O Cruzeiro tem um time
equilibrado, com toques envolventes e um contra-ataque quase mortal. Tem
jogadores leves, com características que se encaixam. E uma nova era no futebol
brasileiro tem contribuído muito para que o estilo de jogo do time se encaixe
ainda mais: as arenas.
Por causa da Copa do Mundo, os estádios
se modernizaram e, consequentemente, os gramados melhoraram consideravelmente.
Ate os estádios que não receberam jogos do Mundial, como o Serra Dourada e o
Couto Pereira, tiveram reformas. Sem contar com a Arena do Grêmio, que não
recebeu jogos da Copa e é considerado estádio de primeiro mundo.
Em nove jogos disputados nas
novas arenas, o Cruzeiro conseguiu oito vitorias (seis no Mineirão, uma no Mané
Garricha e uma na Arena Fonte Nova) e um empate contra o Botafogo no Maracanã.
Jogo, aliás, dominado pela Raposa.
As outras vitórias do Cruzeiro no campeonato foram contra
Inter (Centenário), Flamengo (Parque do Sabia) e Palmeiras (Pacaembu). No mais,
a equipe foi derrotada para Atlético (Independência) e Corinthians (Pacaembu) e
empatou contra São Paulo (Parque do Sabia) e Criciúma (Heriberto Hulse). Ou
seja, dos 12 pontos perdidos pelo Cruzeiro na competição, 10 foram em estádios
que não receberam jogos da Copa.
Não quero dizer que o Cruzeiro só
joga bem nestas novas arenas. Longe disso! Quero apenas reforçar a importância
destes novos estádios para a prática do bom futebol. As melhores equipes
tecnicamente sobressaem nestes estádios, por mais que encontrem fortes retrancas
pela frente.
O Cruzeiro é o grande beneficiado
com a nova era do futebol brasileiro. A equipe, que é historicamente conhecida
pelo bom toque de bola, saiu na frente com as novas arenas. O bom futebol
agradece!