Coluna tática por Thiago Ricci
Corinthians e Ponte Preta travaram, hoje, um belo duelo no Pacaembu, pela Série-B do Brasileiro. Um primeiro tempo bastante movimentado e uma etapa final prejudicada pelo vacilo do zagueiro da Macaca, Gum, resultando em um aparentemente tranquilos 3 a 0 para o Timão.
Corinthians e Ponte Preta travaram, hoje, um belo duelo no Pacaembu, pela Série-B do Brasileiro. Um primeiro tempo bastante movimentado e uma etapa final prejudicada pelo vacilo do zagueiro da Macaca, Gum, resultando em um aparentemente tranquilos 3 a 0 para o Timão.
Vamos então à análise tática.
O técnico corintiano Mano Menezes deu uma consistência grande ao time da capital paulista. O ponto de segurança, mais uma vez esteve nos volantes. Carlos Alberto se posicionou na direita, fechou os buracos dos avanços de Alessandro e ainda teve uma boa saída de bola. O grande trunfo tático do jogo foi Elias. Conseguiu cobrir todas (e não raras) subidas de André Santos e ainda alimentou bem o ataque preto e branco.
Ataque que foi presenteado por um esforçado e habilidoso Morais. Dedicação que não se via no desesperado Vasco, time anterior. Graças à marcação implacável do armador - acompanhou o lateral adversário até a área corintiana diversas vezes, o esquema de Mano, com quatro jogadores ofensivos, é possível.
Um pouco mais na frente, Douglas e Herrera trocaram de posições com certa frequência, o que confundiu a zaga rival. Nas laterais, duas duplas perigosas conseguiram fazer boas jogadas: Dentinho e Alessandro na direita, e Morais e André Santos na esquerda. Esse lado esquerdo do Timão promete.
Mudança tática no time do Parque São Jorge, só mesmo de posicionamento dos volantes no segundo tempo. Mano colocou Bruno Octávio no lugar de Carlos Alberto, que saiu com dores. Elias foi, então, para a direita acompanhar Renato, cérebro da Ponte Preta. Bruno Octávio ficou na esquerda, sem o mesmo brilho de Elias.
Ponte Preta aposta as fichas em Renato
Engana-se quem acha que o time de Campinas fez uma partida ruim. A Macaca começou com um meio-campo forte, formado por Ricardo Conceição, Jairo e William, que saía mais para o jogo. Renato flutuava no meio ofensivo tentando criar jogadas para Renatinho e o centroavante Luis Ricardo. Nas laterais, Vicente e Raulen conseguiam descer com eficiência.
O problema foi logo no início do segundo tempo, aos 3 min. Gum, descontrolado, peitou o árbitro Wagner Tardelli e foi expulso. Por causa disso, Jairo foi recuado para a zaga e William ficou de volante mais recuado (ver tabela ao lado).
Na frente, o erro de Paulo Bonamigo. O técnico deixou o pesado Luis Ricardo recuado na direita, para fechar o meio-campo. Enquanto isso, o rápido e frágil Renatinho ficou na frente pela esquerda. Se ele pensou em utilizar da velocidade do atacante, se equivocou. Aos 14min, outro erro. Tirou William, que fazia uma bela partida como volante recuado, e colocou um cabeça-de-área, Luciano Sorriso.
Dez minutos depois, tentou remodelar o ataque, colocando Neto Baiano, outro centroavante, no lugar de Luis Ricardo - que (talvez pelo posicionamento estranho) saiu bravo, chutando uma garrafa de água. Desta vez, Bonamigo deixou Neto Baiano na liderança do ataque e recuou Renatinho, o que parecia ser óbvio desde a expulsão de Gum.
Um comentário:
É o Timão rumo à Série A! Força Coringãoooo!
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