
A decisão da vaga para ingressar ao grupo 1 da Libertadores acontece na próxima quarta-feira, dia 6 de fevereiro, no estádio Defensores Del Chaco, em Assunção. O Cruzeiro pode perder por um gol de diferença. O Cerro se classifica com uma vitória por 2 a 0. Se os paraguaios devolverem o placar, o vencedor será conhecido nos pênaltis. Caso perca por dois gols de diferença, desde que marque pelo menos outros dois, a Raposa avança.
Faltas em demasia, muito contato e disputa acirrada pela bola. Este foi o retrato do jogo nos primeiros 15 minutos. Neste período, o Cruzeiro mostrou muito afobamento nas armações das jogadas, enquanto que o Cerro, que vira à Belo Horizonte em busca de um empate, armava uma forte marcação na saída de bola celeste. A equipe guarany quase abriu o placar aos oito minutos, com o ex-flamenguista Ramírez, este paraguaio, que depois de cobrança de escanteio do lado esquerdo concluiu de perna direita diante do gol, sem chances para o goleiro Fábio, mas Charles cortou sobre a linha de meta.
A etapa final começou com polêmica. Logo aos sete minutos, Marcelo Moreno recebeu pela direita e chutou prensado com a zaga. No rebote, Ramires, em condição legal, completou para o gol, mas o assistente se equivocou e assinalou impedimento. Com uma grande pressão, o Cruzeiro chegou ao segundo gol aos 15 minutos. Após uma cobrança de falta de Fabrício pela direita, a zaga paraguaia cortou mal e o oportunista Marcelo Moreno emendou um chute forte dentro da área.
O segundo tento celeste obrigou à equipe guarany a sair para o jogo. Aos 17 minutos, Álvarez foi lançado nas costas de Jadílson, invadiu a área e bateu cruzado, obrigando Fábio a fazer uma grande defesa. Dez minutos depois o Cerro teve uma penalidade a seu favor. Charles derrubou Marcelo Estigarribia dentro da área e o uruguaio Jorge Larrionda apitou sem hesitar. Na cobrança, o zagueiro Cabrera mandou com competência no ângulo direito, diminuido o placar.
O empate paraguaio quase saiu aos 31, em nova conclusão de Victor Ferreira, após ser lançado novamente nas costas de Jadílson. Com um placar perigoso, a Raposa tinha que jogar com tremenda precaução, uma vez que atacar de forma afobada significara contra-ataques perigosos aos paraguaios.
E com tranquilidade, o Cruzeiro marcou o terceiro gol com Ramires, o nome do jogo. O volante acertou um belo chute da entrada da área, não dando chances para o arqueiro paraguaio. Uma excelente vitória, que premia os mais de 40 mil presentes no Mineirão.
Imagem: Netum Lima/Cruzeiro/Divulgação
No jogo de volta, que será realizado no dia 6 de fevereiro, na capital boliviana, na temida altitude de 3.577 metros acima do nível do mar, o time mexicano poderá perder por um gol de diferença para se classificar.
Luciano Dias