sexta-feira, 19 de agosto de 2011

POR ONDE ANDA? Tuta

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Atacante com uma característica peculiar: gostava de jogar mascando chicletes. Atuou em grandes clubes brasileiros. Ficou famoso na Itália ao marcar um gol para sua equipe que não era para ser feito. O POR ONDE ANDA? segue os passos de Moacir Bastos, o Tuta.

O começo

Nascido em Palmital (SP), Tuta iniciou sua carreira no interior paulista. Foi revelado pelo Araçatuba, em 1994. Depois de passagem apagada pelo XV de Piracicaba no ano seguinte, os gols de Tuta começaram a aparecer em 1996, no seu retorno ao Araçatuba. O Juventude, clube que despontava com a parceria com a Parmalat, contratou o atacante.

Mas Tuta só apareceu no cenário nacional entre 1997 e 98, quando vestiu a camisa da Portuguesa. O bom posicionamento dentro da área chamou a atenção do Atlético-PR, que o contratou para substituir Oséas, negociado com o Palmeiras.

Foram 15 gols em 39 jogos pelo Furacão. O suficiente para receber uma proposta da Europa, mais precisamente do Venezia (ITA).

Gol inusitado

Foram cinco meses na Itália e três gols pelo Venezia. E foi no futebol italiano que Tuta marcou o gol mais inusitado da carreira. Em uma partida entre Venezia e Bari, Tuta marcou o gol da vitória de seu time no último minuto de jogo. O atacante comemorou muito. Mas, estranhamente, seus companheiros de equipe não comemoraram, levantando suspeitas de que havia um acordo para que a partida terminasse empatada. Sem clima em Venezia, retornou ao futebol brasileiro.

O sucesso


Tuta voltou mais experiente ao Brasil. Em 1999, jogou no Vitória. Marcou gols importantes e ajudou o rubronegro baiano a chegar às semifinais do Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, o "mascador de chicletes" manteve a boa fase no Flamengo, conquistando o Campeonato Carioca.

Em 2001, o atacante era um dos principais nomes do time "bom e barato" do Palmeiras. Na verdade, o termo "bom" ficou por conta da diretoria palmeirense. Propagandas à parte, o jogador fez sete gols em 11 partidas pelo Verdão.

No ano seguinte, voltou para o Flamengo, mas ficou pouco tempo na Gávea porque recebeu uma boa proposta do futebol coreano. E ele brilhou por lá. Primeiro no Anyang Cheetahs FC, depois no Suwon Samsung.

No retorno ao Brasil, em 2004, o atacante fez 16 gols pelo Coritiba, no Brasileirão. No ano seguinte, Tuta manteve o faro de gols no Fluminense. Ganhou o Carioca e marcou 29 gols em dois campeonatos Brasileiros com a camisa do Tricolor carioca. Mas a péssima campanha do Flu em 2006 culminou com a saída do jogador da equipe. Ele passou a ser perseguido pela torcida e não quis continuar no clube.

O destino foi outro Tricolor: o Grêmio. Foi um dos destaques na conquista do Campeonato Gaúcho de 2007, porém depois da perda da decisão da Taça Libertadores para o Boca Júniors (ARG) e da queda de produção, não teve o contrato renovado.

Em 2008, Tuta assinou contrato com o Figueirense. Mas o vínculo, que iria até o dia o fim do mesmo ano, foi reinscindido. O treinador da equipe, Alexandre Gallo, sem maiores explicações, decidiu dispensar o jogador ainda no mês de abril, após apenas 5 jogos ( 5 gols).

A queda

O destino foi o São Caetano, por onde permaneceu entre 2008 e 2009. Sua passagem pelo Azulão foi conturbada. O atacante demorou para entrar em forma, além de ser constantemente acusado pelos torcedores da boemia quase diária pelos poucos bares da cidade.

Em 2009, Tuta foi contratado como a esperança de gols do Náutico para a disputa da Série A. Não deu certo. Sumiram os gols. Para piorar, o time pernambucano foi rebaixado para a Segunda Divisão.

Nos anos seguintes, o jogador foi a principal contratação do modesto Resende para a disputa do Carioca. Mesmo sem demonstrar o mesmo futebol de anos anteriores, a experiência foi um fator importante para o clube do interior do Rio.

Brasiliense: Lar dos Velhinhos

Aos 36 anos, Tuta foi contratado pelo Lar dos Velhinhos do futebol brasileiro, mais conhecido como Brasiliense, para a disputa da Série C. O time candango tem tradição em contratar veteranos, como Marcelinho Carioca, Vampeta, Oséas, Júnior Baiano, Aloísio, entre outros.

O contrato com o clube de Taguatinga foi assinado até o fim do ano que vem. O atacante chegou com status de goleador. Mas, os gols não estão aparecendo e, atualmente, Tuta masca seus chicletes no banco de reservas.

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