenas em quinto lugar. O finlandês Raikkonen, companheiro de Massa na Ferrari, vai sair na segunda colocação e pode ajudar seu parceiro atrapalhando a largada do inglês. Kovalainen sai em terceiro, seguido por Fernando Alonso.

Os outros dois brasileiros da F1, mais uma vez não se saíram bem: Barrichello larga em 17º e Nelsinho Piquet em 12º.

Como vai largar em quinto, Massa terá que arriscar logo na largada para não deixar seu rival com muita vantagem. Felipe disse à imprensa inglesa que a primeira curva é bem parecida com a da Hungria. Assim ele pretende começar a prova da mesma maneira de Hungaroring. Caso largue bem, o brasileiro poderá abrir caminho para marcar pontos importantes no campeonato e seguir com chance de títulos.

O Circuito

O circuito de Fuji está localizado no meio de um deserto, a 150km de Tókio e 300km de Nagoya. Nele serão corridos 67 voltas, totalizando 305.72 Km. O último vencedor foi o inglês Hamilton. O maior vencedor da prova, com seis vitórias, é Michael Schumacher. O alemão triunfou em 1995, 1997, 2000-2002, 2004.

Últimas da F1

O GP do Canadá, disputado desde 1967, está fora do calendário da próxima temporada. A nova disputa será em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes. A América do Norte fica agora sem corridas de F1. Com a mudança, a prova de Interlagos agora vai ser a penúltima da temporada, no dia 1º de novembro.

Enquanto isso, nos bastidores só se observa especulações. As negociações dos pilotos com as equipes já começaram. A BMW descartou de vez a possibilidade de contratar Fernando Alonso, isso porque a equipe confirmou a permanência da dupla Heidfeld e Kubica. Já o brasileiro Barrichello admitiu pela primeira vez que pode parar. Ele corre pela Honda, que anunciou interesse em contrar Bruno Senna. Rubinho polemizou o assunto: "se o Bruninho vier para a Honda ele vai se queimar".


Imagem: Agência/ EFE

Começa o nacional de basquete feminino

Coluna Paulo Henrique Marques - Cesta na Sexta

O basquete nacional começa a esquentar neste final de ano. A 11ª edição do Campeonato Nacional de Basquete Feminino começou na última terça-feira, 07, e promete ser diferente dos outros anos. Nove equipes disputam o torneio.

A superioridade paulista ainda é evidente. Mesmo sendo cedo para analisar as posições na tabela, com duas rodadas disputadas, os três melhores times até aqui são paulistas. Devemos considerar também, que dos noves clubes que disputam o nacional deste ano, seis são paulistas.

O time de Ourinhos briga pelo quinto título consecutivo na competição. Desde 2004, os times de São Paulo ficaram com a taça do nacional. Este ano, a equipe ocupa a terceira colocação, atrás apenas das meninas de Americana e do AD Santo André.

Mas tem gente querendo estragar a festa. A equipe do Sport, de Pernambuco, vem com força total em busca de seu primeiro título. O clube comandado por Roberto Dornelas ocupa a quarta colocação na tabela de classificação e mostra indícios que tem pretensões maiores para este ano.

Um fato interessante a se observar no campeonato: as partidas estão mais intensas do que em anos anteriores. A disputa e a qualidade também aumentaram. Estamos ainda na primeira semana dos jogos, mas a tendência é que o nível se eleve consideravelmente no decorrer da temporada.

A segunda semana do Nacional de Basquete Feminino começa no próximo domingo, 12, com duas partidas às 17 horas. O AD Santo André joga em casa contra a equipe de Americana, que está na liderança da competição. E em São Bernardo do Campo, a equipe da casa enfrenta o lanterna São Caetano.

Vale lembrar que o torneio é disputado em turno e returno na primeira fase e as quatro melhores equipes disputam a semifinal. Esta fase e a final serão disputadas em melhor de cinco jogos. Sendo que a primeira, segunda e quinta partidas serão jogadas na quadra da equipe melhor colocada na primeira fase.

imagem: CBB

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Programa Acréscimos 10/10

O Acréscimos está no ar. Abaixo, você ouve as principais notícias esportivas com Paulo Afonso, Christiano Soares, Luciano Dias, Rafael Rebuiti, Pedro Rotterdan e Paulo Henrique.

Tudo em duas partes. A primeira, destaque para a Seleção Brasileira, Natação e a abertura da 29ª rodada do Brasileirão. Na segunda, a sequência da rodada 29 do Brasileiro, Fórmula 1, Mudial de Futsal e o Basquete.


Parte 1:



Parte 2:


Mundial de Futsal: Brasil 1x0 Irã - estréia da 2ª fase

Equipe Acréscimos

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

BH se transforma na capital mundial da Natação neste fim de semana

Coluna Rafael Rebuiti - O especializado

A partir desta sexta-feira, as piscinas do Minas Tênis Clube, na Rua da Bahia, se tornarão, pela quarta vez, cenário do maior campeonato de Natação em piscinas de 25 metros. Belo Horizonte sediará a primeira etapa da temporada 2008/2009 da competição. Para a preparação da festa da natação brasileira, cerca de 270 profissionais estão envolvidos, tudo para garantir o melhor espetáculo para o público. A expectativa é de que nos três dias de competição seis mil pessoas passem pelo Parque Aquático.

O campeão da última temporada, o norte-americano Randall Bal, já está em Beagá - ele foi o primeiro atleta a chegar na capital da competição. “ Estou esperando para ver como eu me sairei e os outros nadadores também, já que há pouco tempo foram disputadas as provas da Olimpíada e só agora estão retomando os treinamentos”, disse.

Além de Bal, atletas de outros países, como Suécia e Cingapura, também chegaram. Hoje o restante dos competidores, como o tunisiano Oussana Mellouli, medalha de ouro nos 1500m livres em Pequim, e a australiana Sophie Edington.

Dos 160 nadadores que estarão presentes na prova, 112 representam o Brasil. Os mais conhecidos são Thiago Pereira, Joana Maranhão, Kaio Márcio e o campeão Olímpico dos 50m livres, César Cielo (foto). A delegação minas-tenista também vem forte, com 30 atletas.

A delegação brasileira tem a missão de superar a marca de 500 medalhas conquistada em 10 anos em que o Brasil sedia uma das etapas. Atualmente, o país possui 496, sendo 73 conquistadas no ano passado. Temporada esta, especial para a natação brasileira com a quebra do recorde mundial nos 200m medley de Thiago Pereira, em Berlim.

Em dez anos, foram vários os nadadores que caíram na piscina em etapas brasileiras, entre eles os melhores do planeta em suas especialidades. Por aqui passaram os australianos Ian Thorpe e Geoff Huegill, os holandeses Peter van der Hoogeband e Inge de Bruijn, os italianos Massi Rosolino e Emeliano Brembilla, os russos Denis Pankratov e Nadejda Tchemezova, os alemães Thomas Ruprath, Jens Kruppa, Steve Theloke e Antje Buschulschulte, além dos sul-africanos Ryk Neethling.


10/10 - 18h - Eliminatórias/Balizamento; 11/10 - 8h45 – Finais
800 m livre feminino,100 m livre masculino, 200 m livre feminino, 50 m peito masculino, 100 m peito feminino, 400 m medley masculino, 100 m borboleta feminino, 100 m costas masculino, 50 m costas feminino, 200 m borboleta masculino, 200 m medley feminino, 400 m livre masculino, 50 m livre feminino, 200 m peito masculino, 100 m medley masculino, 200 m costas feminino, 50 m borboleta masculino

11/10 - 18h - Eliminatórias/Balizamento; 12/10 - 8h40 - Finais
1500 m livre masculino, 100 m livre feminino,200 m livre masculino, 50 m peito feminino, 100 m peito masculino, 400 m medley feminino, 100 m borboleta masculino, 100 m costas feminino, 50 m costas masculino, 200 m borboleta feminino, 200 m medley masculino, 400 m livre feminino, 50 m livre masculino, 200 m peito feminino, 100 m medley feminino, 200 m costas masculino, 50 m borboleta feminino

O Acréscimos vai acompanhar todos os detalhes do evento. Fique ligado nas atualizações



Imagem: Divulgação CBDA

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Saldo 48 para afastar fantasma espanhol

Coluna Luciano Dias - Memória e calculadora esportiva


Quatro jogos, 100% de aproveitamento, 49 gols marcados (média superior a 12 por partida), apenas um sofrido, saldo de 48. Quanta eficiência! Estes são os números da Seleção Brasileira masculina de futsal, na primeira fase da Copa do Mundo, realizada no Brasil.

Na estréia, 12 a 1 no Japão. No segundo confronto, impressionantes 21 a 0 sobre a convidada seleção de Ilhas Salomão. A Rússia era considerada o adversário mais difícil, mas o Brasil fez 9 a 0 com esbanjo. E para fechar a primeira fase, também 9 a 0 sobre os cubanos.

Mas, os números são pouco importantes para muitos brasileiros. O que vale neste Mundial é afastar um fantasma chamado Espanha. A Fúria levou as duas últimas Copa do Mundo: 2000, na Guatemala, e em 2004, no Taiwan.

A Fifa organiza o Mundial desde 1989, e antes da Espanha, só o Brasil havia conquistado a Copa - foram três oportunidadades (1989, na Holanda; 1992, em Hong Kong e em 1996, na Espanha).

Os três primeiros mundiais (1982, 85 e 88) foram organizados pela Federação Internacional de Futebol de Salão (Fifusa). O Brasil venceu as duas primeiras edições e o Paraguai surpreendeu em 88. Neste contexto, polêmica aberta, pois apreciadores do esporte acham que as Copas do Mundo devem ser contabilizadas a partir de 1989, quando a Fifa passou a organizar.

Controvérsias à parte, na soma de todos os mundiais (organizados pelas duas entidades), o Brasil é penta também nas quadras e, diferentemente dos gramados, sem sombras. Distantes, um fantasma chamado Espanha, detentora de dois títulos, e um cavalo chamado Paraguai, que contrariou a essência em 1988.

Falcão 250

O craque da nossa seleção de futsal, Alessandro Rosa Vieira, o Falcão, ficou poucos minutos em quadra na partida desta quarta-feira contra Cuba. O suficiente para balançar a rede em duas oportunidades e alcançar a marca de 250 gols com a camisa do Brasil. Somente nesta Copa, Falcão já marcou 11 vezes.

Mais um feito do camisa 12 da Seleção. Mas, dentre os diversos prêmios e títulos do habilidoso jogador, falta uma conquista: ser campeão do mundo pelo Brasil.


Montagem: Luciano Dias

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Última apuração

Coluna Paulo Afonso - Simplesmente por esporte

Nos embalados de sábado à tarde e noite, secar era preciso. Pena ter sido uma atividade inútil ao Cruzeiro. Depois de bater o Sport, quinta passada, o time celeste não contou com a ajuda de ninguém no complemento da rodada. Já dizia o saudoso Barão de Itararé: "de onde menos se espera e que não sai nada mesmo".

O Náutico sequer conseguir acertar o gol em uma cobrança de pênalti diante do Fla. Os cariocas responderam com 2 a 0, nos Aflitos. Nem o conterrâneo e ex-atual parceiro Ipatinga caprichou. Recebeu o São Paulo no Vale do Aço e apanhou por 3 a 1. Até quem vinha tropeçando, mudou de rota. No sul, o Grêmio brigou muito pelos três pontos contra o Bota. Acabou fazendo as pazes com a vitória.

Do rival Atlético, nenhum repeteco da façanha do final de 2007, no Palestra. Aliás, o Galo gosta de contradições. Semana passada, ficou no 0 a 0, em casa, ao pegar a pior defesa da competição, o Figueira. Desta vez, encarou um Palmeiras líder e há seis jogos com a defesa imaculada. Acredite, saiu na frente. Porém, quase no fim da etapa inicial, o experiente Marques deu uma mãozinha ao Verdão. Amarelado, o atacante levantou o braço e cortou a trajetória da bola, em um lance sem perigo. Levou o vermelho. Se o time alvinegro com 11 já parece não estar completo; com menos um, ficou ainda mais dez-maiado. Sofreu o vira.

E quem diria, o carcereiro Mário Sérgio emplacou dois bons resultados longe de casa, após implantar o sistema concentração total no Figueirense. Na oportunidade, condenei (vide coluna). De lá pra cá, segurou o Galo no Mineirão. Bateu o Vasco em pleno São Januário. A continuar assim, o elenco catarinense merece um convite para refilmar “Tudo pela Liberdade”. Por falar em Vasco da Gama, a equipe segue navegando nas turbulentas águas do rebaixamento. O comandante é o teimoso Renato Gaúcho. Estava no Flu. Escapou graças à demissão. Insatisfeito, abraçou uma causa quase perdida.

Charge: Paulo Afonso

domingo, 5 de outubro de 2008

Quinteto da frente se distancia no Brasileirão

Os cinco primeiros colocados do Brasileiro venceram na 28ª rodada e se distanciaram das demais equipes da competição. A média de gols foi uma das mais altas do campeonato - 3,5 tentos por partida. Por causa das eleições municipais neste domingo, os confrontos foram divididos em três datas.

Na quarta-feira, no Maracanã, o Fluminense (19º) aumentou a crise ao empatar, com um jogador a mais, diante do Goiás (8º). O resultado derrubou Cuca. Renê Simões assume o Tricolor. Na quinta-feira, dois confrontos. Com um futebol burocrático, o Cruzeiro (3º) venceu o Sport (11º) por 1 a 0, no Mineirão. O Vitória (7º) derrotou a Portuguesa (17º) por 3 a 1, no Barradão.

Os comentários destas partidas podem ser ouvidas no último programa Acréscimos.

A rodada foi fechada sábado, com sete duelos. O líder Palmeiras confirmou o favoritismo e derrotou o Atlético-MG (12º) por 3 a 1, no Palestra Itália. O segundo colocado Grêmio reencontrou o caminho das vitórias ao fazer 2 a 1, de virada, no Botafogo (9º), no estádio Olímpico. O São Paulo (5º) ainda sonha com o tri, principalmente depois da vitória sobre o Ipatinga (18º), no Ipatingão. O Flamengo (4º) também venceu fora de casa. O Rubro-Negro derrotou o Náutico (15º) por 2 a 0, nos Aflitos.

Destaque para o Coritiba(6º), no Couto Pereira. O Coxa fez 4 a 2 no emergente Internacional(10º). Na Vila Belmiro, o Santos (13º) mostrou um futebol vistoso e derrotou o Atlético-Pr (16º) por 4 a 0. Finalmente, em São Januário, o Vasco (20º) mostrou que está pronto para estreiar na segunda divisão em 2009. Apático, o time cruzmaltino foi goleado pelo Figueirense (14º) por 4 a 2. Os catarinenses não venciam há sete jogos na competição.

A 28ª rodada mostrou quem brigará realmente pelo título - Palmeiras, Grêmio, Cruzeiro, São Paulo e Flamengo - e confirmou a desorganização de duas equipes cariocas - Vasco e Fluminense - ambas amargam as últimas posições da competição e vêem o rebaixamento cada vez mais iminente.


Luciano Dias

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Programa Acréscimos 03/10

O Programa Acréscimos está no ar. Abaixo, você confere as principais notícias esportivas com Paulo Afonso, Christiano Soares, Luciano Dias e Rafael Rebuiti. Tudo em duas partes.

A primeira, destaque para a Sul-Americana, o Mundial de Futsal e as notícias do Cruzeiro. Na segunda, as últimas de Ipatinga; Atlético e os jogos que fecham a 28ª rodada do Brasileirão.

Parte I:




Parte II:


Obs: Devido o jogo do Cruzeiro na quinta-feira, o programa precisou ser gravado no dia seguinte.
Equipe Acréscimos

Os valores da notícia

Coluna Paulo Henrique Marques - Cesta na Sexta

Nas para-olimpíadas deste ano, vimos o descaso da nossa imprensa com o esporte nacional. Nossos atletas especiais, como gosto de chamá-los, deram um show em Pequim. Trouxeram o triplo de medalhas (47) em relação aos atletas considerados “normais” (15). Mesmo assim, nada foi comentado na grande mídia brasileira sobre os vitoriosos atletas para-olímpicos. Em contrapartida, a cobertura do fracasso da nossa participação com os atletas “olímpicos” foi massiva.

O valor notícia é algo impregnado na imprensa deste país. Vocês não devem saber, mas na próxima semana, dia 07 de outubro, começa o 11º Campeonato Nacional de Basquete Feminino. Entre as nove equipes participantes, nenhuma representa Minas Gerais. Só São Paulo abriga seis times na competição. As outras três são elencos de Pernambuco, Rio de Janeiro e de Santa Catarina.

Na situação em que se encontra o basquete brasileiro, não podemos exigir que os veículos de comunicação gastem minutos preciosos cobrindo eventos totalmente desprovidos de investimento e coordenação por parte de nossa Confederação. Mas um auxilio da mídia ajudaria na visibilidade do esporte em nosso País.

O futebol masculino, esporte galáxias de distância mais popular que o basquete aqui no Brasil, mantém-se na preferência do público não apenas por ser a paixão nacional, mas devido à grande visibilidade na imprensa. Outra coisa que depõe contra o desenvolvimento dos esportes especializados é a lacuna na grade curricular para os alunos de Ensino Básico, deixando-os sem garantia da prática de todos os esportes. O oposto ocorre nos Estados Unidos. Lá, os alunos são motivados a participar de atividades esportivas variadas. A iniciativa é certeira. Em todas as Olimpíadas, os americanos se destacam entre os melhores.

Não estou aqui promovendo um combate contra a veiculação do futebol masculino na imprensa. Simplesmente, alerto para mudarmos a nossa cultura dentro do esporte, com a efetivação de mais investimentos em outras áreas. A mudança tem que partir também dos próprios dirigentes dessas modalidades. Exemplo, o Vôlei. Atualmente, o segundo esporte na preferência nacional. Para ganhar visibilidade é preciso mostrar resultados. Foi o que aconteceu com o esporte. Vários títulos mundiais e os melhores atletas do mundo chamaram a atenção da imprensa.

No entanto, dizer o quê do futebol feminino? As brasileiras fazem mais bonito em relação aos homens e, mesmo assim, são esquecidas com facilidade pelos jornalistas. Vamos começar a pensar em mudanças desde já, para que nas Olimpíadas de 2012, em Londres, o papel de nossos atletas venha a ser mais convincente e a mídia atue com mais democracia, dando crédito a quem realmente merece.