Luciano Dias (@jornlucianodias)
Holanda e Espanha são famosas por formar bons times. Mas, carregam o rótulo de amarelar em momentos decisivos. Uma dessas seleções vai deixar a fama para trás neste domingo, na grande final da Copa da África do Sul. Uma decisão histórica, por diversos motivos:
- É a primeira vez que Espanha ou Holanda conquistam uma Copa. Será o oitavo vencedor. Alemanha, Argentina, Brasil, França, Inglaterra, Itália e Uruguai já foram campeões;
- É a primeira vez que um time Europeu conquista o Mundial fora do continente;
- É a primeira vez que a decisão não tem a presença de Brasil, Alemanha, Itália ou Argentina;
- É a primeira vez que a Espanha chega à decisão;Holanda e Espanha são famosas por formar bons times. Mas, carregam o rótulo de amarelar em momentos decisivos. Uma dessas seleções vai deixar a fama para trás neste domingo, na grande final da Copa da África do Sul. Uma decisão histórica, por diversos motivos:
- É a primeira vez que Espanha ou Holanda conquistam uma Copa. Será o oitavo vencedor. Alemanha, Argentina, Brasil, França, Inglaterra, Itália e Uruguai já foram campeões;
- É a primeira vez que um time Europeu conquista o Mundial fora do continente;
- É a primeira vez que a decisão não tem a presença de Brasil, Alemanha, Itália ou Argentina;
- Os Europeus vão ultrapassar os sul-americanos em número de títulos: 10 contra nove.
Nesta publicação e no post desta sexta (9), resumos das grandes fases vividas por Holanda e Espanha no futebol. Começamos pelos holandeses, que chegaram à final com 100% de aproveitamento neste Mundial e nas Eliminatórias.
Laranja Mecânica, Carrossel Holandês...
A Holanda já esteve muito perto de conquistar o Mundial. Foi à final em duas oportunidades, em 1974 e em 1978. Era a fase da "Laranja Mecânica", uma das maiores seleções de todos os tempos. Uma geração que começou a mostrar a força nas Olimpíadas de 1968, quando levou a medalha de ouro vencendo a Argentina por 3 a 1 na decisão. Antes desta conquista, a Holanda era considerada apenas uma seleção inocente no mundo do futebol.
A campanha na Copa de 74, na Alemanha, foi histórica: em sete jogos, cinco vitórias, um empate e uma derrota. O único revés, inclusive, foi na final contra os alemães ocidentais. Os donos da casa venceram por 2 a 1, de virada.
Mesmo não levando o caneco, os holandeses, comandados por Rinus Michels, encantaram o mundo com uma maneira dinâmica de jogar futebol. Os atletas não guardavam posições e faziam a bola passar de pé em pé até chegar ao gol adversário. Um verdadeiro "Carrossel Holandês" (foto). Na ocasião, a bela seleção revelava para o mundo o habilidoso meio-campista Johann Cruyff, considerado o maior astro da história do futebol holandês.
Cruyff recusou-se a disputar a Copa de 1978, na Argentina, em protesto contra a ditadura militar que mandava no país sul-americano. Mesmo sem o craque, mas com a boa fase do atacante Rosembrick, a seleção chegou novamente à decisão. No entanto, os holandeses perderam a final novamente para uma seleção anfitriã. Os argentinos venceram por 3 a 1, na prorrogação.
Dez anos depois, a Holanda voltou à cena mundial. O time conquistou a Eurocopa de 1988, contando com grandes jogadores, como Rijkaard, Koeman, Van Basten e Gullit. Com a bela campanha na Euro, muito se esperava do país nas Copas de 90 e de 94. Mas, a Holanda decepcionou.
No Mundial da Itália, os laranjas amarelaram e saíram nas oitavas, para a Alemanha Ocidental, terminando em 16º lugar. Foi a pior colocação do país na história das Copas. Já em 94, nos Estados Unidos, a queda foi inesquecível para os brasileiros. A seleção canarinha derrotou os holandeses por 3 a 2, com uma perfeita cobrança de falta batida por Branco.
Em 1998, os holandeses ficaram no quase. Mais uma vez o Brasil foi o algoz. Os europeus caíram nas semifinais na disputa por pênaltis. A base daquela seleção era o time do Ajax, campeão mundial de clubes em 1995. Van der Sar, Bogarde, os irmãos de Boer, Davids, Overmars e Kluivert disputaram o Mundial da França. O time ainda contava com os talentos de Seedorf e do já veterano Bergkamp.
O inicio do novo milênio foi sinônimo de crise para o futebol holandês. A renovação não aconteceu com rapidez. A geração de Van Nistelrooy não brilhou. Não se classificou para a Copa de 2002 e em 2006 caiu para Portugal já nas oitavas-de-finais. Mas a pressa é inimiga da perfeição. Mal sabiam os holandeses que em 2010 os grãos seriam tão bem selecionados.
A Holanda tem hoje um time talentoso, como em outras épocas, mas com maior preocupação com os resultados. O time já está há 25 jogos invicto. São 22 meses sem saber o que é derrota. Se contarmos apenas Eliminatórias e Copa, a Holanda tem 100% de aproveitamento. E se vencer a final contra a Espanha, a seleção pode se juntar ao Brasil de 70, que também ganhou todos os jogos das Eliminatórias e do Mundial.
A geração de Stekelemburg, Van Bommel, Robben, Kuyt, Sneijder e Van Persie pode entrar para a história neste domingo. Não como o melhor time de todos os tempos da Holanda. Mas como a seleção que, simplesmente e finalmente, deu o primeiro Mundial ao bonito futebol holandês.
Nesta publicação e no post desta sexta (9), resumos das grandes fases vividas por Holanda e Espanha no futebol. Começamos pelos holandeses, que chegaram à final com 100% de aproveitamento neste Mundial e nas Eliminatórias.
Laranja Mecânica, Carrossel Holandês...
A Holanda já esteve muito perto de conquistar o Mundial. Foi à final em duas oportunidades, em 1974 e em 1978. Era a fase da "Laranja Mecânica", uma das maiores seleções de todos os tempos. Uma geração que começou a mostrar a força nas Olimpíadas de 1968, quando levou a medalha de ouro vencendo a Argentina por 3 a 1 na decisão. Antes desta conquista, a Holanda era considerada apenas uma seleção inocente no mundo do futebol.
A campanha na Copa de 74, na Alemanha, foi histórica: em sete jogos, cinco vitórias, um empate e uma derrota. O único revés, inclusive, foi na final contra os alemães ocidentais. Os donos da casa venceram por 2 a 1, de virada.
Mesmo não levando o caneco, os holandeses, comandados por Rinus Michels, encantaram o mundo com uma maneira dinâmica de jogar futebol. Os atletas não guardavam posições e faziam a bola passar de pé em pé até chegar ao gol adversário. Um verdadeiro "Carrossel Holandês" (foto). Na ocasião, a bela seleção revelava para o mundo o habilidoso meio-campista Johann Cruyff, considerado o maior astro da história do futebol holandês.
Cruyff recusou-se a disputar a Copa de 1978, na Argentina, em protesto contra a ditadura militar que mandava no país sul-americano. Mesmo sem o craque, mas com a boa fase do atacante Rosembrick, a seleção chegou novamente à decisão. No entanto, os holandeses perderam a final novamente para uma seleção anfitriã. Os argentinos venceram por 3 a 1, na prorrogação.
Dez anos depois, a Holanda voltou à cena mundial. O time conquistou a Eurocopa de 1988, contando com grandes jogadores, como Rijkaard, Koeman, Van Basten e Gullit. Com a bela campanha na Euro, muito se esperava do país nas Copas de 90 e de 94. Mas, a Holanda decepcionou.
No Mundial da Itália, os laranjas amarelaram e saíram nas oitavas, para a Alemanha Ocidental, terminando em 16º lugar. Foi a pior colocação do país na história das Copas. Já em 94, nos Estados Unidos, a queda foi inesquecível para os brasileiros. A seleção canarinha derrotou os holandeses por 3 a 2, com uma perfeita cobrança de falta batida por Branco.
Em 1998, os holandeses ficaram no quase. Mais uma vez o Brasil foi o algoz. Os europeus caíram nas semifinais na disputa por pênaltis. A base daquela seleção era o time do Ajax, campeão mundial de clubes em 1995. Van der Sar, Bogarde, os irmãos de Boer, Davids, Overmars e Kluivert disputaram o Mundial da França. O time ainda contava com os talentos de Seedorf e do já veterano Bergkamp.
O inicio do novo milênio foi sinônimo de crise para o futebol holandês. A renovação não aconteceu com rapidez. A geração de Van Nistelrooy não brilhou. Não se classificou para a Copa de 2002 e em 2006 caiu para Portugal já nas oitavas-de-finais. Mas a pressa é inimiga da perfeição. Mal sabiam os holandeses que em 2010 os grãos seriam tão bem selecionados.
A Holanda tem hoje um time talentoso, como em outras épocas, mas com maior preocupação com os resultados. O time já está há 25 jogos invicto. São 22 meses sem saber o que é derrota. Se contarmos apenas Eliminatórias e Copa, a Holanda tem 100% de aproveitamento. E se vencer a final contra a Espanha, a seleção pode se juntar ao Brasil de 70, que também ganhou todos os jogos das Eliminatórias e do Mundial.
A geração de Stekelemburg, Van Bommel, Robben, Kuyt, Sneijder e Van Persie pode entrar para a história neste domingo. Não como o melhor time de todos os tempos da Holanda. Mas como a seleção que, simplesmente e finalmente, deu o primeiro Mundial ao bonito futebol holandês.
Nesta sexta, um resumo dos melhores (e piores) momentos do futebol espanhol. Uma Fúria que tem a fama de amarelar nas decisões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário