terça-feira, 7 de julho de 2009

Raros reencontros

Coluna Luciano Dias - Memória e calculadora esportiva

Cruzeiro e Estudiantes (ARG) começam a decidir nesta quarta-feira mais uma final de Copa Libertadores. As duas equipes, que saíram da mesma chave (o grupo 5), fizeram grandes partidas nas fases de mata-mata.

O Cruzeiro eliminou Universidad do Chile, São Paulo e Grêmio. Já o Estudiantes deixou para trás Libertad (PAR) e os uruguaios do Defensor e do Nacional.

O grupo dos finalistas não era considerado forte. Além de Cruzeiro e Estudiantes, contava com Deportivo Quito (EQU) e Universidade Sucre (BOL). Ao contrário do grupo 1, considerado "da morte", que tinha Sport, Palmeiras, LDU (EQU) e Colo-Colo (CHI). Mas, a equipe que foi mais longe deste grupo – o Palmeiras – chegou apenas às quartas-de-finais.

Cutucadas de lado, não é muito comum equipes que saíram do mesmo grupo chegarem à final da Libertadores. Em 50 edições do torneio, o fato aconteceu apenas em três oportunidades: 1997, 2008 e 2009.

Podemos reparar que a final de equipes de mesmos grupos acontece pelo segundo ano consecutivo. Tendência ou apenas coincidência? Eu prefiro acreditar na coincidência de duas equipes competentes se encontrarem no mesmo grupo na primeira fase.

Ano passado, Fluminense e LDU se reencontraram na grande final. Na primeira fase, eles estavam juntos no grupo 8 da competição.


Na grande final, o favoritismo era todo do time brasileiro, que fez melhor campanha na primeira fase. Mas, quem riu por último foram os equatorianos, que conquistaram a América pela primeira vez.

Finais:
LDU 4 x 2 Fluminense – Equador
Fluminense 3 x 1 Cruzeiro – Brasil (pênaltis: 3 a 1 LDU)


Pela segunda vez, o Cruzeiro reencontra um time do mesmo grupo na final. Em 1997, a Raposa havia enfrentado o Sporting Cristal (PER) na primeira fase, no grupo 4.


Na final, a equipe brasileira venceu com um gol salvador de Elivelton, no Mineirão.

Finais:
Sporting Cristal 0 x 0 Cruzeiro – Peru
Cruzeiro 1 x 0 Sporting Cristal - Brasil

Neste ano, mais um time brasileiro envolvido na coincidência. Novamente o Cruzeiro. . Desta vez, a Raposa faz a final contra os argentinos do Estudiantes. Veja como ficou a classificação da primeira fase:



Final: o ataque celeste x a defesa platina

O Cruzeiro marcou 12 gols no mata-mata e teve o melhor poderio ofensivo entre os clubes que disputaram esta parte da Libertadores. A defesa, porém, sofreu 5 gols nestas fases, bem mais do que o único gol que o Estudiantes sofreu no mata-mata.

É inegável que os adversários que o Cruzeiro deixou para trás na competição são de maior qualidade que as equipes eliminadas pelos argentinos que perderam boa parte de sua força com a lesão do lateral Angeleri, também da seleção argentina.

O Cruzeiro, por sua vez, contará com um jogador que foi desfalque em duas partidas no mata-mata e grande arma ofensiva do clube: Ramires. Junto com Kléber, Wágner e Wellington Paulista (fundamental para a classificação contra o Grêmio marcando três gols), o meiocampista forma o quarteto que deve incomodar a zaga argentina.

O Estudiantes também conta com bons valores individuais embora dependa bastante de Verón, que se recupera de contusão. Mauro Boselli, o artilheiro da equipe com seis gols na Libetadores, é a outra grande ameaça ofensiva dos argentinos.

Pela campanha e pelo elenco o Cruzeiro é o favorito. Embora seja difícil apontar favorito em final representada por brasileiros e argentinos.

3 comentários:

Fábio disse...

Eu não esperava este reencontro com o Estudiantes. Espero que seja como em 1997.

Vinicius Grissi disse...

Pela segunda vez, o Cruzeiro enfrentando uma equipe do mesmo grupo na final. Deu sorte da outra vez. Com certeza, será uma final muito interessante, pegada e disputadissima.

Saulo disse...

O Estudiantes mereceu essa grande conquista.