quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Os melhores da "Era dos Pontos Corridos"

Luciano Dias (@jornlucianodias)

O São Paulo é o time que fez mais pontos na "Era dos Pontos Corridos" (2003-2011) do Campeonato Brasileiro. Campeão em três oportunidades (2006, 07 e 08), o Tricolor Paulista soma 627 pontos nos nove Brasileirões disputados a partir de 2003.

Apesar de não ter conquistado nenhum título no sistema atual do Campeonato Nacional, o segundo colocado é o Inter, com 577 pontos. A explicação é simples: o Colorado chegou entre os seis primeiros em sete edições.

O Cruzeiro, mesmo com campanhas modestas em 2004, em 2006 e neste ano, está em terceiro lugar, com 570 pontos. Mas, o time celeste conseguiu chegar entre os cinco melhores nas edições de 2007, 2008, 2009 e de 2010. O Santos, vencedor do Brasileirão de 2004, e o Flamengo, campeão em 2009, completam a lista dos cinco primeiros.

É válido destacar que equipes, como Grêmio, Corinthians, Atlético-MG e Vasco, não disputaram todos os campeonatos da "Era dos Pontos Corridos" porque foram rebaixadas em alguma das edições.

Confira a lista dos 20 primeiros na "Era dos Pontos Corridos":

1º - São Paulo – 627 pontos
2º - Inter – 577 pontos
3º - Cruzeiro– 570 pontos
4º - Santos – 564 pontos
5º - Flamengo – 524 pontos
6º - Fluminense – 518 pontos
7º - Atlético/PR – 504 pontos
8º - Corinthians – 502 pontos
9º - Palmeiras – 478 pontos
10º - Goiás – 452 pontos
11º - Grêmio – 452 pontos
12º - Vasco – 435 pontos
13º - Botafogo – 426 pontos
14º - Atlético/MG – 421 pontos
15º - Figueirense – 393 pontos
16º - Coritiba – 339 pontos
17º - Paraná – 281 pontos
18º - Juventude – 266 pontos
19º - Vitória – 246 pontos
20º - São Caetano – 215 pontos

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Adjetivos de um Brasileirão

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Disputado, surpreendente, emocionante, triste, tenso... Estes são alguns dos adjetivos que definem o Campeonato Brasileiro deste ano. O título foi para o Corinthians, pela quinta vez. O Timão, mesmo vencendo muitas partidas com placares apertados, foi a equipe mais regular durante a competição. O clube levou o caneco justamente no dia em que perdeu um dos maiores ídolos de sua história. Foi uma bela homenagem ao Doutor Sócrates.

Os cariocas também foram bem. Três equipes garantiram vagas na Libertadores do ano que vem. O Botafogo, se não fossem os tropeços na reta final, também poderia ter arrumado um lugarzinho na maior competição das Américas.

O Vasco é, sem dúvidas, o destaque carioca. O time cruzmaltino levou a Copa do Brasil no primeiro semestre, perdeu o treinador Ricardo Gomes (por causa de um AVC) à beira do campo. Desmotivação? Pelo contrário. Comandado pelo auxiliar Cristovão, o time chegou até a última rodada com chances de conquista.

Foi o campeonato em que o Santos, campeão da Libertadores, estava de férias. Mesmo assim, o Peixe apresentou o desfile de Neymar e o faro de gols de Borges, o artilheiro da competição. Foi o campeonato da surpresa Figueirense. Com um time bom e barato, o clube comandado por Jorginho quase garantiu uma histórica vaga na Liberadores.

Por outro lado, foi a competição das decepções dos rebaixados Atlético-PR, Ceará e Avaí. Foi o campeonato desastroso dos times mineiros. O saldo de Minas é um rebaixado (América) e dois (Cruzeiro e Atlético) que brigaram para não cair e não ficaram sequer com uma vaga na Copa Sul-Americana.

Aliás, o clássico entre Raposa e Galo, disputado na última rodada, merece um comentário à parte. Para muitos torcedores atleticanos, a goleada de 6 a 1 que o Cruzeiro aplicou foi injetada por dinheiro de Perrella e do banco BMG aos jogadores do Galo. Para os celestes, a vitória demonstrou superação, mesmo que demorada, contra a apatia alvinegra. Coisas de torcedores, que só aumentam a emoção do campeonato.

Ótimo, polêmico, alegre, diferente... Este é o Brasileirão, o campeonato com mais adjetivos do mundo.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Esperança no apito?

Luciano Dias (@jornlucianodias)

O confronto entre Ceará e Cruzeiro, neste domingo, em Fortaleza, promete ser uma guerra. Um jogo de duas equipes desesperadas para afastar o fantasma do rebaixamento. E para apitar um duelo complicado, nada melhor que um juiz experiente: Wilson Luiz Seneme, 41 anos, paulista, árbitro FIFA.

O torcedor cruzeirense que acredita nos números pode ficar esperançoso com o dono do apito para o jogão. Nos oito últimos jogos do time celeste que Seneme apitou, o placar final foi vitória do Cruzeiro. Foram três partidas este ano, quatro em 2010 e uma em 2009.

O último jogo que a Raposa perdeu com Seneme foi no dia 25 de outubro de 2008, no duelo entre Atlético-PR e Cruzeiro, na Arena da Baixada, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Furacão venceu por 1 a 0. Naquele ano, ele também foi o dono do apito no triunfo cruzeirense, sobre o Fluminense, por 3 a 1, em pleno Maracanã, em partida válida pela 15ª rodada do Brasileirão. Desta forma, em quatro anos ou 10 jogos, o time estrelado venceu nove e o adversário apenas um duelo.

Os mais polêmicos podem acreditar em alguma armação. Mas a única partida que causou problemas e discussões foi na estreia do Brasileiro do ano passado, na vitória do Cruzeiro sobre o Internacional, por 2 a 1, no Beira Rio. Os colorados reclamaram muito do pênalti que originou o primeiro gol (marcado por Kléber) da Raposa naquele jogo.

Confira os jogos do Cruzeiro que Wilson Luiz Seneme apitou nos últimos quatro anos:

2011

CRUZEIRO 2 X 0 ATLÉTICO-MG
Motivo: segundo jogo da final do Campeonato Mineiro
Local: estádio Arena do Jacaré, em Sete Lagoas
Data: 15/05/2011 (domingo)
Horário: 16h
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa-SP)
Gols: Wallyson, aos 30min, e Gilberto, aos 41min do segundo tempo


CRUZEIRO 2 X 0 GRÊMIO
Motivo: 8ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas (MG)
Data: 06/07/2011 (quarta-feira)
Horário: 19h30
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa-SP)
Gols: Montillo, aos 26min do primeiro tempo; Montillo, aos 9min do segundo tempo


CRUZEIRO 3 x 2 ATLÉTICO-GO
Motivo: 31ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Arena do Jacaré, em Sete Lagoas-MG
Data: 23/10/2011 (domingo)
Árbitro: Wilson Luiz Seneme/SP (Fifa)
Gols: Thiago Feltri, aos 15 min., e Farías, aos 41 min. do 1º tempo; Felipe, aos 21 min., e Anselmo Ramon, aos 25 min., e aos 29 min. do 2º tempo


2010

CRUZEIRO 3 x 0 ATLÉTICO-GO
Motivo: 26ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: estádio Arena do Jacaré, em Sete Lagoas
Data: 29/09/2010 (quarta-feira)
Árbitro: Wilson Seneme (Fifa-SP)
Gols: Cláudio Caçapa, aos 30 min, e Montillo, aos 44 min do primeiro tempo; Wallyson, aos 42 min do segundo tempo

ATLÉTICO-MG 0 X 1 CRUZEIRO
Motivo: 12ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local:Arena do Jacaré, em Sete Lagoas-MG
Data: 01/08/2010 (domingo)
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa/SP)
Gols: Wellington Paulista, aos 32 min do primeiro tempo

ATLÉTICO-PR 0 X 2 CRUZEIRO
Motivo: oitava rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Arena da Baixada, em Curitiba-PR.
Data: 14/07/2010 (quarta-feira)
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP)
Gols: Wellington Paulista, aos 45 min do primeiro tempo; Robert, aos 41 min do segundo tempo

INTERNACIONAL 1 X 2 CRUZEIRO
Motivo: 1ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: estádio Beira-Rio, em Porto Alegre-RS
Data: 09/05/2010 (domingo)
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (Fifa/SP)
Gols: Kleber, aos 4 min. e aos 36 min, e Taison, aos 6 min. do 1º tempo

2009

ITUIUTABA 1 X 4 CRUZEIRO
Motivo: jogo de ida da semifinal do Campeonato Mineiro
Data: 14/04/2009 (terça-feira)
Local: estádio Mineirão, em Belo Horizonte-MG
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP)
Gols: Wellington Paulista, aos 15 min, e Rodrigo Hote, aos 32 min do primeiro tempo; Kléber, aos 34 min e aos 43 min, e Wanderley, aos 41 do segundo tempo

2008


ATLÉTICO-PR 1 X 0 CRUZEIRO
Motivo: 31ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: estádio Kyocera Arena em Curitiba-PR
Data: 25/10/2008 (sábado)
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP)
Gols: Rafael Moura aos 5min do segundo tempo.

FLUMINENSE 1 X 3 CRUZEIRO
Motivo: 15ª rodada do Campeonato Brasileiro
Data: 26/07/2008 (sábado)
Local: estádio Maracanã, no Rio de Janeiro-RJ
Árbitro: Wilson Luiz Seneme (SP)
Gols: Washington, aos 10 min, Guilherme, aos 36 min e Fabrício, aos 39 min do primeiro tempo; Wagner, aos 40 min do segundo tempo

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Mineiro dá a volta ao mundo de bicicleta

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Dia 8 do 8 de 2008, às 8h08. Data da saída de um aventureiro que tinha um objetivo: dá a volta ao mundo de bicicleta. O objetivo foi realizado. E no dia 11 do 11 de 2011, às 11h11, o retorno desta aventura.

Longe de casa há mais de mil dias, o administrador mineiro Danilo Perrotti, de 30 anos, enfim, terminou a jornada ao redor do planeta, quando chegou à Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte.

A volta o mundo foi encerrada ao completar 3 anos, 3 meses e 3 dias. Desde que iniciou a viagem, o atleta percorreu 59 países nos cinco continentes. Mais de 50 mil quilômetros rodados. Perroti dividiu o percurso em oito etapas: Brasil, Europa, Oriente Médio e Norte da África, Ásia, Oceania, América do Norte, América Central e América do Sul. E fez um diário de bordo no site www.homemlivre.com.br, no qual publicou suas impressões sobre os países.
 
Nos bagageiros da bicicleta, o aventureiro levou barraca de camping, esteira e utensílios para cozinhar quando não encontrava pousada para se hospedar. Máquina fotográfica, GPS, netbook, mapas, roupas de inverno, kit de primeiros socorros, bússola e um fogareiro também acompanharam o mineiro. Para cumprir o planejamento, Perrotti pedalava oito horas por dia e, quando não havia hotel, ele montava a barraca de camping.

Foram momentos inesquecíveis. O mineiro viu de perto o Palácio de Buckingham, na Inglaterra, passeou no meio de outros turistas pelos monumentos italianos. No Egito, viu o por do sol entre as pirâmides. Em Israel, o Muro das Lamentações. Na Índia, filmou o famoso Taj Mahal. Na Austrália, o aventureiro pedalou por paisagens desérticas que lembram o sertão nordestino. Foi recebido com alegria por crianças no Nepal e enfrentou o trânsito caótico do Peru. Aventura em estradas de asfalto, de terra... Jornada emocionante, que, em breve, vai virar documentário.

A saída em 2008 (com cabelo) e a chegada em 2011(careca) do aventureiro foram registradas pela TV Record. Confira:

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Futuro de Daniel Carvalho indefinido

Luciano Dias (@jornlucianodias)

O meia-atacante Daniel Carvalho pode deixar o Atlético. O vínculo do jogador com o Galo termina no dia 31 de maio de 2012, mas, no dia 1º de dezembro deste ano, ele já pode assinar um pré-contrato com outro clube. Até agora, a diretoria atleticana não chamou o atleta para acertar a renovação. "Eu não vou ficar esperando pelo Atlético. Vou seguir minha vida, meu rumo", destacou.

Mas Daniel Carvalho vai agir com calma para definir o seu futuro. "Não vou sair desperado procurando outro clube. Pelo contrário, vou esperar com calma, com os pés no chão, pra ver o que vai ser melhor".

Apesar da demora da renovação, o jogador fez questão de acalmar os atleticanos. "A minha vontade eu nunca escondi. Já deixei bem claro. É de permanecer no Atlético. Gosto de Belo Horizonte, me adaptei à cidade".

Clubes do Rio e de São Paulo estariam interessados pelo jogador. Além disso, especula-se que, caso o Cruzeiro permaneça na primeira divisão e Montillo seja vendido, Daniel pode ser reforço do time celeste para a próxima temporada.

Daniel Carvalho é um dos principais responsáveis pelo crescimento do Atlético neste segundo turno do campeonato. Com gols e passes importantes, o meia-atacante conquistou a torcida aleticana.


Mas a fase nem sempre foi boa. Os problemas com o peso e as contusões fizeram com que o jogador não engrenasse nos tempos de Dorival Júnior. Colocado como dispensável pelo treinador anterior, a fase mudou com a chegada de Cuca.

O gaúcho abriu as portas de sua casa para o programa Esporte Fantástico Minas, da TV Record. Além de fazer chimarrão e abrir o guarda-roupa para a equipe da Record, o jogador falou sobre o futuro no Galo. Confira a matéria:



segunda-feira, 7 de novembro de 2011

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

POR ONDE ANDA? Dimba

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Ele demorou sete anos para descobrir o nome verdadeiro. No currículo, gol do título Carioca de 1997, quando atuava pelo Botafogo, além de artilharias importantes, como o do Campeonato Brasileiro de 2003 com incríveis 31 gols vestindo a camisa do Goiás. O POR ONDE ANDA? foi atrás de Editácio Vieira de Andrade, mais conhecido como Dimba. Este ano, o jogador voltou à juventude e trocou as chuteiras de campo pelas de futebol de salão.

O começo e a demora

Demora. Palavra que anda junto com Editácio Vieira de Andrade, apelidado carinhosamente de Dimba pelos familiares. Por incrível que pareça, o jogador, que nasceu em Brasília e foi criado em Sobradinho, demorou sete anos para descobrir o verdadeiro nome.

Ele estava na primeira série e, durante uma aula, a professora procurou por Editácio. Ninguém levantou o dedo. Depois de fazer uma rápida pesquisa, a mestre foi em direção ao aluno e disse quem era o Editácio. O estudante ficou assustado e insistiu que seu nome verdadeiro era Dimba. Apenas ao chegar em casa é que veio a conclusão: Editácio era realmente o Dimba.

Além de demorar a descobrir o próprio nome, o garoto também demorou a se destacar como jogador. Foram nas quadras de Sobradinho que Dimba deus os primeiros chutes e engatinhou para o futebol.

Mas, com o passar dos anos, as quadras ficaram pequenas para a ascensão do atleta. Então, resolveu trocar o salão pelos gramados. Olha que ele demorou a fazer a mudança, que aconteceu apenas com 21 anos, em 1994.

O primeiro clube de Dimba foi o Sobradinho. Depois, atuou pelo Brasília e pelo Gama, retornando ao time da cidade natal em 1996, ano do primeiro feito como atleta. O jogador foi o artilheiro do Campeonato Candango e, mesmo estando em uma região com pouca tradição no futebol, despertou interesse de grandes clubes.

O herói

Em 1997, a primeira chance em um time grande. Dimba foi comprado pelo Botafogo, que apostou no faro de artilheiro do jogador. O atacante, que sempre ficava no banco de reservas nos primeiros meses no Fogão, se transformou no herói do título Carioca daquele ano. Ele entrou na decisão contra o Vasco e fez o gol da conquista. A felicidade era tão grande, que Dimba chegou a comer grama durante a comemoração.

A boa fase no Botafogo parou por aí. Dimba era apontado como o substituto de Túlio Maravilha. Mas, com atuações irregulares, ele virou apenas uma moeda de troca do alvinegro em 1998.

O Cigano

Em menos de dois anos, Dimba atuou por quatro clubes: América-MG, Portuguesa, Bahia e Leça (POR). Parecia que sua carreira não iria decolar. Em 2000, voltou para a reserva do Botafogo. Uma passagem melancólica. Em um ano, o jogador atuou somente quatro partidas como titular e entrou outras 20 vezes no segundo tempo. Foram apenas quatro gols e contrato reincidido a oito meses do fim.

A situação não andava nada boa. Os gols desapareceram. Não deu outra: Dimba resolveu voltar para o Centro-Oeste em 2002 para ficar perto da família e tentar levantar a carreira. Ótima escolha para o recomeço.

O artilheiro do Brasil

Os gols reapareceram no Centro-Oeste. No Gama, em 2002, foram 40 gols durante a temporada – um a mais do que Romário. Sua equipe caiu para a Segundona do Brasileiro, mas Dimba ganhou uma nova chance no mundo do futebol.

Em 2003, o atacante apareceu muito bem no Goiás. Dimba conseguiu voltar os holofotes de todo Brasil para si. Durante o primeiro Campeonato Brasileiro de pontos corridos, o atacante foi o artilheiro isolado da competição, com impressionantes 31 gols.

A valorização foi imediata e, diante de tantas propostas, o jogador preferiu atuar no futebol árabe, mais precisamente no Al-Ittihad, da Arábia Saudita. Por lá, o artilheiro ficou apenas no primeiro semestre de 2004. O suficiente para aumentar a conta bancária.

No mesmo ano, Dimba era apontado como a solução de gols para o ataque do Flamengo. Mas o atacante não vingou. Pelo contrário. Apesar de um bom começo, decepcionou a torcida rubronegra. Marcou apenas 14 gols em 37 partidas. Sob enorme pressão da diretoria, da torcida e da imprensa esportiva, deixou o time carioca no início de 2005, quando passou a vestir a camisa do São Caetano.

A boa fase foi recuperada no Azulão, mas a queda para Série B em 2006 decretou a saída do jogador do clube do ABC Paulista.

De volta ao Centro-Oeste

Se a fase não era boa no Sudeste do País, Dimba sempre foi sinônimo de gols e de solução para os clubes do Centro-Oeste. Pelo menos foi assim em 2001, quando deixou o Botafogo para atuar no Gama.

Em 2007, foi contratado pelo Brasiliense, time que se destaca por contratar jogadores mais rodados. No Jacaré, ficou até agosto de 2008.

Já considerado veterano, Dimba continuou no futebol do Distrito Federal. Entre 2009 e 2010 atuou por Ceilândia e Legião. Este ano, voltou ao Ceilândia, participando da modesta campanha da equipe no Campeonato Brasiliense. Chegava a hora de deixar os gramados.

Outro recomeço

Chegava a hora de deixar os gramados, mas não o futebol. Com 37 anos, Dimba resolveu voltar às origens e retornou ao futsal. Ele é um dos reforços do Peixe Brasília para a disputa o Campeonato Brasiliense, da Copa Brasília e da Taça Brasil de Futsal.

Logo na primeira partida por sua nova equipe, Dimba, que agora joga na posição de pivô, já demonstrou o seu faro de matador. Desta vez, ele jogou a demora para escanteio. Mesmo acima do peso e sem a melhor readaptação nas quadras, marcou dois gols já na sua estréia pela Copa Brasília.

Um belo recomeço para este jogador que faz questão de ressaltar no futsal uma frase que o marcou no futebol de campo: “Onde o Dimba está, tem gol”.

Em relação ao fim da carreira, Dimba deixa claro que não desistiu dos gramados e quer ganhar mais títulos no futebol de campo para, aí sim, se aposentar.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Quem ficará na série A?

Christiano Soares

A era dos pontos corridos traz, este ano, um campeonato mais equilibrado, mais concorrido. Na parte de cima, o Corinthians é o líder "intruso" entre os cariocas: Vasco, Botafogo, Flamengo e Fluminense. São Paulo e Inter completam a lista dos candidatos ao caneco. No final da tabela, a luta contra a queda está cada vez mais "emocionante". Santos, Bahia, Ceará, Cruzeiro, Atlético-MG, Atlético-PR, Avaí e América buscam chegar aos 44 pontos para permanecer na elite do futebol nacional.

Nesta reta final, interessante notar que o líder Corinthians enfrentará todos os times do atual Z-4, além do Ceará. Botafogo e São Paulo também não ficam para trás, duelam contra três times integrantes da zona de degola.

Mas a parte, que este blogueiro chama atenção, é para a turma de baixo da tabela. Quero saber: que vai ficar na série-A? Até o final, veremos muita angústia, tristeza e nervosismo entre os torcedores ansiosos por uma reação. Assim, vejamos os compromissos de cada time:



O Santos - com apenas 1% de chance de cair para a 2ª divisão - precisa apenas de duas vitórias para se salvar. Para alcançar o objetivo, a equipe de Muricy terá a oportunidade, no chamado "jogo de seis pontos", contra Bahia ou Ceará ou Atlético-PR. Fora os duelos diretos, o Peixe ainda pode "atrapalhar" Botafogo, Flamengo, Vasco e São Paulo na luta pelo título. Mas o elenco santista busca mesmo, o alívio e se dedicar somente ao Mundial.



Com 95% de chance para seguir na série-A, o Bahia ainda permanece com "a panela no fogo". Para apimentar o tempero, o tricolor baiano tem pela frente São Paulo, Vasco, Inter, e também, os confrontos diretos com Ceará e Santos. A meta pode se tornar complicada devido aos adversários.



E por falar em pimenta, posso afirmar, o Ceará vai precisar de bastante água para reduzir o calor e permanecer na elite. Com risco de rebaixamento de 34%, o Vovô tem, nada mais nada menos, cinco confrontos diretos: Atlético-PR, Cruzeiro, Bahia, Avaí e Santos. Além de Corinthians e Fluminense, postulantes ao título. Seria o Ceará um forte candidato a cair?



Com um pouco mais de risco, o Cruzeiro tem hoje 42%. Acostumado a lutar pelo título nos últimos anos, a Raposa é a maior decepção para muitos comentaristas, que a consideravam, uma das favoritas. Serão quatro jogos contra adversários diretos: Avaí, Atlético-PR, Ceará e o maior rival. Para aumentar a angústia dos cruzeirenses, o time celeste ainda enfrenta Botafogo, Flamengo e Inter. Outro fator negativo, o jejum de vitórias. Até o momento, 11 jogos.



Pelo segundo ano seguido, o torcedor atleticano sofre com a pífia campanha do time. Com um aproveitamento de apenas 33,3%, o Galo chega à reta final com o risco de rebaixamento de 53%. Fluminense, Botafogo e Corinthians estão em pauta. O único duelo direto contra o rebaixamento é com o Cruzeiro - o clássico terá apenas torcedores do rival. No 1º turno, essa mesma sequência de partidas, deu ao Galo somente quatro pontos dos 24 em disputa.



Apenas a dois pontos atrás do Atlético-MG, encontramos o Furacão com 31,1% de aproveitamento. Além dos confrontos diretos diante Ceará, Santos, Cruzeiro e América-MG, os atleticanos terão de enfrentar Corinthians e São Paulo. E na última rodada, o clássico diante do Coritiba.



O Avaí tem risco de 92% e jogará contra times da ponta: Botafogo, Corinthians, São Paulo e Vasco, além dos confrontos diretos diante de Ceará e Cruzeiro. A equipe do torcedor ilustre Guga tem uma missão praticamente impossível.



Por falar em missão quase impossível, o América está com um pé na 2ª divisão. O Coelho tem pela frente os gigantes: Corinthians, Fluminense, Botafogo e São Paulo. E o confronto direto contra o Atlético-PR.

Serão oito rodadas de tirar o fôlego! Lembro, a última rodada é de clássico para a maioria das equipes. Isto vai aumentar ainda mais a emoção contra o rebaixamento. Agora, não é hora de reclamar da arbitragem, nem daquele gol perdido, e muito menos, daquele pontinho desperdiçado. Analise as equipes, os jogos restantes... e responda: quem ficará na série-A?

domingo, 16 de outubro de 2011

domingo, 9 de outubro de 2011

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Do jogo do bicho ao sucesso no futebol

Luciano Dias (@jornlucianodias)

O técnico Cuca pediu para contratá-lo já na primeira semana de trabalho no Atlético. Um vídeo que circula na internet mostra o treinador fazendo o pedido para alguns torcedores. "O Pierre está pronto para vir, manda os caras contratarem o Pierre do Palmeiras…"

A diretoria atleticana atendeu e Lucas Pierre Santos de Oliveira chegou para corrigir a pane defensiva do Galo. Os gols sofridos diminuíram. Para muitos, por causa do garra de Pierre.

Aliás, garra faz parte da vida deste jogador, apelidado de "cão de guarda". Ele se lembra dos tempos difíceis na pequena Itororó, cidade baiana com menos de 20 mil habitantes. O volante atleticano era apenas um motoboy do jogo do bicho. Época complicada, em que o futebol parecia um sonho distante, difícil de acontecer.

Pierre levava os jogos de moto para as bancas e depois buscava os resultados. Por dia, eram três corridas indo e outras três voltando. Muitos quilômetros rodados. Levou alguns tombos de moto, mas conseguiu se levantar em busca da vitória.

Nos momentos livres, o futebol era a diversão e o sonho de um futuro melhor. Jogando num time do município, Pierre acabou sendo visto e levado para o Vitória, onde ficou durante seis meses nas categorias de base. Ele quase não foi por medo de perder o emprego garantido. Sem sucesso no clube baiano, o atleta voltou para a banca do jogo do bicho. Seu destino parecia ser mesmo esse.

Só parecia. Um integrante do conselho do Vitória o indicou para fazer um teste no Ituano. Pierre pegou um ônibus no domingo rumo a Campinas, sem ar condicionado e que parava em todos os lugares. O jogador foi bem e, em seguida, ajudou o Ituano a fazer a melhor campanha da história do clube, no Paulista de 2002.

De lá para cá, Pierre variou entre o Ituano e o Paraná, até chegar ao Palmeiras pelas mãos do técnico Caio Júnior, em 2007, que havia sido seu comandante no time paranaense.

Atualmente, o atleta é peça fundamental no esquema de Cuca no Atlético e reconhecido pelo seu talento na marcação e nos desarmes. Com 29 anos, Pierre ainda tem um sonho. O de vestir a camisa da Seleção Brasileira.

Momentos complicados

Fora de campo, Pierre também teve que mostrar o espírito guerreiro. A família já passou por situações complicadas. Ele teve que começar a trabalhar com 16 anos, quando a mãe sofreu um acidente de carro, quebrou duas vértebras da coluna e precisou de cuidados durante 9 meses. O primeiro emprego foi em um bar, onde conheceu o dono da banca de jogo do bicho, que o levou para trabalhar.

Já casado e na melhor fase da carreira, outro drama familiar: na gravidez da esposa, a bolsa se rompeu prematuramente, com seis meses, dando a luz a um casal antes da hora. O menino não aguentou e morreu. A menina, nasceu com 520 gramas, e lutou bravamente na UTI por 3 meses, até que se recuperou. No meio do caminho, uma deficiência de oxigênio no cérebro acabou por danificar algumas de suas funções motoras. Hoje, com 3 anos de idade, ela faz Fisioterapia e Ecoterapia.

Mesmo com a filha doente, Pierre não deixou de jogar normalmente pelo Palmeiras. Com a filha recém-nascida na UTI, ele treinava com o celular dentro do calção de treino e, toda vez que precisava sair, o então técnico, Vanderlei Luxemburgo, o autorizava.

As lesões também fizeram parte da carreira do jogador. A primeira, no melhor momento da carreira, justamente quando estava sendo cotado para a seleção brasileira. Quando voltou a jogar bem, outra lesão, que o afastou dos gramados novamente. Depois disso, não conseguiu repetir as ótimas atuações que o marcaram no Palmeiras.

*Colaborou: Ramon Guerra (@ramallguerra)

Confira o quadro "Vida Antes da Bola", do Esporte Fantástico Minas, com o volante Pierre:

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O Rei... do pagode!

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Reinaldo, Reinaldo Rosa, Rei, Reinaldinho... Lembram dele? Se vocês responderam aquele jogador que despontou com sucesso no Atlético Mineiro e que chegou a deixar Ronaldo Fenômeno no banco da Seleção Sub-20, acertou. Mas apenas o começo foi animador. Reinaldo caiu de produção e se transformou em um cigano no futebol. Aposentado há quase três anos, o ex-jogador ganha a vida como pagodeiro.

Reinaldo garante: "estou muito feliz". O instrumento de trabalho não é mais a bola, e sim o tan-tan. O ex-atleta, com 35 anos, é um dos integrantes do grupo Pagode do Rei, criado e bancado por ele mesmo. A banda faz três shows fixos por semana em Belo Horizonte, além de receber convites para tocar em outros lugares. O pagodeiro garante que o futebol ainda está na veia. Costuma jogar amador nos finais de semana.

Reinaldo apareceu no profissional do Galo em 1993. Enquanto isso, o Cruzeiro apresentava para o mundo um atleta de nome parecido, um tal de Ronaldo, que depois viraria Fenômeno. Os atacantes, ambos com 17 anos, surgiram em um momento turbulento do futebol mineiro, semelhante ao atual. O Atlético, afundado em dívidas, apostava em nomes como Ryuler e Wiver para o Brasileirão. O Cruzeiro, depois de conquistar as Supercopas de 1991 e 92 e vencer a Copa do Brasil no primeiro semestre de 93, fez péssimas campanhas nos campeonatos Brasileiro e Mineiro.

Os atacantes eram considerados "salvadores da pátria". Rapidamente, conquistaram suas torcidas com muitos gols e belas atuações. O sucesso era tão grande que a pergunta que se fazia na época pode parecer impossível atualmente. "Quem é melhor: Ronaldo ou Reinaldo?"

O tempo respondeu a favor do então cruzeirense, mas não de maneira imediata. Por dois anos, Reinaldo, que depois virou Reinaldo Rosa, foi ídolo da torcida atleticana e, em alguns momentos, ressuscitou o grito de "Rei, rei rei, o Reinaldo é o nosso rei!", criado na década de 1970 para homenagear seu xará, o maior ídolo da história atleticana.

O ano de 1994 começou e, com ele, Ronaldo se afirmava como artilheiro do Campeonato Mineiro com 22 gols, conseguindo uma vaga na Seleção que conquistou o tetracampeonato Mundial. Em seguida, foi vendido para o PSV Eindhoven (HOL) por 6 milhões de dólares. Paralelamente, Reinaldo se afirmava no ataque de uma equipe ainda desequilibrada.

A afirmação de Reinaldo aconteceu justamente com a venda do Fenômeno. No Brasileirão de 1994, o jogador, com apenas 18 anos, marcou gols importantes, contra Botafogo e Corinthians. Aliás, contra o time paulista Reinaldo foi rei. Fez o melhor jogo de sua vida. A vitória por 3 a 2, diante de mais de 100 mil pessoas no Mineirão, veio com três gols seus. O Corinthians venceu o jogo de volta por 1 a 0 e se classificou para a final, mas a a torcida atleticana tinha a certeza de que um novo ídolo estava surgindo.

A certeza ficou ainda mais forte com a conquista do Campeonato Mineiro de 1995. Reinaldo foi o artilheiro da competição, com 13 gols. Com a artilharia, a convocação para o Mundial Sub-20 do Qatar.

No segundo semestre do mesmo ano, Reinaldo foi comprado pelo Parma (ITA), mas não foi aproveitado no clube. Seus empréstimos para o Verona (ITA) e, posteriormente, para o Anderlecht (BEL), não foram bem sucedidos e o atacante voltou ao Brasil no início de 1996 para defender o Palmeiras. No Verdão, porém, teve o azar de concorrer com Luizão, Muller e Rivaldo por uma vaga no "ataque dos 100 gols" e assistiu à maioria das partidas do banco de reservas.

Após a passagem apagada no Palmeiras, Reinaldo começou a mudar de clube com muita frequência. Chegou ao Cruzeiro em 1997 e fez parte do grupo campeão da Libertadores daquele ano. Reinaldo foi até questionado na época pelos torcedores dos grandes rivais de Minas. "Tinha aquela cobrança na rua. Você é atleticano, você é cruzeirense? Mas a gente tem que ser profissional, acima de tudo", destaca o pagodeiro.

Depois de jogar na Raposa, Reinaldo rodou. Atuou por Botafogo, voltou ao Atlético Mineiro, foi para o Bragantino e ainda defendeu Portuguesa e Ponte Preta. Ficava pouco tempo nos clubes que defendia, o que impossibilitava uma sequência de jogos como titular.

Nos anos seguintes, o atacante defendeu Ceará, Atlético Paranaense e América-RN, entre outros clubes. Em 2006, ano em que Ronaldo batia o recorde de gols em Copas do Mundo, Reinaldo sofria no Ceilândia e no Gama.

Em 2007, no Vila Nova de Goiás, com 31 anos, o fim de uma carreira de eterna promessa. Segundo o ex-jogador, o encerramento foi impulsionado por calotes de alguns clubes que atuou. Reinaldo garante que mesmo não recebendo de algumas equipes, o mais importante ele conseguiu no futebol: dar uma boa situação para os pais.

O Esporte Fantástico Minas foi conferir uma apresentação do Pagode do Rei. Confira a matéria:

Atenção: vale ficar de olho no molejo do ex lateral Nonato, ídolo cruzeirense da década de 1990.

sábado, 24 de setembro de 2011

Futebol mineiro na UTI

Luciano Dias (@jornlucianodias)

A situação do futebol mineiro vai de mal a pior. Podemos dizer que Cruzeiro, Atlético e América estão na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Os times precisam de um acompanhamento especial.



O Acrescimos fez um levantamento dos motivos dos clubes mineiros estarem em situações de risco.


O Cruzeiro é o 15º colocado no Brasileirão com 29 pontos. A equipe não vence há seis jogos. A última vitória foi no clássico contra o Atlético. Abaixo, alguns motivos que justificam a posição modesta do Cruzeiro na competição:

EFEITO ONCE CALDAS
O time era considerado o Barcelona das Américas. Mas foi ser eliminado pelo Once Caldas na Taça Libertadores que a equipe desencontrou com o bom futebol.

CONTRATAÇÕES QUE NÃO VINGARAM
Quinze jogadores foram contratados. Apenas o uruguaio Victorino caiu nas graças da torcida. Nomes como Ortigoza, Vítor e Leandro Guerreiro são muito contestados. Alguns, até já foram embora. Casos de Brandão e André Dias.

VENDAS DE JOGADORES
A diretoria cruzeirense vendeu jogadores importantes do elenco. O lateral Jonathan, o zagueiro Gil, o volante Henrique e o atacante Thiago Ribeiro são alguns exemplos. Motivos para o enfraquecimento do time.

CONTUSÕES
As contusões também atrapalharam o Cruzeiro. O atacante Wallyson, com uma fratura no tornozelo esquerdo, não joga mais este ano. Os laterais Vítor e Diego Renan também não largam o Departamento Médico.

ELENCO LIMITADO
Com as vendas de jogadores e com as contusões, o Cruzeiro não teve boas reposições. Os altetas que entraram não deram conta do recado.

TROCA DE TREINADORES
Cuca, Joel Santana e Emerson Ávila. Nenhum conseguiu colocar o Cruzeiro nos trilhos. Emerson Avila está na corda bamba e o time celeste pode trocar, a qualquer momento, de técnico pela terceira vez na competição.

FALTA DE PADRÃO DE JOGO E DESENTROSAMENTO
A falta de padrão de jogo e o desentrosamento são as consequências de todas estas mudanças que vive o Cruzeiro. Os técnicos não conseguem repetir os times. As derrotas são os resultados de tantas modificações.

PROBLEMAS DE RELACIONAMENTO
Alguns jogadores não se dão bem. Constantemente é possível verificar problemas envolvendo os meias Roger e Gilberto. Até mesmo o goleiro Fábio entrou nas discussões. Diante dos problemas, Gilberto e a diretoria cruzeirense entraram em acordo e decidiram que o jogador não atua mais na Raposa.

FALTA DE CASA
As obras do Independência e do Mineirão prejudicaram o Cruzeiro. O time ainda não encontrou a casa ideal. Começou jogando em Sete Lagoas, foi para a Ipatinga, depois Uberlândia, voltando, finalmente, para Sete Lagoas. O resultado é a campanha irregular em casa. Em 12 jogos, foram cinco vitórias, três empates e quatro derrotas.



O Atlético tem 25 pontos e está na 17ª colocação, na zona da degola. Com 14 derrotas, é o time que mais perdeu no Brasileirão. Assim como no ano passado, o clube briga para não cair. Faltando 13 jogos para a equipe fazer no campeonato, a meta é ganhar 20 pontos, ou seja, obter seis vitórias e dois empates. Confira alguns motivos que justificam a posição do Galo no campeonato.

CONTRATAÇÕES QUE NÃO VINGARAM
O Galo contratou 24 jogadores este ano. A maioria não vingou. Os únicos considerados titulares são o zagueiro Leonardo Silva, o meia Pierre, que chegou há poucas semanas, e o atacante Magno Alves. Mas os três também frequentaram a reserva. Seis dos contratados já deixaram clube. Nomes de peso, como os atacantes Guilherme e André, os meias Mancini, Richarlyson e Dudu Cearense ainda não conseguiram deslanchar com a camisa alvinegra. Para se ter uma ideia da falta de critério, a diretoria atleticana contratou sete atacantes.

FALTA DE PADRÃO DE JOGO E DE ENTROSAMENTO
Os técnicos Dorival Júnior e Cuca repetiram a equipe do Atlético poucas vezes. O time não tem um padrão de jogo defindo. A torcida não sabe quem é o time titular. Mudanças em todos os setores do time. Do goleiro aos atacantes. Diante de tantas mudanças, o entrosamento da equipe fica prejudicado. Para se ter uma ideia, nos últimos 12 jogos, o técnico Cuca foi obrigado a modificar a dupla de atacantes em nove oportunidades.

ERROS DE ARBITRAGEM
Constantemente, as derrotas do Atlético são creditadas à erros de arbitragem. Na última partida contra o Flamengo, por exemplo, o técnico Cuca deixou o jogo insatisfeito com a atuação da arbitragem de Paulo César Oliveira. Contra o Atlético Goianiense, na 24ª rodada, o treinador reclamou de um gol mal anulado do Galo. Coincidência ou não, o juiz era o mesmo. No clássico contra o Cruzeiro, em agosto, Cuca reclamou do primeiro gol de Montillo. Ele estaria em impedimento. Contra o Bahia, em Salvador, também no turno, muitas reclamações do Atlético, que ainda era comandado por Dorival Júnior.


FALTA DE SORTE E INCOMPETÊNCIA
A sorte também já foi culpada pelo fraco desempenho atleticano. Sorte que anda junto com competência. Seria falta de sorte perder gols cara a cara com o goleiro?

PROBLEMAS NA PREPARAÇÃO FÍSICA
O Galo apresentou problemas na preparação física, principalmente, no primeiro turno. O problema era tanto, que o clube contratou Carlinhos Neves, que também é prepardor físico da Seleção Brasileira. A situação melhorou após a chegada de Carlinhos. Mas os números de toda a competição não ajudam muito. Para se ter uma ideia do drama, 24 dos 42 gols que o Galo sofreu no Brasileirão foram no segundo tempo.

PROBLEMAS NO COMANDO
Há quem diga que os problemas do Atlético estão no comando técnico. Dorival Júnior saiu com apenas quatro vitórias, três empates e oito derrotas. Cuca chegou, mas o time continua no buraco. Com ele, foram três vitórias, um empate e seis derrotas.

FALTA DE CASA
Assim como no Cruzeiro, a falta de uma casa também prejudicou o Atlético. O time já jogou em Ipatinga e em Sete Lagoas. São quatro vitórias, dois empates e seis derrotas em casa.



O América está há três meses ou 20 rodadas na zona do rebaixamento.É o lanterna com 19 pontos. Para muitos, o Coelho já está rebaixado. Afinal, a equipe tem que vencer oito e empatar dois dos 12 jogos que restam. Abaixo, um resumo do que pode ter acontecido com o América.

ELENCO LIMITADO
O América manteve a base do ano passado e fez 15 contratações para este ano. Jogadores que formam um bom time, mas para a Série B. O Coelho não tem nenhum jogador capaz de decidir uma partida. Tem apenas operários, o que é insuficiente para se manter na elite do futebol brasileiro.

FALTA DE TORCIDA
Há partidas que o torcedor faz a diferença. O América foi o time que mais sofreu com as obras do Independência e do Mineirão. O Coelho não tem muitos torcedores no interior. Por isso, a média de público é a pior do Brasileirão.

TROCAS DE COMANDO
O América já trocou de comando em duas oportunidades. Mauro Fernandes, o herói da Série B, deu lugar a Antônio Lopes, que saiu para a entrada de Givanildo Oliveira. Destes, o maior erro da diretoria americana foi contratar o delegado Antônio Lopes. O técnico, que conhecia muito pouco o time, conseguiu aumentar a insatisfação dos próprios jogadores.



Confira a matéria do Esporte Fantástico Minas sobre a situação de risco dos clubes mineiros:

terça-feira, 6 de setembro de 2011

O outro lado do futebol

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Você está acostumado a ver o futebol com estádios cheios, com jogadores assediados, movimentação intensa do lado de fora. Mas nem sempre é assim. A maioria dos jogos oficiais disputados no "país do futebol" é feito com estádio vazio, sem narradores, sem o tradicional churrasquinho do lado de fora...

O Esporte Fantástico Minas (TV Record) embarcou nesta aventura e mostrou o outro lado do futebol. Acompanhou uma partida entre o Coimbra de BH e o Social de Coronel Fabriciano, pela Segunda Divisão do Campeonato Mineiro. Lembrando que essa divisão equivale à terceira, já que o futebol mineiro é dividido em Módulo 1, Módulo 2 e Segunda Divisão.

O jogo foi disputado no Estádio Castor Cifuentes, o Alçapão do Bonfim de Nova Lima, em plena segunda-feira. Em campo, dois times em busca de voos mais altos no futebol mineiro. O Coimbra é um time fundado em 2006. Um dos donos é empresário do atacante Afonso Alves, ex- Atlético-MG e Seleção Brasileira. Já o Social tem mais tradição no Estado. Esteve em 2009 na elite de Minas. O destaque do time socialino é o goleiro Rodrigo Posso, que fez história no Ipatinga.

O jogo começou com quase 30 minutos de atraso porque não tinha ambulância, Polícia Militar e Guarda Municipal. De acordo com a legislação desportiva para campeonatos profissionais, uma partida não pode ser iniciada sem a presença da segurança pública e dos profissionais e equipamentos de saúde.

As arquibancadas estavam vazias. Presentes, apenas parentes de jogadores e meia dúzia de fanáticos (coloca fanático nisso) por futebol. Pouco mais de 100 pessoas pagaram ingressos e geraram uma renda de 880 reais para o Coimbra. Prejuízo para o time belorizontino, já que as despesas com o jogo foi de 2.140 reais. Ou seja, partida realizada é igual a prejuízo para os clubes pequenos. Do lado de fora, poucos sabiam que ia ter jogo no Alçapão do Bonfim. Muitos pensaram que era alguma pegadinha.

A situação do gramado do estádio Castor Cifuentes também era sinônimo de prejuízo. Estava péssima (normal), atrapalhando o "espetáculo".

Ah, você deve está se perguntando: quanto ficou o jogo? A partida foi o retrato de tudo que foi destacado nesta matéria: 0 a 0.

Veja a matéria do Esporte Fantástico Minas:


terça-feira, 23 de agosto de 2011

O drama de Kerlon

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Ele ficou conhecido pelo "drible da foca". Fez sucesso no Cruzeiro e foi negociado com a Internazionale (ITA). Mas as contusões determinaram para uma queda impressionante na carreira. Esta é a situação de Kerlon, que é apenas uma das opções do Nacional de Nova Serrana para a disputa da Taça Minas Gerais.

O Esporte Fantástico Minas (TV Record) foi atrás do jogador no município conhecido pela fabricação de calçados, localizado no centro-oeste do Estado. Sem clube desde que deixou o Paraná, o jogador de 23 anos já está treinando com os novos companheiros. Ele chegou por empréstimo da Inter de Milão, detentora dos direitos federativos do atleta.

Mas quem pensa que o meia-atacante está fazendo trabalhos com bola, está enganado. Kerlon está em um local bem conhecido: o Departamento Médico. De acordo com o técnico Eugênio Souza, o Foquinha sentiu uma lesão na coxa durante os treinamentos.

Contusões fazem parte da carreira do jogador. Em seis anos como profissional, já foram seis operações - duas no tornozelo esquerdo, uma joelho direito e três no joelho esquerdo. Diante do histórico, boa parte da torcida do Nacional não acredita em bom desempenho do jogador no novo clube.

Para o ex-jogador Eduardo Amorim (Eduardo Rabo de Vaca), que brilhou no Cruzeiro na década de 1970, Kerlon não vai ter muita pressão em Nova Serrana e isso vai facilitar o resgate do bom futebol do atleta.

Somente promessa

Natural de Ipatinga, Vale do Aço mineiro, Kerlon chegou à equipe mirim do Cruzeiro em meados de 2001. Com apenas 18 anos, o jogador foi destaque das categorias de base do time celeste.

Kerlon apareceu para o futebol no Sul-Americano Sub-17, em 2005, quando a seleção brasileira conquistou o título do torneio. O então atleta do Cruzeiro foi considerado o melhor jogador da competição.

A estreia no time profissional da Raposa foi em maio de 2005, na partida contra o Baraúnas-RN, pela Copa do Brasil, no Mineirão. Mas Kerlon não conseguiu uma sequência de jogos na Raposa por causa, principalmente, da série de contusões.

Kerlon voltou a virar notícia no clássico contra o Atlético, no Brasileirão de 2007, quando se envolveu em um lance polêmico com o lateral Coelho, então jogador do alvinegro. Na oportunidade, o meia-atacante, com sua jogada característica, tentou passar pelo adversário, que o recebeu com uma agressão. Para homenagear o atleta, o Cruzeiro lançou até uma foquinha de pelúcia para a criançada.

Sem oportunidades no time celeste, Kerlon foi tentar a sorte no futebol italiano, em 2008. Esteve no Chievo e na Internazionale. Mas, o drama do atleta não alterou no exterior. Ele continuou convivendo com a série de contusões e, consequentemente, com a falta de sequência jogos.

Ano passado, esteve emprestado ao Ajax (HOL). Mas o quadro de contusões não mudou. Em uma de suas primeiras partidas pelo time holandês, Kerlon sofreu uma grave lesão e ficou afastado por vários meses dos gramados.

Este ano, mais uma chance. Desta vez, no Paraná. Outro fiasco. Kerlon chegou em janeiro, mas, neste período, disputou apenas quatro partidas - três pelo Paranaense e uma pela Série B. O restante do tempo, ele passou em tratamento de lesões. No total, o Foquinha fez quatro partidas no time paranaense, três delas começando como titular, mas em nenhuma conseguiu jogar os 90 minutos. Fora de forma, o auge do jogador foi um pênalti perdido contra o Rio Branco, ainda no Campeonato Paranaense.

Confira a matéria do Esporte Fantástico Minas sobre o drama de Kerlon:

Reportagem: Maicon Mendes
Produção: Luciano Dias


sexta-feira, 19 de agosto de 2011

POR ONDE ANDA? Tuta

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Atacante com uma característica peculiar: gostava de jogar mascando chicletes. Atuou em grandes clubes brasileiros. Ficou famoso na Itália ao marcar um gol para sua equipe que não era para ser feito. O POR ONDE ANDA? segue os passos de Moacir Bastos, o Tuta.

O começo

Nascido em Palmital (SP), Tuta iniciou sua carreira no interior paulista. Foi revelado pelo Araçatuba, em 1994. Depois de passagem apagada pelo XV de Piracicaba no ano seguinte, os gols de Tuta começaram a aparecer em 1996, no seu retorno ao Araçatuba. O Juventude, clube que despontava com a parceria com a Parmalat, contratou o atacante.

Mas Tuta só apareceu no cenário nacional entre 1997 e 98, quando vestiu a camisa da Portuguesa. O bom posicionamento dentro da área chamou a atenção do Atlético-PR, que o contratou para substituir Oséas, negociado com o Palmeiras.

Foram 15 gols em 39 jogos pelo Furacão. O suficiente para receber uma proposta da Europa, mais precisamente do Venezia (ITA).

Gol inusitado

Foram cinco meses na Itália e três gols pelo Venezia. E foi no futebol italiano que Tuta marcou o gol mais inusitado da carreira. Em uma partida entre Venezia e Bari, Tuta marcou o gol da vitória de seu time no último minuto de jogo. O atacante comemorou muito. Mas, estranhamente, seus companheiros de equipe não comemoraram, levantando suspeitas de que havia um acordo para que a partida terminasse empatada. Sem clima em Venezia, retornou ao futebol brasileiro.

O sucesso


Tuta voltou mais experiente ao Brasil. Em 1999, jogou no Vitória. Marcou gols importantes e ajudou o rubronegro baiano a chegar às semifinais do Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, o "mascador de chicletes" manteve a boa fase no Flamengo, conquistando o Campeonato Carioca.

Em 2001, o atacante era um dos principais nomes do time "bom e barato" do Palmeiras. Na verdade, o termo "bom" ficou por conta da diretoria palmeirense. Propagandas à parte, o jogador fez sete gols em 11 partidas pelo Verdão.

No ano seguinte, voltou para o Flamengo, mas ficou pouco tempo na Gávea porque recebeu uma boa proposta do futebol coreano. E ele brilhou por lá. Primeiro no Anyang Cheetahs FC, depois no Suwon Samsung.

No retorno ao Brasil, em 2004, o atacante fez 16 gols pelo Coritiba, no Brasileirão. No ano seguinte, Tuta manteve o faro de gols no Fluminense. Ganhou o Carioca e marcou 29 gols em dois campeonatos Brasileiros com a camisa do Tricolor carioca. Mas a péssima campanha do Flu em 2006 culminou com a saída do jogador da equipe. Ele passou a ser perseguido pela torcida e não quis continuar no clube.

O destino foi outro Tricolor: o Grêmio. Foi um dos destaques na conquista do Campeonato Gaúcho de 2007, porém depois da perda da decisão da Taça Libertadores para o Boca Júniors (ARG) e da queda de produção, não teve o contrato renovado.

Em 2008, Tuta assinou contrato com o Figueirense. Mas o vínculo, que iria até o dia o fim do mesmo ano, foi reinscindido. O treinador da equipe, Alexandre Gallo, sem maiores explicações, decidiu dispensar o jogador ainda no mês de abril, após apenas 5 jogos ( 5 gols).

A queda

O destino foi o São Caetano, por onde permaneceu entre 2008 e 2009. Sua passagem pelo Azulão foi conturbada. O atacante demorou para entrar em forma, além de ser constantemente acusado pelos torcedores da boemia quase diária pelos poucos bares da cidade.

Em 2009, Tuta foi contratado como a esperança de gols do Náutico para a disputa da Série A. Não deu certo. Sumiram os gols. Para piorar, o time pernambucano foi rebaixado para a Segunda Divisão.

Nos anos seguintes, o jogador foi a principal contratação do modesto Resende para a disputa do Carioca. Mesmo sem demonstrar o mesmo futebol de anos anteriores, a experiência foi um fator importante para o clube do interior do Rio.

Brasiliense: Lar dos Velhinhos

Aos 36 anos, Tuta foi contratado pelo Lar dos Velhinhos do futebol brasileiro, mais conhecido como Brasiliense, para a disputa da Série C. O time candango tem tradição em contratar veteranos, como Marcelinho Carioca, Vampeta, Oséas, Júnior Baiano, Aloísio, entre outros.

O contrato com o clube de Taguatinga foi assinado até o fim do ano que vem. O atacante chegou com status de goleador. Mas, os gols não estão aparecendo e, atualmente, Tuta masca seus chicletes no banco de reservas.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Temos uma seleção normal

Luciano Dias (@jornlucianodias)

A torcida brasileira reclama... Contesta Mano Menezes. Os motivos? Mais um resultado negativo do futebol canarinho. Depois da decepção na Copa América, agora foi a vez da equipe perder para a Alemanha, por 3 a 2, em Stuttgart. Só para lembrar, nas outras vezes que a Seleção enfrentou equipes de ponta (França, Argentina e Holanda), os resultados positivos também não apareceram.

Mano Menezes completou um ano no comando. O retrospecto não é dos melhores. Em 12 partidas, o atual treinador coleciona um aproveitamento inferior ao de Dunga, seu antecessor (66% a 61%), que, com um ano no banco verdeamarelo, sem dar espetáculo, já havia conquistado a Copa América e derrotado, com facilidade, a Argentina duas vezes. Não, eu não quero o retorno de Dunga. Só quero enfatizar a situação delicada de Mano.

De fato,o momento do atual treinador não é dos melhores. Mas, além das convicções equivocadas do comandante, temos que reconhecer que a Seleção é, digamos, normal.




Temos uma boa safra de goleiros. Mas, o atual titular não vive bom momento. Sofre gols estranhos e rebate bolas simples.Também temos bons zagueiros, apesar do desempenho ruim contra a Alemanha. Lúcio, Thiago Silva e David Luiz, por exemplo, são grandes nomes da posição. Também temos os dois melhores laterais direitos do mundo: Daniel Alves e Maicon. A parte boa para por aqui.

Agora vem os problemas que transformam o Brasil em um time normal, medíocre. Na lateral esquerda temos um fraco André Santos (para não dizer terrível). Há 10 anos, quando o país tinha grandes jogadores na posição, o atual camisa 6 não seria titular, sequer, nos times da Série A do Brasileirão. O melhor da posição é Marcelo, do Real Madrid, mas, nem de longe, tem a mesma categoria de Roberto Carlos.

No meio-campo, mais mediocridade. A dupla de volantes Ramires e Lucas Leiva (contra a Alemanha jogou Ralf) são bons jogadores, mas não têm nada de excepcionais. As seleções de ponta contam com atletas de melhor qualidade para a posição. De fora da lista tem o Hernanes, que também pode jogar como organizador. Mas também não é nenhuma solução.

Na armação, mais problemas. A grande esperança é Paulo Henrique Ganso. Mas o santista não está a vontade com a amarelinha. Está preso, não consegue armar, fazer jogadas de efeito. Elano, Fernandinho, Jadson, Thiago Neves e Renato Augusto também já foram testados como homens de armação. Não agradaram. Diante dos fracassos dos convocados, Ronaldinho Gaúcho e Kaká podem voltar em breve.

No ataque, temos badalações. Neymar e Alexandre Pato são bons jogadores e o melhor: são novos e podem evoluir. Mas, por enquanto, não resolvem. Não entendo os exageros da mídia com estes jogadores. Chegaram a comparar Neymar com Messi e Pato com Ronaldo. Isso é uma brincadeira sem graça e desrespeito com o torcedor.

Ah, ainda tem o Robinho que... Bem, é melhor falar da saudade de grandes atacantes que a seleção teve nas últimas décadas. Só para não ir longe, cito Careca, Romário e Ronaldo.

A verdade é que Mano tem que repensar. O primeiro passo é reconhecer que a Seleção é uma equipe normal, que não assusta os adversários já na escalação. No jogo contra a Alemanha, por exemplo, vimos o Brasil como um time pequeno, rifando a bola em demasia e desorganizado na armação.

Falta confiança, falta futebol, faltam craques. Doze meses se passaram com Mano Menezes. Reformulação foi prometida. Ninguém foi revelado. E depois de um ano da estréia inspirada contra os Estados Unidos, tudo piorou. E pode piorar ainda mais.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Jenílson abre restaurante francês

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Você conhece o restaurante do baiano Jenílson Ângelo de Souza? Ou melhor, pra começar: você conhece o Jenílson? Provavelmente não, né!? Trata-se do ex-lateral Júnior, pentacampeão com a seleção em 2002.

Aos 38 anos, o baiano de Santo Antônio de Jesus, que defendeu clubes como Vitória, Palmeiras, Parma (ITA), São Paulo, Atlético-MG e Goiás, abriu um restaurante em Belo Horizonte. E não pense que a especialidade do estabelecimento é a comida baiana. O restaurante oferece pratos da culinária francesa.

Localizado no Bairro de Lourdes, na região Centro-Sul de BH, o restaurante surgiu a partir da sociedade do ex-jogador e de sua esposa Kelly Souza com o advogado Guilherme Cruz. Júnior contou que a ideia de abrir o estabelecimento nasceu de uma conversa descompromissada com Guilherme Cruz, que manifestou ao ex-lateral o desejo de investir no ramo de alimentação.

Para encarar a nova empreitada, Júnior pendurou as chuteiras no final da última temporada, quando ainda defendia o Goiás, rebaixado para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Além da Copa do Mundo de 2002, Júnior tem outros títulos expressivos no currículo, como os do Brasileirão, Copa do Brasil, Libertadores e Mundial de Clubes.

O fato é que se o pentacampeão repetir a receita usada nos gramados na nova empreitada, o sucesso do restaurante francês é garantido.

Conheça o restaurante do pentacampeão Júnior na matéria do Esporte Fantástico Minas:

Produção: Luciano Dias e Magno Dantas
Reportagem: Marcus Pena


segunda-feira, 4 de julho de 2011

A apatia das estreias

Luciano Dias (@jornlucianodias)

A Seleção Brasileira teve uma estreia decepcionante na Copa América. Com um futebol apático, o time de Mano Menezes só empatou por 0 a 0 contra a "tradicional" Venezuela, em La Plata. O próprio técnico definiu o Brasil como ''lento e óbvio''. Nisso, Mano acertou.

Muitos (torcedores, jornalistas etc) esperavam goleada brasileira por causa da distância considerável de tradição entre ambas as camisas. Mas quem esperava por um resultado expressivo do time canarinho esqueceu de um detalhe: o Brasil tem muitas dificuldades nas estreias.

O discurso que ressalta que o primeiro jogo é sempre complicado porque é cercado de ansiedade e de dúvidas é perfeito para a Seleção Brasileira. Portanto, não vamos fazer tempestade com a estreia ruim do Brasil na Copa América.

O Acréscimos fez um rápido levantamento dos campeonatos oficiais que a Seleção participou nos últimos 10 anos. Foram 11 torneios, não contando com as Eliminatórias para as Copas de 2006 e 2010. Foram onze estreias em que a palavra apatia prevaleceu.

Sim, pela força da camisa, o Brasil venceu a maioria dos jogos. Foram sete vitórias, sendo cinco com a diferença mínima no placar. Mas o país do futebol não conveceu nestas estreias. A exceção foi a vitória por 3 a 0 contra a Grécia, na Copa das Confederações de 2005.

Também é bom destacar que mesmo com as dificuldades nas estreias, o Brasil terminou com o título na maioria dos campeonatos.

Vamos relembrar estas estreias:

Brasil 0 x 0 Venezuela - Copa América - Argentina 2011
Mano Menezes escalou o time brasileiro com uma formação ofensiva (PH Ganso, Neymar, Robinho e Pato na frente). Não adiantou. Jogadores apáticos diante de um adversário que se preocupou em apenas se defender. Enquanto os brasileiros saíram vaiados, os venezuelanos comemoraram o empate.

Brasil 2 x 1 Coréia do Norte - Copa do Mundo - África do Sul 2010
O adversário era muito frágil. Goleada era a aposta preferida. Mas o time de Dunga teve uma atuação burocrática no primeiro tempo. Na etapa complementar, a equipe melhorou. Fez dois gols com Elano e Maicon. A Coreia do Norte ainda fez seu gol, aumentando as críticas da estreia brasileira.

Colocação: eliminação nas quartas de finais

Brasil 4 x 3 Egito - Copa das Confederações - África do Sul 2009
O jogo foi bom, movimentado, com muitos gols. Em compensação, a estreia da Seleção foi marcada por panes defensivas. Um tal de Zidan fez a torcida brasileira lembrar de Zinedine Zidane. O egípcio marcou os três gols de sua equipe. A salvação do Brasil foi a marcação de um pênalti polêmico no final do jogo. Após a partida, os egípcios acusaram o árbitro Howard Webb (ING) de ter assinalado a falta apenas depois de receber informações de fora do gramado.

Colocação: campeão

Brasil 0 x 2 México - Copa América - Venezuela 2007
O jogo marcou a estreia de Dunga em torneios oficiais no comando da Seleção. Treinador que bancou Doni como titular neste campeonato. Mas quem brilhou foi o goleiro adversário. Ochoa fechou o gol e garantiu a vitória mexicana.

Colocação: campeão

Brasil 1 x 0 Croácia - Copa do Mundo - Alemanha 2006
A Seleção estava cercada de expectativa. Afinal, vinha credenciada com as conquistas do Mundial de 2002 e das Copas América (2004) e das Confederações (2005). Além disso, o time de Parreira tinha o "Quarteto Mágico" - Ronaldo, Adriano, Ronaldinho Gaúcho e Kaká no ataque. Mas a estreia foi apertada e, mais uma vez, apática. Kaká, com um belo gol, deu a vitória brasileira. No Mundial da Alemanha, a apatia da estreia permaneceu por todo o torneio.

Colocação: elminado nas quartas de finais

Brasil 3 x 0 Grécia - Copa das Confederações - Alemanha 2005
O Brasil contrariou o histórico e fez uma boa estreia diante dos gregos. A coletividade do time de Parreira foi o destaque. Ronaldinho, Kaká, Robinho e Adriano, com o apoio de Zé Roberto e Gilberto na esquerda, e Cicinho, pela direita, deram um nó na marcação grega.

Colocação: campeão

Brasil 1 x 0 Chile - Copa América -Peru 2004
O time brasileiro sofreu e não se encontrou em campo contra os chilenos. A salvação foi Luis Fabiano, que mesmo não fazendo boa partida, foi o herói do jogo ao marcar o gol da vitória aos 45 minutos do segundo tempo. É válido lembrar que dois jogadores que estão no elenco do Galo estavam naquele time: Mancini na lateral direita e Dudu Cearense como primeiro volante.

Colocação: campeão

Brasil 0 x 1 Camarões - Copa das Confederações -França 2003
Carlos Alberto Parreira escalou o lateral Kléber, o meia Ricardinho e o atacante Gil como titulares. Um trio que jogava pelo lado esquerdo do campo que fez sucesso no Corinthians. A aposta não deu certo na Seleção. O Brasil teve muita posse de bola, mas criou pouco. O time camaronês, que apostou nos contragolpes, foi objetivo e Samuel Eto'o foi o nome da vitória.

Colocação: eliminado na primeira fase

Brasil 2 x 1 Turquia - Copa do Mundo - Coreia/ Japão 2002
A vitória apertada do time de Felipão só veio depois de um lance irregular. O Brasil começou perdendo. O empate veio com Ronaldo. E aos 41 minutos do segundo tempo, um dos maiores erros da história das Copas. O árbitro marcou um pênalti em cima do atacante brasileiro Luizão. O que ele não percebeu é que a falta ocorreu bem fora da área. Cobrança convertida e vitória contestada.

Colocação: campeão

Brasil 0 x 1 México - Copa América - Colômbia 2001
A estreia pífia do time de Felipão deu mostras de como seria a participação canarinha no torneio... Terrível! Alguém se esqueceu da eliminação vergonhosa para Honduras? O jogo contra o México era apenas o segundo de Felipão no comando da equipe. Dentre vários testes, o técnico apostou em Guilherme e Jardel no ataque na estreia. Dupla que não vingou. Borguetti, eterno atacante mexicano, marcou o gol da vitória logo no começo do jogo.

Colocação: elminado nas quartas de finais

Brasil 2 x 0 Camarões - Copa das Confederações Coreia/ Japão 2001
Foram 75 minutos de apatia. Mas os 15 primeiros minutos do segundo tempo valeram a vitória daquela seleção, recheada de ''não selecionáveis'' convocados por Emerson Leão. Os gols foram marcados por Washington (o coração valente) e Carlos Miguel (ex Grêmio e São Paulo).

Colocação: quarto lugar

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Patinador maluco pelo Galo

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Imagine percorrer quase 750 quilômetros de patins, saindo de Brasília rumo à Cidade do Galo, em Vespasiano? Seria loucura? paixão? Alegria?

Sim, seria. Ou melhor: foi a mistura de todos estes sentimentos. O nome do aventureiro? Guto Ziller. Empresário, patinador, conscientizador ambiental, torcedor fanático pelo Galo...

Foram nove dias de viagem. O principal objetivo do patinador atleticano é despertar a consciência ecológica. Durante o percurso, Guto plantou uma árvore a cada 50 quilômetros.

Histórias para contar não faltam. Ele sofreu com as condições das estradas, trânsito, clima, saudade da família e contusões, principalmente, nas costas. Em Três Marias, na Região Central de Minas, por exemplo, Guto foi parar no hospital.

A conclusão da aventura movimentou a Cidade do Galo na última semana. Os jogadores ficaram impressionados com a aventura do patinador. Para o meia Daniel Carvalho, Guto serve de inspiração. "Isso que ele fez é para poucos. Poucas pessoas vão conseguir. Isso aí é um sinal para os jogadores se inspirarem em pessoas como estas".

O Esporte Fantástico Minas acompanhou a aventura de Guto Ziller. Acompanhe a reportagem especial.

Reportagem: Sálua Zorkot
Produção: Luciano Dias


sábado, 18 de junho de 2011

Desempregados F.C.

Luciano Dias (@jornlucianodias)




O desemprego é um problema social que atinge todo o mundo. Um fantasma que assombra milhares de brasileiros, inclusive os jogadores de futebol. Em uma rápida pesquisa é possível encontrar vários atletas renomados desempregados. Jogadores que há pouco tempo brilhavam em clubes de ponta.

Será que ainda há espaço na elite para alguns dos nomes abaixo?

- Goleiros: Dida (37 anos), Bosco (36), Galatto (28), Fábio Costa (33), Marcelo (27)

- Zagueiros: Alex Silva (26 anos), Fabiano Eller (33), Edcarlos (26), Cristiano Ávalos (33)

- Laterais: Elder Granja (28), Evanílson (35 anos), Gustavo Nery (33) , Dedê (33), Jadilson (33), Sylvinho (37)

- Meio-campistas: Zé Roberto (36 anos), Sávio (37), Claiton (33), Luiz Mário (34), Jonílson (32), Lopes (32)

- Atacantes: Gil (30 anos), Leandro Amaral (33), Fernandão (33), Kléber Pereira (35), Marcelo Ramos (38), André Dias (30), Jean (29)

Entre os nomes, podemos observar que figuram vários medalhões, a maioria na casa dos 30 anos. Uma das exceções é Alex Silva, zagueiro disputado por vários times, como Flamengo e Grêmio. O lateral Dedê, que brilhou no Borússia Dortmund (ALE) por mais de 10 anos, também abriu negociação com os dois clubes.

É verdade que alguns dos nomes lembrados, como Ávalos, Luis Mário e Marcelo Ramos, não jogam por grandes clubes já faz há um bom tempo. Por outro lado, é importante destacar que boa parte dos jogadores pesquisados, como Dida, Gustavo Nery, Zé Roberto e Sávio, fizeram várias partidas pela Seleção.

Além da queda de rendimento da maioria destes jogadores nos últimos anos, há algumas explicações para a falta de espaço destes atletas em grandes clubes:

- Os clubes estão apostando (bancando com ajuda de investidores) em jogadores que estão retornando da Europa, como Alex (Corinthians), Gilberto Silva (Grêmio), Adriano (Corinthians), Ronaldinho Gaúcho (Flamengo), Luis Fabiano (São Paulo), Elano (Santos);

- Todo ano, surgem nas categorias de base dos clubes centenas de jovens talentos. Jogadores, a princípio, com salários menores em comparação com estes desempregados. Neste caso, é mais barato investir nestas promessas do que nos medalhões sem clube;

- O futebol brasileiro está adotando nos últimos anos uma nova política: trazer jogadores de outros países Sul-Americanos. Amparado pelo poderio econômico do Brasil em relação às outras nações do continente, as equipes encontram bons jogadores por bons valores. Conca (Fluminense), Montillo (Cruzeiro) e D`Alessandro (Internacional) são alguns exemplos.

Com a fase negra de alguns grandes clubes por aí, não vai demorar muito para o time do Desempregados Futebol Clube receber mais “reforços”.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Dida x Fábio

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Dois grandes goleiros da história do Cruzeiro. Um foi ídolo na década de 1990 e ganhou, entre vários títulos, uma Copa do Brasil e uma Libertadores. O outro é o salvador do momento e, por causa da bela fase, foi convocado por Mano Menezes para a seleção.

Este post traz um resumo das trajetórias de Dida e Fábio no Cruzeiro. Mas, afinal, quem o torcedor cruzeirense prefere? A resposta sobre quem fez mais história na Raposa é mais complicada do que você pensa.

Fábio: a "muralha azul"


Fábio Deivson Lopes Maciel tem 30 anos e nasceu no Mato Grosso, na cidade de Nobres, a 140km de Cuiabá. O atual capitão cruzeirense teve um começo conturbado no seu retorno à Raposa, em 2005. Cheio de altos e baixos. Fábio foi considerado um dos culpados da eliminação da Copa do Brasil de 2005, quando o time mineiro foi surpreendido pelo Paulista de Jundiaí.

Mas, aos poucos, Fábio se acertou na meta cruzeirense. E mais: se transformou em um dos ídolos da equipe. Em 2010, por exemplo, foi eleito o melhor goleiro do Campeonato Brasileiro. Ficou conhecido pelos torcedores pela alcunha de "A Muralha Azul", além de ser um exímio pegador de pênaltis. Ao todo, ele defendeu 11 penalidades.

O goleiro começou a carreira no União Bandeirante, do Paraná, em 1997. Em 2000, foi emprestado ao Cruzeiro. Poucos sabem, mas ele fez parte do grupo campeão da Copa do Brasil daquele ano. Quando acabou o empréstimo, voltou ao União, e logo foi para o Vasco, onde permaneceu por quatro anos, até o seu retorno definitivo ao time celeste, em 2005.

Em 2006, Fábio conquistou o Campeonato Mineiro. Feito que se repetiu em 2008, 2009 e 2011. No ano passado, inclusive, Fábio entrou para a história do Mineirão, tornando-se o terceiro goleiro a gravar suas mãos na Calçada da Fama do estádio.

No início deste ano, o goleiro renovou o contrato com o Cruzeiro até 2011. Com esta negociação, ele tem tudo para quebrar um recorde no time celeste e se transformar no goleiro com mais atuações pela Raposa. Hoje, Fábio é o segundo da posição que mais vezes vestiu a camisa estrelada. Já são mais de 380 partidas. O campeão de atuações é Raul, com 557 jogos.

Seleção: Fábio fez parte do grupo campeão da Copa América de 2004. Agora, recebeu uma nova oportunidade com a amarelinha, depois da convocação de Mano Menezes para os amistosos contra a Holanda, no dia 4, e Romênia, no dia 7.

Títulos no Cruzeiro:
Copa do Brasil: 2000
Campeonato Mineiro: 2006, 2008 , 2009 e 2011

Seleção Brasileira
Copa América: 2004

Dida: homem gelo


No início de 1994 chegou à Toca da Raposa um garoto alto, que no ano anterior havia impressionado o País com defesas sensacionais no Mundial de Juniores, conquistado pelo Brasil, e na decisão do Campeonato Brasileiro, entre o Vitória, time que o revelou, e o Palmeiras.

Com um jeito tímido e de poucas palavras, o baiano Nelson de Jesus Silva, o Dida, foi conquistando a confiança da torcida, que, há muito, desde os tempos de Raul, não tinha um goleiro como ídolo. Os 19 anos pareciam multiplicados quando ele esbanjava experiência defendendo o gol do Cruzeiro.

Ao todo, Dida fez 306 jogos com a camisa celeste. Com a equipe cruzeirense, conquistou vaga nas Olimpíadas de 1996 e levou a equipe mineira a várias conquistas. Destaque para as grandes atuações na Copa do Brasil de 1996, contra o Palmeiras de Rivaldo e Djalminha, e na Libertadores de 1997, quando Dida foi herói em várias partidas da competição, inclusive, no jogo decisivo contra o Sporting Cristal (PER).

Em 1998, Dida foi o goleiro do vice-campeonato Brasileiro. As belas atuações chamaram a atenção do Milan (ITA), que o contratou no mesmo ano.

Seleção: Dida participou de três Copas do Mundo: em 1998 foi o terceiro goleiro, em 2002 era o reserva e, em 2006, foi o goleiro titular da Seleção Brasileira.

Títulos no Cruzeiro:

Libertadores da América: 1997
Copa do Brasil: 1996
Copa Ouro: 1995
Copa Master da Supercopa: 1995
Campeonato Mineiro: 1994, 1996, 1997 e 1998

Seleção Brasileira
Copa do Mundo: 2002
Copa América: 1999
Copa das Confederações: 1997 e 2005


Breve comparativo e pontos fracos:

Dida fazia grandes defesas com uma frieza incrível. Não precisava dar aqueles pulos de malabaristas como vemos sendo feito por muitos arqueiros por aí.

Já Fábio é o melhor goleiro do mundo no quesito mano a mano com o atacante. É impressionante como o atual capitão cruzeirense fecha bem o ângulo do adversário. A elasticidade mostrada na decisão do Estadual deste ano, quando Magno Alves, do Atlético, ficou frente a frente com o goleiro é um grande exemplo.

Avaliando títulos, Dida leva vantagem sobre Fábio. A Libertadores de 1997 é um grande diferencial para o baiano. Por outro lado, Fábio leva vantagem na postura em campo e no carisma com o torcedor.

Mas nem tudo é perfeito no histórico destes dois grandes jogadores. Dida tinha sérios problemas na saída do gol. Além disso, ele não ia muito bem com os pés. Recuos de bola para o goleiro causavam arrepios nos cruzeirenses.

Já Fábio sofre muitos gols de faltas. Coincidência ou não, é o goleiro que mais levou gols de Rogério Ceni. Mas, é válido destacar que é uma deficiciência que vem sendo corrigida nas últimas temporadas. Para muitos cruzeirenses, outro fator que pesa para Fábio é a falta de títulos de expressão. Já passou da hora de ganhar uma Libertadores, por exemplo.

Confira a matéria do Esporte Fantástico Minas e tire as suas conclusões:


sexta-feira, 20 de maio de 2011

POR ONDE ANDA? Aloísio Chulapa

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Atacante trombador, de fala engraçada... Conquistou vários títulos, principalmente, no São Paulo. O POR ONDE ANDA? de hoje encontrou Aloísio José da Silva ou Aloísio Chulapa, que tenta reencontrar o caminho das redes no interior de Santa Catarina.

Alagoano promissor

Nascido em Atalaia, cidade alagoana marcada pelo episódio da destruição do Quilombo dos Palmares, Aloísio despontou no CRB, ainda no time júnior. Em 1995, aos 19 anos, foi contratado pelo Flamengo. Ficou no rubronegro por dois anos, mas não teve muitas oportunidades em um time repleto de estrelas, como Romário, Sávio e Edmundo.

Em 1997, foi contratado pelo Guarani, mas também teve passagem apagada. Marcou apenas um gol em 17 jogos. No mesmo ano, foi negociado ao Goiás, onde o atacante começou a se destacar. Ficou no clube esmeraldino por três anos, o suficiente para conquistar o tricampeonato estadual.

Com o sucesso em Goiás, o atacante teve a chance de jogar no futebol francês, em 1999. Atuou por quase dois anos no Saint Etienne. Em 2001, veio a chance de vestir a camisa de um time grande da França: o Paris Saint German (PSG) , onde atuou com Ronaldinho Gaúcho. Título mesmo apenas da Copa Intertoto da UEFA, campeonato com equipes que não alcançavam a classificação para as principais competições europeias, ou seja Liga dos Camepeões e Copa da Uefa.

Em 2003, Aloísio foi contratado pelo Rubin Kasan, da Rússia. Foram dois anos de frio, nenhum título e apenas dois gols.

O belo retorno

Depois de passagem apagada no futebol russo, Aloísio foi contratado pelo Atlético Paranaense, em 2005. Um retorno na hora certa. O Furacão foi campeão paranaense e chegou à decisão da Libertadores. O atacante foi um dos destaques da equipe.
No mesmo ano, a chance de jogar no São Paulo. Aos 30 anos, chegava o grande momento na carreira. Ele ficou no Tricolor por quatro anos. Logo na primeira temporada, Aloísio conquistou o Mundial de Clubes. Foi dele a assistência para o gol de Mineiro na grande final contra o Liverpool.

Nos anos seguintes, em 2006, 2007 e 2008, veio o tricampeonato Brasileiro. Aloísio se transformou em uma das referências da equipe. Ganhou apelidos... No Tricolor, ele virou Aloísio Chulapa, apelido relacionado à semelhança física do jogador com Serginho Chulapa, ídolo sãopaulino entre as décadas de 1970 e 80.

O jogador também ganhou apelidos engraçados. O meia Souza, mesmo trocando o C pelo S, passou a chamar o atacante de “CB” (Sangue Bom).

Em busca de dólares, Aloísio se transferiu para o Al Rayyan, do Qatar, no final de 2008.

Um novo retorno... Sem sucesso!

Aloísio retornou ao futebol brasileiro, em 2009, para jogar no Vasco. Mesmo sem destaque, foi campeão da Série B com a camisa do time cruzmaltino. No ano seguinte, voltou ao Nordeste para atuar no Ceará. Uma passagem desastrosa pelo Vovô. Foram três jogos, nenhum gol marcado e um pênalti perdido.

Depois de três meses, acertou com o Brasiliense. Outra decepção. Foram apenas quatro gols no time candango e um rebaixamento para a Série C no currículo.

Uma nova chance na Colônia do Itajahy

Em 2011, com 36 anos, Aloísio ganhou uma nova oportunidade na carreira. Ele foi contratado pelo Brusque,de Santa Catarina para a disputa do Estadual. Chulapa marcou apenas dois gols pela equipe e o time não foi bem no Catarinense, ficando em sexto lugar nos dois turnos da competição.

Com o fim do Estadual, cogitou-se a saída de Aloísio para o CRB, time que o revelou, mas dirigentes do Brusque fizeram esforços para manter o atacante no clube. O espírito de liderança de Chulapa falou mais alto para a disputa da Série D.