sexta-feira, 25 de junho de 2010

Quando a grandeza do esporte é manchada pela pobreza de espírito

Coluna Cesta na sexta por Paulo Marques (@paulo16marques)

A temporada 2009/10 da NBA chegou ao fim e pela 16º vez o Los Angeles Lakers conquistou a liga profissional norte-americana. A vitória sobre a qualificada equipe do Boston Celtics só revelou que os Lakers atualmente são hegemônicos na liga.

Mesmo com a tradição do Boston, maior vencedor da história da NBA, com 17 triunfos, o LA chegou à segunda conquista consecutiva e fica à apenas uma do Celtics, seu maior rival. Kobe Briant mais uma vez foi eleito MVP da liga, que é o prêmio dado ao melhor e mais valioso jogador. Além do armador, a equipe de Los Angeles é comandada por um dos maiores vencedores da NBA, o treinador Phill Jackson, que já venceu 11 temporadas, seis delas a frente do Chicago Bulls.

Mesmo com todo este clima de festa, sempre tem gente que aparece para atrapalhar. Na noite de quinta-feira, dia 17, noite da conquista da NBA, vândalos – e não torcedores – promoveram uma baderna pelas ruas de Los Angeles, que causou muito estrago e pânico a população. Além de confrontarem entre a própria torcida, os delinqüentes destruíram o patrimônio público, depredaram carros e até colocaram fogo em um táxi que estava próximo às festividades.

No final do ano passado, na comemoração flamenguista do título do Campeonato Brasileiro de Futebol, torcedores promoveram diversas cenas lamentáveis de confronto – entre a própria torcida -, num local onde seria pra ser de comemorado o título tão importante.

Aqui mesmo, em Minas Gerais, torcedores de Atlético e Cruzeiro sempre dão prejuízos consideráveis às empresas de transporte público e para o município, mesmo quando os resultados das partidas são favoráveis. De acordo com a BH Trans, o número de veículos depredados na final da Libertadores de 2009, foi aproximado ao número de depredações aos veículos na comemoração atleticana do Campeonato Mineiro de 2010.

Os casos mencionados acima só revelam que não é só em Minas que estes tristes episódios acontecem. O problema é mundial. Muitas vezes, no dia seguinte estes próprios criminosos estarão fardados de trabalhadores e usufruirão do transporte público para chegarem a seus empregos.

Mal eles sabem que o prejuízo sofrido pelo governo e pelas empresas de ônibus sempre será repassado para a população como forma de mais impostos e passagens cada vez mais caras. Além disso, o trabalhador sério é obrigado a enfrentar veículos com péssima qualidade, sem ter, em muitos casos, a chance de reivindicar pelos seus direitos.

Políticas de conscientização devem ser aplicadas, mas devemos pensar em formas de banir pessoas que sempre acabam com as festas mais bonitas do esporte. As comemorações mais importantes ficam sempre manchadas por causa da ignorância de muitos indivíduos. E isso, como é bem claro, não é um “luxo” apenas do futebol.

Imagens: EFE

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