quinta-feira, 7 de abril de 2011

Atlético-MG: o México da Copa do Brasil

Luciano Dias (@jornlucianodias)

O Atlético-MG entrou na Copa do Brasil novamente como um dos sérios favoritos ao título. Afinal, o time tinha no inicio da temporada jogadores como Diego Tardelli, Diego Souza, Obina, Réver, Daniel Carvalho, além dos contratados Jobson, Mancini e Richarlyson. Mas, passados quatro meses, o Galo caiu novamente na competição. O time não conseguiu superar a ''força'' do Grêmio Prudente e acabou eliminado precocemente, nas oitavas de finais.

Guardando as proporções, o Atlético na Copa do Brasil é o México nas Copas do Mundo. Não que os mexicanos entrem como favoritos nos Mundiais. Mas a seleção sempre participa do torneio, parece que vai dar trabalho por ter bons jogadores, mas é eliminado precocemente, sem sequer chegar à decisão.

Se por um lado, o alvinegro é o clube que mais disputou a Copa do Brasil (22 participações), tem o ataque que mais marcou ao longo da história (260 gols), é dono da maior goleada em todos os tempos (11 a 0 sobre o Caiçara-PI, em 1991) e fez o artilheiro da Copa em duas edições (Gérson, em 1989 e 1991), por outro, o time não consegue deslancahar na segunda competição mais importante do país. As semifinais de 2000 e de 2002 foi o ponto máximo que o alvinegro alcançou.

A eliminação para o Brasiliense, nas semifinais de 2002, talvez seja a mais dolorida. O Goiás é outro que assusta. O clube esmeraldino é o maior algoz atleticano na história da competição. Foram três eliminações: 1989, 1990 e 2001.

Confira todas as eliminações do Galo na Copa do Brasil:






















Preocupação com o caos


A Copa do Brasil foi embora mais uma vez. Mas o Atlético não pode ficar ''chorando o leite derramado" e deve se preocupar rapidamente com o restante da temporada. Estamos em abril e o time de Dorival ainda não tem padrão de jogo. A bela equipe que se desenhava no início da temporada com as grandes contratações não vingou. Vendas, como as de Tardelli e Obina, e saídas estranhas, como as de Diego Souza, Ricardinho e Zé Luis, deixaram uma preocupação para os atleticanos.

Para se ter uma ideia do drama, o veterano Magno Alves e o inconstante Neto Berola viraram soluções. O técnico Dorival Júnior não consegue encontrar os laterais. O ataque sofre com o vaiado Ricardo Bueno. Renan Oliveira é o eterno craque, que nunca vinga. Na defesa, o time só não levou gol este ano justamente contra o Grêmio Prudente. Mancini e Daniel Carvalho não entram em forma. Até os elogiados Renan Ribeiro e Réver apresentaram falhas nos últimos jogos.

Diante de tantos problemas, o nome Guilherme se transformou em remédio, na lateral e no ataque. Se o antibiótico vai amenizar a dor, temos que esperar. O certo é que o Atlético precisa de uma operação, com urgência. Caso contrário, vamos ver um raio-x sofrido, como o do ano passado. Diante do caos na saúde, os sintomas de preocupação da torcida atleticana estão cada vez maiores.

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