segunda-feira, 28 de junho de 2010

Novela mexicana

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Uma nação da América que é apaixonada pelo futebol e que possui belas praias. Parece que estou falando do Brasil né?! Mas, o destaque deste post é o México, que neste domingo (27) foi eliminado nas oitavas de final da Copa. Os mexicanos perderam para a Argentina por 3 a 1, em Joanesburgo.

As coincidências entre Brasil e México no futebol se resumem apenas na paixão. Em termos de conquistas e de produção de craques, por exemplo, os mexicanos ficam bem para trás. Mais precisamente preso às oitavas de finais.

Os números recentes do México nas Copas apontam para uma maldição. A seleção foi eliminada nas oitavas nos últimos cinco Mundiais. Parece até novela mexicana, com aqueles finais que todos esperam. Ou mesmo o seriado Chaves, com capítulos sempre repetidos.

Em 1994, nos Estados Unidos, o time do irreverente goleiro Jorge Campos saiu para a Bulgária, na disputa de pênaltis. Quatro anos mais tarde, na França, os mexicanos caíram para a Alemanha. O preço da queda foi 2 a 1. Mesmo placar da derrota para os Estados Unidos, em 2002, na Copa do Mundo do Japão e da Coreia do Sul.

Nos dois últimos Mundiais, na Alemanha e agora na África do Sul, os algozes mexicanos foram os argentinos. Em 2006, nossos hermanos venceram os tricolores por 2 a 1, com um gol de Maxi Rodriguez na prorrogação.

De fato, o México nunca entra em um Mundial como uma das forças principais. No entanto, tem status de uma equipe que pode incomodar os gigantes. Apenas status mesmo. Na prática é bem diferente. Mesmo sendo um país apaixonado pelo futebol, o México não consegue evoluir.

Nestas últimas Copas, a seleção até levou bons jogadores, como Bernal, Jorge Campos, Hernandez, Garcia Aspe, Borguetti, Blanco, Rafa Marquez e Giovani dos Santos. Mas, pelo que podemos observar, é mais do que insuficiente para transpor a barreira das oitavas de final.

A esperança de dias melhores para o México em Copas recomeça no Brasil, em 2014. Sinceramente, eu não dúvido muito de como vai ser o final dessa próxima novela mexicana.

Recorde ingrato

Para piorar ainda mais a situação, o país sede de duas Copas do Mundo (1970 e 1986), acumula agora um recorde desagradável. Com este revés diante da Argentina, o México, com 24 derrotas em Mundiais, é a seleção que mais perdeu na História das Copas.

domingo, 27 de junho de 2010

PERFIL: Da terra dos cangurus para as pistas de F1

Pedro Rotterdan (@protterdan)

Agora é assim: aos domingos você vai conhecer melhor quem são os homens que arriscam suas vidas andando acima de 200 km/h. Isso mesmo caro leitor, os pilotos de F1. Além deles, vamos conhecer também mais sobre os brasileiros e os principais velocistas de outras categorias mundo a fora. Então se não tem F1 vamos conhecer pilotos de outras categorias.

Australiano, 34 anos. Palavrão preferido? F@#$-se. Lazer? Cerveja com familiares e amigos mais próximos. Amante declarado de esportes radicais, nas horas vagas pratica ciclismo. Já jogou rugby e é dono de um restaurante que serve comida italiana na Inglaterra.

Esse é Mark Webber, que todo final de ano promove, na Ilha da Tasmânia, sul da Austrália, o “Desafio Mark Webber”. São dez dias de caminhadas, corridas de caiaque, subidas de montanhas e de ciclismo num percurso superior a mil quilômetros. Bem a cara desse piloto, que gosta muito de esportes radicais. Tudo para levantar fundos para entidades que lutam diariamente contra o câncer infantil.

Na Fórmula 1 desde 2002, os números ainda são pequenos e não devem aumentar por causa da idade já avançada. O australiano já participou de nove temporadas (contando com a atual) e chegou a quatro vitórias, 14 pódios, uma pole, 272 pontos e 149 corridas. O curioso é que este ano ele já conquistou 103 pontos, duas vitórias e quatro pódios em apenas nove corridas.

Webber é o piloto mais rápido do mundo - na opinião deste blogueiro - aos sábados, quando são definidas as posições para a corrida. Até o fim de 2008 era assim: o bom lugar na hora da largada não era aproveitado durante a corrida. Agora, além das boas posições, nos treinamentos, Weber está mudando o final da história. Desde o ano passado, quando a RBR melhorou o carro, o piloto briga pelas primeiras posições também no pódio final. Em quarto lugar na classificação geral, Webber está a uma vitória do primeiro colocado.

Mesmo fora, Webber influencia resultado da corrida

Um impressionante acidente tirou Mark Webber do GP de Europa, realizado neste domingo (27) em Valência, na Espanha. Felizmente ele saiu sem nenhum arranhão e andando. O piloto foi salvo pela entrada de ar que fica acima da cabeça e faz parte da célula de sobrevivência. Mesmo fora da prova, o acidente do australiano mudou a posição de vários pilotos, com a entrada do safety car. Dois brasileiros foram atingidos por essa mudança. Barrichello, que estava na sétima colocação, pulou para o quarto lugar. Já Felipe Massa perdeu dez posições e foi parar na 14ª posição. O acidente também prejudicou Fernando Alonso, da Ferrari - da quinta colocação, foi parar em nono.

Como na Copa do Mundo, hoje não era dia de Inglaterra. O alemão Sebastian Vettel, da RBR, deixou os britânicos Louis Hamilton e Jenson Button pra trás, vencendo após liderar de ponta a ponta. A entrada do carro de segurança não afetou esses três pilotos e Vettel teve uma vitória tranquila liderando de ponta a ponta.

Na Classificação Geral, Hamilton continua na liderança com 127 pontos, seguido de Button, com 121, Vettel, com 115, e Webber, 103. Entre os brasileiros, Felipe Massa é o oitavo com 67 tentos e Barrichello, 11º com 19 pontos. Bruno Senna e Lucas di Grassi ainda não pontuaram.

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Quando a grandeza do esporte é manchada pela pobreza de espírito

Coluna Cesta na sexta por Paulo Marques (@paulo16marques)

A temporada 2009/10 da NBA chegou ao fim e pela 16º vez o Los Angeles Lakers conquistou a liga profissional norte-americana. A vitória sobre a qualificada equipe do Boston Celtics só revelou que os Lakers atualmente são hegemônicos na liga.

Mesmo com a tradição do Boston, maior vencedor da história da NBA, com 17 triunfos, o LA chegou à segunda conquista consecutiva e fica à apenas uma do Celtics, seu maior rival. Kobe Briant mais uma vez foi eleito MVP da liga, que é o prêmio dado ao melhor e mais valioso jogador. Além do armador, a equipe de Los Angeles é comandada por um dos maiores vencedores da NBA, o treinador Phill Jackson, que já venceu 11 temporadas, seis delas a frente do Chicago Bulls.

Mesmo com todo este clima de festa, sempre tem gente que aparece para atrapalhar. Na noite de quinta-feira, dia 17, noite da conquista da NBA, vândalos – e não torcedores – promoveram uma baderna pelas ruas de Los Angeles, que causou muito estrago e pânico a população. Além de confrontarem entre a própria torcida, os delinqüentes destruíram o patrimônio público, depredaram carros e até colocaram fogo em um táxi que estava próximo às festividades.

No final do ano passado, na comemoração flamenguista do título do Campeonato Brasileiro de Futebol, torcedores promoveram diversas cenas lamentáveis de confronto – entre a própria torcida -, num local onde seria pra ser de comemorado o título tão importante.

Aqui mesmo, em Minas Gerais, torcedores de Atlético e Cruzeiro sempre dão prejuízos consideráveis às empresas de transporte público e para o município, mesmo quando os resultados das partidas são favoráveis. De acordo com a BH Trans, o número de veículos depredados na final da Libertadores de 2009, foi aproximado ao número de depredações aos veículos na comemoração atleticana do Campeonato Mineiro de 2010.

Os casos mencionados acima só revelam que não é só em Minas que estes tristes episódios acontecem. O problema é mundial. Muitas vezes, no dia seguinte estes próprios criminosos estarão fardados de trabalhadores e usufruirão do transporte público para chegarem a seus empregos.

Mal eles sabem que o prejuízo sofrido pelo governo e pelas empresas de ônibus sempre será repassado para a população como forma de mais impostos e passagens cada vez mais caras. Além disso, o trabalhador sério é obrigado a enfrentar veículos com péssima qualidade, sem ter, em muitos casos, a chance de reivindicar pelos seus direitos.

Políticas de conscientização devem ser aplicadas, mas devemos pensar em formas de banir pessoas que sempre acabam com as festas mais bonitas do esporte. As comemorações mais importantes ficam sempre manchadas por causa da ignorância de muitos indivíduos. E isso, como é bem claro, não é um “luxo” apenas do futebol.

Imagens: EFE

terça-feira, 22 de junho de 2010

Um adeus que entra para a história

Luciano Dias (@jornlucianodias)

A África do Sul deu adeus à Copa do Mundo. É a primeira vez que uma seleção anfitriã sai na primeira fase de um Mundial. A vitória dos bafanas-bafanas por 2 a 1 sobre a decepção francesa, em Bloemfontein, não adiantou. O saldo de gols foi insuficiente para a classificação. As vagas do grupo A ficaram para o Uruguai e para o México. A celeste, por sinal, não se qualificava para a segunda fase desde 1990.

Antes do Mundial, o técnico da África do Sul, o brasileiro Carlos Alberto Parreira, já havia avisado que o grupo era muito complicado e que seria muito difícil passar às oitavas-de-finais. E não deu outra. Depois de 19 Copas, os donos da casa são eliminados na primeira fase do torneio. Olha que o tabu poderia ser quebrado em outras edições, quando seleções menos tradicionais, como Estados Unidos, Coréia do Sul e Japão, sediaram o campeonato.

Em 1994, o mundo do futebol tinha sérias dúvidas se os Estados Unidos passariam à segunda fase. Era a primeira grande incursão da Copa em território não habituado com o futebol. Só que os ianques reagiram bem em campo. Mesmo sem ter a qualidade técnica que possui atualmente, a seleção foi até as quartas-de-finais, perdendo por um suado 1 a 0 para o Brasil, que ganharia o quarto Mundial.

Em 2002, a expectativa de decepção dos donos da casa se repetiu. Novamente, a Copa foi sediada por países que não tinham tradição no esporte: Japão e Coréia do Sul. Mas, as respostas dos anfitriões foram positivas. O Japão foi favorecido pelo sorteio e avançou no grupo que tinha Bélgica, Rússia e Tunísia. Na fase seguinte, porém, não ofereceu resistência à Turquia, que seria a terceira colocada.

Já a Coréia do Sul foi mais longe e surpreendeu o mundo. Empurrada por uma torcida vibrante, o time foi até as semifinais depois de eliminar Espanha e Itália. Os sul-coreanos só foram barrados pela Alemanha, que garantiu o passaporte para a final com um difícil 1 a 0 sobre os donos da casa.

Chance de conquista

Para as seleções mais fortes, sediar uma Copa pode ser uma grande oportunidade de garantir um título do torneio mais importante do futebol. O país anfitrião conseguiu vencer o Mundial em seis edições. Nos casos da Inglaterra, em 1966, e da França, em 1998, o fato de sediar foi essencial para os únicas conquistas das duas seleções.

O interessante é que dos sete países (Uruguai, Itália, Alemanha, Brasil, Inglaterra, Argentina, França) que já sentiram o gostinho de vencer o Mundial, apenas a Seleção Brasileira não conseguiu ser campeã em casa. A oportunidade foi dada em 1950, mas o Uruguai de Ghiggia calou os mais de 200 mil torcedores presentes no Maracanã. Trata-se do "maracanazo", a maior tragédia do futebol brasileiro. Uma nova chance será dada para o Brasil em 2014, ano em que nosso país sedia a Copa pela segunda vez.

Confira a classificação de todos os anfitriões na história das Copas:

1930 - Uruguai - campeão
1934 - Itália - campeão
1938 - França - quinto lugar
1950 - Brasil - vice-campeão
1954 - Suíça - quinto lugar
1958 - Suécia - vice-campeão
1962 - Chile - terceiro lugar
1966 - Inglaterra - campeão
1970 - México - sexto lugar
1974 - Alemanha Ociental - campeã
1978 - Argentina - campeão
1982 - Espanha - 12º lugar
1986 - México - sexto lugar
1990 - Itália - terceiro lugar
1994 - EUA - 14º lugar
1998 - França - campeão
2002 - Coréia do Sul e Japão - terceiro e nono lugares
2006 - Alemanha - terceiro lugar
2010 - África do Sul - eliminado na primeira fase

O time sul-africano entra para a história em 2010 com um título negativo: o primeiro país sede eliminado na fase de grupos. Os bafanas-bafanas foram embora. Para o mundo, pouco importa, já que a alegria dos torcedores e o barulho das vuvuzelas ficaram. De um modo mais tímido, mas continuam contagiando o maior torneio de futebol do mundo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Campeonatos de categorias de base efervescem no Estado

Paulo Marques (@paulo16marques)

Enquanto todas as atenções estão voltadas para a África do Sul, onde acontece a Copa do Mundo de Futebol, nós, do Acréscimos, não esquecemos dos demais esportes que acontecem no Brasil e principalmente em Minas Gerais.

Hoje, 18, acontecem jogos referentes ao campeonato Estadual de Basquete – Região Metropolitana – das categorias Sub-14 e Sub-16. Pela primeira categoria, a equipe A, do Olympico/Soma, recebe, às 17h30, no Olympico Clube, os atletas do Magnum Esportes. Já às 19 horas, as duas equipes voltam ao mesmo ginásio com os atletas da categoria Sub-16.

O Campeonato Estadual de basquete atualmente acontece da categoria Sub-13 à Sub-19. Amanhã, 19, acontecem mais duas partidas: Pela Sub-15, o Olympico/Soma enfrenta o Minas Olímpica Mackenzie, no Olympico Clube, às 14h30. E no mesmo horário, no ginásio do Mackenzie, os donos da casa recebem o Magnum, partida válida pela categoria Sub-17.

Mesmo com toda boa vontade de divulgar as ações da Federação Mineira Basquete (FMB), ainda é muito precária a obtenção de informações, junto à entidade. As notas oficiais das rodadas são sempre publicadas no site, mas com uma forma muito complicada de entendido. No site não se encontra números de participantes, classificação, estatísticas, etc. Informações básicas para a divulgação dos torneios.

Hoje, o basquete no Brasil é o terceiro esporte de adesão do público. Mesmo com a adaptação realizada através do Novo Basquete Brasil (NBB), liga adulta profissional, a divulgação do que acontece no esporte ainda é baixa. Pra se ter uma idéia, o NBB só ganhou destaque com a final entre Universo/BRB/Financeira Brasília e Flamengo, que, na ocasião, os candangos levaram a melhor.

Além de prezar por investimentos na base, é preciso também pensar em difusão da informação. Esse é o caminho para agremiar mais adeptos ao esporte e, com isso, conseguir mais investimentos e parcerias para o desenvolvimento do basquete brasileiro.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O declínio dos "Le Bleus" 2

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Dois jogos - um empate e uma derrota. Nenhum gol marcado. Esta é, por enquanto, a campanha da França na Copa da África do Sul. O interessante é que os franceses já viveram este filme de terror em 2002. Naquele Mundial, disputado na Coréia e no Japão, os "Le Bleus" tiveram que entrar no último jogo, contra a Dinamarca, tendo que vencer a qualquer custo. Mas, ao contrário, a equipe perdeu para os dinamarqueses por 2 a 0.

A França tinha o papel principal em 2002, mas teve atuações muito discretas. Não fez nenhum gol. Saiu do filme logo no começo. Os atacantes Djibril Cisse e Thierry Henry, reservas da atual seleção, estavam naquela "inesquecível" equipe.

Algumas cenas da África são parecidas com as de 2002. O Uruguai, que empatou com os franceses na estreia, também teve participação especial na Copa da Coréia e do Japão. E a atuação da Celeste foi a mesma - 0 a 0 contra a França nos dois Mundiais.

Na Ásia, tinha um africano chamado Senegal, que logo na estreia roubou a cena e venceu os franceses por 1 a 0. Em 2010, é a África do Sul que faz o papel do continente. Só que desta vez os africanos vão aparecer apenas na última cena da chave.

Outra coincidência no drama: em 2002, os "Le Bleus" também estavam no grupo A. Será maldição?

Veja a campanha da França no Mundial da Coréia e do Japão e confira como está a situação este ano:


A cartada francesa no Mundial da África será jogada no dia 22, em Bloemfontein. Quem sabe, desta vez, o roteiro seja diferente e os "Le Bleus" tenham um final feliz no "temido" grupo A.

Resumão do especializado

Rafael Rebuiti (@rafaelrebu)

Em época de Copa do Mundo, a mídia esportiva do país se limita em apenas falar do maior torneio de futebol do planeta. Mas, aqui no Acréscimos, a notícia dos outros esportes não param. O resumo desta semana vai trazer as emoções da final do mais importante campeonato de basquete do mundo, os preparativos para o torneio de Winbledon, a decepção brasileira na Fórmula Indy e Fórmula 1 e a decepção do vôlei masculino que perdeu sua primeira partida na Liga Mundial. Se liga!

Basquete

A decisão da Liga norte americana de basquete reflete o que foi a temporada 2009/2010. Muito equilíbrio do começo ao fim. O resultado é que teremos, nesta noite, o sétimo e último jogo da série entre os Lakers e os Celtics.

Na última terça feira (15), o time de Boston poderia ter deixado Los Angeles com o título na bagagem, mas Kobe Bryant e companhia acabaram com a festa dos Celtics com um basquete de alto nível A vitória tranquila de 89 a 67 faz com que os Lakers cheguem para a sétima partida com moral e vantagem por disputar o título em casa.

Se na NBA não temos brasileiros na final, na liga espanhola, a principal do basquete europeu, o time do pivô Thiago Splitter e do armador Marcelinho Huertas venceu a equipe do Barcelona na série decisiva por 3 a 0. De quebra, o pivô brasileiro foi eleito o melhor jogador da Liga e da final, fato que traz esperanças para o basquete brasileiro, que no próximo mês disputa o campeonato mundial com todos os seus astros confirmados.

Esporte a motor

O automobilismo brasileiro vive uma temporada pra ser esquecida. Na Fórmula 1, os pilotos nacionais vão de mal a pior. Por começar com os estreantes Bruno Sena e Lucas di Grassi. Seus carros de nível GP2 servem apenas para atrapalhar o andamento da corrida. Rubens Barrichelo, depois de ter uma última temporada disputando título na NBR, hoje, quando completa uma corrida, chega nas posições intermediárias.

Felipe Massa era a esperança do povo brasileiro. Porém, com um carro que não se acerta e com a falta de paciência demonstrada na ultima corrida, ele está tomando um banho de pilotagem do seu companheiro Fernando Alonso. Na última corrida, disputada no Canáda, Massa se envolveu em acidentes, na largada, caindo para a última posição; e no fim da corrida, quando disputava a nona posição com o alemão Michael Shumacher. O resultado fez com que Massa desista desta temporada e já trabalhe seu carro para o próximo ano.

Na Fórmula Indy, a história não é diferente. Numa categoria que conta com a presença de vários brasileiros , o mais bem colocado é Helio Castroneves, que aparece em quarto com 35 pontos. Os outros brasileiros no ranking são Tony Kanaan, em oitavo, Vitor Meira, em 12º, Raphael Matos, em 14º, Mario Morais, em 15º, Bia Figueiredo, em 29º e Bruno Junqueira, em 35º. O líder é o escocês Dario Franchitti.

Natação:

Belo Horizonte não será mais sede de importantes eventos da natação brasileira e mundial. A CBDA anunciou nesta quarta feira (16) que a etapa da Copa do Mundo de Natação deste ano será no Rio de Janeiro, nos dias 10 a 12 de setembro. A competição que, de 2004 a 2008, era disputada em BH passou para a cidade carioca por ser lá a sede das Olimpíadas de 2016. Outra perda para a natação mineira foi a mudança de lugar do troféu José Finkel que estava marcado para as piscinas do Minas Tênis Clube. Tudo por conta da falta de hotel na capital mineira.

Estas perdas para o esporte mineiro mostram a falta de estrutura de Belo Horizonte para receber eventos de grande porte. Agora fica uma pergunta: como será na Copa de 2014?

Tênis

O Torneio de Wimbledon, terceiro Grand Slam da temporada, começa na próxima segunda-feira (21). Os favoritos já estão em Londres, treinando nas quadras do All England Club, local do torneio.

O número 1 do mundo, Rafael Nadal, campeão em 2008 e vice em 2006 e 2007, volta a Wimbledon pela primeira vez desde que levantou o troféu. Ano passado, por causa de uma tendinite nos joelhos, ele não disputou o tradicional torneio.

Roger Federer, atual detentor do título, terá a honra de fazer a primeira partida e manter a tradição do Grand Slam britânico: o campeão é sempre o primeiro a jogar na famosa Quadra Central.

Maria Sharapova também já bate sua bolinha nas quadras de treino do clube. A russa, ex-número 1 do mundo , não faz uma boa campanha em Grand Slams desde Roland Garros/2009. Nos últimos quatro Slams disputados, ela não passou da terceira rodada.

Vôlei:

O Brasil foi irreconhecível frente a Holanda, em partida realizada pela 1ª fase da Liga Mundial de Vôlei. Com a derrota por 3 a 0, o Brasil caiu para a vice liderança do grupo. Na competição ,o país tem três vitória e uma derrota. Agora, os comandados de Bernardinho enfrentam, no próximo fim de semana, a limitada seleção da Coréia do Sul no estádio do Maracanãzinho.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Forlán tira lágrimas da África do Sul

Thiago Ricci (@thiricci)
A eufórica África do Sul dormirá triste. A máxima "silêncio ensurdecedor" fez-se presente na tarde desta quarta-feira (16) no estádio Loftus Versfeld, em Pretória, logo após a belíssima cobrança de pênalti de Diego Forlán. Os uruguaios gostam de ouvir a própria transpiração, quando todo o estádio quer ditar o som ambiente.

Se o responsável pela tristeza no Macaranã foi Ghiggia, desta vez o culpado é Diego Martín Forlán Corazo, com seus 31 anos de experiência. Poderíamos falar que Letsholonyane fazia uma partida excelente até a metade do primeiro tempo, tomando conta do meio-campo africano. Poderíamos abordar o fato de Tshabalala estar visivelmente deslumbrado por inaugurar a rede da Copa do Mundo e, dessa forma, ter prejudicado vários ataques Bafana Bafana. Ou dizer que Mokoena, após dar condição de jogo para Rafa Marques empatar a primeira partida para o México, foi fundamental para o gol inicial uruguaio - com um desvio providencial. Ou, ainda, destacar a atuação exuberante dos sul-americanos Arévalo e Godín, sem esquecer do importante papel de Luis Suárez.

Mas, assim como calou as persistentes vuvuzelas, Forlán deixou todos em segundo plano. Chuteira de ouro nas temporadas 04-05 e 08-09 por dois times medianos (Vilarreal e Atlético de Madri) , a estrela uruguaia dispensou o habitat natural em prol da nação. Carente de organização no meio-campo, o atacante fez as vezes de maestro do time sem pestanejar.

Forlán abriu espaços para os laterais, movimentou o guerreiro meio-campo, além de abastecer o companheiro Suárez (já que este é incapaz de fazer o inverso). O terceiro gol (imagem) foi a perfeita ilustração da importância do jogador do Atlético de Madri. Ele achou Suárez livre pela direita, que aproveitou o preciso lançamento e deixou Álvaro Pereira na cara do gol.

É isso que Uruguai pode mostrar nesta Copa: defesa e meio-campo guerreiros, com muita pegada, um Suárez eficiente, que se movimenta bastante, e uma peça que desequilibra, Diego Forlán. Além da consciência do time de suas limitações, como disse Lugano. Será que isso será o bastante para os sul-americanos passarem das oitavas de final?

Já os simpáticos sul-africanos deverão ficar somente com as vuvuzelas.

Procura-se gols

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Vuvuzelas e Jabulanis. Após o término da primeira rodada, elas continuam sendo os destaques da Copa da África do Sul. Por enquanto, os craques, considerados de ponta, não despontaram. Rooney, Kaká, Cristiano Ronaldo, Xavi Hernández, Drogba ainda não atenderam às expectativas. O argentino Messi foi o melhor deles neste início de Mundial, mas também foi aquém do esperado.

As redes balançaram apenas 25 vezes nos 16 duelos desta primeira rodada. Uma média de 1,6 gols por partida - a pior da história nos primeiros jogos do torneio. O desempenho negativo na rodada inicial pertencia as Copas de 1962 e de 1986.

No Chile, 16 seleções disputaram o torneio. E foram feitos 16 gols em oito confrontos da primeira rodada. Já em 86, na segunda Copa disputada no México (a outra foi em 70), 24 países participaram da competição. As redes balançaram 24 vezes nos 12 primeiros jogos. Nas duas Copas, a média na primeira rodada foi de dois gols por partida.

De fato, os artilheiros ainda não apareceram na África. Nenhum jogador fez mais de um gol. Dos 25 gols, apenas oito foram feitos por atacantes, sendo quatro por homens de frente da Alemanha (Podolski, Klose, Thommas Mueller e Cacau).

A maioria dos gols foi feito por meio-campistas: 10 no total. Veja a lista:

Tshabalala - África do Sul
Gerrard - Inglaterra
Dempsey - EUA
Robert Koren - Eslovênia
Park - Coréia do Sul
De Rossi - Itália
Honda - Japão
Elano - Brasil
Ji Yun-Nam - Coréia do Norte
Gelson Fernandes - Suíça

O placar mais repetido nesta primeira rodada justifica a carência de gols. O 1 a 0 apareceu em seis jogos.

Argentina 1 x 0 Nigéria
Argélia 0 x 1 Eslovênia
Sérvia 0 x 1 Gana
Japão 1 x 0 Camarões
Honduras 0 x 1 Chile
Espanha 0 x 1 Suíça

As respostas sobre a falta de bolas nas redes são das mais diversas, mas nenhuma convence. É a bola Jabulani que toma efeitos estranhos. É a ansiedade na estreia. É o esquema tático defensivo, adotado por algumas seleções. Até mesmo as vuvuzelas já levaram a culpa.

Explicações de lado, se a ausência de gols permanecer, a Copa da África do Sul pode ser o Mundial com a menor média de gols da história. A fama negativa é carregada pela Copa de 1990, disputada na Itália. Naquele torneio, a média de bolas nas redes foi de 2,2 por jogo.

A volta do "ferrolho suíço"

Quando se fala em poucos gols, logo é possível lembrar da defesa suíça. No último jogo da rodada inicial da Copa, o país venceu a favorita Espanha por 1 a 0. Um resultado que pode ser considerado a primeira zebra da África. O time suíço chegou ao quinto jogo sem sofrer gols em mundiais. Em 2006, na Alemanha, a equipe entrou para a história ao fazer quatro partidas e não levar nenhum gol. A Suíça só foi eliminada na disputa de pênaltis, contra a Ucrânia, nas oitavas-de-finais.

É a volta do "ferrolho suíço", criado em 1935 pelo técnico austríaco Karl Rappan? No Ferrolho, havia uma marcação sólida tanto no campo de defesa, no qual todos os jogadores voltavam para trás da linha da bola, como também no campo de ataque. Diversas variações deste esquema foram adotadas na Copa de 62 e a base teórica deste esquema (marcação sob pressão, meias/atacantes marcando e zagueiro fixo) é adotada até hoje.

terça-feira, 15 de junho de 2010

As falhas do exército dunguense

Thiago Ricci (@thiricci)

Hoje, o Brasil acorda com um ar diferente. Tudo bem, não existe a comoção de outrora, com todas as janelas ocupadas com uma flâmula verde e amarela, asfaltos coloridos e desenhados em prol da seleção canarinho, entre outros adereços. Mas ainda há resquícios do apoio incondicional de antigamente, além das modernas e bregas bandeirinhas de carro.

Dentro das quatro linhas, é difícil falar de algum aspecto que já não foi profundamente abordado. Méritos para o Dunga, que limitou o leque de opções jornalísticas (e também táticas, veja só). A tropa do homem que levantou a taça em 1994 é sólida, segura defensivamente e forte fisicamente. Os números, parafraseando Felipe Melo, comprovam a eficiência dunguense.

Vamos, então, aos defeitos de estratégia do time verde e amarelo, aqueles que podem custar a sexta estrela na camisa canarinho.

Avenida à esquerda

O Brasil está a procura do dono da lateral-esquerda desde o adeus de Roberto Carlos. O eleito para receber a 6 na Copa do Mundo foi Michel Bastos, meio-campo no Lyon. A posição onde atua no time francês pode ser um indício da ineficiência defensiva. Além de não mostrar segurança na marcação, Michel apoia o ataque com certa frequência.

O que deveria ser uma alternativa ofensiva para a cadenciada seleção, torna-se um risco. O motivo é a péssima fase de Felipe Melo. O volante não consegue cobrir a ausência de Michel Bastos. Juan, o zagueiro que atua pela esquerda, também não está na melhor fase técnica e física. Gilberto, pelo menos teoricamente, leva segurança defensiva ao time.

Sem saída!
Gilberto Silva e Felipe Melo são os mais criticados do time titular dunguense. A insatisfação não é a toa. O primeiro é lento e, se não erra passes bobos, não arrisca um toque em profundidade. A faixa de atuação do volante Panathinaikos é muito pequena (imagem) e, como não dá passes de mais de três metros de distância, força o recuo de Elano, Kaká e, às vezes, Robinho - o que isola ainda mais Luis Fabiano.

O problema-chave de Felipe Melo também é a saída de bola. O temperamental jogador da Juventus não dá velocidade ao time e, pior do que isso, erra passes infantis na entrada da área brasileira. A solução seria a troca de ambos, mas só com a entrada de Ramires no lugar de Felipe Melo já haveria melhora. Além de dar velocidade, o ex-cruzeirense é uma excelente opção ofensiva. Dentro do elenco na África, Josué seria o melhor substituto de Gilberto Silva (mas até a entrada de Klebérson seria bem-vinda).

Cadê a inspiração?

A falta de criatividade foi falada pela imprensa inúmeras vezes. A campanha para Ganso e Ronaldinho Gaúcho foi para suprir essa ausência. O mais preocupante é que não há soluções dentro do grupo dunguense. É torcer para que Kaká volte a ser Kaká pelo menos no mata-mata ou depender da inspiração dos reservas Daniel Alves e Ramires.

Orientais misteriosos

A pior seleção no ranking da Fifa que está na Copa do Mundo também é a mais desconhecida no planeta bola. Aquele papo de estreia e respeito ao adversários deve ser levado em conta, mas esperar uma inovação futebolística a ponto de surpreender o mundo em pleno século XXI é insanidade. No máximo, muita correria e disciplina tática. Se as prévias dos jornais brasileiros estiverem certas, o time coreano terá esta formação tática (imagem).

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Pátria Amante, Brasil!

Paulo Júnior (@juniorpest)

Apaixonados da arquibancada, insensíveis do sofá: todos juntos, vamos, contra aqueles que comem, respiram e devoram nosso coração chamado Bola! Ritas, Jazzs, Danys e afins: um feliz dia para vocês e seus respectivos novos namorados. E a todos vocês que passaram o 12 de junho com o “meu bem, I Love You!”. Desculpem-me os românticos mas me esforçarei para ser o mais insensível possível. Que se danem os relacionamentos abertos e as mulheres não $/h. Neste junho quero saber apenas sobre Copa do Mundo.

Pare de fingir e diga somente a verdade: Esta Copa do Mundo não está sendo demais? Gols contras, gols cágados (=D), TANAKA matador... Frangos de todos os tipos: ou é goleiro caçando borboleta, ou só com as penas da bola na mão... É a Jabulani, “a bola de supermercado?”. Já estou muito familiarizado com estes jogos da Copa. Todos parecem muito com as peladas que joguei nas aulas de Educação Física.

Vai que dá! Rumo ao Hexa, Brasil!

Antes da primeira partida da Seleção na Copa, para não me chamarem de mentiroso, vou lhe confessar: não gosto do Dunga. Queria o Ganso na seleção. Sou contra a Copa do Mundo no Brasil. Uma das maiores pragas (aquele que come, respira e devora) do futebol Brasileiro se chama Ricardo Teixeira.

E como ignorar tudo isso e simplesmente dizer “sim” a Seleção?

É fácil. Escolha rápido. Quem você prefere, a Seleção ou o clube do coração? O Clube, né? Se você está amarrado ao seu clube do coração, selado por um laço matrimonial eterno, “até que a morte os separe”, aos seus olhos, quem seria a Seleção, aquela que vai abocanhar um pedaço do seu coração?

A minha “Pátria Amada, Brasil” é a minha Amante. Isso mesmo! Quer um relacionamento mais estável do que o ocasional? Mês sim, mês não, a gente se encontra. Vencer com ela é uma nova satisfação. Uma com que o clube com quem namoro jamais poderá me dar. Caso perca, bem, quem perdeu foi ela. E a negarei até o próximo reencontro.

Se os amistosos da Seleção são aquelas “peladas de domingo com os amigos”, a Copa do Mundo é quando minha namorada viaja com a família e deixa a casa, sozinha, para mim e minha amada Brasil!

E se 'tô' com minha amante em casa, agora, na minha cama, pronta pra “uma”, vou olhar pras unhas do pé dela? Se ela tem celulite? Claro que não. Esqueça os problemas e a aproveite até o fim. E na hora do gol, chegar na janela e gritar: Brasil! E se der errado? É fácil. É fazer igual nosso amigo Luxa. Só negar!

Um abraço e uma ótima Copa do Mundo a todos.

terça-feira, 8 de junho de 2010

Quem é esse Ceará?

Luciano Dias (@jornlucianodias)

O Vovô é a grande surpresa neste Brasileirão. Está em segundo lugar, invicto. Com a parada para a Copa do Mundo, vai curtir esta posição por um mês e meio. Olha que o Ceará só não é líder por causa do saldo de gols - 6 contra 7 do Corinhtians. O que mais impressiona é a solidez defensiva. O time sofreu apenas um gol (de pênalti para o Santos) em sete partidas neste campeonato.

Mas, afinal, quem é esse Ceará? Quais são os segredos de um time que retorna à elite depois de 17 anos e que decepcionou no Estadual e na Copa do Brasil deste ano? Humildade, determinação, força da torcida, concentração, motivação, salários em dia, união, padrão de jogo, rapidez nos contra-ataques, ausência de pressão... Estas são algumas características do Vovô que o coloca na vice-liderança do Brasileirão.

Mesmo com um elenco limitado, o técnico PC Gusmão tem o time nas mãos. Ele prioriza a marcação. É uma equipe que, jogando em casa ou fora, espera o adversário no campo de defesa para sair nos contragolpes, aproveitando a velocidade da revelação Misael. Muitas vezes, atua no erro do adversário.

Se não fosse esta estratégia, o Vovô fatalmente estaria na parte debaixo da tabela. Afinal, é um time com jogadores que buscam, pela primeira vez ou novamente, um lugar ao sol. Atletas renegados e desconhecidos, que querem mostrar que têm condições de atuar por grandes clubes.

Começando pelos jogadores renegados em clubes de ponta, o goleiro Diego era reserva do Flamengo desde os tempos de Júlio César. No Ceará está fechando o gol. O volante Heleno teve a chance de jogar no Santos em 2008. Não foi bem. No Vovô, ele mostra um vigor físico impressionante. Já o experiente Geraldo, de 36 anos, fez sucesso em clubes de Pernambuco, mas convivia com as "noitadas" de Recife. Quer encerrar a carreira com destaque. Está bem encaminhado. Ele comanda o meio-campo cearense.

O atacante Washington também já rodou em alguns clubes grandes, como o Palmeiras. Não vingou. No Vovô, ele tem a obrigação de colocar a bola pra dentro. Já fez isso em três oporntunidades e deu a vitória contra o Galo na última rodada. Até o tigrão Lopes está sendo prestigiado pela torcida. No banco ou recuperando de contusão, o plantel ainda conta com os rodados Jorge Luiz, Ricardo Bóvio, Wellington Amorim e o irreverente Clodoaldo.

No mais, alguém conhecia os laterais Oziel e Ernando, a dupla de zaga Fabrício e Anderson, o volante Michel (o Guerreiro para a torcida) e o velocista Misael? São atletas que o Vovô foi buscar em times inferiores do Nordeste e nos interiores do Rio e de São Paulo. Misael, por exemplo, foi um jogador que o Ceará encontrou no Maranhão. Ele tem 22 anos e já chama atenção dos chamados grandes centros do país.

É claro que é difícil prever onde o Ceará deve ir neste Brasileirão. O Vovô é tratado como um legítimo cavalo paraguaio. Uma equipe que deve morrer nas belíssimas praias cearenses. A própria diretoria já deixou claro que montou um elenco apenas para se manter na primeira divisão. Com isso, os jogadores entram em campo sem pressão.

Mas, para a torcida, que sempre lota o Castelão, vale saber que tem um time que é vice-líder do Brasil atualmente. Uma equipe que não vai perder este posto até a Copa do Mundo acabar. E para a mídia e para os adversários vale olhar com mais atenção e respeito ao Vovô.

Quem sabe este humilde Ceará não supere o 7º lugar de 1985, a melhor campanha feita pelo clube na história do Campeonato Brasileiro?

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Resumão do especializado

Rafael Rebuiti (@rafaelrebu)

O fim de semana esportivo teve como destaque a consagração definitiva de Rafael Nadal como o Rei do Saibro. Conhecemos um novo campeão no basquete brasileiro e, na final da NBA, acompanhamos o equilíbrio ente Celtics e Lakers. Nas pistas, emoção na Fórmula Indy e na Motovelocidade. No atletismo, Fabiana Murer se firmou como a melhor saltadora do mundo.

Atletismo:

O fim de semana foi de campeonato Ibero-Americano de atletismo, na Espanha. O Brasil se destacou com vários atletas subindo ao pódio. Nas provas de velocidade, o país foi ouro nos 100 metros rasos feminino com Ana Cláudia Lemos (11s38). No masculino, Nilson de Oliveira (10s24) conquistou a primeira colocação. Já nos 5000 metros, Marilson Gomes dos Santos ficou com a prata. Também em segundo lugar apareceu Vanessa Sales no salto em distância. Com o bronze, ficaram Jardel Gregório (salto triplo), Sabine Heitling (3.000m com obstáculos) e Wagner Domingos (lançamento do martelo).

Porém, o grande destaque foi Fabiana Murer, que, além de conquistar a medalha de ouro, fez a melhor marca do ano no salto com vara. Ela cravou a marca de 4,85m e estabeleceu o novo recorde sul americano da modalidade.

Basquete:

O Brasil conheceu neste domingo seu novo campeão de basquete. Depois de dois anos de hegemonia rubronegra, o time de Brasília levantou o caneco de 2010, numa partida decidida no detalhe e somente no último minuto. O placar de 76 a 74 mostrou como foi equilibrada decisão da NBB entre o time da capital federal e o Flamengo. A série foi decidida apenas na última partida.

Já no maior torneio de basquete do mundo, os Celtics empataram a série contra os Lakers por 1 a 1 com uma vitória em Los Angeles por 103 a 94. Agora, o time de Boston terá três partidas em casa para ampliar a vantagem. Os destaques do jogo ficaram por conta de Ray Allen, que marcou 32 pontos (cestinha da partida), e Rajon Rondo, que foi fundamental no ataque e na defesa com um triplo-duplo (19 pontos, 12 rebotes e 10 assistências).

Velocidade:

Sobre duas rodas, o destaque ficou com o Campeonato Mundial de Motovelocidade, no GP da Itália. O espanhol Dani Pedrosa largou na pole position, dominou toda a corrida e conquistou, sem grande dificuldade, em Mugello, a quarta etapa da temporada. Com o resultado, ele passa à segunda colocação na competição, com 65 pontos. Seu compatriota Jorge Lorenzo chegou em segundo e aumentou ainda mais a vantagem na classificação, com 90 pontos.

Porém, o destaque negativo ficou por conta da queda do eneacampeão mundial Valentino Rossi nos treinos livres de sexta-feira. Ele sofreu fratura exposta na perna direita e deve ficar dois meses fora das pistas.

Já sobre quatro rodas, a Fórmula Indy foi o grande destaque do fim de semana com a prova noturna do Texas. Sem o brilho dos brasileiros, a vitória ficou com o americano Ryan Briscoe, seguido pela musa Danica Patrick. O piloto nacional mais bem colocado foi Tony Kanaan, que chegou na sexta posição.

Lutas

Neste final de semana, a delegação brasileira de judô disputou a etapa de Madrid do circuito Mundial. O país teve grande destaque, com duas medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze, terminando na primeira posição no quadro de medalhas (entre 27 países). Todas as conquistas foram conseguidas neste domingo, último dia da competição.

Tênis:

O fim de semana foi de decisão em Roland Garros, um dos mais importantes campeonatos do tênis mundial. Na chave masculina não houve surpresas. O espanhol Rafael Nadal conquistou com facilidade seu quinto título no torneio e se consagra de uma vez por todas como o Rei do Saibro. Com o título, ele retoma o 1º lugar no rank da ATP que também tem como destaque o brasileiro Tomaz Bellucci, que aparece no 24º posto.

Já na chave feminina, a zebra apareceu em Paris com a vitória da Italiana Schiavone, que derrotou a australiana Samantha Stosur. Agora, aos 29 anos, ela está entre as dez melhores tenistas do mundo pela primeira vez na sua carreira.

Vôlei:

O Brasil estreou neste fim de semana na Liga Masculina de Vôlei com duas vitórias sobre a seleção da Bulgária, na cidade de Uberlândia. Foram duelos difíceis vencidos com a experiência de jogadores como Giba, Murilo e Rodrigão, mesclado com a juventude de Bruninho, Vissoto e Lucão. No fim, o Brasil venceu por 3 a 1 e 3 a 2.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Maldição no gol atleticano

Luciano Dias (@jornlucianodias)


O Atlético Mineiro sempre se destacou por ter grandes goleiros. Kafunga, Mazurkiewics, Mussula, João Leite, Taffarel, Velloso, Diego Alves... Mas a atualidade contraria a história. O Galo pena para achar o camisa 1. Acontece um revezamento incrível de goleiros. E nenhum consegue se manter como titular.

Diego Alves, hoje no Almería (ESP), foi o último ídolo da meta atleticana. Ele saiu do Galo no primeiro semeste de 2007. A saída de Diego culminou com o início da síndrome atleticana no gol. Vários goleiros tentaram acabar com as dúvidas. Passados três anos, nenhum conseguiu.

A aposta atual de Vanderlei Luxemburgo é Marcelo, revelado no Corinhtians em 2005. Mas, no quarto jogo no gol atleticano, os questionamentos sobre a capacidade do goleiro já começam a aparecer.

No total, após a saída de Diego Alves, sete goleiros foram titulares na meta alvinegra. Outros dois, da base, frequentaram a reserva, mas não chegaram a entrar em campo com os profissionais. Confira os desempenhos dos arqueiros que não conseguiram substituir Diego a altura:

Edson (2005-09) - Revelado nas categorias de base do Galo, o goleiro tinha como referências os tambêm pratas-da-casa Bruno (hoje no Flamengo) e Diego Alves. Mas, Edson não conseguiu vingar. Jogou 54 partidas e sofreu 79 gols. Era muito irregular e, por isso, revezava com Juninho na meta atleticana. Edson não caiu nas graças de nenhum treinador. Muito menos da torcida. Uma falha contra o Avaí, no Brasileirão do ano passado, representou o fim de um ciclo sem sucesso. Hoje, atua por um outro Atlético, o de Goiás. Só para registro, ele é reserva por lá também.

Juninho (2007-09) - Entrou para a história negativa do Galo. Ele foi o goleiro dos 5 a 0 sofridos para o Cruzeiro nas finais do Mineiro de 2008 e de 2009. Como se não bastasse, Juninho, assim como Edson, era muito irregular. Em 72 jogos com a camisa alvinegra, sofreu 80 gols. Hoje, ele tenta a sorte no Paraná.

Sérvulo (2008) - Poucos vão se lembrar dele. Mas, Sérvulo veio bem encaminhado depois de fazer um bom Brasileirão pelo América-RN, em 2007. No Galo, o goleiro não se firmou. Para Geninho, o técnico do Galo em 2008, Sérvulo não tinha muitos fundamentos de base. Não sabia sair do gol, por exemplo. Atuou em apenas dois amistosos e sofreu um gol. Hoje, Sérvulo se esconde no Luverdense, do Mato Grosso.

Bruno Fuso (2008-09) - Desculpe o trocadilho, mas bem que poderia ser Bruno "Confuso". Assim como Edson, ele também veio da base alvinegra e também não vingou. As oportunidades apareceram no Brasileirão do ano passado. Mas, Bruno era afobado. Não passava nenhuma segurança para a torcida e para o time. Atuou em 10 jogos e sofreu 15 gols. Atualmente, está emprestado ao Náutico, onde não é titular.

Aranha (2009-10) - Depois de ter feito um bom Paulistão pela Ponte Preta, Aranha chegou credenciado ao Galo. Conseguiu a titularidade rapidamente. Começou até bem, mas em algumas jogadas, ele passava uma certa intranquilidade. Perdeu a posição para Carini no Brasileiro do ano passado. Recuperou a titularidade este ano. Foi campeão Mineiro, sendo um dos destaques nas finais. Mas, no geral, Aranha foi muito questionado na temporada. De fato, não passava confiança ao time e à torcida. Resultado: Luxemburgo também o preteriu. No total, ele sofreu 40 gols em 36 partidas.

Carini (2009-10) - O Galo, finalmente, parecia ter encontrado um titular absoluto. Uruguaio, assim como Mazurkiewics, Carini era experiente. Teve boas passagens na Itália e na Seleção de seu país. Nos primeiros jogos pelo Atlético, o goleiro já mostrava muita segurança e já tinha caído nas graças da torcida. Mas, a alegria não durou muito. Carini começou a falhar. Ao mesmo tempo, o Galo, que brigava pelo título do Brasileirão do ano passado, não conseguiu sequer a vaga para a Libertadores. Carini atuou como titular em 19 partidas e sofreu 30 gols. Este ano, é reserva no time de Luxemburgo e pode sair a qualquer momento.

Marcelo (2010) - É o titular da vez. Teve uma boa estréia contra o Atlético-PR, no Mineirão. Mas, depois de quatro jogos, os questionamentos aparecem. Marcelo já sofreu nove gols. Para muitos, falhou nas derrotas para o Vitória, Fluminense e Grêmio. Vamos ver por quanto tempo fica como o número 1 do Galo.

Promessas que já ficaram no banco, mas não foram titulares:

Nícolas e, principalmente, Renan Ribeiro são esperanças de dias melhores na meta atleticana. Nícolas está emprestado ao Anapolina-GO. Já Renan Ribeiro espera pela primeira chance como titular. Está muito bem encaminhado. A torcida deposita muita esperança nele. Renan Foi um dos goleiros da Seleção no Mundial Sub-20 no ano passado.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Temos um tenista novamente

Thiago Ricci (@thiricci)


Após meia década na espera para que o fenômeno Guga fizesse efeito, o Brasil tem novamente alguém para torcer no primeiro escalão do tênis mundial. Thomaz Cocchiarali Bellucci, nascido há 22 anos em Tietê, cidade a 150km de São Paulo, com cerca de 36 mil habitantes, carrega a responsabilidade de exibir o esporte para 190 milhões de futebolistas.

Atual 29º colocado do ranking da ATP, Bellucci deve ser, a partir da semana que vem, o brasileiro melhor colocado na classificação mundial em 36 anos - com exceção ao Guga. Números são importantes para ilustrar, mas o que mais entusiasma o torcedor brasileiro é o tênis apresentado pelo paulista. A evolução do jogador é animadora.

Ano passado, em Gstaad, Suiça, Bellucci venceu seu primeiro torneio ATP. É difícil para quem não acompanha o esporte entender a importância do título. Seria, de forma extremamente simplista, o campeonato que distribui menos pontos entre os mais importantes do mundo. O fenômeno Gustavo Kuerten, por exemplo, demorou quase três anos para ganhar um torneio desse nível (antes, ele venceria um Grand Slam, mas trata-se de um fenômeno).

Neste ano, Bellucci já repetiu a dose: foi campeão em Santiago, Chile. Mas o melhor aconteceu nesta semana: o tenista chegou às oitavas de Rolland Garros e enfrentou com autoridade o maior jogador de saibro (piso do torneio francês) desde Guga, Rafael Nadal. Antes, eliminou o croata Ivan Ljubicic, que já foi o terceiro do mundo.

Com golpes sólidos, saque potente e voleios, quando necessários, precisos, Bellucci reúne qualidades técnicas que enchem os amantes do tênis brasileiro de esperança. O Brasil, com sua incapaz confederação e federações mais amadoras ainda, não aproveitou a aparição de um fenômeno. Resta torcer para que outro valor talhado pelo esforço individual (como César Cielo na natação) seja aproveitado pelos dirigentes e uma política para estruturar o esporte a médio e longo prazo seja construída. A tempo: tênis é um esporte olímpico, a mesma competição que Rio de Janeiro sediará em 2016.

Raio-x da Copa

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Grupo H

Seleções: Espanha, Suíça, Honduras e Chile
Palpite: Espanha e Chile

Espanha
Mais uma oportunidade de despachar a fama de "amarelona". Alguns passos já foram dados. A Fúria conquistou a Euro 2008 e teve 100% de aproveitamento nas Eliminatórias. O técnico Vicente Del Bosque tem nas mãos uma geração muito talentosa. Jogadores consagrados.

Casillas é um dos melhores goleiros do mundo. O setor defensivo mescla a experiência de Marchena e a vitalidade de Piqué. Marcos Senna, Fábregas, Xavi e Iniesta dão qualidade e rapidez ao meio campo. No ataque, David Villa e Fernando Torres mostram uma sintonia incrível. No papel, a Espanha é favorítissima. Mas, o rótulo histórico pode atrapalhar a busca pelo título inédito.

Suíça
A geração talentosa, campeã Mundial sub-17 em 2009, ainda não estará presente na África. Para esta Copa, a torcida vai ter que se contentar, mais uma vez, com um time muito marcador, com pouca qualidade ofensiva. Em 2006, por exemplo, a Suíça se transformou na primeira seleção da história a ser eliminada de uma Copa do Mundo sem sofrer sequer um gol. Os suíços caíram na fase de oitavas de final, diante da Ucrânia, na disputa de pênaltis.

Nas Eliminatórias, a equipe ficou em primeiro lugar em uma chave muito fraca. Ficou marcada pela derrota para a inocente seleção de Luxemburgo. O destaque da Suíça não estará dentro de campo. O técnico alemão Ottmar Hitzfeld, campeão da Champions League por clubes como Borussia Dortmund e Bayern de Munique, é a grande esperança dos torcedores.

Honduras
O time não deve passar da primeira fase. Tem tudo para ser o saco de pancadas do grupo. O que não é motivo de tristeza para os torcedores. Os hondurenhos, em tempos de crise política, comemora a ida para a Copa pela segunda vez. Foi até feriado em Honduras. No primeiro e único Mundial, em 1982, na Espanha, o país ficou em último lugar no grupo.

O destaque é o atacante da Internazionale (ITA) David Suazo. O veterano Carlos Paván também é ídolo. Ele é o maior artilheiro da história de Honduras, com 56 gols. Um deles, talvez o mais importante, foi feito na vitória sobre El Salvador, que deu a classificação ao país.

Chile
O time não tem a mesma força dos tempos da dupla Salas e Zamorano. Mas, o Chile está com uma boa geração. O técnico argentino "El Loco" Bielsa conta com nomes, como o meia Martín Fernandez, do Sporting (POR), Sanchez, da Udinese (ITA), Suazo, do Zaragoza (ESP) e Mark Gonzales, do CSKA (RUS). O ex-palmeirense Valdívia também é uma boa opção.

O segundo lugar nas Eliminatórias animou a torcida. Talvez, o grande problema chileno é a baixa estatura dos jogadores. Na primeira fase, por exemplo, pode ser problema contra a Suíça.