segunda-feira, 3 de março de 2008

CREA-MG divulga relatório visual sobre o Mineirão

O Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Minas Gerais (CREA-MG) apresentou nesta segunda-feira o relatório visual sobre as condições de estabilidade e segurança do Estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão.

A inspeção foi feita graças a um pedido do Ministério Público Estadual, por meio da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente e Patrimônio Histórico e Cultural. Técnicos do CREA e membros da Associação de Engenharia de Segurança (AMES) realizaram duas visitas ao estádio no mês de fevereiro.

Foram avaliados quatro itens: acessibilidade, instalação elétrica, estrutura de concreto armado e de incêndio e pânico. Um dos engenheiros civis do CREA que realizaram as visitas, Marco Antônio Lemos, revelou que todos os itens apresentam problemas, a maioria ligados à extensa idade do estádio (tem quase 50 anos).

O engenheiro do CREA ainda alertou que, se o Mineirão pretende abrigar jogos da Copa do Mundo-2014, é preciso que as reformas comecem desde já. "Até a realização da Copa temos seis anos, o que parece muito tempo. Mas não para reformas em uma construção complexa como é o Mineirão, onde pode dar problemas e é preciso de tempo para que não seja deixado nada em cima da hora", ressaltou.

Entretanto, o torcedor que vai ao Mineirão semanalmente pode ficar tranquilo. Ainda segundo Lemos, essas irregularidades do estádio já estão sendo sanadas e não apresentam risco à vida dos espectadores.

Uma inspeção realizada por uma empresa de engenharia no final do ano passado apontou o Gigante da Pampulha como o segundo pior estádio do Brasil, atrás somente do Estádio da Fonte Nova, que teve parte da arquibancada desabada no ano passado, o que matou sete pessoas e deixou vários feridos. Porém, a veracidade da avaliação foi questionada por Lemos. "Temos métodos diferentes. Mas uma inspeção feita rapidamente por somente uma pessoa não pode ser comparada com a nossa equipe, que foi formada por seis profissionais [uma arquiteta, dois engenheiros civis, um engenheiro eletricista e dois engenheiros de segurança] que deram seis voltas completas no estádio, inclusive em cima da lage da construção", afirmou.


Thiago Ricci

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