quinta-feira, 26 de agosto de 2010

POR ONDE ANDA? Dill

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Ele foi um dos destaques no Goiás, pentacampeão goiano (de 1996 a 2000). Artilheiro do Campeonato Brasileiro de 2000, ao lado de Romário e Magno Alves. Esse é Elpídio Barbosa Conceição, mais conhecido como Dill.

O começo da carreira anunciava um atacante rápido e fazedor de gols. Mas, os anos se passaram e Dill e o seu futebol desapareceram. Hoje, com o anúncio da aposentadoria cada vez mais próximo, o jogador tenta fazer a alegria da torcida de um modesto time da Segunda Divisão de Portugal.

Confira como foi o desaparecimento de Dill e de seus gols.

Artilheiro

Dill surgiu no Goiás em 1994. E a grande fase na carreira aconteceu pelo time esmeraldino, em 2000. Ele ficou famoso por ser o maior artilheiro de uma única edição do Campeonato Goiano daquele ano. Na mesma temporada, foi artilheiro do Campeonato Brasileiro, junto com Magno Alves e Romário - todos com 20 gols.

Pronto! Dill se transformava em um dos grandes atacantes do futebol brasileiro. Imediatamente, chamou a atenção do futebol europeu. E a chance de jogar fora do país aconteceu em 2001. Ele foi contratado pelo Olympique de Marsellie.

Desaparecem os gols e a velocidade

Os gols pelo Olympique de Marsellie não apareceram. Foi apenas um em 14 jogos. Sem destaque no time francês, Dill foi tentar a sorte no Servette, da Suíça. Período catastrófico na carreira do atacante. Nenhum gol em sete jogos.

Em 2002, o São Paulo apostou no futebol de Dill. Mas o atacante não fez jus à contratação. Seu único gol marcado pelo tricolor paulista foi na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2002, contra o Botafogo. Por ironia, foi o gol que levou o alvinegro, o seu novo time em 2003, para a Segunda Divisão.

Mesmo reserva no Fogão, Dill fez oito gols na Série B daquele ano e ajudou a equipe a retornar à elite do futebol brasileiro. Em 2004, foi atuar pelo time “bom e barato” (pelo menos, era essa a intenção) do Flamengo. Não deu certo. O barato saiu caro para o Rubronegro. Dill foi uma grande decepção. Pior: protagonizou um lance grotesco que eliminou o Flamengo da Copa Sul-Americana de 2004. Na disputa por pênaltis contra o Santos, Dill "recuou" a bola para o goleiro do Peixe e selou de uma vez por todas sua sorte com a camisa rubronegra.

Em 2005, o atacante foi artilheiro do Campeonato Baiano pelo Bahia. Depois, disputou a Série A daquele ano pelo Brasiliense, que estreava na elite do futebol brasileiro. Mas, Dill caiu junto com o time candango.

Sem espaço no futebol brasileiro, o jogador foi tentar a sorte na segunda e na terceira divisões de Portugal. Atuou no Panafiel (2006), Deportivo Aves (2006/07) e Famalicão (2007/08). A carreira decadente o levou para o FK Suduva, da Lituânia. Também não deu certo. Dill não jogou nenhuma partida e seu contrato foi reincidido.

Em 2009, o atacante retornou ao Brasil. Atuou no Santa Cruz, durante o Campeonato Pernambucano e na Quarta Divisão do Nacional.

Com poucos gols pelo Santa, Dill voltou para Portugal nesta temporada. Com 36 anos, ele atua pelo Futebol Clube da Foz, da Segunda Divisão Portuguesa. O anúncio da aposentadoria está cada vez mais próximo.

A velocidade e o faro de gols deram lugar ao desaparecimento. Depois de uma carreira promissora, Dill conheceu os dois lados da moeda do mundo do futebol.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A receita do sucesso colorado

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Em dezembro de 2008, postei Inter cada vez mais internacional. Passados quase dois anos, o texto continua mais do que pertinente à realidade colorada. Nesta semana, o Saci faturou mais uma Libertadores, a segunda na história. Se igualou, em número de conquistas, ao Grêmio, o maior rival.


Foi a vitória da organização. De um time que ganha títulos consecutivos desde 2002. De um clube que, nos últimos quatro anos, faturou duas Libertadores, um Mundial, uma Recopa e uma Copa Sul-Americana. Para a Conmebol, entidade que comanda o futebol do Continente, o Inter se transformou em 2008 no clube mais "internacional" do Brasil.

O Colorado fez milagres e quebrou tabus. Fez Celso Roth conquistar, finalmente, um título importante. Até então, o técnico tinha só dois Gaúchos (Inter-97 e Grêmio-99) e um Nordestão (Sport-00) no currículo.

O Inter, enfím, quebrou uma sequência de derrotas de clubes brasileiros para equipes estrangeiras em decisões da Libertadores. O último triunfo de um time nacional sobre um clube do exterior em final aconteceu em 1999, quando o Palmeiras derrotou o Deportivo Cali nos pênaltis. Depois disso, os brasileiros entraram em choque contra clubes estrangeiros na final outras seis vezes. Mas sucumbiram em todas as decisões.

Veja a lista de derrotas:

2000 - Boca Juniors campeão; Palmeiras vice (2x2, 0x0 - 4x2 nos pênaltis)
2002 - Olimpia campeão; São Caetano vice (0x1, 2x1 - 4x2 nos pênaltis)
2003 - Boca Juniors campeão; Santos vice (2x0 e 3x1)
2007 - Boca Juniors campeão; Grêmio vice (3x0 e 2x0)
2008 - LDU campeã; Fluminense vice (4x2, 1x3 e 3x1 nos pênaltis)
2009 - Estudiantes campeão; Cruzeiro vice (0x0 e 2x1)

Exemplo de gestão

As glórias sempre aparecem em times organizados. É questão de tempo. No caso do Inter, Fernando Carvalho revolucionou o clube a partir de 2002, seja como presidente ou como vice-futebol. O Colorado voltou a ser grande depois de ver o Grêmio vencer tudo nas décadas de 80 e 90.

Carvalho deu organização ao Inter. Firmou contratos maiores com os atletas, para que eles se vinculassem ao clube. Índio e Guiñazu são grandes exemplos. O cartola também devolveu a auto-estima ao torcedor – primeiro, voltando a ganhar Gre-Nais; depois, conquistando títulos.

Outro fator interessante na direção de Carvalho é o número de sócios do Colorado: são mais de 100 mil. O maior número do Brasil e o sexto do mundo. Isso é sinônimo de vantagens para os torcedores e de dinheiro certo no caixa do clube. Em 2002, por exemplo, o Inter contabilizava apenas 7 mil sócios.

A aposta em jovens promessas que aparecem em outros clubes também é uma fórmula de sucesso da atual direção. O Colorado adquire esses jogadores com um preço muito baixo e ganha milhões sobre eles. O meia Giuliano é um grande exemplo. Ele foi comprado junto ao Paraná em 2008 quando tinha 18 anos. Agora, o jogador está supervalorizado e o Inter pode ganhar muito dinheiro em cima dele.

Do atual elenco, a mesma fórmula foi utilizada com os jogadores Leandro Damião, Taison, Everton, Dalton, Marinho e Oscar. Promessas compradas em outros clubes que se transformaram (ou podem se transformar) em realidade no Inter. Não é dinheiro jogado fora, apenas um investimento barato. Além de pensar na renovação do elenco, o Colorado pensa em dinheiro no caixa.

Por esses artifícios e vários outros, o Inter é um exemplo de gestão, que deve ser, sem nenhuma vergonha, copiado.

Imagem: Vipcomm

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

POR ONDE ANDA? Paulo Almeida

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Robinho, Diego, Elano, Renato... Jogadores que entraram para a história do Santos ao conquistarem o Campeonato Brasileiro de 2002. A maioria dos atletas daquele time ganhou prestígio após o título. Jogadores que chegaram ao futebol europeu e à Seleção Brasileira.

Mas, para o volante Paulo Almeida, o sucesso não durou muito. Ao contrário da ascensão dos companheiros, a carreira do jogador teve efeito contrário. Uma queda incrível.

Conheça a carreira decadente do volante.

Capitão dos Meninos da Vila

Famoso por sua garra e determinação dentro de campo, Paulo Almeida comandava a marcação do habilidoso meio-campo santista, campeão Brasileiro de 2002. Ele era o capitão da geração talentosa, conhecida como "Meninos da Vila".

Um time que ainda chegou à final da Libertadores do ano seguinte, contra o Boca Juniors. E naquela decisão, na qual o Santos foi derrotado, uma cena ficou marcada na carreira do baiano. Inconformado com a atuação do árbitro uruguaio Jorge Larionda, o volante tirou o cartão amarelo das mãos do juiz e mostrou-lhe como forma de repreensão.

A garra do volante o levou à Seleção Brasileira, na disputa da Copa Ouro. Mas, coincidentemente, o seu bom futebol parou por aí.

Em 2004, Paulo Almeida teve a chance de jogar na Europa. Foi negociado para o Benfica (POR), onde ficou aquém da expectativa. Com um péssimo futebol, chegou a ficar na reserva do Benfica B.

Sem espaço no clube português, Paulo Almeida retornou ao Santos em 2005. Fora de forma, foi pouco aproveitado na sua segunda passagem pelo Peixe. No ano seguinte, teve a oportunidade de disputar a Libertadores pelo Corinthians. Mas, também não teve muitas chances no time corintiano, que vivia um tumultuado período com a parceria com a empresa MSI.

Depois, Paulo Almeida passou por Coritiba (2007), Náutico (2008) e ABC de Natal (2008/09). O impressionante é que o volante foi dispensado nos três clubes por deficiência técnica.

O refúgio em Mato Grosso

Paulo Almeida, com 29 anos, ainda é considerado um jogador novo para o mundo do futebol. Mesmo assim, o seu desempenho não atrai clubes das Séries A e B do Brasil. Este ano, o volante foi mostrar a sua determinação no União Rondonópolis, do Mato Grosso. Com todo respeito, uma queda assustadora e rápida na carreira.

Pelo menos, Paulo Almeida foi um dos destaques da equipe que conquistou, pela primeira vez, o Campeonato Matogrossense. Assim como no Santos, o jogador também entra para a história do modesto União Rondonópolis.

Com o fim do Estadual de Mato Grosso, o clube encerrou o contrato com Paulo Almeida. Agora, o volante busca um novo time, que também aposte em sua "garra".

De fato, o jogador sentiu na pele a importância da regularidade, uma palavra-chave para se manter bem no sinuoso mundo do futebol.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Brasil se prepara para o Mundial de Basquete

Paulo Marques (@paulo16marques)

No final deste mês, mais precisamente no dia 28, começa o Mundial de Basquete masculino, na Turquia. A competição irá reunir 24 seleções, distribuídas por quatro grupos com seis equipes cada. Este vai ser o teste de fogo para a seleção e para o novo treinador, o argentino Rubens Magnano.

A esperança é que nossa seleção tenha uma boa passagem nesse Mundial. A experiência dos principais atletas que formam o elenco pode ser um dos principais ganhos para a equipe. Além de jogadores de grande nível que atuam no basquete nacional, o grupo de Magnano tem o suporte de jogadores que atuam no basquete europeu e na NBA.

Mesmo com a incerteza de que poderá contar com Nenê, que trata de lesão nos dois tendões de Aquiles, e Thiago Splitter, que sofreu uma contratura na cocha esquerda, o treinador ainda tem em mãos um elenco competitivo para o torneio.

O que pode fazer a diferença nesse mundial é a habilidade individual de alguns jogadores somada com a disciplina do pensamento em equipe de Magnano. Um dos destaques desta seleção é o armador Marcelinho, que faz parte da nova geração do basquete brasileiro. Dentro do garrafão, espera-se boas atuações do Ala/pivô Anderson Varejão, que atualmente joga no Cleveland Cavaliers, na NBA. Mais um jogador que é esperança para a torcida brasileira é o ala Leandrinho, do Toronto Raptors.

Outro ponto positivo na atual seleção é o próprio técnico. O argentino Rubens Magnano veio para colocar a equipe num padrão internacional, coisa que há muito tempo não se via. O treinador, que tem a fama de disciplinador, tem uma Olimpíada no currículo e vem para a seleção brasileira com o objetivo de levá-la a esta mesma competição, o que não acontece desde Atlanta-1996.

O pensamento de estar em Londres, em 2012, é só o primeiro passo almejado por Magnano para o basquete nacional. Igual ao que defendemos no Acréscimos, o técnico pretende desenvolver um trabalho com as categorias de base no país. Ele entende que com seleções de base com qualidade, teremos uma seleção adulta cada vez mais qualificada e competitiva.

O caminho dessa jornada já começou. O grupo que disputará o Mundial da Turquia já está reunido e realizando alguns jogos preparatórios. Em dois confrontos válidos pelo Super Four, o Brasil venceu Venezuela (92 x 50) e Angola (89 x 59). Foi na primeira partida que Splitter se machucou, mas o treinador ainda conta com ele para o Mundial.

Após estas duas partidas a seleção viajou para Nova York, nos Estados Unidos, para realizar outros jogos. Ontem, 12, os brasileiros venceram a china por 84 x 70. E nesta sexta-feira, 13, foi realizado mais um jogo, agora contra a seleção de Porto Rico, mas, diante de muito sol e muita cadência das duas equipes, o Brasil comandado por Magnano sofreu sua primeira derrota (77 x 55).

Nas quatro partidas a seleção se comportou bem e a única preocupação do técnico é a situação dos dois pivôs, Nenê e Thiago Splitter, que se recuperam de lesão. Ainda hoje os brasileiros viajam para Espanha, onde jogam contra a Argentina no dia 16 e contra a Espanha no dia 17. O último compromisso dos atletas antes do Mundial é na França, quando serão realizados os últimos três amistosos, entre os dias 22 e 24, deste mês – contra a Austrália, Ilhas Virgens e França.

O 16º Mundial de Basquete da Turquia começa no dia 28 de agosto e termina no dia 12 de setembro. Das 24 equipes, 16 passarão para as oitavas de final da competição. Antes, durante e depois do Mundial daremos informações sobre a competição. Acompanhe a cobertura ao vivo das partidas da seleção via o Twitter do Acrescimos.

Abaixo segue as equipes separadas por seus respectivos grupos:


Jogadores que disputarão o Mundial:

Pivôs

Maybyner Hilário “Nenê” – Pivô – 27 anos – 2,11m – Denver Nuggets (USA)

Murilo Becker – Pivô – 26 anos – 2,11m – São José (SP)

Tiago Splitter – Pivô – 25 anos – 2,11m – San Antonio Spurs (USA)

Anderson Varejão – Ala/Pivô – 27 anos – 2,11m – Cleveland Cavaliers (USA)

Alas

Marcus Vieira “Marquinhos” – Ala – 25 anos – 2,07m – Pinheiros (SP)

Guilherme Giovannoni – Ala – 29 anos – 2,04m – Universo (DF)

Leandro Barbosa – Ala – Toronto Raptors (EUA)

Marcelo Huertas – Ala – 26 anos – 1,91m – Caja Laboral (ESP)

Armadores

Marcelo Machado – Ala – 34 anos – 2,00m – Flamengo (RJ)

Alex Garcia – Ala/Armador – 30 anos – 1,91m – Universo (DF)

Welington Santos "Nezinho" – Armador – 29 anos – 1,85m – Universo (DF)

Raul Togni Neto – Armador – 18 anos – 1,80m – Minas Tênis (MG)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

POR ONDE ANDA? Sandro Hiroshi

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Os torcedores do São Paulo nunca vão se esquecer dele. Seja por lembranças positivas ou por lambanças da carreira do atacante. Com uma técnica refinada aliada à velocidade, Sandro Hiroshi despontou para o futebol como uma grande promessa. Chegou ao Tricolor Paulista, em 1999, para substituir o já renomado Dodô.

E o garoto nipo-brasileiro começou muito bem no São Paulo. Mas o que ficou marcado na carreira do atacante foi a falsificação de sua certidão de nascimento. O jogador se transformou no "gato" (apelido que se dá a jogadores que adulteram a idade) mais famoso do futebol brasileiro.

Depois do episódio, Hiroshi rodou, literalmente, pelo mundo. E após ficar um bom tempo sumido da mídia, o "Japonês voador" reapareceu no Santo André, o seu novo clube. É a chance de retomar a carreira no futebol brasileiro.

Conheça agora, a vida de Sandro Hiroshi no mundo do futebol.

Velocidade...

... Dentro de campo, para surgir, para desaparecer...

Um jogador que saiu da cidade de Tocantinópolis (TO), em 1999, com apenas 19 anos, para brilhar no Campeonato Paulista jogando pelo Rio Branco. No mesmo ano, chamou a atenção dos dirigentes do São Paulo, que o contratou para substituir Dodô. Esse foi o início meteórico de Sandro Hiroshi Parreão Oi no futebol.

Aliás, rapidez era a principal característica do atacante. Velocista, mostrou entrosamento imediato com o centroavante França. Mas, a queda da carreira de Sandro Hiroshi foi tão rápida quanto o seu sucesso meteórico. O jogador foi punido após um escândalo de adulteração de sua identidade. A certidão de nascimento teria sido adulterada pelo pai quando o jogador era criança.

Depois do episódio, o futebol de Sandro Hiroshi nunca mais foi o mesmo. Com poucas oportunidades no São Paulo, Hiroshi tentou a sorte no Flamengo, em 2002. Era uma nova chance na carreira. Era! Mas atacante não conseguiu brilhar no rubronegro. Também não conseguiu sucesso no Guarani, no Figueirense, no Al Jhazira (EMI)...

Sem espaço no futebol brasileiro, Hiroshi tentou recomeçar a carreira na Coréia do Sul, em 2005. Os gols até que reapareceram, mas de maneira moderada. Foram 20 gols em quatro anos atuando pelo Daegu e pelo Chunnan Dragons (f).

De fato, Hiroshi nem parecia um brasileiro jogando no futebol coreano. Não era considerado um atleta diferenciado no país. Começando pelas características físicas, que são orientais (o atleta tem descendência japonesa). A velocidade, que era a sua principal caracterísitica, também era muito encontrada no futebol coreano.

Em 2009, voltou ao futebol brasileiro. O América-RN apostou no seu futebol - não por muito tempo. Foram nove jogos pelo time potiguar e apenas um gol. No mesmo ano, voltou ao futebol coreano para atuar no Suwon Bluewings. Convivendo com várias contusões, fez apenas um jogo pelo clube.

Um novo Santo para ajudar

Para retomar a carreira, Sandro Hiroshi direciona a fé para um novo santo. Mais precisamente para o Santo André. Atualmente, com 30 anos, segundo seu RG verdadeiro, ele tenta mostrar seu futebol na difícil Série B.

“A intenção agora é ficar no Brasil e o Santo André está me dando esta oportunidade”, afirmou Sandro Hiroshi ao Diário do Grande ABC, logo na apresentação, em julho. O contrato do atacante foi feito até o final da temporada.

Até agora, Sandro Hiroshi só ficou de fora do último jogo, contra o América-MG. Neste retorno ao futebol brasileiro, o atacante, que em algumas partidas está atuando como armador, marcou um gol nos cinco jogos que disputou com a camisa do Santo André.

Será que o japonês vai voltar a decolar?

Reviravolta na carreira e no futebol brasileiro

Tudo estava indo muito bem na carreira de Sandro Hiroshi. Em menos de um ano, o jogador saía de Tocantinópolis, fazia a ponte em Americana e aterrizava em São Paulo. Mas, veio o inesperado. Hiroshi foi punido por uma adulteração de idade feita supostamente por seu pai.

A acusação mudou os rumos do Campeonato Brasileiro de 1999. O São Paulo fazia grande campanha, terminando com um brilhante terceiro lugar (depois, alterado para quarto nos tribunais) na fase classificatória.

Já na terceira rodada do Brasileirão, o atacante já havia sido acusado pelo Botafogo - que foi massacrado pelo São Paulo por 6 a 1 - de possuir uma irregularidade na transferência do Tocantinópolis para o Rio Branco. As acusações custaram três pontos do Tricolor no tapetão, que virariam seis após o Internacional entrar com o mesmo recurso na Justiça e levar a melhor.

O imbróglio não foi só um divisor de águas na carreira de Sandro Hiroshi. Foi também na história do Campeonato Brasileiro. Graças aos pontos obtidos por Botafogo e Internacional, o Gama acabou rebaixado - o que não teria acontecido se os resultados conquistados pelo São Paulo dentro de campo fossem mantidos.

Por isso, o time de Brasília não aceitou a situação imposta e partiu para a Justiça comum, onde conseguiu uma liminar que lhe dava o direito de disputar a Série A de 2000. Pressionada, a CBF preferiu não organizar o torneio nacional e deu o aval ao Clube dos 13.

A organização se aproveitou e trouxe de volta Fluminense, Bahia e América Mineiro à primeira divisão e criou a Copa João Havelange, que seria conquistada em 2000 (o último jogo foi disputado em 2001) pelo Vasco.

POR ONDE ANDA?

Luciano Dias (@jornlucianodias)

O Acréscimos estreia hoje (12) a série POR ONDE ANDA?. Um quadro que vai encontrar aqueles jogadores que apareceram e se destacaram em determinado momento da carreira, mas depois desapareceram.

A série será postada, a princípio, nas quintas-feiras. Sugestões para saber POR ONDE ANDA aquele jogador que fez sucesso em um grande clube e, depois, sumiu são bem vindas.

No primeiro post, vocês vão saber POR ONDE ANDA um nipo-brasileiro que se destacou no São Paulo no final da década de 90, mas depois pouco se ouviu falar dele. Trata-se de um atacante que teve a carreira manchada pela adulteração da idade.

Acompanhem o POR ONDE ANDA?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Alegria, Mano!

Luciano Dias (@jornlucianodias)


Brasil 2 x 0 Estados Unidos, em Nova Jersey. Gols de Neymar e Alexandre Pato. Podemos dizer que foi um placar normal, já que a Seleção Brasileira tem muito mais time que a norte-americana. Mas, além da esperada vitória, o Brasil voltou a jogar o futebol brasileiro. Sem depender das arrancadas de Kaká, da inspiração de Maicon, das pedaladas de Robinho, das loucuras de Lúcio, das defesas de Júlio César ou mesmo dos braços e da raça de Luis Fabiano.

Diante dos Estados Unidos, a "Era Mano Menezes" colocou a bola no chão, fez belas tabelas, driblou quando necessário e criou várias chances de gols. Tudo bem: os norte-americanos não têm um futebol de ponta. Mas, deu para perceber nestes 90 minutos a alegria retornando ao futebol brasileiro.

É Interessante ver jogadores como Neymar e Paulo Henrique Ganso não sentirem o peso da camisa amarela. Observar Alexandre Pato sintonizado como nunca na seleção. Conhecer a segurança de David Luiz, tão mencionada em Portugal. Assistir Lucas e Ramires, que além de vários desarmes, deram velocidade à saída de bola. Ao contrário de Gilberto Silva e Felipe Melo na Copa do Mundo (melhor esquecer). De fato, há muito tempo eu não vejo o Brasil com três atacantes e com um meio-campo que sabe tocar a bola.

Jogar bem e estrear com vitória é muito importante. Os três últimos treinadores da seleção, por exemplo, não conseguiram vencer no primeiro jogo. A equipe de Dunga empatou em 1 a 1 com a Noruega. A de Parreira não saiu do zero contra a China. Já Felipão estreou com derrota para o Uruguai por 1 a 0, em Montevidéu.

Mano Menezes, em apenas uma partida, conquistou a torcida e a imprensa brasileira. Dunga, em quatro anos, não conseguiu isso, mesmo vencendo a Copa América e a Copa das Confederações. Isso acontece porque carisma conta muito - em todos os segmentos da vida. E carisma faltou na "Era Dunga" e não deve faltar na "Era Mano".

Sim, ainda é cedo para eleger Mano Menezes como o "Grande Treinador da Seleção Brasileira". Até porque se não tiver resultados positivos, o técnico não presta, principalmente no Brasil.

Mas, por enquanto, vamos celebrar apenas a volta do futebol alegre. A torcida brasileira agradece. E a imprensa também!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Em busca do equilíbrio... Até quando?

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Um clube que tem um dos melhores elencos do país. Um time que tem Vanderlei Luxemburgo, um dos treinadores mais vitoriosos do futebol brasileiro. Que possui o melhor Centro de Treinamento do Brasil, segundo uma universidade mineira. Uma equipe que tem cinco jogadores de seleção, seja brasileira, paraguaia ou equatoriana.

Essas qualidades são do Clube Atlético Mineiro, que, teoricamente, estaria brigando pelo título do Campeonato Brasileiro. Apenas teoricamente mesmo. O time está na penúltima colocação do Nacional. Na última rodada, o Atlético perdeu, por 1 a 0, o clássico para o Cruzeiro, em Sete Lagoas. Aliás, nos últimos 16 jogos, o Galo derrotou o maior rival apenas uma vez.

A cada rodada, o discurso do treinador é o mesmo. "Daqui a pouco, tudo vai dar certo". "Daqui a pouco, a coisa vira". O problema é que o daqui a pouco pode ser tarde demais. Em 2005, o discurso era parecido. E o plantel também tinha jogadores renomados. O resultado foi o rebaixamento para a Série B.

Mas, o que está dando errado para o Galo? Seria a ausência do Mineirão? Seria o excesso de confiança com o título do fraco Campeonato Mineiro? Por coincidência, o Ipatinga, vice-campeão do Estadual de Minas, também sofre na zona de rebaixamento da Série B.

Contratações, contratações... desentrosamento

Talvez, o principal obstáculo atleticano é o desentrosamento. Afinal, foram 21 contratações pedidas por Luxemburgo só este ano. Praticamente um elenco inteiro. Isso prejudica, e muito, o equilíbrio da equipe. Além disso, a maioria dos jogadores ainda não mostrou a que veio. Será que isso é normal? Veja a extensa lista:

Goleiros:
Fábio Costa e Marcelo

Laterais direito:
Diego Macedo e Rafael Cruz

Zagueiros:
Cáceres, Lima, Jairo Campos e Réver

Laterais esquerdo:
Leandro e Fernandinho

Meias:
Zé Luis, Daniel Carvalho, Diego Souza, Edison Mendez, Nikão e Jackson

Atacantes:
Muriqui, Obina, Neto Berola, Ricardo Bueno e Jheimy


Destes contratados, apenas Muriqui deixou o clube. O atacante foi negociado para o futebol chinês. Podemos observar que somente Diego Souza e Fábio Costa são titulares absolutos. Por enquanto, por causa do nome mesmo. Afinal, Diego Souza foi o melhor jogador do Brasileirão do ano passado, quando atuava pelo Palmeiras. Já Fábio Costa tem um histórico de conquistas, principalmente, pelo Santos.

Jairo Campos começou o ano muito bem. Mas, quando o Galo começou a enfrentar adversários mais fortes, o zagueiro da seleção equatoriana passou a apresentar algumas falhas. Da mesma forma, Zé Luis também caiu de produção.

Cáceres, da seleção paraguaia, e Lima não mostram, nem de longe, o futebol de outras passagens pelo clube. A irregularidade dos laterais Leandro e Fernandinho também impressiona. Aliás, não foi por falta de aviso, já que os dois jogadores viveram altos e baixos nos últimos anos.

Diego Macedo, Ricardo Bueno e Neto Berola mostram algumas qualidades, mas a situação do time prejudica o desempenho dos atletas, que ainda buscam reconhecimento no futebol brasileiro. Nikão, Jackson e Jheimy são completamente desconhecidos. Somente apostas.

Edson Mendez e Réver, das seleções equatoriana e brasileira, respectivamente, ainda não estrearam. São grandes esperanças, principalmente, por causa do currículo dos dois atletas. Daniel Carvalho também é um grande jogador. Fez apenas uma partida e foi expulso. Mesmo assim, é esperança de dias melhores para o Galo.

Obina é um caso a parte. O jogador fez muitos gols no inicio do ano. Mas, uma contusão tirou o atleta dos gramados por três meses. Obina precisa, mais do que outros jogadores, de rítmo de jogo. Não é solução imediata, já que é um atleta que demora adquirir bom condicionamento físico.

O lateral direito Rafael Cruz, contratado em fevereiro, ainda vive a expectativa de estrear com a camisa alvinegra. Ele, que estava machucado, deixou o departamento médico há duas semanas. Mas, sinceramente, Rafael Cruz não é nenhuma solução para o Atlético.

Inspiração colorada

Para a tranquilidade da torcida atleticana, em 2009, o Internacional também figurava na zona de rebaixamento na mesma 12ª rodada. No final da competição, os colorados se classificaram para a Libertadores com o vice-campeonato.

Se Luxemburgo conseguir o sonhado equilíbrio, o final do Atlético pode ser o mesmo do Inter. Caso contrário, o filme de 2005 pode se repetir para os alvinegros.

Imagem: Atlético Mineiro

domingo, 1 de agosto de 2010

PERFIL: Vettel, mais um alemão veloz

Pedro Rotterdan (@protterdan)


Um alemão que leva no bolso dois amuletos. Um porquinho da sorte, com uma moeda dentro, comprado pelo pai. O presente foi dado depois de um acidente quando ainda corria kart. Na prova seguinte, com o talismã, venceu e não parou mais de carregá-lo no bolso. Mas esse não é o único objeto de sorte que o piloto leva no macacão durante as corridas. Em 2007, no GP dos Estados Unidos, ele encontrou uma moeda de um centavo de dólar na rua e, desde então, o “trocadinho” o acompanha durante os finais de semana de Grandes Prêmios.

Esse é Sebastian Vettel, o piloto alemão que ofuscou o retorno do compatriota Michael Schumacher para a Fórmula 1. A carreira começou no kart em 1995, antes de completar oito anos. Em 2001, quatro títulos: Europeu, Francês, Alemão e o Campeonato de Mônaco. Pela F-BMW, em 2004, foi campeão Alemão com 18 vitórias em 20 provas e 15 pole positions.

Nas horas livres, para relaxar, curte snowboard, mountain bike e natação. O prato preferido? Macarrão. Bebida favorita? Nada de álcool, só leite mesmo. Deve fazer isso tudo ao som de Beatles, a banda favorita do piloto.

Em 2007, Vettel era o terceiro piloto da BMW Sauber e correu no GP dos Estados Unidos pela escuderia. A moedinha encontrada dias antes da prova já estava no bolso e deu sorte ao piloto, que conseguiu o oitavo lugar. Depois do bom resultado, Vettel foi para a Toro Rosso (STR) para substituir o norte-americano Scott Speed, que havia brigado com a equipe. Na temporada, foram oito corridas (uma pela BMW Sauber) e a melhor colocação foi um quarto lugar na GP da China.

Em 2008 a primeira vitória, dele e da STR. O GP da Itália entrou, definitivamente, na história do piloto, já que a Toro Rosso estava entre as piores equipes da F-1. Vencer o GP deu a Vettel o primeiro recorde dele na F-1. Se tornou a pessoa mais jovem a terminar uma corrida em primeiro lugar com 21 anos, três meses e oito dias. Geralmente, as equipes ficam com o troféu da corrida e dão uma réplica aos pilotos, mas a SRT deixou Vettel ficar com o original.

Muito supersticioso, o alemão disse, para um site de fãs, que se cruzar com um gato preto na rua certamente muda o caminho, além de ter medo de ratos. Ele também confessa um trauma de infância "Quando eu era pequeno, eu levei um troféu para a escola comigo. Os outros meninos o quebraram. Desde então, eu só falo sobre o meu esporte se me perguntam". Mesclando estudos e velocidade, em 2005 teve que sair correndo de uma cerimônia de premiação pra fazer uma prova na escola.

Em 2009 chegou à Red Bull (RBR) e foi vice-campeão com quatro vitórias, 11 pódios e 84 pontos. A segunda vitória na categoria e a primeira pela nova escuderia aconteceram no GP da China. Como prêmio, Vettel guardou o macacão usado na corrida para, sempre que quiser, se lembrar do feito.

GP da Hungria – Safety Car define posições e F-1 tem novo líder

Com muito sol e pista quente, o australiano Mark Webber soube aproveitar a entrada do Safety Car, na 17ª volta, levou a prova e assumiu a ponta da competição. O piloto foi beneficiado com o abandono de Lewis Hamilton na corrida deste domingo (01). Sebastian Vettel largou na frente, manteve o primeiro lugar, mas foi prejudicado pela entrada do carro de segurança e terminou a prova em terceiro. O espanhol Fernando Alonso ficou em segundo. Sebastian Vettel largou na frente, ficou em primeiro até a entrada do carro de segurança na pista e terminou em terceiro. Felipe Massa largou e terminou a prova em quarto lugar.

Em uma prova sem muitas emoções, Rubens Barrichello e Michael Schumacher protagonizaram a cena mais forte do GP. Os ex-companheiros de Ferrari disputavam posição e, a 4 voltas do fim, o brasileiro ultrapassou o desafeto na reta dos boxes. Em uma ação desesperada para evitar a ultrapassagem, Schumacher fechou Barrichello e, se o muro não chegasse ao fim, poderia ter causado um grave acidente. Com isso, Rubinho terminou a prova em 10º e marcou um ponto. Schumacher foi punido pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo) e perderá 10 posições no grid de largada no próximo Grande Prêmio, na Bélgica, no próximo dia 29.

Após o GP da Hungria, a classificação geral ficou assim: Mark Webber lidera com 161 pontos, seguido de Hamilton (157), Vettel (151), Button (147), Alonso (141) e Massa (97). Barrichello é o 11º, com 30 pontos. Di Grassi e Senna seguem sem pontuar.