O Memória e calculadora esportiva está de volta revivendo um grande clássico do futebol mundial: Brasil x Itália. Na história, eram 12 jogos. Cinco vitórias para cada lado e dois empates. Só em Copas foram quatro confrontos, e cada seleção levou a melhor em duas ocasiões. Até o número de gols marcados era igual: 19.
Mas, o Brasil pôs fim nesta

O jogo desta terça colocou frente-a-frente os maiores campeões mundiais. Cinco canecos parao Brasil e quatro para a Itália. Os italianos, com seu tradicional futebol pragmático, conquistaram os títulos de 1934, 1938, 1982 e a última Copa de 2006. Destas conquistas, os brasileiros lembram muito bem de 82, na Espanha, quando Paolo Rossi marcou três gols na vitória, por 3 a 2, sobre um dos melhores times brazucas. Mesmo com Zico, Sócrates, Falcão, nossa seleção sofreu a tragédia do Sarriá.
Mas quem pensa que os italianos levam a melhor sobre a "Canarinho", se engana. Afinal, duas das cinco conquistas da Seleção foram sobre a Azzurra. Em 1970, o histórico time de Pelé enfiou 4 a 1 na Itália, na Cidade do México. Em 1994, o país do futebol sofreu mais, mas levou a Copa, após vencer nos pênaltis., no Estados Unidos.
Brasil e Itália sempre foram - a exemplo de Alemanha e Argentina -, referências dentro do futebol. E, sempre que estas duas equipes se enfrentam, é colocado em jogo duas escolas e duas visões totalmente diferentes de futebol. O "amarelinha" sempre foi famosa por vestir craques habilidosos, que priorizam o futebol arte.
A "Azzurra" é totalmente diferente. Poucos jogadores na história da Seleção Italiana se destacaram por sua habilidade. Com grandes goleiros e defensores, os italianos sempre fizeram fama com fortes marcações e um futebol objetivo, de resultado.
Caso Battisti
Caso Battisti
A partida desta terça-feira entre Brasil e Itália trouxe a campo um ingrediente extra. Desde que o governo brasileiro concedeu refúgio político ao agitador Cesare Battisti, foi deflagrada uma onda de protestos na Itália, onde ele é visto como terrorista e foi condenado a prisão perpétua em função de quatro assassinatos cometidos na década de 1970. Até o ex-jogador Paolo Rossi, algoz do Brasil e campeão mundial em 1982, manifestou-se sobre o imbróglio.
Houve quem sugerisse até o cancelamento do amistoso, numa prova inconteste de que um jogo do porte de Brasil e Itália vai além do universo esportivo. A força de um esporte universalizado como o futebol, no entanto, tende muito mais a aproximar do que a afastar os povos. Sorte dos brasileiros que o confronto não foi adiado. Sorte dos amantes do futebol.