Coluna Luciano Dias - Memória e calculadora esportiva
Foram 43 dias sem presidente. Mas, enfim, nesta quinta-feira, 30, o Atlético elegeu o seu novo mandatário: Alexandre Kalil, 49 anos. O ex-presidente do Conselho Deliberativo do clube e ex-diretor de futebol, recebeu 271 votos dos conselheiros, contra 130 para Sérgio Bias Fortes e apenas um para Itamar Vasconcellos. Houve um voto nulo. Compareceram 403 dos 474 conselheiros com direito a voto.
Logo após o resultado da eleição, o vencedor tomou posse para um mandato até o dia 31 de dezembro de 2011. Alexandre Kalil vai substituir Ziza Valadares, que não suportou a pressão e renunciou no dia 18 de setembro passado, seguido por seus quatro vice-presidentes.
Alexandre Kalil é o 48º presidente na história alteticana – uma média de um comandante há cada dois anos. O primeiro foi Margival Mendes Leal, de 1908 a 1910. Na história centenária, o Galo teve presidentes de diversos estilos e de variados comportamentos. Alguns foram vitoriosos, outros ficaram marcados por catástrofes.
A torcida alvinegra não se esquece de Nelson Campos, presidente da maior conquista do clube: o Campeonato Brasileiro de 1971. Walmir Pereira assumiu em 1975 e junto com ele surgiram grandes revelações para o futebol nacional, como Toninho Cerezo, Reinaldo, João Leite e Marcelo Oliveira. Em 1977, o Atlético foi vice-campeão Brasileiro com uma curiosidade: o time perdeu o campeonato nos pênaltis para o São Paulo, no Mineirão, e terminou a competição de maneira invicta. Nelson Campos retornaria entre 1985 a 1988.
Elias Kalil, pai de Alexandre Kalil, foi o presidente de 1980 a 85. Ele não era tão polêmico igual ao filho, mas tão apaixonado quanto. Quando assumiu, Elias declarou que o Cruzeiro não comemoraria títulos enquanto ele fosse o presidente. A projeção quase deu certo, se não fosse o título do Campeonato Mineiro que o time celeste conseguiu em 1984. No seu primeiro ano de mandato, o Galo foi vice-campeão do Brasileirão novamente, desta vez sendo derrotado para o Flamengo, em 1980.
Afonso de Araújo Paulino assumiu em 1989 e com ele surgiram dívidas, contratações decepcionantes, escassez de títulos e crescimento do maior rival. A “Selegalo” de 1994, com Neto, Renato Gaúcho, Éder e Gaúcho, foi o estopim para a torcida alteticana. Paulo Cury (1995-98) e Nélio Brant (1999-01) deixaram as dívidas alvinegras alarmantes.
Como resolver a dívida? Talvez contratar um bancário. E o escolhido foi Ricardo Guimarães (2001-06). Após vários projetos, ele ficou marcado por ser o presidente do rebaixamento da equipe para a segunda divisão em 2005. Ziza Valadares assumiu em 2007 e ficou marcado por promessas, e só. Veio 2008, esperado ano do centenário, mas os vexames eclodiram por sua renúncia em setembro.
Agora é a vez de Alexandre Kalil. Apaixonado, polêmico e, acima de tudo, atleticano. Mas isso não basta para a torcida alvinegra.
Primeiras missões de Kalil
O principal desafio do eleito será organizar as finanças e armar uma equipe vencedora. Para Kalil, o melhor caminho é justamente apostar no futebol. E, para isso, a torcida é a principal aliada. Ele pretende promover a reaproximação dos torcedores, afastados do time depois de tantos fracassos. Kalil informou que os ingressos para o jogo contra o Vasco, dia 16 de novembro, pelo Brasileirão, custarão R$ 5 em qualquer setor do Mineirão.
As dívidas do Atlético ultrapassam R$ 200 milhões. O clube tem um déficit mensal de R$ 2 milhões. De cara uma grande dor de cabeça: o clube caminha para três meses de salários atrasados, período que se for completado, no final da próxima semana, pode resultar na saída de jogadores via Justiça do Trabalho.
Foram 43 dias sem presidente. Mas, enfim, nesta quinta-feira, 30, o Atlético elegeu o seu novo mandatário: Alexandre Kalil, 49 anos. O ex-presidente do Conselho Deliberativo do clube e ex-diretor de futebol, recebeu 271 votos dos conselheiros, contra 130 para Sérgio Bias Fortes e apenas um para Itamar Vasconcellos. Houve um voto nulo. Compareceram 403 dos 474 conselheiros com direito a voto.
Logo após o resultado da eleição, o vencedor tomou posse para um mandato até o dia 31 de dezembro de 2011. Alexandre Kalil vai substituir Ziza Valadares, que não suportou a pressão e renunciou no dia 18 de setembro passado, seguido por seus quatro vice-presidentes.
Alexandre Kalil é o 48º presidente na história alteticana – uma média de um comandante há cada dois anos. O primeiro foi Margival Mendes Leal, de 1908 a 1910. Na história centenária, o Galo teve presidentes de diversos estilos e de variados comportamentos. Alguns foram vitoriosos, outros ficaram marcados por catástrofes.
A torcida alvinegra não se esquece de Nelson Campos, presidente da maior conquista do clube: o Campeonato Brasileiro de 1971. Walmir Pereira assumiu em 1975 e junto com ele surgiram grandes revelações para o futebol nacional, como Toninho Cerezo, Reinaldo, João Leite e Marcelo Oliveira. Em 1977, o Atlético foi vice-campeão Brasileiro com uma curiosidade: o time perdeu o campeonato nos pênaltis para o São Paulo, no Mineirão, e terminou a competição de maneira invicta. Nelson Campos retornaria entre 1985 a 1988.
Elias Kalil, pai de Alexandre Kalil, foi o presidente de 1980 a 85. Ele não era tão polêmico igual ao filho, mas tão apaixonado quanto. Quando assumiu, Elias declarou que o Cruzeiro não comemoraria títulos enquanto ele fosse o presidente. A projeção quase deu certo, se não fosse o título do Campeonato Mineiro que o time celeste conseguiu em 1984. No seu primeiro ano de mandato, o Galo foi vice-campeão do Brasileirão novamente, desta vez sendo derrotado para o Flamengo, em 1980.
Afonso de Araújo Paulino assumiu em 1989 e com ele surgiram dívidas, contratações decepcionantes, escassez de títulos e crescimento do maior rival. A “Selegalo” de 1994, com Neto, Renato Gaúcho, Éder e Gaúcho, foi o estopim para a torcida alteticana. Paulo Cury (1995-98) e Nélio Brant (1999-01) deixaram as dívidas alvinegras alarmantes.
Como resolver a dívida? Talvez contratar um bancário. E o escolhido foi Ricardo Guimarães (2001-06). Após vários projetos, ele ficou marcado por ser o presidente do rebaixamento da equipe para a segunda divisão em 2005. Ziza Valadares assumiu em 2007 e ficou marcado por promessas, e só. Veio 2008, esperado ano do centenário, mas os vexames eclodiram por sua renúncia em setembro.
Agora é a vez de Alexandre Kalil. Apaixonado, polêmico e, acima de tudo, atleticano. Mas isso não basta para a torcida alvinegra.
Primeiras missões de Kalil
O principal desafio do eleito será organizar as finanças e armar uma equipe vencedora. Para Kalil, o melhor caminho é justamente apostar no futebol. E, para isso, a torcida é a principal aliada. Ele pretende promover a reaproximação dos torcedores, afastados do time depois de tantos fracassos. Kalil informou que os ingressos para o jogo contra o Vasco, dia 16 de novembro, pelo Brasileirão, custarão R$ 5 em qualquer setor do Mineirão.
As dívidas do Atlético ultrapassam R$ 200 milhões. O clube tem um déficit mensal de R$ 2 milhões. De cara uma grande dor de cabeça: o clube caminha para três meses de salários atrasados, período que se for completado, no final da próxima semana, pode resultar na saída de jogadores via Justiça do Trabalho.
Imagem: Jorge Gontijo/ Estado de Minas
3 comentários:
Que esse novo presidente do Galo faça um belo trabalho para o clube. O Atlético-MG precisa muito de pessoas competentes administrando o clube.
melhor q o kalil acho q não tem.
vamo v como vai ser
Vocês não tem RSS aqui não?
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