domingo, 14 de março de 2010

Alonso vence a primeira em temporada de mudanças

por Pedro Rotterdan

E começa a temporada 2010 da F1, sem reabastecimento e com novo sistema de pontuação. O GP do Bahrein foi vencido pelo espanhol Fernando Alonso, que estreou pela Ferrari ao lado do brasileiro e segundo colocado na corrida Felipe Massa. Foi uma corrida tranquila. Alonso largou em terceiro e, logo na largada, conseguiu passar o companheiro de equipe. Na metade da prova, a dupla da Ferrari ultrapassou, de uma só vez, o alemão Sebastian Vettel, da RBR ,que estava com problemas no carro. O pódio foi completado pelo inglês da McLaren, Louis Hamilton.

A corrida também contou com várias novidades na pista. Além das novas regras, dois pilotos voltaram para a competição. Felipe Massa, que ficou oito meses afastado das pistas por causa de uma mola que se soltou do carro do também brasileiro Rubens Barrichello na temporada passada. Felipe Massa fez uma boa corrida, regular durante toda a prova, largou e chegou em segundo lugar. O outro retorno, também muito esperado, foi do heptacampeão Michael Schumacher. Ele havia se aposentado no final da temporada de 2006 e voltou correndo pela Mercedes, antiga Brawn, e terminou a corrida em sexto lugar. Assim como Massa, o alemão fez uma corrida tranquila, sem erros, foi pouco agressivo sem arriscar nas ultrapassagens. Outra volta muito boa para a F1 foi a da equipe Lotus, que Ayrton Senna defendeu nos anos 80. A equipe conta com o veterano Jarno Trulli, da Itália, e o finlandês Heikki Kovalainen.

Rubens Barrichello, da Williams, terminou a prova em 10º lugar e marcou um ponto. O carro não é o que todos esperavam. Faltam muitos acertos para a Willians ser competitiva e disputar pódio. A equipe é apenas a quinta força entre as 13, ficando atrás da Ferrari, McLaren, Renault e Mercedes. Mesmo assim, está lado a lado com RBR e Force India, que também querem ser a quinta força.

Duas equipes estreantes trouxeram estreias de dois brasileiros. Eles não conseguiram muita coisa. Lucas DiGrassi, da Hispania, e Bruno Senna, da VTR, abandonaram a prova. Bruno largou dos boxes após uma decisão da equipe. Mesmo assim, ele conseguiu algumas ultrapassagens, mas, com o carro muito lento, abandonou a prova ainda com 15 voltas. Essas duas equipes, ainda sem muito planejamento, podem ser boas para que eles ganhem experiência. Eles devem manter a calma. Todo início é complicado. Eles devem se espelhar no caso de Nelsinho Piquet na temporada passada. Eles devem focar na carreira e ficar bem longe de polêmicas.

O que muda em 2010

Entre as novidades está a nova regra de pontuação, fim do reabastecimento. Todas essas regras vão deixar a competição mais disputada. Confira as principais mudanças para 2010.

Fim do reabastecimento

Depois de 16 anos, chega ao fim o reabastecimento. Isso vai deixar os pit stops mais rápidos, apenas para troca de pneus. Assim todas as equipes entram em igualdade na pista, todos com o mesmo peso. Aí o que vai falar mais alto é a força do motor. Os tanques ficaram maiores e assim, os carros mais pesados. Vai atrapalhar as ultrapassagens? Só a temporada pra dizer. Os mecânicos mais rápidos vão deixar a equipe mais perto da vitória.

Nova pontuação

A nova regra de pontuação vai permitir que mais pilotos pontuem, assim a briga pelo título pode ficar mais emocionante. No antigo sistema pontuavam do primeiro ao oitavo colocado. O primeiro marcava 10 pontos, o segundo 8, o terceiro 6 e seguia 5-4-3-2-1. Agora o primeiro leva 25 pontos, 18 para o segundo, 15 para o terceiro e seguindo até o décimo 12-10-8-6-4-2-1.

KERS

O fim do KERS, sistema de recuperação de energia usado nas ultrapassagens, chegou a ser discutido pelas equipes. Elas até haviam entrado em um acordo sobre isso. Mas ele permanece na F1 como uma opção. As escuderias combinaram em não usar. Mas, caso alguma queira ,pode optar pelo equipamento, já que a FIA autorizou. Mas times grandes, como Ferrari e McLaren, devem optar por utilizá-lo novamente.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Camisas que pesam em Copa do Mundo

Luciano Dias

Podem falar o que quiser. Que a Alemanha não tem grandes jogadores. Que a Itália não vive bom momento. Que a seleção brasileira não vai longe com Dunga no comando. Mas, raramente, uma dessas três seleções não chegam na final da Copa do Mundo.

Em 18 edições, apenas duas vezes Brasil, Itália e Alemanha não apareceram na decisão. No prmeiro Mundial, no Uruguai, os donos da casa venceram a Argentina no último jogo. Já em 1978, na Argentina, nossos hermanos derrotaram a Holanda na final.

Brasil e Alemanha chegaram em sete decisões. Já a Itália chegou à final em seis oportunidades. Não há dúvidas que a Espanha está jogando um grande futebol. Mas, em Copa do Mundo, as camisas de tradições pesam e, geralmente, prevalecem.

Vamos resgatar, por exemplo, os dois últimos mundiais. Em 2002, quem acreditava no Brasil, que fez péssima Eliminatórias, e na previsível Alemanha na final? Em 2006, algúem imaginava que a questionada Itália seria tetracampeã?

Faltam menos de 100 dias para a Copa da África. Não dúvide da presença de brasileiros, alemães e italianos na decisão.

Todas as finais de Copa do Mundo:

- Copa de 30 no Uruguai: Uruguai 4x2 Argentina
- Copa de 34 na Itália: Itália 2x1 Tchecolsováquia
- Copa de 38 na França: Itália 4x2 Hungria
- Copa de 50 no Brasil: Uruguai 2x1 Brasil
- Copa de 54 na Suíça: Alemanha 3x2 Hungria
- Copa de 58 na Suécia: Brasil 5x2 Suécia
- Copa de 62 no Chile: Brasil 3x1 Tchecoslováquia
- Copa de 66 na Inglaterra: Inglaterra 4x2 Alemanha
- Copa de 70 no México: Brasil 4x1 Itália
- Copa de 74 na Alemanha: Alemanha 2x1 Holanda
- Copa de 78 na Argentina: Argentina 3x1 Holanda
- Copa de 82 na Espanha: Itália 3x1 Alemanha
- Copa de 86 no México: Argentina 3x2 Alemanha
- Copa de 90 na Itália: Alemanha 1x0 Argentina
- Copa de 94 nos Estados Unidos: Brasil 0x0 Itália (3x2)
- Copa de 98 na França: França 3x0 Brasil
- Copa de 2002 na Coréia do Sul e no Japão: Brasil 2x0 Alemanha
- Copa de 2006 na Alemanha: Itália 1x1 França (5x3)

quarta-feira, 3 de março de 2010

Botafogo oferece vagas para renegados em 2009

Luciano Dias

Eis aqui uma postagem atrasada sobre o Botafogo, campeão da Taça Guanabara, no Rio, há duas semanas. Podemos dizer que o Fogão é um time sofrido, com poucos títulos na última década. Um time longe, mas muito longe mesmo, daqueles das décadas de 50 e 60. Uma equipe que não chega nem perto da campeã nacional em 1995.

O time da estrela solitária deixa os torcedores cada vez mais solitários. Em algumas ocasiões (poucas), surpreende. O exemplo é o título da Taça Guanabara deste ano.

Se não é a primeira opção dos jovens que sonham em brilhar no futebol, pode-se dizer que o Alvinegro é a oportunidade para jogadores renegados em 2009. Do atual elenco botafoguense, nove atletas tentam mostrar que ainda tem futebol para atuar em um time grande. O próprio treinador, Joel Santana, tenta mostrar que ainda tem capacidade.

Sem mais delongas, vamos à lista dos atletas que não foram bem em 2009 e tentam resgatar dias melhores no alvinegro. O primeiro passo já foi dado. Boa parte dos renegados venceram a Taça Guanabara.

Jancarlos - Atuou pelo Cruzeiro em 2009. Começou como titular na Raposa, mas, com partidas irregulares, perdeu a posição facilmente para Jonathan;

Marcelo Cordeiro - Jogou pelo Inter em 2009. Pelo Colorado, disputava posição com Kléber. Uma concorrência desleal;

Fábio Ferreira - Corinthians, Grêmio e Vitória não aguentaram a irregularidade do jogador. Quem sabe o Botafogo aguenta. Pelo menos, fez o primeiro gol na decisão da Taça Guanabara contra o Vasco;

Antônio Carlos - Zagueiro preterido por Antônio Lopes no Atlético Paranaense. Busca um lugar ao sol no Fogão;

Danny Morais - Eterna promessa colorada. Nunca conseguiu se firmar como titular;

Sandro Silva - Atuou pelo Palmeiras em 2009. Teve várias chances com Luxemburgo e Muricy, mas não conseguiu se firmar como titular no Verdão;

Renato Cajá - Sempre moeda de empréstimo do Grêmio;

Lúcio Flávio - Em resumo, só joga bem no Botafogo. No Santos, em 2009, não se firmou;

Edno - De ídolo na Portuguesa se transformou em menos um no Corinthians. Não aguentou ficar fora da lista da Libertadores do Timão e procurou o Botafogo para recuperar o futebol;

Joel Santana - Já virou lenda no Rio de Janeiro. Pode-se dizer que, com um inglês envolvente, também virou lenda na África do Sul, equipe que treinou antes do Botafogo.