
O começo e a glória
Jardel foi revelado em 1990 pelo Ferroviário, terceira força do futebol de Fortaleza. Ainda no juvenil do time cearense, o atacante despertou o interesse do Vasco. Não demorou e a equipe cruzmaltina comprou o jogador. Começava o sucesso de Jardel. No início, era aproveitado apenas no time júnior do Vasco. Mas o título brasileiro da categoria e a conquista do Mundial sub-21 pela seleção lhe renderam o primeiro contrato profissional.
A titularidade de Jardel no time principal veio depois de uma tragédia, em 1994. Ele substituiu o velocista Denner, que morreu após um acidente automobilístico. Apesar das circunstancias, o técnico Jair Pereira lançava um matador no futebol. Jardel não decepcionou e, além de conquistar o título carioca, foi o artilheiro da competição com 17 gols, marcando dois na final contra o Fluminense.
No ano seguinte, Jardel foi emprestado ao Grêmio, onde formou a "dupla infernal" com Paulo Nunes. O atacante caiu nas graças de Felipão, que montou um esquema tático especial para o jogador. No Tricolor Gaúcho, Jardel conquistou a Libertadores. Novidade: foi artilheiro do torneio com 12 gols. Em 1996,

No mesmo ano, se transferiu para o Porto (POR). A fama de artilheiro rendeu o apelido "Super Mário" em Portugal. Além de conquistar por três vezes o Campeonato Português, foi artilheiro em quatro edições da competição. Em 1999, recebeu o prêmio de artilheiro da Europa dado pela revista inglesa World Soccer.
Mas Jardel não conseguia demonstrar o mesmo futebol pela seleção. Por isso, não se firmou com a amarelinha. Manteve a esperança de ser convocado para a Copa de 1998, mas não conseguiu. Foi convocado onze vezes para a seleção brasileira jogando sete e marcando um gol contra a Tailândia.
Em 2000, transferiu-se para o Galatasaray, da Turquia. Logo na estreia marcou 5 gols. Para não perder o hábito, foi o artilheiro da competição, marcando 24 tentos em 22 partidas. Mas os problemas pessoais e a falta de adaptação fizeram com que o ciclo de Jardel no futebol turco terminasse.
Em 2001, voltou a Portugal para jogar no Sporting. O “Super Mario” continuava fazendo sucesso. Foi campeão Português, da Taça de Portugal e da Supertaça. Marcou 42 gols em 30 jogos na temporada 2000/2001.
Com o sucesso, tornou-se inevitável as especulações de uma transferência de Jardel para um grande clube europeu. Negociação que não aconteceu. E pior: o jogador ganhou peso e perdeu forma.
A queda e a peregrinação
Em 2003, Jardel se transferiu para o Bolton, da Inglaterra. Era o começo do declínio da carreira do atacante. Jogou apenas sete partidas pelo time inglês. Perdeu espaço na equipe e foi emprestado ao Ancona, da Itália. Também sem sucesso. No ano seguinte, foi emprestado ao Palmeiras, mas não chegou a atuar. Motivo: foi ao velório da avó, em Fortaleza, mas não avisou aos dirigentes do Verdão.
Em 2005, foi liberado pelo Bolton e se transferiu para o News Old Boys, da Argentina. Mesmo jogando apenas três partidas, foi campeão do Torneio Argentino de Abertura.
Depois, Jardel rodou, literalmente... E como rodou! Goiás (2006), Beira Mar-POR (2007), Anathosis do Chipre (2007), United Jets da Austrália (2008), Criciúma (2008), Ferroviário (2009), América do Ceará (2009), Flamengo do Piauí (2010), Cherno More da Bulgária (2010)...
As contusões, a briga com a balança e, até mesmo, uso de cocaína foram motivos para Jardel não se firmar nesses clubes.
E a peregrinação continua...
Em 2011, Jardel

Falta apenas saber se Jardel vai jogar ou vai continuar a sua peregrinação em todos as regiões do Brasil e em todos os continentes.
Frases marcantes de Jardel
- "Eu peguei a bola no meio de campo e fui fondo, fui fondo, fui fondo e chutei pro gol."
- "Clássico é clássico e vice-versa"
- "Quando o jogo está a mil, minha naftalina sobe"
- "Minha nossa!! Como tem carro importado por aqui" Jardel ao chegar no Japão