segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Carnaval fora de época nas pistas e no futebol

Coluna Paulo Afonso - Simplesmente por esporte

Olha a mangueira aí, gente! Parece grito de carnaval, mas pode ser o novo jargão da Ferrari nos próximos reabastecimentos. O jeito é se precaver, depois de mais uma atrapalhada do time italiano pra cima do Felipe. O mecânico responsável pela lambança tem uma boa desculpa, após acionar a luz verde, antes da hora, para o brasileiro: o GP de Cingapura era noturno. Por isso, não viu o enorme tubo de combustível ainda acoplado no veículo.

Aí, liberou geral. E Massa saiu. Parecia um carro alegórico com aquele ornamento prateado. Nota 10 na fantasia, mas zero em harmonia e sem marcar na prova. Resultado: deu o maior samba para Hamilton. O inglês abriu sete pontos de vantagem. A turma de vermelho vem caprichando no enredo “Chora, Felipe!”. Foi o sexto vacilo na temporada. Cadê a Comissão de Frente?

No futebol, podem jogar confetes quando Luxemburgo passar. Ou melhor, já passou. O Palmeiras está na frente do Grêmio na tabela de classificação. O Verdão é primeiro com a mesma pontuação dos gaúchos (50), porém com uma vitória a mais.

Já os mineiros estão espalhados na avenida. Com a marchinha “daqui não saio, daqui ninguém me tira”, o Galo segue em 12º lugar pela quinta rodada consecutiva. Lá no finalzinho da passarela, o Ipatinga rodou a baiana pra cima do Vasco e largou o incômodo adereço chamado lanterna. E o Cruzeiro, continua fã dos conterrâneos “Só pra contrariar”. Tem sido assim, quando o time encara concorrentes diretos às primeiras posições. Fora a rotina da Raposa de atravessar no Morumbi, diante do São Paulo. Apesar disto, está apenas a quatro pontos da liderança. Então, “Sonhar não custa nada...”

Charge: Paulo Afonso

Luxa celebra liderança e revive passado vitorioso no comando do Palmeiras

Coluna Luciano Dias - Memória e calculadora esportiva

A liderança do Palmeiras no Campeonato Brasileiro reflete um crescimento da equipe na hora certa. No segundo turno, o Verdão tem a terceira melhor campanha (5v, 1e, 2d). O suficiente para assegurar a primeira colocação, pois alguns rivais, como Grêmio e Cruzeiro, não mantiveram os mesmos níveis da primeira metade do torneio. Para tal progressão, o planejamento (termo adotado por Luxemburgo em sua cartilha) fez a diferença mais uma vez.

O Verdão perdeu peças importantes no campeonato, como o armador Valdívia e o zagueiro Henrique. Mas, o time fez a reposição rapidamente. Talvez não na mesma qualidade, mas em uma quantidade que o credencia como o favorito ao título.

O primeiro lugar na competição faz com que a torcida do Verdão, carente de títulos de expressão nos últimos anos, reviva um passado glorioso. O último Brasileiro (Série-A) conquistado pelo Palmeiras foi em 1994, e, coincidentemente, Luxa era o comandante daquele belo time. Na verdade, foi um bi-campeonato, já que o comandante havia levado o Porco ao título do Nacional no ano anterior.

A equipe de 1994 encarou o arquirrival Corinthians na final. Na primeira partida, um triunfo por 3 a 1, e no jogo da volta um empate em 1 a 1 assegurou o título palmeirense. Em 31 jogos, o Porco venceu 20 partidas, empatou seis e perdeu apenas cinco duelos. Foram 58 gols marcados (melhor ataque) e 30 sofridos.

Em 93, a final foi contra o surpreendente Vitória, que revelou Dida para o futebol brasileiro. Confirmando os prognósticos, o Palmeiras venceu os dois duelos (1 a 0 em Salvador e 2 a 0 em São Paulo) e conquistou o caneco, após quase 20 anos de jejum. A equipe disputou 22 jogos, sendo 16 triunfos, quatro empates e apenas duas derrotas. O time marcou 40 tentos (melhor ataque) e sofreu somente 17.

Os times de 1993/94 tinham a mesma base. Mesclavam jogadores de seleção brasileira, como Antônio Carlos, César Sampaio, Zinho, Edmundo e Evair, com atletas que surgiram com grandes potenciais, casos de Roberto Carlos, Flávio Conceição e Amaral.

Alex Mineiro, Kléber, Diego Souza e Leandro são os jogadores da vez. Tudo bem que o elenco atual não tem a mesma categoria da equipe de 94, mas tem no banco o mesmo trunfo: Luxa - o 'papa Brasileirão'.

Em busca do hexa

Luxemburgo busca em 2008 o seu sexto título no Brasileirão. Além de conquistar o Nacional em duas ocasiões com o Palmeiras, o comandante foi campeão com o Corinthians, em 1998, com o Cruzeiro, em 2003, e com o Santos, em 2004.

Setembro despedaçado

Setembro foi um mês amaldiçoado para o guerreiro time gremista. Tudo começou no terceiro dia desse maldito mês para os tricolores gaúchos, quando se iniciou a 24ª rodada. A equipe de Celso Roth estava com cinco pontos de vantagem para o segundo colocado Palmeiras e nada menos que 18 pontos para o rival colorado.

No começo da noite do primeiro sábado de setembro, dia 6, o Grêmio conquistou um empate contra o Fluminense, no Maracanã. Nada mal. O que a família Roth não sabia é que começaria uma queda livre digna de ser comparada com a do Botafogo do ano passado, carinhosamente apelidado de "cavalo paraguaio".

Preste atenção nos números. De lá para cá, foram duas derrotas e dois empates: derrota dentro de casa por 2 a 1 para o Goiás, empate com o Atlético-PR na Arena e sonoros 4 a 1 contra o rival Internacional - com direito a expulsão do articulador Tcheco. Saldo de gols: dois a favor, seis contra.

Lembra dos 18 pontos de vantagem para os adversários do Beira-Rio? São oito pontos agora. Não é loucura temer a classificação gremista à Libertadores 2009. Ainda mais com o técnico Celso Roth, que tem uma tendência histórica de começar belos trabalhos e terminá-los de forma melancólica.

Setembro vermelho e verde

Confira os números em setembro da seleção que Vitório Piffero está montando para o centenário: quatro vitórias em quatro jogos, oito gols marcados, dois sofridos. É melhor tomar cuidado, a equipe brasileira que mais joga bonito atualmente ainda tem chances de invadir o G-4.

Como já se antecipara Luciano Dias em sua coluna, Goiás é um verdadeiro furacão esmeraldino na 2ª etapa do Brasileirão. Em setembro, foram quatro vitórias também em quatro partidas, 13 gols marcados e dois sofridos.

Com números um pouco piores, mas com uma colocação mais saborosa, está o verde do time de Luxemburgo: duas vitórias, um empate e uma derrota; três gols feitos e outros três levados. Não tem o brilho do Sul, muito menos do Centro-Oeste, mas foi o bastante para encabeçar o disputado campeonato.

Brasileiro que rechaça as críticas conservadoras de que é fraco. Os nove primeiros times obviamente não são saudosas seleções como aquelas que tiveram Tostão, Pelé, Garrincha, Zico, Careca. O que também não seria impossível, vide as mudanças que o esporte sofreu, fisica, técnica e taticamente.


Obs.: Infelizmente, fui assaltado e tive que trabalhar neste fim-de-semana. Por isso, não consegui assistir a nenhum jogo completo e, dessa forma, a Coluna Tática ficou impossibilitada de ser escrita.

Peço desculpas e a compreensão de todos,


Thiago Ricci

domingo, 28 de setembro de 2008

Gre-nal sacramenta queda gremista e liderança palmeirense

O Campeonato Brasileiro tem, enfím, um novo líder. O Palmeiras empatou fora de casa e conseguiu tirar a liderança do Grêmio, após 13 rodadas. O Verdão foi beneficiado pela goleada do Inter sobre o Tricolor dos Pampas no clássico gaúcho. A 27ª rodada do Nacional foi marcada por clássicos estaduais. O bom desempenho colorado salvou a média de gols deste final de semana. Foram marcados 23 tentos, numa média de 2,3 por partida.

Sábado

Goiás (7º) 3 x 0 Vitória (10º) - Serra Dourada
O Goiás esbanja qualidade no segundo turno. A vítima da vez, foi o Vitória. O time baiano não suportou a pressão esmeraldina e a inspiração do Júlio César.O ala-esquerdo, além de fazer dois gols, fez o cruzamento para Paulo Baier marcar o terceiro. De fato, o time goiano é mais um concorrente por uma vaga na Libertadores.
Gols: J. César (2), P. Baier

Flamengo (4º) 2 x 1 Sport (11º) - Maracanã
Vitória heróica do Flamengo. Depois de estar perdendo até os 36 minutos do segundo tempo, o time carioca chegou a virada aos 44min da etapa complementar. Destaque para o atacante Vandinho, que saiu do banco de reservas e, além de fazer o gol do triunfo flamenguista, deu passe para Juan marcar o primeiro tento.
Gols: Juan, Vandinho (F); Roger (S)

Atlético-MG (12º) 0 x 0 Figueirense (15º) - Mineirão
Duelo sofrível de se assistir. O Atlético não conseguiu vencer a equipe que vinha de seis derrotas consecutivas no campeonato. O Galo sequer furou a pior defesa do Nacional. O zero a zero reflete a situação dos clubes na competição.

Domingo

São Paulo (5º) 2 x 0 Cruzeiro (3º) - Morumbi
No embate entre o segundo melhor mandante e o segundo melhor visitante do Brasileirão, prevaleceu a objetividade são-paulina. Com o resultado, a equipe paulista alcançou os mesmos 46 pontos do Cruzeiro, mas fica atrás na classificação por causa do número de vitórias. O triunfo renovou as esperanças do Tricolor na busca pelo tri.
Gols: André Dias, Jancarlos

Ipatinga (18º) 3 x 1 Vasco (19º) - Ipatingão
Adeus lanterna. O Tigre jogou com muita aplicação e deixou as últimas colocações para dois times cariocas. Acostumado com o péssimo gramado do Ipatingão, a equipe do Vale do Aço soube se impor e atuar de acordo com o desespero e com a desorganização dos vascaínos. Destaque para o boliviano Pablo Escobar - o primeiro estrangeiro a fazer um gol pelo Ipatinga.
Gols: Rodriguinho, Adeílson, P. Escobar (I); Edmundo (V)

Coritiba (9º) 1 x 1 Atlético-PR (16º) - Couto Pereira
Atle-tiba muito equilibrado. O resultado deixou as duas equipes longe de suas metas na competição. O Coxa vê o sonho da Libertadores escapar a cada rodada enquanto o Furacão não consegue sair dos arredores da zona da degola.
Gols: Ariel Nahuelpan (C), Rafael Moura (A)

Náutico (13º) 0 x 0 Palmeiras (1º)- Aflitos
Empate com sabor de liderança. Este é o sentimento do torcedor palmeirense. A equipe tem a mesma pontuação do Grêmio, mas leva vantagem no número de vitórias. Apesar do placar em branco, o duelo foi repleto de alternativas e de várias oportunidades desperdiçadas.

Internacional (8º) 4 x 1 Grêmio (2º) - Beira-Rio
O Gre-Nal deste domingo teve o de sempre: tensão, jogo pegado e confusão. O que contrariou os prognósticos foi o placar dilatado aplicado pelo Inter. O resultado mostra os diferentes momentos dos dois clubes na competição. O Colorado está em uma grande ascensão enquanto o Tricolor, sem vencer há quatro partidas, perdeu a liderança do Nacional após 13 rodadas. O Grêmio fechou o mês de setembro sem nenhum triunfo.
Gols: D´Alessandro, Alex, Índio, Nilmar (I); Tcheco (G)

Botafogo (6º) 1 x 1 Fluminense (20º) - Engenhão
Fazendo jus ao nome do blog, o Flu arrancou um empate nos acréscimos do clássico carioca. No entanto, o resultado complicou os objetivos das duas equipes na competição: o Fogão ficou para trás na briga por uma vaga na Libertadores. Já o Tricolor é o novo lanterna do campeonato.
Gols: C. Alberto (B), Edcarlos (F)

Santos (14º) 1 x 1 Portuguesa (17º)- Vila Belmiro
Como de costume, Kléber Pereira marcou, mas não foi o suficiente para sua equipe lograr o triunfo na Vila. A Lusa, famosa por complicar a vida dos grandes paulistas, segurou o ímpeto santista, mas continua na zona de rebaixamento do Brasileirão.
Gols: Kléber Pereira (S); Athirson (P)


Luciano Dias

Alonso vence primeira corrida noturna


Coluna Pedro Rotterdan - Pole Position


Definitivamente, foi uma noite (em Cingapura) para brasileiros e ferraristas esquecerem. Isso porque, na primeira corrida noturna, Nelson Piquet foi o primeiro piloto a bater; Barrichello, o primeiro a desistir por problemas mecânicos. Já o maior erro de todos ficou por conta da Ferrari, a primeira equipe a fazer uma trapalhada. No caso, tirou as possibilidades de vitória de Felipe Massa. Chegou apenas em 13º lugar.


Mas três pilotos têm motivos de sobra para comemorar: o bicampeão Fernando Alonso voltou a vencer (a última vitória havia sido no GP da Itália, temporada passada, quando corria pela McLaren). O espanhol teve muita sorte ao entrar para o pit stop na 13ª volta (a primeira troca de pneus e reabastecimento de corridas noturnas), pois na 15ª, o brasileiro Nelsinho Piquet rodou na pista e colidiu no muro.

Daí, o carro de segurança precisou entrar na pista para a remoção do veículo. Assim, Alonso apenas manteve a calma para ser o primeiro vencedor noturno da história. Outro piloto privilegiado com a batida foi Rosberg, da Williams, que terminou em segundo lugar, seguido por Hamilton. O inglês aumentou a vantagem e agora lidera com sete pontos de diferença para Felipe Massa.

Erro da Ferrari prejudica Massa

Como dito antes, a Ferrari foi a primeira equipe a errar em corridas noturnas. A equipe italiana resolveu inovar há algumas provas, quando colocou em uso um aparelho que facilitaria o pit stop, mas não foi bem isso que aconteceu. Felipe Massa largou na pole e até a 18ª volta liderava a corrida. Para aproveitar o carro de segurança na pista, resolveu parar para reabastecer, mas o novíssimo aparelho da Ferrari não deu certo. A luz verde apareceu para Massa e, ao arrancar, saiu puxando mecânico e bomba de gasolina. Com o erro técnico, o piloto caiu para a última colocação, ficando sem chances de pontuar na prova.

Agora, a situação do brasileiro se complica. Massa está em segundo lugar na competição com 77 pontos, enquanto Hamilton lidera com 84.

Restam três corridas: dia 12 de outubro, no Japão; dia 19 do mesmo mês, outra etapa na China; para fechar a temporada, dia 2 de novembro, em Interlagos, São Paulo. Considerando que na temporada passada Raikkonen se encontrava em situação pior que a de Massa neste ano. Quem sabe, o título do brasileiro se concretiza aqui no País.


Imagem: globo.com

sábado, 27 de setembro de 2008

Massa é pole em Cingapura

Coluna Pedro Rotterdan - Pole position

É com prazer que estréio a minha coluna sobre automobilismo. E nada melhor do que noticiar: Felipe Massa é pole para o GP de Cingapura - o primeiro a ser disputado à noite. Assim, o ferrarista faz história ao largar na frente em corridas noturnas. Mas nem todos os brasileiros se saíram bem. Rubens Barrichello e Nelsinho Piquet não passaram da primeira fase de qualificação.

Três pilotos se destacaram por serem audaciosos. Lewis Hamilton, Fernando Alonso e Felipe Massa correram no limite e não fugiram um minuto se quer da briga pela primeira fila, passando a todo o momento a centímetros do muro. Outros pilotos, talvez por medo da chuva, optaram pela cautela e não deram ao público o espetáculo esperado.

Um fato a destacar: o bicampeão mundial Fernando Alonso, apesar do excelente desempenho, ficou fora da super pole porque o carro deu pane no motor. O alemão Vettel, que na última prova entrou para história por ser o mais jovem vencedor em um GP, até tentou, mas deixou a reação para a última volta e conseguiu apenas a sexta colocação.

O inglês Hamilton foi mais veloz que Massa em apenas um setor da pista. Então, sai na segunda colocação. Massa fez uma volta perfeita e provou ser o melhor piloto em pistas de rua neste ano. Com 0s 668 milésimos a menos que o adversário, larga na frente.

Para a corrida, os quatro primeiros pilotos da competição ocupam as duas primeiras filas, em posições invertidas. Massa, segundo no campeonato, larga em primeiro, enquanto o líder Hamilton começa em segundo. O finlandês Raikkonen, quarto no campeonato, em terceiro, seguido por Kubica, terceiro na classificação geral.

Nelson Piquet ficou com o 16º lugar. Já Barrichello, o 18º. Para o circuito noturno, já temos a primeira pole. Domingo conheceremos o primeiro vencedor, a primeira batida, a primeira troca de pneus, a primeira desistência (não necessariamente por batida), a primeira polêmica, a primeira...

O circuito

O GP de Cingapura, precursor em corridas noturnas, tem iluminação suficiente para quase cinco estádios de futebol, com mais de 4.500 pontos de iluminação. Por falar em futebol, o túnel de corrida passa por baixo das arquibancadas do estádio da cidade, e ao lado de um lago, o que se assemelha a Mônaco.

O circuito possui 5.067 km. Nele, serão corridas 61 voltas. Total de 309.087 km. A corrida será no sentido anti-horário, no setor 13, o mais lento. Nele, o piloto poderá fazer 80km/h na segunda marcha. Já no setor 7, o mais rápido, o piloto poderá passar de 298km/h na sétima marcha.

Imagem: Reuters

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Grande presença do público marca o emocionante Rali de Ouro Branco

Por Caroline de Paula

Com 17 anos de história, mais de 12 mil pessoas assistiram pilotos e navegadores de todo o país numa grande disputa. Na 6ª etapa do Brasileiro, 4ª e 5ª etapas do Mineiro de Rali de Velocidade e Trofeo Fiat houve quebra de recorde sul-americano, especial no asfalto, super prime e muita festa.

6ª etapa Campeonato Brasileiro de Rali de Velocidade

Oswaldo Scheer e Gilson Rocha venceram com 30s de diferença de Édio Fuchter e Gilvan Jablonski. Não bastou só o primeiro lugar. O Alemão também bateu o recorde sul-americano da especial de Itatiaia, sábado, percorrendo 11,5 km em 07:21.00, e depois diminuiu a própria marca, chegando a 07:15.00. Antes, o recorde era do argentino Luciano Bernardi: 7:26.06. Guilherme Spinelli e Marcelo Vivolo chegaram em terceiro.

O já campeão do CBR na categoria N3, Luís Tedesco venceu ao lado do navegador Rafael Furtado, depois de recuperar 28 segundos de desvantagem devido a uma quebra: "Andamos forte desde o início, mas tivemos um problema na segunda especial e atrasamos. Conseguimos buscar o tempo e ainda sair na frente. Eu já cheguei aqui como campeão, mas vencer em Ouro Branco é tudo para mim”, diz o piloto. A equipe mineira, com Fabiano Altomar e Carlos Lapertosa, que correu as quatro etapas do fim de semana, chegou em segundo. Marco e Mirella Oliveira completaram o pódio.

Os líderes da N2, Bernardo Koller e Sidnei Broering venceram a etapa mineira, à frente da dupla Rafael Túlio e César Valandro, 15 segundos atrás, devido à uma penalidade de 1 minuto. A outra equipe da Chevrolet Rally Team - Ullysses Bertoldo e Armando Miranda - chegou em terceiro e aprovou a prova tradicional: "Foi um pouco difícil, os trechos são rápidos. Espero estar aqui para competir novamente no ano que vem”, afirmou o piloto. Porém, o resultado da N2 está sob júdice, pois há um recurso contra o carro da dupla vencedora. Comissários técnicos recolheram o eixo do Celta para compará-lo a um original.

Num rali em família, Eduardo Scheer e Geferson Pavinato superam as dificuldades da estréia na prova mineira e chegam em primeiro na N2 Light. José Barros Neto e Fábio Abreu ficaram em segundo, seguidos dos mineiros de Juiz de Fora, Marcelo Mendes e Breno Rezende. O navegador ficou empolgado com o rali de Ouro Branco, mas cauteloso quanto à disputa: "entramos no meio do campeonato e está ainda um pouco difícil de definir se vai pra briga mesmo assim. Agora, vamos continuar, porém mais animados depois deste primeiro pódio”, finaliza Breno.

Na A6, Leandro Brustolin e Daniel Ceconello abriram 10 pontos dos concorrentes Luciano Fleck e Eduardo Morelli após vencer nesse final de semana. Totalizam 48 pontos. “Nós fizemos uma prova muito boa, então isso nos motiva a buscar o campeonato lá em Curitiba”, conta Ceconello. O segundo lugar no CBR, na A6, para Fleck e Morelli aumentaram a motivação e a vantagem da dupla, na mesma categoria pelo Mineiro. Ambos lideram isoladamente, com 30 pontos no regional: “eu queria muito ganhar essa etapa, porque o Morelli é mineiro. Nós já ganhamos em Divinópolis e agora aqui. Minas sempre dá sorte para a gente”, relata Luciano.

4ª e 5ª etapas Campeonato Mineiro de Rali de Velocidade

Duas etapas em um final de semana e dois primeiros lugares a Fabiano Altomar e Carlos Lapertosa. A equipe Marinelli Team ainda comemora a dobradinha de domingo, com Fábio Sacioto e Arthur Carrão. Após a premiação do CMR, um recurso alegou que a dupla da equipe Lobo Guará, com Marcelo Mendes e Breno Rezende, não estava inscrita na categoria, apesar de apresentar documentação. Com isto, Sacioto e Arthur ficam em segundo na 5ª etapa. A dupla não completou a prova do sábado, depois de bater na SS Itatiaia e ainda tiveram de comprar um carro de rali para correr no domingo.

No Cross Country, Luciano Lima e Roberto Corrêa vencem pela 4ª e 5ª vez, e colocam a mão na taça: “as especiais foram muito rápidas, então a nossa diferença para o segundo colocado foi muito pequena”, conta Luciano ao reconhecer as dificuldades da etapa. Anderson Guimarães e Rodolfo Tomé buscaram tempo em todas as especiais. Chegaram em segundo nas duas provas do CMR. Na terceira colocação de sábado, Hayato Hirashima e Kilder Araújo. Domingo, Antônio Teixeira e Lucas Teixeira.

SS7 Itatiaia – asfalto / Festa / Capotagens

Milhares de pessoas prestigiaram a prova Especial Itatiaia. Guilherme Spinelli e Marcelo Vívolo fizeram os 9km em 3m48s. “É uma coisa nova, que não temos no brasileiro. A gente fica receoso, sem saber como o carro vai se portar, mas com adrenalina correndo tudo vira um espetáculo”, diz Breno Rezende.

Para o líder da A6 do Mineiro, o público de Ouro Branco mereceu a festa: “este é um rali muito especial. Ainda mais com a presença do público. O trecho é bem técnico e liso também. A galera faz uma festa super legal, então não podemos fazer menos que dar um show para eles”, ressalta Luciano Fleck.

As estreantes Joseane Koerich e Emília Abadia, na N2 Light, capotaram logo na chegada da SS1, no sábado. Antônio Carlos Viana e Emerson Showboy também viraram no mesmo trecho, porém no domingo na SS11.

Trofeo Fiat

No sábado, Fabiano Altomar e Cacá Lapertosa foram os mais felizes na disputa pela premiação, nas duas etapas do CMR. Militon Junior e Zeca Fonseca ficaram em segundo na 4ª etapa, dividindo o pódio com Haroldo Soares e Marcelo Diniz em terceiro.

No domingo, a dupla da Marinelli Team comemorou a dobradinha com Sacioto e Arthur Carrão. Militon e Zeca ficaram em terceiro; Haroldo e Marcelo em quarto e Leonardo e Gustavo em quinto na corrida pela premiação na Fiat

Imagens: Júnior Almeida/ AcelerAção

Na sala de emergência

Coluna Paulo Henrique Marques - Cesta na Sexta

Nesta inauguração da coluna Cesta na Sexta, pensei em várias coisas que poderiam ser ditas sobre o basquete nacional. Desde o dia que me deram a oportunidade de escrever para o Acréscimos, venho pensando qual seria a melhor forma de começar a atividades.

Então, várias imagens e passagens vieram à minha mente nos últimos dias. Principalmente sobre a situação na qual se encontra o basquete brasileiro. No pré-olímpico, a ridícula apresentação da nossa seleção masculina nos garantiu mais quatro anos longe de uma olimpíada. Além do fiasco no mundial de 2006, no Japão. O 19º lugar foi a pior participação dos brasileiros na competição.

Observando tudo que acontece com o esporte nacional atualmente, sinto saudades daquela seleção de 1963. Ubiratan, o maestro da equipe, que contava com lendas como Wladmir, Amauri, Jathyr, Menon, Fritz, Waldemar, Sucar, Mosquito e Rosa Branca. Uma vitória fantástica sobre os norte-americanos nos deu o bi-campeonato e a última felicidade nos mundiais de basquete.

Desde então, as únicas coisas que dão prazer de lembrar são as magníficas jogadas de Oscar e Hortência. Sem esquecer que os dois não jogaram sozinhos, mas são lembrados pelas suas contribuições ao esporte nacional.

Quando alguns jogadores brasileiros foram contratados por times norte-americanos, para jogarem na NBA, acreditava-se que o nível do nosso basquete estava evoluindo. Mas sou realista. É o basquete mundial que está cada vez mais fraco. Vivemos de passado e esquecemos do futuro. Oscar, Magic Johnson, Jordan, Paula, Hortência e muitos outros astros do basquete mundial não voltarão mais.

Está na hora de pensar em reformulação, principalmente no esporte aqui no Brasil. Investimento? Isso sei que é necessário. Mas está na hora de colocarmos na cabeça de nossas pseudo-estrelas (Nenê, Anderson Varejão, Leandrinho e outros jogadores que foram para a NBA) que a Seleção Brasileira é muito maior do que eles imaginam.

A não participação desses jogadores no pré-olímpico, eximindo o “Hilário Nenê” por motivos médicos, foi uma das razões da baixa qualidade apresentada por nossa Seleção. Isso mostra que infelizmente estamos dependentes de alguns jogadores que ainda não aprenderam o censo de patriotismo, o que ocorre em vários outros países.

Fica o alerta para o nosso saudoso Gerasime Nicolas Bozikis, presidente da Confederação Brasileira de Basquete, a CBB. O esporte está sofrendo com a falta de planejamento e investimentos. Está na hora de tomarmos ações drásticas em prol do desenvolvimento de nosso basquetebol. Aproveitar as péssimas experiências que tivemos nestes últimos anos e garantir pelo menos a honra da seleção perante o mundo.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Programa Acréscimos 25/09

O Programa Acréscimos está no ar. Abaixo, você confere as principais notícias esportivas com Thiago Ricci, Paulo Afonso, Christiano Soares, Luciano Dias, Rafael Rebuiti e Pedro Rotterdan.

Tudo em duas partes. A primeira, destaque para Copa Sul-Americana, Esportes Especializados e Brasileirão. Na segunda, os preparativos de Cruzeiro e Atlético para a 27ª rodada e a útlima convocação de Dungas para as Eliminatórias 2010.

Parte I:



Parte II:


Atualização: Universidad Católica 1 x 1 Internacional

Equipe Acréscimos

Goiás lidera o Brasileirão, pelo menos no segundo turno

Coluna Luciano Dias - Memória e calculadora esportiva

Nem Grêmio, nem Palmeiras, nem Cruzeiro. O líder do segundo turno do Campeonato Brasileiro é o Goiás. Com uma campanha irretocável nesta fase do Nacional, o time esmeraldino chegou, com a goleada sobre o Santos no último domingo, aos 16 pontos (5v, 1e, 1d) em sete partidas disputadas. A equipe também possui os melhores ataque e saldo do segundo turno: são 16 gols marcados e apenas quatro sofridos.

Não é a primeira vez que o Goiás realiza boa campanha em fase complementar. Em 2003, o time teve o melhor desempenho do returno, superando inclusive o Cruzeiro, campeão daquele ano. Em 2005, a equipe esmeraldina conquistou uma inédita vaga na Libertadores. A exceção dos últimos campeonatos ocorreu no ano passado, quando os goianos quase foram rebaixados.

O Palmeiras é o vice-líder do campeonato e do returno. O time de Luxemburgo soma 15 pontos (5v, 0e, 2d) nesta fase. As únicas derrotas do Verdão na segunda etapa foram justamente para equipes que fecham o G-4 do returno: Inter e Sport.

Se por um lado, o Goiás mostra a ascensão, por outro, o Grêmio, lider há 13 rodadas, apresenta uma queda perigosa na competição. No segundo turno, o Tricolor dos Pampas está apenas na 12ª posição, com nove pontos (2v, 3e, 2d).

A queda de produção dos gaúchos começa pela zaga, que nos últimos seis jogos sofreu na média um gol por partida - equivalente à defesa do Fluminense, que está na zona de rebaixamento. Outrora, era quase impossível furar as redes do goleiro Víctor.

Mas, a pior campanha do segundo turno pertence ao Figueirense. Os catarinenses, que não vencem há seis jogos, somaram apenas três pontos (1v, 0e, 6d).

As campanhas das equipes mineiras são irregulares nesta fase. O Cruzeiro é o oitavo com 10 pontos (3v, 1e, 3d), o Atlético é o décimo com nove (2v, 3e, 2d) e o Ipatinga, lanterna do Brasileirão, é o 16º do returno com oito (2v, 2e, 3d).

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

O início de uma geração

Rafael Rebuiti - O especializado

Após a conquista da medalha de prata nas últimas Olimpíadas, a Seleção Brasileira de vôlei volta às quadras. Com muitas novidades, o país começou nesta quarta-feira, em Cuiabá, a disputa da Copa América. A estréia foi contra a seleção do México. Vitória por 3 sets a 0. Parciais: 25/18, 25/16 e 25/20. A competição marca o início de uma renovação no voleibol brasileiro.

Dos atletas que participaram dos jogos de Pequim, apenas cinco compõem a equipe que disputa a Copa América. São eles: o levantador Bruninho, o líbero Serginho, os opostos André Nascimento e Dante e o ponteiro Murilo. A característica marcante do novo grupo é a altura - a média é de 1,98m.

Bernardinho continua sendo o comandante, com 278 jogos à frente da Seleção. Grande esperança de sucesso na transição, da equipe vencedora destes últimos 8 anos, para esta nova e alta equipe. Hoje, contra o México, o técnico chegou a marca de 250 vitórias a frente do vôlei brasileiro.

Na Copa América, o Brasil está na grupo D, junto com as seleções do México e da Venezuela. O torneio conta ainda com equipes do porte, de Cuba e Estados Unidos, atual campeão olímpico (desfalcadas dos principais jogadores). O torneio é uma preparação para a Liga Mundial, que começa no ano que vem.


Imagem: Alexandre Arruda / CBV

terça-feira, 23 de setembro de 2008

Brasil - Uma potência paraolímpica

Coluna Rafael Rebuiti - O especializado

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Figueira sob cárcere privado

Coluna Paulo Afonso - Simplesmente por esporte

Para evitar o rebaixamento, prendam o Figueirense na primeirona. Este aparece ser o lema do novo treinador do clube, Mário Sérgio. Se fosse o Antônio Lopes (delegado), ainda dava para entender.

Mal estreou, ou melhor, estreou mal - domingo último, em casa - o comandante, após a derrota para o Cruzeiro por 4 a 3, tomou uma decisão prá lá de inusitada.

A conclusão foi mais dolorosa para os jogadores, que o recém resultado negativo: o elenco vai ficar confinado até o fim do Brasileiro (07/12). Ordem do poderoso chefão. Se não der certo, pelo menos será um novo candidato a destaque no Guinness Book – livro dos recordes. Serão 77 dias.

Por hora, o saudoso filósofo do futebol deve estar de cabelo em pé, no andar de cima. Refiro-me a Neném Prancha, ex-jogador, treinador e funcionário do Botafogo, falecido em 1976. Antônio Franco de Oliveira ganhou o apelido porque as mãos mediam 23 centímetros, e calçava 44. A fama maior veio com frases antológicas, apesar de ter sido um homem de poucas palavras.

Dentre as raridades verbais, uma contraria a atual convicção de Mário Sérgio: "Se concentração ganhasse jogo, o time do presídio não perdia uma partida.". Precisa dizer algo mais! Sábado, o Figueira deixa a ilha e encara o Galo no Mineirão. Os catarinenses ocupam a 15ª posição na tabela, com 28 pontos. Vejamos se o Big Brother, versão mariosergiana, vai dar resultado.

Pelo visto, o técnico assinou a própria sentença. Afinal, não há jogador que suporte tamanha rigidez. Ainda mais curioso, é que o retiro fica próximo à capital, em uma cidade chamada Águas Mornas. Assim, esse time não vai esquentar nunca. A não ser, a cabeça da turma, e de raiva.

Charge: Paulo Afonso

Coisas de centenário

Coluna Luciano Dias - Memória e calculadora esportiva

Ano de centenário. Período susceptível à comemoração. Bem, pelo menos era para ser assim. Muitas promessas são feitas no ano em que um clube completa um século de vida. Contratações bombásticas, títulos, festas...Mas o que mais ocorrem são as decepções.

De fato, o ano de centenário não é bem conduzido pelos dirigentes. São fiascos e grandes trapalhadas. Da incredulidade passa à decepção, e da decepção à revolta dos torcedores. Dentre as equipes que estão na primeira divisão do Campeonato Brasileiro, nove já chegaram aos 100 anos. Destas, apenas Vasco, Vitória e Fluminense guardam boas recordações da data.

Em 1998, o time cruzmaltino esbanjou ao vencer o Estadual e a Libertadores. Quatro anos depois, o Flu triunfou no Carioca e chegou entre os quatro primeiros no Brasileirão. Já o Vitória, em 1999, comemorou um século de vida com a conquista da Copa do Nordeste e com uma bela campanha no Nacional.

Entretanto, as boas lembranças de centenário ficam por aí. Para começar, vamos lembrar do Flamengo, ou melhor, da "Selemengo", de 1995. Era um grande time no papel, mas desunido. Com Edmundo, Sávio e Romário (ataque dos sonhos) e Vanderlei Luxemburgo no comando não dá pra perder né?

Deu. Prevaleceu a desorganização. No Estadual (Flu 3 a 2 na final), me recordo da piada da época: "Renato Gaúcho 'embarrigou' o centenário do Flamengo". Na Supercopa dos Campeões da Libertadores ocorreu mais um maracanazo. O Independiente, da Argentina, tirou o grito de campeão dos Rubro-Negros em pleno Maracanã. E o Brasileirão foi um fiasco. Ah, é importante destacar uma irônica coincidêndica: a defesa flamenguista sofreu exatamente 100 gols.

O Náutico completou um século em 2001. O ano começou muito bem, com o título Estadual, mas a decepcionante campanha na Série C do Brasileiro manchou a temporada alvirrubra.

Em 2003, foi a vez do copeiro Grêmio soprar a velinha pela centésima oportunidade. No entanto, foi um ano que o torcedor gremista prefere apagar da memória. O Tricolor quase foi rebaixado no Estadual e no Brasileiro. Na Libertadores sobreviveu até as quartas-de-final.

No ano seguinte, o glorioso Botafogo chegara aos cem. Sem conquistar nada. Foram decepções atrás de vexames. No Estadual, sequer chegou à fase final. Na Copa do Brasil, fora eliminado para o Gama na segunda fase. No Nacional, brigou até as últimas rodadas para não cair.

O Sport fez cem em 2005. Sem brilho nenhum. Sem repercussão nacional. Sem títulos. E uma pífia campanha na Série B do mesmo ano. A maior alegria dos leninos foi assistir a incrível derrota do rival Náutico para o Grêmio, no embate conhecido como "Batalha dos Aflitos", no qual o Timbu perdera a oportunidade de subir para a elite do Brasileirão.

Escurecendo a página dos centenários, é a vez de citar o Clube Atlético Mineiro, que completou neste ano um século. Foi planejado para ser um 2008 para aumentar as fontes de renda, melhorar a receita do clube e ampliar a paixão alvinegra.

Na prática, isso não aconteceu. Sem a conquista de títulos na temporada, a recente eliminação na Copa Sul-Americana e a má colocação no Campeonato Brasileiro, boa parte das ações de marketing atleticanas precisaram ser revistas ou adiadas.

Foram seis goleadas sofridas na vexatória temporada, incluindo um 5 a 0 para o maior rival na final do Mineiro e sonoros 6 a 1 do "timaço" vascaíno. A defesa atleticana parece querer imitar o Flamengo de 1995. Para completar a interminável tempestade, Ziza Valadares renunciou a presidência e ninguém quer substituí-lo neste céu escuro.

No próximo ano, é a vez do Internacional chegar ao centenário. As preparações já começaram, com grandes contratações, como a do armador argentino D´Alessandro. A torcida colorada espera que a cúpula do Saci faça projetos contrários aos das diretorias de Flamengo, Náutico, Grêmio, Atlético-MG, Sport e Botafogo. Mas tem muita gente colorada querendo saltar 2009.

Sem palavras

Coluna Paulo Afonso - Simplesmente por esporte

Charge: Paulo Afonso

Parabéns Acréscimos - um ano de notícias além do tempo regulamentar

Um ano de alegrias, de sonhos, de adversidades, de desafios, de colaborações. Um ano de Acréscimos. Um ano da notícia além do tempo regulamentar. O dia 22 de setembro de 2007 é mesmo histórico. Data em que quatro estudantes de jornalismo - Christiano Soares, Luciano Dias, Pedro Rotterdan e Thiago Ricci - resolvem colocar em prática os objetivos dentro do contexto esportivo.

Durante estes 366 dias, acompanhamos fatos marcantes do esporte, como o inédito acesso do Ipatinga à primeira divisão do futebol nacional, a queda corinthiana para a Série B do Campeonato Brasileiro, o bi-campeonato do São Paulo no Brasileirão, um Romário treinador e jogador ao mesmo tempo, a despedida do baixinho dos gramados, o retorno cruzeirense à Libertadores após quatro anos e o título inédito de Kimi Raikkonen da Fórmula 1.

Celebramos os 86 anos do Cruzeiro, a comemoração dos quenianos com a bandeira do Galo na corrida de São Silvestre, o inesquecível centenário atleticano, o feito do Florianópolis sobre o Minas na final da Superliga de vôlei 2007/08 e as Olímpiadas de Pequim. Acompanhamos tristezas, como a trajédia do estádio da Ponte Nova.

Esportes e competições pouco divulgados pela mídia também foram acompanhados pelo Acréscimos, como o Campeonato Brasileiro Universitário de futebol, as competições de motocross e de Rali automobilistico.

Um ano de momentos inesquecíveis. Como não se lembrar de nossa primeira cobertura esportiva na Toca da Raposa II e de nossa estréia na Cidade do Galo. Um ano de gravações do Programa Acréscimos nos laboratórios de rádio do Centro Universitário Uni-BH.

Realmente muita coisa pode se fazer em um ano. E é com o objetivo de sempre melhorar que esperamos sobreviver por muito mais tempo. Além do tempo regulamentar!


Parabéns Acréscimos!

Novidades para o segundo ano Acréscimos

Para comemorar o nosso primeiro aniversário, o Acréscimos entra para o segundo ano repleto de novidades. Destaques para os nossos reforços, que se juntam aos já conhecidos Christiano Soares, Luciano Dias, Pedro Rotterdan e Thiago Ricci.

A primeira contratação é o editor de esportes da TV Record, Paulo Afonso, que deixará vocês informados sobre as últimas do esporte, principalmente na coluna Simplemente por esporte.

O outro reforço é Rafael Rebuiti, que vai trazer para os internautas o melhor do esporte especializado, seja em forma de texto ou em forma de podcast. O basquete também terá atenção especial, com Paulo Henrique Marques, que traz para vocês a coluna Cesta na Sexta.

As novidades do Acréscimos não param por aí. Luciano Dias traz a coluna Memória e calculadora esportiva, com momentos inesquecíveis e estastísticas marcantes do esporte. Thiago Ricci aborda uma visão diferente do futebol, sob o ponto de vista estratégico, na coluna Tática.

As notícias automobilisticas serão mostradas por Pedro Rotterdan, na coluna Pit Stop. Diariamente, publicaremos no blog as últimas de Atlético-MG e Cruzeiro, com entrevistas de jogadores e treinadores. O layout do site continua por conta da estudante de produção editorial, Fernanda Resende.

Toda quinta-feira, em nossos programas, o internauta poderá determinar a reportagem de nossa próxima gravação. Estamos aberto a novas sugestões para determinar que este segundo ano seja também repleto de alegrias.


Equipe Acréscimos

domingo, 21 de setembro de 2008

Muita obediência e vontade e pouco brilho na Ilha do Retiro

Coluna tática por Thiago Ricci


Sport e São Paulo deixaram qualquer amante do futebol de péssimo humor hoje a tarde, após machucarem a bola na Ilha do Retiro. O placar, como citado na Band, poderia ser a nota da partida: 0 a 0.

Vamos às considerações táticas.

Os dois times jogaram de formas parecidas na defesa: três zagueiros e dois alas fechando o meio-campo e apoiando o ataque. A diferença neste ponto é a qualidade dos zagueiros são-paulinos e Carlinhos Bala como ala direita.

Pouco à frente dos zagueiros, o Sport se protegia com Andrade e Júnior Maranhão, este último saindo um pouco mais. O tricolor paulista jogou um pouco diferente. Zé Luís ficou visivelmente mais recuado (às vezes se posicionando como um quarto zagueiro), enquanto Hernanes tentava tabelar com Joílson.

Se no ataque as equipes estavam bem parecidas (um mais enfiado, outro recuando para buscar jogo), o "camisa 10" se posicionaram de formas diferentes. Hugo, mais recuado, se preocupou em marcar mais e cair bastante para a esquerda. Kássio teve menos obrigação para marcar e fez um papel maior de distribuidor - mesmo que tendesse a ficar mais na esquerda.


São Paulo não consegue aproveitar espaço de Carlinhos Bala



O grande vacilo do limitado, tecnicamente, time do São Paulo foi não aproveitar os espaços deixados pelo ala improvisado Carlinhos Bala. O jogador, atacante de ofício, deixou uma verdadeira avenida na faixa da esquerda do time paulista.

Quando a equipe de Muricy Ramalho recuperava a bola, Andrade cobria o ala-direito, e Igor tinha que sair em busca de Hugo. Com isso, sobrava um verdadeiro buraco (ver tabela ao lado) que não foi aproveitado pelo tricolor.

Hernanes, em tarde infeliz, poderia ocupar aquela faixa, assim como Joílson. O próprio Dagoberto poderia se desvencilhar da marcação e fazer alguma jogada no setor.

Se nenhuma dessas opções fossem realizadas (como não foram), o São Paulo tinha ainda como vantagem o fato da defesa do Sport ser obrigada a jogar sem nenhum jogador na sobra. Mas faltou brilho para conseguir o êxito.

Obs.: Mais uma vez, lamentável a transmissão da Bandeirantes. Agora, foi o grande, mas velho, Luciano do Valle quem fez feio. O consagrado locutor não conseguiu identificar um jogador do meio-campo do Sport. Sem comentar a pronúncia esdrúxula do nome Keirrison. Neto, pra variar, só conseguiu se destacar com os gritos.

Obs.2: Horrível a arbitragem de Djalma Beltrame. Começou distribuindo inúmeros amarelos e depois não manteve o critério. Entre outros erros, Dagoberto deveria ter sido expulso aos 14 min da etapa final depois de dar um chute, mesmo sem querer, no rosto de um jogador rubro-negro.

Rodada tem Goiás vencendo mais uma e Palmeiras encostando no Grêmio

A 26ª rodada do Campeonato Brasileiro teve uma média de 2,8 gols por partida. Destaques novamente para o Goiás, que com uma bela campanha no segundo turno chegou à quarta vitória consecutiva no Brasileirão, e para o Palmeiras, que venceu em casa e encurtou para um ponto à diferença para o líder Grêmio.

Sábado
Fluminense (19º) 2 x 3 Coritiba (8º) - Maracanã
Duelo movimentado e repleto de alternativas. Melhor para o Coxa, que soube aproveitar os erros do Flu (o terceiro gol ilustra a afirmação) e conseguiu se reabilitar no campeonato, após duas derrotas consecutivas. Já o Tricolor, que mostrou tímida reação com Cuca, volta à vice-lanterna. Destaque para o duelo particular entre os atacantes Washington, do Flu, e Keirrison, do Coxa.
Gols: Carlinhos Paraíba, Keirrison (2) (C); Washington (2) (F)

Goiás (9º) 4 x 1 Santos (14º) - Serra Dourada
Mais um triunfo da equipe de melhor campanha do segundo turno do Brasileirão. O Goiás quebrou a invencibilidade santista no returno da competição e logrou a sua quarta vitória seguida no campeonato. Em menos de 15 minutos de jogo, os goianos já venciam por 3 a 0.
Gols: Paulo Baier, Anderson Gomes, Iarley, R. Marques (G); Pará (S)

Atlético-MG (12º) 2 x 1 Náutico (13º) - Mineirão
Paz. Pelo menos nas quatro linhas. Mesmo depois de passar por uma semana tumultuada por causa da renúncia de Ziza Valadares da presidência, o Galo conseguiu, enfím, reencontrar o caminho das vitórias. De virada, o Atlético manteve a escrita de nunca perder para o Náutico no Mineirão (12v e 1e). Já o Timbú, teve interrompida uma sequência de vitórias no segundo turno.
Gols: Renan Oliveira, Vinícius (A); Ruy (N)

Domingo
Figueirense (15º) 3 x 4 Cruzeiro (3º) - O. Scarpelli
Partida aberta em Floripa. Sete gols, incríveis oportunidades perdidas e apenas um cartão amarelo. O Cruzeiro explorou bem o desespero do adversário e, com uma bela atuação da dupla Guilherme e Thiago Ribeiro, chegou ao triunfo. Já o Figueira, em perigosa regressão, atingiu o sexto revés consecutivo no Nacional. O embate marcou as reestréias de Mário Sérgio no comando dos catarinenses e de Maurinho na lateral celeste.
Gols:Guilherme(2), Henrique e Thiago Ribeiro(C); Bruno Aguiar, Ramon e Diogo(F)

Sport (10º) 0 x 0 São Paulo (5º) - Ilha do Retiro
Confronto travado em Recife, principalmente no meio-campo. O São Paulo perdeu a oportunidade de entrar no G-4. O Sport, sem nenhuma pretensão no Brasileiro, caiu uma posição na tabela.

Portuguesa (18º) 3 x 1 Botafogo (6º) - Canindé
Alívio na Lusa. Após assegurar a lanterna da competição na última rodada, o time do técnico Estevam Soares, voltou a vencer depois de seis jogos de jejum. Já o Fogão, com duas partidas sem triunfos, repete o mesmo erro de campeonato anteriores: a irregularidade. Resultado: a equipe saiu do G-4 do Nacional.
Gols: Fellype Gabriel, Edno (2) (P); W. Paulista (B)

Atlético-PR 0 x 0 Grêmio - Arena da Baixada
O empate conquistado fora de casa colocou o Grêmio na liderança do Brasileirão pela 13ª rodada consecutiva. O problema é que o tricolor observa a diferença para o segundo colocado cair a cada semana. Já o Furacão, sem muito vento neste torneio, está em situação preocupante. Os atleticanos estão apenas um ponto e uma posição acima da zona de rebaixamento.

Flamengo (4º) 1 x 0 Ipatinga (20º) - Maracanã
Jogo de uma nota só: Flamengo atacando e Ipatinga defendendo. Com a retranca da equipe mineira, o Rubro-Negro conseguiu furar a rede adversária apenas uma vez, suficiente para que o time carioca volte ao G-4. Em contrapartida, o Ipatinga, que mostra uma evolução no campeonato, retornou à temida lanterna.
Gol: Marcelinho Paraíba

Internacional (11º) 1 x 0 Vitória (7º) - Beira Rio
Crescimento destacável do Colorado. O Inter chegou ao terceiro triunfo no Brasileirão e volta a sonhar com uma vaga na Libertadores de 2009, ano de seu centenário. O gol isolado da equipe gaúcha foi marcado por Alex, de pênalti, em uma falta marcada fora do lance em cima de Nilmar. Já o Vitória, com uma equipe limitada, mas esforçada, deve mesmo conseguir a sua meta: beliscar uma vaga na Sul-Americana.
Gol: Alex

Palmeiras (2º) 2 x 0 Vasco (17º) - Palestra Itália
Ascensão alviverde. A vitória palmeirense aproxima a equipe da liderança da competição. Agora, apenas um ponto separa o time de Luxa do líder Grêmio. Em contrapartida, o Vasco continua "namorando" a zona de rebaixamento. O bagunçado time da Colina perdeu mais uma (não vence há cinco jogos), desta vez na estréia de Renato Gaúcho.
Gols: Diego Souza, Alex Mineiro

Luciano Dias

sábado, 20 de setembro de 2008

Timão transpira disposição tática na volta à Série A

Coluna tática por Thiago Ricci

Corinthians e Ponte Preta travaram, hoje, um belo duelo no Pacaembu, pela Série-B do Brasileiro. Um primeiro tempo bastante movimentado e uma etapa final prejudicada pelo vacilo do zagueiro da Macaca, Gum, resultando em um aparentemente tranquilos 3 a 0 para o Timão.
Vamos então à análise tática.

O técnico corintiano Mano Menezes deu uma consistência grande ao time da capital paulista. O ponto de segurança, mais uma vez esteve nos volantes. Carlos Alberto se posicionou na direita, fechou os buracos dos avanços de Alessandro e ainda teve uma boa saída de bola. O grande trunfo tático do jogo foi Elias. Conseguiu cobrir todas (e não raras) subidas de André Santos e ainda alimentou bem o ataque preto e branco.

Ataque que foi presenteado por um esforçado e habilidoso Morais. Dedicação que não se via no desesperado Vasco, time anterior. Graças à marcação implacável do armador - acompanhou o lateral adversário até a área corintiana diversas vezes, o esquema de Mano, com quatro jogadores ofensivos, é possível.

Um pouco mais na frente, Douglas e Herrera trocaram de posições com certa frequência, o que confundiu a zaga rival. Nas laterais, duas duplas perigosas conseguiram fazer boas jogadas: Dentinho e Alessandro na direita, e Morais e André Santos na esquerda. Esse lado esquerdo do Timão promete.

Mudança tática no time do Parque São Jorge, só mesmo de posicionamento dos volantes no segundo tempo. Mano colocou Bruno Octávio no lugar de Carlos Alberto, que saiu com dores. Elias foi, então, para a direita acompanhar Renato, cérebro da Ponte Preta. Bruno Octávio ficou na esquerda, sem o mesmo brilho de Elias.

Ponte Preta aposta as fichas em Renato

Engana-se quem acha que o time de Campinas fez uma partida ruim. A Macaca começou com um meio-campo forte, formado por Ricardo Conceição, Jairo e William, que saía mais para o jogo. Renato flutuava no meio ofensivo tentando criar jogadas para Renatinho e o centroavante Luis Ricardo. Nas laterais, Vicente e Raulen conseguiam descer com eficiência.

O problema foi logo no início do segundo tempo, aos 3 min. Gum, descontrolado, peitou o árbitro Wagner Tardelli e foi expulso. Por causa disso, Jairo foi recuado para a zaga e William ficou de volante mais recuado (ver tabela ao lado).

Na frente, o erro de Paulo Bonamigo. O técnico deixou o pesado Luis Ricardo recuado na direita, para fechar o meio-campo. Enquanto isso, o rápido e frágil Renatinho ficou na frente pela esquerda. Se ele pensou em utilizar da velocidade do atacante, se equivocou. Aos 14min, outro erro. Tirou William, que fazia uma bela partida como volante recuado, e colocou um cabeça-de-área, Luciano Sorriso.

Dez minutos depois, tentou remodelar o ataque, colocando Neto Baiano, outro centroavante, no lugar de Luis Ricardo - que (talvez pelo posicionamento estranho) saiu bravo, chutando uma garrafa de água. Desta vez, Bonamigo deixou Neto Baiano na liderança do ataque e recuou Renatinho, o que parecia ser óbvio desde a expulsão de Gum.

Programa Acréscimos 18/09

O programa Acréscimos está de volta e com força total. Novos companheiros foram adicionados para compor o grupo. Na próxima semana, nossa equipe fará um ano de existência. O aniversário é nosso, mas quem ganha é você!

Este é o primeiro programa com diversas novidades. Agora teremos apresentações toda quinta-feira. Devido a problemas técnicos, tivemos um atraso, mas, para cumprir nossa rotina, resolvemos e o dividimos em dois blocos.

Vem aí, mais um final de semana agitado no esporte. No futebol, nem se fala. Então, nossa equipe se reuniu para discutir cada detalhe do que vem por aí. Basta apertar o play. É jogo rápido. Depois, nos Acréscimos, entre em campo e participe. A decisão final é sempre do internauta.

Parte 1:


Parte 2:


Esperamos que você goste! Participe, ouça e comente sobre as novidades!

Atualização: Quando gravamos o programa, Thomaz Bellucci ainda não tinha perdido pro Mario Ancic por 6-2, 7-6(4), 7-6(3); Thiago Alves não tinha caído diante o Ivo Karlovic por 7-6(5), 7-6(3), 7-5; e a dupla mineira André Sá/Marcelo Melo também não havia marcado o primeiro ponto brasileiro ao vencer Ivo Karlovic/Lovro Zovko por emocionantes 6-7(3), 6-2, 7-5, 6-7(5) e 6-3.

Equipe Acréscimos

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Competidores do país com "adrenalina na alta" para o XVII Rali de Ouro Branco

Por Caroline de Paula

O 17º Rali de Ouro Branco, a ser disputado neste fim de semana, 20 e 21, assim como nos anos anteriores, também tem suas peculiaridades. A disputa na 6ª etapa do Campeonato Brasileiro e na 4ª e 5ª etapas do Mineiro de Rali de Velocidade promete ser bem acirrada, num trecho rápido e escorregadio devido à chuva.

Ouro Branco, na região central de Minas, é uma das cidades no país onde vários pilotos e navegadores gostam de correr. No 17º Rali a organização inovou: além dos 148,90 quilômetros cronometrados divididos em 11 especiais (com 133,90 km de deslocamentos, num total de 282,80 km de prova), os competidores vão percorrer uma especial de asfalto. Na SS7 os carros vão percorrer nove quilômetros.

CBR – Campeonato Brasileiro de Rali de Velocidade

Na categoria N4, Oswaldo Scheer e Gilson Rocha têm 8 pontos de vantagem na frente dos segundos colocados, Édio Füchter e Gilvan Jablonski. Na briga também vem em terceiro a equipe de Guilherme Spinelli e Marcelo Vívolo, com 34 pontos, apenas dois pontos de diferença para Édio e Gilvan.

Vencendo todas as cinco provas disputadas até agora na temporada, Luís Tedesco e Rafael Furtado já estão com o título garantido (com 50 e 40 pontos, respectivamente). Agora a briga no braço vai ser pelo vice, com o casal Marco e Mirella Oliveira, com 16 pontos, e com os irmãos Sartori, que tem 8,5 pontos. Eduardo Cunha e Soneca disputaram duas etapas do Brasileiro 2008, mas vão manter daqui pra frente a disputa pelo CMR, de acordo com o próprio piloto.

Na A6, Luciano Fleck e Eduardo Moreli lideram no Mineiro e agora também buscam a liderança do CBR. O trunfo da dupla é do navegador, natural de Belo Horizonte, e que já correu em Ouro Branco em anos anteriores. A equipe está com 30 pontos no Brasileiro, apenas oito atrás dos líderes Leandro Brustolin e Daniel Ceconello.

Pela categoria N2, Bernardo Koller e Sidnei Broering, da equipe Chevrolet Rally Team, estão na ponta com 44 pontos. Em segundo lugar outra dupla da equipe, Ulisses Bertholdo e Armando Miranda, também seguem na disputa com 36 pontos.

Na N2 light Eduardo Scheer e Geferson Pavinato seguem na liderança com dez pontos de vantagem a frente da equipe erechinense Cama de Gato Rally Team (Thiago Mocelin e Robson Giacomel), com 23 pontos. Na mesma disputa e correndo pela primeira vez em um rali de velocidade, estão os juizdeforanos Marcelo Mendes e Breno Rezende, na 6ª colocação, com 15 pontos.

Dupla feminina - A prova de Ouro Branco também marca a estréia de uma nova dupla feminina na categoria N2 Light. Joseane Keirich e Emilia Abadia disputarão as três últimas provas do Brasileiro nesta temporada.

CMR – Campeonato Mineiro de Rali de Velocidade

Líderes em casa, Eduardo Cunha e Eduardo Soneca, ganharam em Mariana e assumiram a ponta na categoria N2, com 25 pontos. Em Ouro Branco, a dupla pretende ampliar a diferença e seguir firme rumo ao título. Em seguida vem uma das duplas da Marinelli Team, Fábio Sacioto e Arthur Carrão, com 17 pontos.

Na categoria Cross Country, o grid cresceu em 2008 e a disputa também. Luciano Lima e Roberto Corrêa vêm com folga de nove pontos de vantagem pra prova em Ouro Branco. Antônio Carlos Viana e Emerson Showboy estão em segundo lugar, com 21 pontos.

Trofeo Fiat

As duplas de Minas Gerais se destacam na disputa do Trofeo Fiat além do campeonato regional. No estado Fábio Sacioto e Arthur Carrão são líderes junto com Leonardo Pereira e Gustavo Bicalho, ambos com 20 pontos cada. Já no Paulista de Velocidade Militon Bianco Júnior e Zeca Fonseca então em primeiro lugar, seguidos de outra dupla mineira, Fabiano Altomar e Carlos Lapertosa. Os mineiros venceram a 3ª etapa Campeonato Paulista de Rally de Velocidade, no último dia 7, em Piraciaia. Fabiano e Cacá ficaram em segundo lugar.


Imagem: Júnior Almeida/ aceleração

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Que venha a bonança alvinegra (antes tarde)

Coluna Paulo Afonso - Simplesmente por esporte

Mais fácil chover pedra por aqui, do que o Atlético tomar jeito na temporada. Restam apenas 13 compromissos. Treze é Galo. E o número favorito de Za-galo. Por falar no Velho Lobo: quem vai engolir o centenário. Pra refrescar, gelo de sobra. E estragos. Lamentável. Em 15 minutos, o pé d’água sólido ganhou fama. Causou transtornos por Belo Horizonte e região.

Para os alvinegros, a tempestade começou no Mineiro, se estendeu pela Copa do Brasil, espirrou na Sul-Americana e vem transbordando Brasileirão afora.Durante o dilúvio, o cidadão da Capital se sentiu atleticano. Impossível enxergar um palmo à frente. No trânsito, ficou sem rumo. Esta tem sido tônica dos amantes do CAM. Nesta quarta-feira (17/09), foram duplamente castigados. Pelo menos, chuva de granizo é passageira e rara. Em caso de prejuízo, serão dias a mais de paixão.

Mesmo se a arca, ou seja, a barca escapar do rebaixamento, a diretoria não pode esquecer do juízo final. São vários os reforços de qualidade duvidosa. É ou “Noé” verdade? Que eles saíam por atacado, e não de dois em dois.

O desânimo no mundo preto e branco é real. Quando o teto fechou, não havia quase ninguém torcendo contra o vento. Sobrou geral. O tapete do Mineirão se embranqueceu. A casa do maior rival - Toca da Raposa 2 - ficou impraticável para o treino. O elenco celeste se virou na sala de musculação. Porém, em Vespasiano, o CT do Atlético foi poupado. Pena. Era dia de coletivo. Cairia do céu, ter a oportunidade de olhar para o gramado e reviver uma página gloriosa do clube: os bons tempos da conquista no gelo.


Charge: Paulo Afonso

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Tie-brake - Coluna Rafael Rebuiti sobre esportes especializados

Procura-se um substituto

A atual situação do tênis brasileiro é no mínimo curiosa. Um país que já teve grandes nomes no individual como Maria Estér Bueno, Jaime Oncins, Fernando Meligeni e o mais recente Gustavo Kuerten, hoje concentra as atenções na prática das duplas. Isto porque o país possui a sétima melhor dupla do mundo, André Sá e Marcelo Mello. Já no individual, o Brasil perdeu um pouco da referência, pois depois da aposentadoria de Guga não houve nenhum outro tenista que se destacou.

Para a dupla número um do Brasil, o tênis nacional vive uma fase de renovação e que precisa de paciência nas novas revelações do esporte. “ O tênis brasileiro agora está passando por uma fase de transição. Acho que depois do Guga é normal ter esta queda. Mas oito meses atrás era pior, hoje temos dois tenistas entre os cem do mundo. Temos que esperar”, afirmou André Sá.

Hoje, a grande esperança de quem acompanha o esporte é o jovem Thomaz Belucci (foto), 21 anos. Ele é o número um do Brasil - na ATP, ocupa a 78º posição. Muitos o comparam com Gustavo Kuerten e depositam esperanças em seu tênis, o que não assusta em nada o atleta. “Esse peso do Guga acho que não interfere. Eu tento esquecer um pouco isso, mas não levo como pressão nenhuma, só como incentivo de tentar fazer um pouco o que ele fez”, disse.

O objetivo é passar na Davis

Há oito anos sem fazer parte do grupo mundial da Copa Davis, os atletas brasileiros têm o objetivo de vencer o confronto contra a Croácia, no próximo fim de semana. Para isso, a determinação é o segredo para a vitória, já que a equipe croata é a favorita. “Seria uma surpresa para os croatas se a gente conseguir ganhar, mas não é coisa de outro mundo. Precisamos de uma atuação inspirada, temos que acreditar que é possível a vitória“ afirma confiante Sá.

Imagem: Divulgação

Rafael Rebuiti

Por Águas de Lindóia abaixo

Coluna Paulo Afonso - Simplesmente por esporte

O termo “intertemporada” tem inundado o noticiário esportivo atualmente - sem prestígio no dicionário Aurélio. A nomenclatura da moda faz alusão à preparação dos clubes durante um período competitivo. No início do ano, pós-férias, temos a pré-temporada. Na seqüência, pintam recessos, em função da Seleção. Aí, alguns times fogem do habitat natural, buscam abrigos requintados. Fenômeno “intertemporada”.

Recentemente, o Cruzeiro resolveu aproveitar o hiato de 10 dias, depois da 24ª rodada (04/09), da seguinte forma: folga ao elenco no final de semana; 08/09, embarque para Águas de Lindóia – cidade paulista, divisa com o sul de Minas - abrindo mão da invejável infra-estrutura da Toca 2. Retorno, sexta-feira (12/09). Domingo último, deixou o concorrente Palmeiras à vontade no Mineirão (1 a 0). O Verdão se distanciou. Além de desperdiçar a chance de encostar no líder Grêmio. Regresso com retrocesso.

O Atlético também se aventurou. Não agora. Na parada anterior (13 a 21/06). O comando era de Alexandre, o Gallo. A equipe visitou a citada Águas de Lindóia. Tinha motivo: a Seleção era hóspede no CT de Vespasiano, quando enfrentou a Argentina, em Beagá. Exibição sem gols e sem graça pelas Eliminatórias. Quanto ao alvinegro, a meta era voltar com a corda toda. E voltou... a ficar com a corda no pescoço. Amargou 6 tropeços – 3 derrotas, 3 empates. Só reencontrou o caminho da vitória, dia 20/07. Virada sobre o Coxa, 3 a 2 no Mineirão.

Implicância com o local escolhido? Não! Só uma ressalva ao mito do isolamento e concentração total na conquista de um objetivo. Os números entregam. Enquanto isso, sem fugir da realidade, o Ipatinga vai escapando da zona perigosa. Quem sabe, se conseguir, o presidente do Tigre gratifique o elenco. Dica: uma estadia à aprazível e acolhedora Águas de Lindóia.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Abram alas para a Linha Verde passar

Coluna Paulo Afonso - Simplesmente por esporte

A rodada 25 do Brasileirão amadureceu a sorte de três times. O trio cor da esperança mandou “ver-de” verdade. Debaixo pra cima, destaque para o Ipatinga.

O time do Vale do Aço deu um descanso à lanterna. Sapecou 3 a 2 no conterrâneo Atlético. Já no Centro-Oeste da tabela vem o Goiás. Chegou ao 10º lugar vestido de zebra após derrubar o líder Grêmio em pleno Olímpico. Ajudou, e muito, o xará alviverde de Sampa. Daí, ficou tudo mais azul para o Palmeiras no duelo da vice-liderança diante do bondoso anfitrião Cruzeiro. Dos verdinhos, só o Coxa tropeçou. Também, o adversário honrou o nome: Vitória.

Representando a vergonha, duas cores foram eleitas: primeiro, o amarelão da Raposa. O momento era de se afirmar na briga pelo título. A turma da Toca tinha o Mineirão como palco; vinha de vitória sobre o Vasco, lá no Rio; teve uma semana de preparação em Águas de Lindóia. Pelo visto, voltou zen demais.

Já no rival, a situação anda cada vez mais preta no branco. A partida foi fora de casa. Porém, até pouco tempo, o Ipatingão era considerado o poleiro do Galo. Mas ano de centenário faz coisas. Pra ficar na história, a invencibilidade por lá caiu no estadual, e para o Ipatinga – na época, o Tigre já namorava como a temida zona de rebaixamento. Deu certo e caiu.

Antes de encerrar essa aquarela,alguém pode dar falta da Portuguesa, por de ter verde no uniforme. A opção foi dar preferência ao vermelho da Lusa. Assim, os patrícios foram expulsos do roteiro. Um castigo por assumir o último lugar.

domingo, 14 de setembro de 2008

Grêmio perde e reabre a disputa pelo título

A 25ª rodada do Brasileirão foi de certa forma surpreendente. Poucos esperavam uma derrota gremista em pleno estádio Olímpico. Para o campeonato, o revés Tricolor foi muito importante, já que renova as esperanças de uma disputa mais equilibrada pelo título. A média de gols da rodada foi de 2,5 por partida e os destaques foram o Goiás, time de melhor campanha do segundo turno e que tirou a invencibilidade gremista no Olímpico, o Sport, que goleou em casa, e o Palmeiras, que venceu um rival direto pelo título e por uma vaga na Libertadores.

Confira como foram os duelos da 25ª rodada:

Sábado
Ipatinga (19º) 3 x 2 Atlético-MG (12º)- Ipatingão
Jogo doméstico no Ipatingão. A maioria dos apostadores deve ter jogado em um triunfo do Atlético. Entretanto, é sempre bom destacar a irregularidade do Galo. De fato, foi um embate equilibrado e bastante movimentado, especialmente no segundo tempo. O resultado tira, finalmente, o Ipatinga da lanterna e concretiza o terceiro jogo sem vitória do Atlético.
Gols: Ferreira, Luciano Mandí, Adeilson (I); Renan Oliveira, Leandro Almeida (A)

Grêmio (1º) 1 x 2 Goiás (10º) - Olímpico
Por esta nem o melhor apostador esperava. O pré-jogo mostrava um Grêmio líder, invicto no Olímpico e com a melhor defesa. No entanto, como eu já destaquei em rodadas anteriores, o Goiás é uma equipe que cresce no segundo turno. Não á toa tem a melhor campanha da segunda fase da competição. Este triunfo sobre o líder renova as esperanças esmeraldinas em conquistar uma remota vaga na Libertadores de 2009.
Gols: Léo (Gr); Paulo Baier, J. César (Go)

Atlético-PR (16º) 2 x 0 Portuguesa (20º) - Arena da Baixada
No confronto dos desesperados, o Furacão fez o dever de casa, mesmo sob vaias da torcida. Foi a estréia de Geninho no comando atleticano. O resultado fez com que a Lusa assuma a ingrata missão de iluminar o campeonato com a indesejada lanterna. A Portuguesa apresenta uma campanha pífia no segundo turno (cinco derrotas e um empate) e só mesmo uma grande reação para evitar um rebaixamento da equipe de Estevam Soares. Já o Atlético saiu da zona de rebaixamento.
Gols: J. César, A. Carlos

Domingo
Cruzeiro (3º) 0 x 1 Palmeiras (2º) - Mineirão

O duelo da rodada. No confronto direto pela vice-liderança do Brasileirão, o Palmeiras mostrou que também sabe vencer fora de casa. A equipe foi muito criticada no primeiro turno, pois pouco vencia longe dos seus domínios. Mas nesta segunda fase da competição, o Verdão já conseguiu o segundo triunfo consecutivo fora de casa (anteriormente vencera o Atlético-PR). Já o Cruzeiro mostra mais uma vez que não está preparado para brigar pelo título e deve mesmo beliscar uma vaga na Libertadores 2009.
Gol: Diego Souza

Vasco (17º) 1 x 3 Náutico (13º) - São Januário
Crise em São Januário. O Vasco esqueceu o caminho das vitórias. Já é a segunda derrota consecutiva dentro de casa e, para piorar a situação, a equipe entra na zona de rebaixamento. Já o Náutico vive fase oposta. Triunfou pela segunda vez seguida e aos poucos se afasta da indesejada parte da tabela. O torcedor do Timbu não se esquece do ano passado, quando boa parte da imprensa apontava o Alvi-Rubro como um dos rebaixados, mas com uma destacada reação e com o uruguaio Acosta iluminado, o time fez uma das melhores campanhas do returno.
Gols: Clodoaldo, Ruy, Felipe (N); Leandro Amaral (V)

São Paulo (5º) 2 x 0 Flamengo (7º) - Morumbi
Confronto direto para entrar no G-4. Em um embate travado, o Tricolor jogou o suficiente para se aproximar dos quatro primeiros da tabela. O São Paulo ultrapassou inclusive o Flamengo na classificação. No Rubro-Negro, destaque para a estréia, sem brilho, de Josiel.
Gols: Dagoberto, Hugo

Sport (8º) 5 x 0 Figueirense (15º) - Ilha do Retiro
Em uma tarde inspirada, o atacante Roger ditou o rítimo da goleada leonina sobre o Figueira. O Sport não tem muitas pretensões no campeonato, pois já conseguira uma vaga na Libertadores. Mas, mesmo já classficado para a competição sul-americana, a equipe de Nelsinho Batista vem fazendo um bom Brasileirão. O Figueirense, por sua vez, se encontra em uma perigosa regressão e dois pontos acima da zona da degola.
Gols: Roger (2), Júnior Maranhão, Wilson, Sandro Goiano

Botafogo (4º) 1 x 2 Inter (11º) - Engenhão
Foram 11 jogos de invencibilidade, mas o Fogão não resistiu ao irregular Colorado. O Botafogo perdeu a oportunidade de assumir a terceira posição do campeonato. Já o "galático" Inter não avançou na tabela, mas dá mostras que ainda pode beliscar uma difícil vaga na Libertadores.
Gols: Alex, D´Alessandro (I); André Luis (B)

Vitória (6º) 1 x 0 Coritiba (9º) - Barradão
Vitória e Coritiba apresentam estilos de jogos parecidos. No equilibrado duelo deste domingo, o fator campo fez a diferença e aproximou o Leão dos quatro primeiros colocados. Já o Coxa, que na rodada anterior perdera para o Botafogo em casa, vê a vaga na Libertadores cada vez mais distante.
Gol: M. Cordeiro

Santos (14º) 2 x 1 Fluminense (18º)- Vila Belmiro
Duelo de desesperados. Finalmente, o Peixe encontrou um padrão de jogo e voltou a ter autonomia no caldeirão da Vila Belmiro. Já o Flu, que mostrou uma tímida reação com o técnico Cuca, volta a se encontrar em situação complicada e não consegue largar a indesejada zona de rebaixamento.
Gols: Kléber Pereira, Bida (S); Romeu (F)


Luciano Dias

GP da Itália tem Vettel fazendo história e Massa ficando a um ponto de Hamilton

Mais um alemão fazendo história na Fórmula 1. Me refiro a Sebastien Vettel, que de ponta a ponta venceu o GP de Monza, na Itália, e se tornou piloto mais jovem a vencer na categoria, aos 21 anos e dois meses. Guardando as proporções, é inevitável não se lembrar dos feitos de Michael Shumacher.

Heikki Kovalainen, da McLaren, chegou na segunda posição, mas não ameaçou em nenhum momento a liderança da revelação da categoria. Robert Kubica, da BMW Sauber, após uma belíssima recuperação, completou o pódio em Monza.

Falando agora da briga pelo título, o brasileiro Felipe Massa perdeu a oportunidade de assumir a liderança. O ferrarista terminou na sexta posição, uma à frente do piloto da McLaren, Lewis Hamilton, que fez uma corrida de recuperação, após largar na 15ª posição.

O resultado na Itália mantém Hamilton na liderança do Mundial de Pilotos com Massa na segunda posição. Mas a diferença ficou menor, já que o inglês, que tinha dois pontos sobre o brasileiro antes da disputa da etapa, agora está apenas um à frente.

Nelsinho Piquet ficou em décimo com Rubens Barrichello na 17ª posição. A próxima corrida será disputada no dia 28 de setembro, no novo circuito de rua de Cingapura. Esta será a primeira prova noturna da história da Fórmula 1 e poderá ser decisiva na briga pelo título mundial de 2008.

Imagem: Agência


Luciano Dias

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Quatro dias de muita emoção

Em 1983 surgiu a idéia de refazer o caminho de D. Pedro II, do Rio de Janeiro até a cidade de Vila Rica (atual Ouro Preto), só que no lugar de cavalos utilizar motos para traçar este percurso. O problema que a rota foi exatamente a mesma realizada pelo nosso segundo Imperador e no lugar das estradas asfaltadas, pedras terra e muita poeira. Essa idéia tomou corpo e hoje este passeio tornou no maior enduro de regularidade do mundo.

O Enduro da Independência acontece tradicionalmente em setembro, mês que o Brasil se libertou do poder português. Todos os anos o percurso é alterado, o que começou com uma imitação da viajem de D. Pedro II. Hoje, após 26 anos de história, o percurso foi realizado apenas em território mineiro, começando em Poços de Caldas e terminando na cidade de Betim.

A fama da prova é reconhecida em todo o Brasil, por isso, temos pilotos dos quatro cantos do território nacional. As grandes potências do esporte estão em Minas, no Mato Grosso e no sul do país. E pessoas de todas as idades querem se aventurar e desafiar seus limites, para isso existem várias categorias: Master (profissionais), Senior (Semi-profissionais), ou pode-se dizer a segunda divisão do esporte, Over 40 (pilotos acima de 40 anos), over 50, júnior, feminino, amador e duplas.

A largada aconteceu em Poços de Caldas, cidade do sul de Minas, que abriu os braços para ser o berço do Independência de 2008. Em retribuição ao acolhimento da cidade de origem, os pilotos, no dia anterior a larga oficial, desfilam pelas ruas da cidade em sua potentes máquinas. Este passeio já é tradicional e todos os anos a cidade que abre a prova é agitada pelo barulho dos motores e iluminada com o brilho dos faróis.

Depois da festa começa a competição. A largada de um enduro grande como este, demora cerca de duas horas e meia, isto porque cada moto parte de 30 em 30 segundos - são mais de 450 motos inscritas e há uma pausa na largada de cada categoria. Como é uma prova de regularidade a posição de largada não importa, o que importa é fazer o percurso no tempo estabelecido.

O percurso é dividido em trechos e entre estes há fiscais - PCs (postos de controles) -. que controlam o tempo percorrido. O objetivo de cada piloto é zerar o seu tempo em cada PC ( não adiantar ou atrasar o tempo) e para cada segundo de variação há uma penalidade é somada. No final do Enduro, o vencedor é quem somar menos pontos.

De Poços de Caldas, os pilotos partiram em direção a Lambari, pequena cidade do Circuito das águas mineiras, que recebeu com muita festa as motos. Escolas pararam as aulas e os alunos com bendeirinhas do Brasil saudaram a chegada dos competidores. Além da recepção, a noite também foi de festa, já que a prefeitura fechou a praça principal da cidade para comemorar a passagem do Enduro.

Para aguentar os 950 Km de percurso, os pilotos tem pit stops no final dos trechos. Estas paradas são chamadas de Neutros e duram entre 20 e 30 minutos. Este è o tempo que os pilotos tem para se alimentar, abastecer suas motos e fazer alguns reparos. Para o auxílio, existem as equipes de apoio que geralmente contam com um mecânico e um ajudante.

O segundo dia de prova foi o que teve mais obstáculos ou como diz os pilotos, mais apuros. O trecho entre Lambari e Tiradentes teve pelos caminhos as pedreiras de São Tomé das Letras. Lá muitos rolharam, ou melhor tiveram dificuldades para passar os pontos de broca (lugares de dificil passagem). Mas no final do dia todos chegaram realtivamente bem a cidade de Tiradentes.

A segunda metade da prova começou com a rota das cidades históricas. O destino do terceiro dia é a cidade de Mariana, mas até lá são mais de 280 Km, a maior distância a percorrer num dia. No meio do caminho, em Lagoa Dourada, a participação da população foi intensa. Com enxadas e galões de águas as pessoas cavavam valas para atolarem as motos. No fim, todos conseguiram chegar ao destino de mais um dia.

Agora é a reta final, o quarto dia, o mais curto. De Mariana a Betim, em 12 horas, o vencedor vai cruzar a linha de chegada e levar o caneco do maior Enduro de regularidade do mundo. E quem teve esta honra foi o piloto Dário Júlio, da categoria Master. Se você quiser saber os campeões das outras categorias e a classificação final, acesse o site http://www.tcmg.com.br/.


Rafael Rebuiti