sexta-feira, 17 de abril de 2009

Difusores, críticas e desistências

Coluna Pedro Rotterdan - Pole Position

É impressionante como os tais difusores usados pelas equipes Brawn, Williams e Toyota têm causado rebuliço na F1, aponto de ter piloto desistindo e entregando os pontos antes da hora. Antes da primeira corrida ninguém acreditava na Brawn GP, ninguém imaginaria que Ferrari chegaria na terceira corrida sem pontuar, e que a McLaren faria apenas um ponto, pior que isto, a novata surpreendeu e tem os dois pilotos nas duas primeiras colocações, Button é líder com 15 pontos e duas vitórias, Barrichello tem 10 pontos, chegou uma em segundo e outra em quinto. E o difusor onde entra nesta história? De acordo com as equipes que não utilizam o novo equipamento, ele é ilegal, mas a FIA anunciou esta semana que o difusor é legal e que todas as escuderias podem utilizá-lo. Mais rápido do que um piscar de olhos a McLaren o instalou e deu certo, usando apenas no carro de Hamilton, nos treinos de sexta para o GP da China, a equipe liderou a primeira parte. E a Ferrari... continua caindo de produção dando desculpas de mal perdedores, já que estão acostumados a vencer, afinal a equipe italiana venceu seis dos últimos 10 títulos disputados.

O que mais impressiona, é um piloto campeão do mundo desistir antes da hora. Foi o que fez Kimi Raikkonen da Ferrara, ele disse em uma entrevista que nem ele nem sua equipe vão brigar pelo título este ano. "Não somos capazes de brigar pelo título" essa foi exatamente a frase dita pelo piloto que foi campeão da F1 em 2007. É muito difícil acreditar que um esportista, exemplo para várias crianças, tenha dito isso. Também é impossível imaginar ídolos como Ayrton Senna, Schumacher, Ronaldo Fenômeno, Ronaldinho Gaúcho, Michael Phelps, entre outros entregar o jogo assim tão facilmente, é de se lastimar. Mas antes de Raikkonen, Massa, Hamilton, Kubica, e diretores já haviam dito que seria difícil ser campeão, mas essa frase dita pelo finlandês, além de não parecer digna de um campeão mundial, desmerece todos os integrantes da Ferrari.

Os comentários de Flávio Briatori, diretor da Renault, foram ainda piores. Ele, que ficou acostumado por vencer temporadas pela Ferrari e pela escuderia atual, disse que as vitórias da Brawn eram semelhantes a chegar na Itália e visse times de menor escalão nas partes de cima da tabela enquanto os grandes ficassem por baixo. Às vezes é bom ver os grande por baixo, melhor ainda é vez os pequenos crescendo, isso obriga os poderosos a mudarem de estratégia, se isso acontece na F1 poderemos ter corridas emocionantes. Mas os brasileiros não devem torcer contra Ferrari e Renault, pois lá estão dois brasileiros que merecem vitórias e tem grandes chances de repetirem feitos como os de Senna, Fittipaldi e Piquet. Mas também devemos continuar torcendo para Barrichello que tantas vezes foi prejudicado por ter o carro inferior que o de Schumacher, agora ele tem um carro bom e não é obrigado a proteger Button.

Então, para os que querem desistir resta a opção de sair fora da competição e deixar os pilotos reservas competirem. Eles querem mostrar serviço e brigar por vitórias.

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