quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Brasil vira dois confrontos contra Argentina

No primeiro jogo dos confrontos entre Brasil e Argentina, deu o esperado. Goiás até demonstrou raça, mas foi insuficiente para derrotar o Arsenal e está eliminado da Sul-Americana. O time esmeraldino começou pressionando, mas sem criar muitas alternativas de gol. Tanto que o primeiro tento do jogo foi dos argentinos, aos 36. Precisando marcar três gols para classificar, o time goiano passou a jogar para não ser derrotado mais uma vez. E, pelo menos, conseguiu o empate em uma jogada de Harrison, no último minuto do primeiro tempo. Mas terminou assim, Goiás eliminado e com a corda no pescoço no Brasileirão, tendo uma sequência mortal no Brasileirão - já falada aqui.

No Morumbi, um verdadeiro clássico fazendo jus aos 6 títulos mundiais e 9 Libertadores em campo. Um jogo com cara do torneio mais importante da América do Sul. Diante dos quase 47 mil presentes, os times começaram com tudo. Antes dos 10 minutos, o time argentino já poderia ter aberto o placar, assim como o time paulista poderia ter marcado em duas oportunidades.

Após esse começo eletrizante, o jogo esfriou. Exceção feita a uma belíssima jogada de Dagoberto no flanco esquerdo, após passar de três marcadores, cruzou e quase o Leandro abriu o marcador. Fora isso, um jogo truncado em que o Boca, aos poucos, conseguia realizar seu objetivo: esfriar o jogo e dominar a posse de bola - um gol obrigaria os tricolores a fazerem três. Era um jogão. Pelo São Paulo, Dagoberto e Leandro estavam comendo a bola (o segundo encarnou o espírito de revanche) e os alas Souza e Jorge Wagner apagados e aquém do que podem jogar.

No segundo tempo, Muricy colocou Aloísio no lugar de Borges. De fato, o árbitro chileno Carlos Chandía deixava o jogo correr e marcava poucas faltas - situação favorável ao Aloísio, que usa seu porte físico para proteger a bola. Aos 8 minutos, após falha da zaga argentina, o atacante que acabara de entrar matou a bola na grande área e fuzilou com o pé esquerdo.

A partir do gol são-paulino, a partida se resumiu aos contra-ataques tricolores e às bolas argentinas alçadas na área - que, sentindo falta de Palacio, não conseguia furar o defesa adversária. Nos últimos quinze minutos, um sufoco. São Paulo se defendeu como pôde e o Boca quase empatou em um escanteio pela esquerda. Mas deu São Paulo, que espera o vencedor de Colo-Colo (CHI) e Millonarios (COL) - vantagem para o primeiro, que empatou em 1x1 no jogo de ida.

No último confronto entre tupiniquins e hermanos, o jogo também foi eletrizante. O Vasco teve o domínio da partida e jogou com muita vontade. Destaque para Leandro Amaral, que participou dos três gols e para a nona partida do ano em que a equipe carioca vence por três gols ou mais em seus domínios.

Aos 30, após escanteio cobrado por Marcelinho, Júlio Santos chutou no canto do goleiro Bossio. O arqueiro cedeu rebote que foi bem aproveitado por Leandro Amaral. Detalhe que a sorte que o atacante teve - a bola passou entre o zagueio e Bossio -, faltou contra o vice-líder do Brasileirão.

No segundo tempo, também aos 30, Wagner Diniz avança pela direita, tabela com Leandro Amaral e finaliza entre as pernas do goleiro argentino. Golaço!

O jogo estava com cara que ia ser decidido nos pênaltis. Mas eis que Leandro Amaral aparece novamente para definir o placar. Esbanjando oportunismo e senso de colocação, o atacante aproveita o desvio de Alan Kardec e, mais uma vez, coloca caprichosamente a bola entre o zagueiro e goleiro.

Brasil 2 x 1 Argentina.


Thiago Ricci

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