quinta-feira, 9 de abril de 2009

Brawn, mito ou realidade?

Coluna Pedro Rotterdan - Pole Position

Em dezembro de 2008 a Fórmula 1 perdeu uma da mais importantes esquipes, a Honda. Segundo os dirigentes, a crise econômica influenciou na decisão de deixar a categoria. Com isso, o brasileiro Rubens Barrichello e o inglês Jenson Button tiveram seus empregos ameaçados. Mesmo assim, todas as equipes da F1 começaram os treinos e a os acertos de carros no começo de janeiro. Até que empresários decidiram apostar e a antiga Honda passoi a se chamar Brawn, sobrenome de um dos donos, Ross Brawn, que apostou nos dois pilotos da escuderia antiga. A partir daí, novas emoções eram garantidas na temporada 2009 da F1. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) criou novas regras para deixar a categoria mais competitiva. Mas pra quem?

De 2000 a 2008, quase todas as mudanças favoreceram a Ferrari que venceu seis campeonatos de construtores e seis títulos individuais, cinco de Schumacher e um de Kimi Raikkonen. Todas as equipes sempre protestaram contras essas mudanças e a Ferrari, muito esperta, ficava sempre quieta. Até que as alterações em 2009 favoreceram uma outra equipe, a novata Brawn, que estreou com dobradinha na Autrália, vitória de Button e Barrichello em segundo, e outra vitória do inglês na Malásia com o brasileiro chegando em quinto, agora os dois são líder e vice-lider. Essas novidades deixaram a escuderia italiana e as demais com uma pulga atrás da orelha. Já existem pedido para mudar isso e aquilo, mas nada. Na verdade as equipes estão querendo, mesmo, é adotar as tecnologias desenvolvidas pela Brawn. Outra verdade é que a novata soube interpretar todas as novas regras, mesmo iniciando os preparativos para a temporada quase dois meses depois das demais equipes. A Brawn tem o melhor carro, palavra de todos os pilotos que temem a supremacia da novata.

Muitos já se perguntaram se algum piloto vai conseguir superar a dupla da Brawn. Mas ainda não é cedo? Não, já que Hamilton, Massa, Raikkonen, Alonso e Kibica já declararam que a nova escuderia e seus pilotos podem vencer todas as corridas e ser campeã no mundial de construtores ainda no meio do ano. Eles estão temendo tanto a nova força da F1 que já estão desistindo antes da hora só porque a equipe ficou em primeiro lugar 14 vezes em 22 treinos . Isso não quer dizer que vão vencer tudo, ou será que os pilotos não conhecem o ditado “treino é treino e jogo é jogo”?

Só vai ser possível saber se a Brawn é mito ou realidade a partir de junho, quando todas as equipes já devem estar com os carros adequados, mas pode ser tarde demais. Por outro lado a novata tem um futuro financeiro incerto, pois está sem patrociadores. Por isso, a cor branca do carro e nos uniformes. A novata já demitiu 270 funcionários, mesmo depois de duas vitórias. Barrichello, Button e funcionários também correm riscos de ficaram sem salários por meses. Será que assim existiria força de vontade para continuar? Então até onde a Brawn vai parar? No título, na esperança ou vai ficar na promessa? Essa resposta só será dada no fim da temporada. Por enquanto uma coisa é verdade, se considerados depoimentos dos demais pilotos, o brasileiro Massa, da Ferrari e o inglês Hamilton da McLaren, cederam o posto de favoritos ao título para dois conterrâneos, Barrichello e Button. Então, 2009 promete.

Um comentário:

Fábio disse...

Brawn: realidade