segunda-feira, 29 de junho de 2015

Depois do apagão, chega a virose

Luciano Dias (@jornlucianodias)


A eliminação para o Paraguai, já nas quartas de final da Copa América, escancarou ainda mais a realidade do futebol brasileiro. Os problemas estão por toda a parte: formação de base, ausência de talentos, falta de visão dos treinadores, corrupção da entidade que “organiza” o esporte no país...

As derrotas brasileiras ganham nomes. É o meião do Roberto Carlos, é o apagão, é a virose. Para o presidente da CBF, José Marin, a eliminação aconteceu por causa de apenas um erro individual. Uma desculpa desastrosa, já que é difícil assumir e ir nos pontos cruciais dos problemas.

Enquanto os comandantes do nosso futebol vão apelidando os vexames, o resto do mundo evolui. É difícil acreditar que o Brasil não fica entre os quatro primeiros em duas Copas América consecutivas! Que ganhar das seleções peruana e venezuelana, antes sacos de pancadas, virou missão difícil! É difícil perceber que Colômbia e Chile têm mais valores individuais que o time brasileiro! É difícil acreditar ou aceitar, mas é a realidade.

As perspectivas não são as melhores. Atualmente, poucos jogadores brasileiros são destaques nos grandes clubes da Europa, ao contrário de um período que nem faz tanto tempo assim. Nas categorias de base, o pensamento é apenas ganhar títulos. Revelar o atleta para o clube e, consequentemente, para a Seleção é segundo plano. O negócio (no sentido literal mesmo) é ganhar dinheiro, se possível, antes do atleta se profissionalizar

Nesta linha de “empreendimento”, aparece a base do time canarinho que disputou a Copa América. Qual o sucesso de David Luiz, Daniel Alves, Marquinhos, Filipe Luis, Fernandinho, Coutinho, Willian, Firmino, Fabinho em alguma equipe do Brasil? Nenhum. Eles não tiveram tempo. Foram ainda novos realizarem o sonho de jogar na Europa. Jogar pelo Brasil? Tanto faz. A maioria destes atletas não ganha a simpatia dos torcedores porque são desconhecidos pela grande massa. ´

Vivemos escondidos atrás de um Neymar. Se ele estiver em campo, há alguma esperança. Caso contrário, temos um time bem normal. Que faz qualquer jogo ser difícil mesmo, que jogar bonito não entra no pacote.

Seleção Brasileira virou sinônimo de antipatia dos torcedores. Os tempos mudaram. Enquanto o país que se diz do futebol não se organizar, vamos ter que apenas assistir nossos rivais disputarem decisões e produzirem jogadores que se transformam ídolos.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

A “europeização” do nosso futebol (de maneira forçada)

 Luciano Dias (@jornlucianodias)


O futebol brasileiro passa por uma série de mudanças, principalmente, depois da Copa do Mundo. As novas arenas, por exemplo, trouxeram muitos pontos positivos, como melhores gramados e conforto para os torcedores. Isso é ótimo!

O problema é o que os dirigentes querem fazer do futebol brasileiro. Querem mudar o modo de torcer, de forma imediata e não aos poucos. Uma série de proibições, de regras têm deixado o esporte mais adorado do país muito chato. É a “europeização” do futebol.

Na partida entre Atlético e Grêmio, no último domingo, (14), no Independência, fiz algumas (apenas algumas) observações:

- Agora, as duas equipes devem entrar juntas no gramado. Pois bem! Primeiro, o Grêmio entrou em campo, sentiu as vaias dos atleticanos, cumprimentou a sua torcida no Independência, mas teve que voltar. Isso mesmo! Retornou para entrar perfilado com os jogadores atleticanos. Uma maneira forçada de imitar o estilo Europa, o Padrão FIFA. Ficou bizarro!

- Hora do Hino Nacional brasileiro, muito bonito por sinal. Mas parece que querem (leia-se CBF) ensinar aos brasileiros a cantar o hino. Mais uma vez, jogadores perfilados, estilo Copa do Mundo. O hino começa a tocar, mas ninguém presta atenção. Os jogadores do banco das duas equipes rindo, contando piadas. A torcida atleticana, por sua vez, cantou o hino… Só que do Atlético!!

- Mais uma da CBF. Agora, são permitidos apenas 22 mascotes . É a restrição da alegria da meninada de entrar com o ídolo em campo. Mas, a diretoria do Atlético fez bem. Desrespeitou a “norma” e mais de 70 mascotes entraram com os jogadores no gramado. Uma alegria muito grande da criançada.

O imediatismo que deveria acontecer seria uma mudança no calendário do nosso futebol. O imediatismo deveria ser pensar nos torcedores, como diminuir o preço dos ingressos, melhorar o transporte público para que os amantes do futebol cheguem aos estádios de maneira justa.

Não tentem mudar a cultura de um povo de uma vez. Respeitem os brasileiros, que amam o futebol, mas já amaram muito mais.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

O Cruzeiro e as novas arenas

Luciano Dias (@jornlucianodias)




O Cruzeiro tem um time equilibrado, com toques envolventes e um contra-ataque quase mortal. Tem jogadores leves, com características que se encaixam. E uma nova era no futebol brasileiro tem contribuído muito para que o estilo de jogo do time se encaixe ainda mais: as arenas.

Por causa da Copa do Mundo, os estádios se modernizaram e, consequentemente, os gramados melhoraram consideravelmente. Ate os estádios que não receberam jogos do Mundial, como o Serra Dourada e o Couto Pereira, tiveram reformas. Sem contar com a Arena do Grêmio, que não recebeu jogos da Copa e é considerado estádio de primeiro mundo.

Em nove jogos disputados nas novas arenas, o Cruzeiro conseguiu oito vitorias (seis no Mineirão, uma no Mané Garricha e uma na Arena Fonte Nova) e um empate contra o Botafogo no Maracanã. Jogo, aliás, dominado pela Raposa.

As outras vitórias do Cruzeiro no campeonato foram contra Inter (Centenário), Flamengo (Parque do Sabia) e Palmeiras (Pacaembu). No mais, a equipe foi derrotada para Atlético (Independência) e Corinthians (Pacaembu) e empatou contra São Paulo (Parque do Sabia) e Criciúma (Heriberto Hulse). Ou seja, dos 12 pontos perdidos pelo Cruzeiro na competição, 10 foram em estádios que não receberam jogos da Copa.

Não quero dizer que o Cruzeiro só joga bem nestas novas arenas. Longe disso! Quero apenas reforçar a importância destes novos estádios para a prática do bom futebol. As melhores equipes tecnicamente sobressaem nestes estádios, por mais que encontrem fortes retrancas pela frente.

O Cruzeiro é o grande beneficiado com a nova era do futebol brasileiro. A equipe, que é historicamente conhecida pelo bom toque de bola, saiu na frente com as novas arenas. O bom futebol agradece!



terça-feira, 29 de julho de 2014

Déjà vu de 1995

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Vamos fazer uma viagem no tempo. Voltar ao ano de 1995. O futebol brasileiro ainda comemorava o tetracampeonato. A alegria respingava nos clubes.

No Atlético, LEVIR CULPI conquistava o Campeonato Mineiro e prometia um Galo forte no Brasileirão.

O Flamengo comemorava o centenário e apostava em uma “Seleção” que não decolou. Romário, Edmundo, Sávio... O comando era de VANDERLEI LUXEMBURGO.

O São Paulo tentava continuar o período vitorioso do inicio daquela década. A saúde do mestre Telê Santana começava a se complicar. Mas, o tricolor já tinha o sucessor. MURICY RAMALHO, que deixou muitas vezes o cargo de auxiliar técnico para assumir o comando da equipe.

O Grêmio estava em ascensão. Comandado por LUIS FELIPE SCOLARI, foi campeão gaúcho e da Libertadores em 1995.

Para tentar frear o crescimento do grande rival, o Internacional apostava em um xerifão no comando: ABEL BRAGA, que não conseguiu muito sucesso naquela passagem.

Pois bem...

2014. O futebol brasileiro busca renovação depois de ser humilhado na Copa do Mundo no próprio país.

Renovação? Nem tanto. O cenário de 19 anos atrás é um exemplo. Os cinco treinadores citados retornaram para os mesmos clubes que comandavam em 1995.

Parece um Déjà vu… Infelizmente, não é uma coincidência e sim a comprovação de que temos dificuldades para renovar os técnicos no Brasil.

É como uma roda gigante. Os mesmos nomes vão e voltam. Na própria Seleção tem acontecido isso. Parreira, Zagallo (a saúde não permite mais), Felipão, Dunga... O país do futebol parece ter dificuldades em entender a palavra renovação.

Fique esperto, Vagner Mancini! Assim como em 1995, PAULO AUTUORI pode voltar ao Botafogo.





terça-feira, 22 de julho de 2014

O Padrão FIFA continua?

 Luciano Dias (@jornlucianodias)

Fim de Copa, início de Brasileirão. Com o término do Mundial, encerra-se também a responsabilidade da FIFA nos estádios. A pergunta que fica é: o que ficou de legado nas arenas brasileiras?

Aliás, esta foi a minha missão no jogo entre Cruzeiro e Vitória, na última quinta-feira (17), no Mineirão. Em um jogo com público de cerca de 25 mil pessoas, será que as mudanças impostas pela FIFA continuaram? Como o torcedor fez para chegar ao estádio?

Chegada ao estádio

Quem escolheu ir ao Mineirão pelo transporte coletivo MOVE, criado há três meses em Belo Horizonte, reclamou da distância para chegar ao estádio. Os torcedores andam cerca de 20 a 25 minutos.

Quem foi de carro, mais reclamações. Problemas para estacionar o veículo. É proibido deixar os carros nos arredores do Mineirão. Quem estacionou (ou tentou estacionar) dentro do estádio, reclamou do engarrafamento na Avenida Abraham Cahan.

Os torcedores que foram de taxi reclamaram do preço, que ficou ainda maior por causa do engarrafamento no entorno do Mineirão.
É válido lembrar que durante a Copa os torcedores também tiveram que andar cerca de 25 minutos para chegar ao Mineirão, já que era proibido o tráfego de veículos particulares nos arredores do estádio.

Arredores do Mineirão

Durante a Copa, entrou em vigor a regra da Fifa para que os os locais das partidas tivessem barreiras em seu em torno a uma distância de 2,5 km. A medida tinha como função principal isolar cambistas, vendedores ambulantes e torcedores sem ingresso. Mas, numa rápida volta nos arredores do Mineirão, foi possível vê-los de volta.

Reclamações dentro do Mineirão

Muitos torcedores que estiveram em jogos da Copa sentiram falta da cerveja na partida do Brasileirão. Com a proibição, muitos torcedores ficavam do lado de fora do Mineirão minutos antes de começar a partida para consumir a bebida.

Com isso, faltando 10 minutos para começar o jogo, houve certo tumulto para entrar no Mineirão, já que os torcedores esperaram o tempo máximo do lado de fora.

As reclamações sobre a desobediência em relação aos lugares marcados continuaram. Neste caso, a mudança é cultural e deve ser feita aos poucos. Os torcedores também ficaram irritados com as filas das lanchonetes. Em um dos setores do Mineirão (F inferior), o feijão tropeiro acabou, tirando a paciência dos cruzeirenses.

Os torcedores reclamaram da falta de informações para se chegar ao setor indicado para acompanhar a partida. Eles também sentiram falta dos replays nos telões. Acostumados com a Copa, muitos olhavam para os telões após os gols e se decepcionaram rapidamente.

Elogios dentro do Mineirão

A limpeza dos banheiros, a qualidade da alimentação, os serviços de telefonia e internet foram quesitos elogiados pelos torcedores.

Gramado

Por causa do Mundial, o gramado do estádio foi trocado. O que já era bom antes da Copa, ficou ainda melhor. Elogios do técnico Marcelo Oliveira e dos jogadores cruzeirenses. Segundo o zagueiro Léo, a grama, que era um pouco rala, está um pouco mais alta.

Mudanças para a imprensa

Voltamos ao que era antes do Mundial. A parte boa é a volta do feijão tropeiro ou pizza + refrigerante gratuitos para os jornalistas. Durante a Copa, os preços eram absurdos. Outro elogio é a sala de imprensa, mais ampla.

A parte péssima é a localização das tribunas de imprensa, não mais centro do gramado, como na Copa.
Que os elogios continuem. E que as críticas sejam construtivas para deixar o palco sagrado do futebol mineiro ainda melhor.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Não foi só um apagão

Luciano Dias (@jornlucianodias)

A goleada sofrida para a Alemanha e a despedida melancólica contra a Holanda não foram acidentes ou apagões, como o técnico Felipão tentou justificar. No caso do 7 a 1, no Mineirão, foi a vitoria do planejamento alemão contra a arrogância brasileira no futebol. Enquanto os europeus trabalharam uma geração após uma década de 90 com poucos talentos, nós ficamos a mercê de individualidades. 

 O aviso foi dado nos últimos anos com os próprios clubes, que fizeram feio no cenário internacional. Santos sofrendo oito gols para o Barcelona em amistoso, Atlético sendo eliminado para um time marroquino no Mundial de Clubes, nenhuma equipe brasileira nas semifinais da Libertadores e por aí vai. Precisamos de um trabalho a médio prazo. Temos que parar com o imediatismo. O futebol mudou, evolui. Não bastam apenas talentos. Não vamos ganhar porque somos o “País do Futebol”, porque nossos jogadores tem a ginga, tem a malandragem… 

 O futebol brasileiro parou no tempo e não acompanhou as mudanças no Mundo. É preciso planejamento, organização, reformulação, começando por uma limpeza na Confederação Brasileira de Futebol. É preciso mudar o conceito, imediatamente. 

Filosofia dos treinadores

É impressionante como os técnicos brasileiros (90% deles) estão atrasados. Temos exemplos atrás de exemplos. Por aqui parece que é obrigatório uma equipe jogar com centroavante, aquele camisa 9 trombador. Dependendo da partida ou da característica da própria equipe, é possível jogar sem este centroavante, principalmente, pela carência de jogadores nesta posição. 

 Irrita como nossos clubes abusam nas ligações diretas. Equipes modestas, como a Costa Rica e os Estados Unidos, deram show tático no Mundial. Jogadas ensaiadas, saíram da defesa com qualidade para o campo de ataque, nada de chutão. O excesso de lançamentos é influenciado pela forma que nossos treinadores enxergam a posição volante. 

O futebol de hoje não permite aquele camisa 5 da década de 90, apenas ladrão de bola e que a entrega para o companheiro. Aquele jogador que muitas vezes vira um terceiro zagueiro. Este primeiro volante deve ser o cara da saída de bola e, muitas vezes, elemento surpresa no ataque. Os volantes alemães mostraram como tem que ser. Marcam e saem pro jogo com qualidade. Três dos sete gols deles contra o Brasil foram de volantes. 

Não existe mais aquela conversa de treinador paizão, que forma uma família, que paparica jogador. Precisamos é de trabalho e os próprios atletas devem começar a enxergar isso. Sinceramente, torço por treinadores de fora, com novos pensamentos. Um Guardiola comandando a Seleção seria sensacional. Mas que fique claro: não é a solução de todos os problemas do futebol brasileiro. 

 É preciso de mais cursos para os comandantes, assim como existe na Alemanha e na Espanha. É preciso iniciativa dos nossos técnicos também.

Trabalho das Divisões de base 

O principal objetivo das categorias de base tem que ser revelar jogadores e não vencer campeonatos. Infelizmente, se o treinador (até mesmo na base)não consegue conquistas, ele é demitido. Sim, a pressão deve existir, mas não desta forma, com este conceito. 

Acompanhei alguns jogos da base nos últimos meses. Muito chutão, pouco toque de bola, muita raça, pouca técnica. Os juniores, juvenis, infantis deveriam manter o esquema de jogo parecido com o time profissional. Sei que é difícil isso acontecer, já que nem a maioria das equipes principais tem esquema, padrão de jogo definido. 

 Há dois anos, tive a oportunidade de assistir uma equipe Sub-17 do Barcelona jogar o Future Champions, um modelo de Mundial de Clubes da categoria.  A equipe espanhola joga com a mesma formação do time de Messi e cia. Os garotos eram obrigados a sair do campo de defesa tocando a bola, mesmo errando muitas vezes. Nada de chutão. O importante era criar uma filosofia.

Observa-se um jogo de interesses entre empresários e clubes, falta de visão e de garimpo de talentos. A situação é tão grave que nossa Seleção não conseguiu se classificar para o Mundial da categoria. A cabeça dos garotos deve ser mudada. Hoje, a meninada não quer mais se profissionalizar e vestir a camisa da Seleção e sim jogar no futebol europeu. 

A sorte do futebol brasileiro é que sempre desponta algum talento. Mas estes craques estão cada vez mais escassos.

Renovação na Seleção e na CBF 

É preciso uma limpeza na CBF. Os mesmos nomes, os mesmos problemas na cúpula da Confederação. Que o 7 a 1 traga algo positivo. Que seja esta renovação imediata. 

Quanto aos jogadores, o pensamento, como disse anteriormente, tem que ser a médio prazo. Os frutos serão colhidos em 2018 ou que seja em 2022. Podemos manter a experiência de Thiago Silva e David Luiz e somar com uma safra de talentos, com menos de 25 anos, que já são realidades: Marquinhos (PSG), Mayke (Cruzeiro), Fernando (Shakhtar), Lucas Silva (Cruzeiro), Lucas (PSG), Oscar (Chelsea), Coutinho (Liverpool), Bernard (Shakhtar), Neymar (Barcelona), entre outros que vão surgir. Assim espero! 

Foram apenas alguns (poucos) exemplos de mudanças no nosso futebol. Sei que a discussão é mais ampla, mas é preciso começar. Que comece, então, na filosofia dos treinadores, no trabalho das divisões de base e na renovação da Seleção e da CBF.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Superação atleticana

Luciano Dias (@jornlucianodias)


Depois de um longo e tenebroso inverno (verão, outono e primavera), resolvi escrever no blog. Acompanhei, de perto, a campanha atleticana na Libertadores. Treinos, jogos, embarques, desembarques... De fato, muita história pra contar.

Um título que é resultado de um trabalho que não vem de hoje. O planejamento traçado por Alexandre Kalil começa a colher frutos. Observando o grupo, podemos dizer que é formado por jogadores que queriam mostrar poder de superação. E mostraram. Abaixo, um pouco do histórico de alguns dos heróis do título mais importante da história atleticana. Atletas que não viviam grandes momentos e deram a volta por cima no Galo.

Victor - Goleiro que tinha a fama de pé frio no Grêmio. Chegou ao Atlético e acabou com o revezamento na meta atleticana após a saída de Diego Alves, em 2007. Se transformou em São Victor. Herói contra o Tijuana, contra o Newells e contra o Olimpia. Nome emblemático da conquista atleticana;

Marcos Rocha - Jogador deixado de lado por Luxemburgo em 2011. Depois de ser emprestado ao América, voltou muito bem ao Atlético. Hoje, é um dos jogadores mais valorizados na posição;

Leonardo Silva - Foi praticamente dispensado do Cruzeiro. Com muito respeito, assumiu a titularidade no Atlético. Passou por momento complicado após o 6 a 1 para o Cruzeiro em 2011. Mas, é mais um que deu a volta por cima;

Rever - Mais um que ficou marcado pelo 6 a 1 contra o maior rival. Mostrou superação e, hoje, é um dos principais zagueiros do Brasil. É, simplesmente, o capitão que levantou o trofeu mais importante da história atleticana;

Richarlyson - Tinha a saída do Atlético dada como certa no final do ano passado. Começou 2013 como reserva, mas ganhou a titularidade no decorrer da temporada. Mesmo, muitas vezes criticado pela torcida e pela imprensa, é muito importante taticamente;

Pierre - É a cara do Atlético. Sinônimo de raça. Foi dado como dispensado do Palmeiras e envolvido numa troca com Daniel Carvalho. Pierre chegou e tomou conta da posição. É o pittbull do meio-campo atleticano;

Leandro Donizete - Chegou a ser criticado quando chegou ao Atlético. Boa parte da torcida pedia por Filipe Soutto, ao invés de Donizete. Aos poucos, com muita raça, o ex jogador do Coritiba tomou conta do meio-campo atleticano. Formou, ao lado de Pierre, uma das melhores duplas de volantes do futebol brasileiro;

Ronaldinho - O melhor exemplo de superação. Saiu pela porta dos fundos do Flamengo. Problemas com a torcida e com a diretoria rubronegra. Para muitos, sua carreira estava perto do fim. Mas, como Cuca gosta de destacar, Ronaldinho fez bem ao Atlético e o Galo fez bem para o craque. É o astro da equipe, idolatrado em todos os países onde o Atlético atuou nesta Libertadores. De fato, R10, reencontrou a alegria de jogar futebol;

Bernard - Um menino que não sabia finalizar. Um pouco afobado também. Mas Bernard amadureceu, principalmente, após a chegada de Ronaldinho Gaúcho. Irrita os adversários com sua movimentação e velocidade. Chegou, inclusive, à Seleção e é um dos jogadores mais valorizados do futebol brasileiro;

Diego Tardelli - A cereja do bolo atleticano. Mas, ainda era visto como jogador problema pela mídia nacional. Comentaristas precipitados também o criticava. Mas, Tardelli está no auge das formas física e técnica. A identificação com a camisa atleticana é perfeita. É idolatrado pela torcida e, sem dúvidas, é um dos maiores jogadores da história alvinegra;

Jô - A torcida do Internacional tem dor de cabeça quando escuta o nome do atacante. "Como aquele cara baladeiro se transformou no matador atleticano?" Artilheiro da Libertadores, inclusive. É o Jô da Seleção também.  Mesmo sem a habilidade dos companheiros de frente, o atacante é importantíssimo no esquema tático de Cuca. O pivô. O matador trombador;

Outros jogadores que mostraram poder de superação:

Gilberto Silva - Para muitos, estava velho. Mas, a experiência de Gilberto Silva fez a diferença em boa parte da Libertadores. Foi titular em vários jogos da campanha por causa da contusão de Leonardo Silva e da suspensão de Réver. É um cara de grupo. Um cara que tem muita identificação com Atlético. Ídolo atleticano pela dedicação e respeito com a camisa alvinegra;

Luan - Atacante com muita raça e disposição. Era um mero desconhecido quando chegou ao Atlético. Mas, já na sua apresentação como novo jogador do Galo, já demonstrava que seria um atleta com muita identificação com o clube. Fez um gol importantíssimo no empate em 2 a 2 contra o Tijuana, no jogo de ida das quartas de final. Entrou em praticamente todas as partidas da campanha;

Guilherme - Um jogador que tinha sempre a desconfiança da torcida. Ex-cruzeirense, carrasco do próprio Galo. Não conseguia uma sequência de jogos e se machucava com frequência. Mas, depois do gol contra o Newells, nas semifinais, virou um dos heróis da conquista. Deixou a sua marca na disptuta de pênaltis contra o Olimpia. Cuca nunca quis se desfazer do jogador. Agora que ele não vai querer mesmo;


Cuca - Azarado. Sem complica nos momentos decisivos. Mas, com um título da Libertadores no currículo, qualquer desconfiança vai por água abaixo. Cuca faz suas equipes jogar bonito. Faltava um título importante. Faltava. Cuca é campeão da Libertadores com muita humildade e trabalho. É, sem dúvidas, um dos principais técnicos do futebol brasileiro. Merecedor!

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Com o Brasília mais uma vez favorito, começa a quinta edição do NBB

A equipe da capital venceu a primeira na estreia da competição


Começou neste último fim de semana a temporada 2012/2013 do Novo Basquete Brasil (NBB). Nesta edição, quatro novas equipes integram a elite do basquete nacional (Mogi das Cruzes, Palmeiras, Basquete Cearense e Suzano), que agora é composta por 18 clubes. Araraquara, equipe que participou das últimas edições do torneio não disputará a temporada.

Como nas últimas edições, o Brasília é o favorito para conquistar o título. E isso não é por que nas quatro temporadas do NBB a equipe brasiliense venceu três, mas o elenco da última conquista foi mantido e o entrosamento somado com a experiência do grupo pode ser um diferencial.

O armador Nezinho, também da seleção brasileira, afirma que a equipe este ano começou a treinar mais cedo e o preparo físico está melhor do que em outras ocasiões. E Nezinho não está errado. Na primeira partida da equipe nesta temporada, contra o Franca, fora de casa, os candangos conseguiram a primeira vitória na competição (FRA 62 x 76 BRA).


Depois do jogo, que foi realizado no último sábado (24), o armador do Brasília, Alex Garcia, também da seleção brasileira, destacou a qualidade da jovem equipe paulista e também a disposição do elenco comandado pelo experiente treinador Lula Ferreira.

Na temporada passada, o Franca chegou as quartas de final da competição nacional, mas foi eliminado pelo São José, que foi o vice-campeão. Mesmo com a derrota no último sábado, os francanos não se abateram e venceram a primeira partida nesta competição.

Fazendo o segundo jogo no ginásio do “Pedrocão”, na noite desta segunda-feira (26), em Franca, os paulistanos receberam o Basquete Cearense e venceram por 90 a 68, se reabilitando na competição. Já a equipe nordestina chegou à segunda derrota na sua primeira participação no NBB.

A equipe cearense, comandada por Alberto Bial, foi derrotada em Uberlândia pelos anfitriões, por 84 a 71. Os estreantes apostam na experiência do ala Rogério Klafke, de 41 anos, e na juventude do armador Davi e do ala Jimmy, que atuavam no Pinheiros e no São José, respectivamente.

Já a equipe do triângulo mineiro tem o Brasília no seu segundo jogo da competição. Depois da vitória na estreia contra o Basquete Cearense, a proposta é aproveitar o tempo entre as duas partidas e se preparar, já que o confronto contra os atuais campeões, que acontecerá em Uberlândia, está marcado só para o dia 10 de dezembro.

Além do jogo entre os paulistas e os cearenses, mais três partidas movimentaram a segunda rodada do Novo Basquete Brasil, nesta segunda-feira. Em São Paulo o Paulistano recebeu o Joinville e venceu os visitantes por 95 a 71. Essa foi a segunda vitória da equipe paulista que na primeira rodada havia derrotado o Limeira por 86 a 82.

No Espirito Santo o Vila Velha chegou a sua primeira vitória na competição vencendo o Tijuca, por 58 a 56. Na primeira rodada a equipe capixaba foi derrotada em casa pelo Flamengo, um dos favoritos ao título, por 61 a 82.


Flamengo busca recuperar o topo do ranking nacional

A equipe carioca foi a primeira a conquistar o título do Novo Basquete Brasil, mas depois disso viu o Brasília vencer as outras três edições da competição. Pensando em chegar mais uma vez na ponta da elite nacional, o Flamengo aposta mais uma vez na categoria do armador Marcelinho e nos contratados Marquinhos (Ala), Shilton (Pivô), Olivinha (Ala-pivô), Kojo e Vitor Benite (Armadores).

A liderança do basquete flamenguista também foi trocada nesta temporada. O argentino Gonzalo Garcia foi substituído por José Alves Neto, que levou o Joinville as quartas de final no último NBB.

Os cariocas vêm de vitória sobre o Vila Velha, no Espirito Santo (VIV 61 x 82 FLA), que aconteceu no último sábado. Mas o novo treinador já tem problemas. O armador Marcelinho torceu o joelho direito durante a partida. Ainda não se sabe a gravidade da lesão, mas o atleta já desfalca o rubro-negro no compromisso de hoje à noite pela Liga Sul-Americana de Basquete, contra o Brasília, na Capital Federal.

terça-feira, 10 de julho de 2012

Euforia alvinegra

Thiago Ricci (@thiricci)

Antes de qualquer coisa, queria reforçar o óbvio: o Atlético faz um campanha exemplar e, se mantiver o elenco e o apoio da torcida, tem tudo para terminar o ano na melhor posição da era dos pontos corridos (7º até agora), o que seria magnífico para o futebol mineiro.

Dito isso, vi numa rede social uma daquelas imagens que viraram moda dizendo só tinha começado bem a campanha porque só pegara time fraco. Agora, com confrontos contra São Paulo, Inter e Grêmio, a gozação sugeria que a equipe de Celso Roth finalmente iria ser testada e, consequentemente, fracassar. Obviamente, o autor da brincadeira era atleticano.

Tirando o caráter sempre saudável da gozação, a imagem é verdadeira?

Cruzeiro 0 x 0 Atlético-GO
Náutico 0 x 0 Cruzeiro
Botafogo 2 x 3 Cruzeiro
Cruzeiro 1 x 0 Sport
Cruzeiro 1 x 0 Figueirense
Vasco 1 x 3 Cruzeiro
Cruzeiro 2 x 3 São Paulo
Inter 2 x 1 Cruzeiro

Em oito jogos, o time celeste enfrentou quatro times considerados de segundo escalão. Empatou dois e venceu dois. Deixou de fazer o dever de casa apenas contra o Atlético-GO, já que o Náutico, no Aflitos, não é tão fácil de vencer.

Contra os grandes, a Raposa ganhou duas e perdeu duas. Vacilou contra o São Paulo, dentro de casa, mas a derrota para o Inter, no Beira-Rio, não pode ser condenada. Já as vitórias contra Vasco e Botafogo, ambos em ótima fase na ocasião, têm que ser exaltadas. Numa matemática irresponsável, o Cruzeiro teve dois vacilos, mas obteve dois triunfos inesperados.

E como está o próprio umbigo do autor da brincadeira?

Ponte Preta 0 x 1 Atlético
Atlético 1 x 0 Corinthians
Atlético 1 x 1 Bahia
Palmeiras 0 x 1 Atlético
São Paulo 1 x 0 Atlético
Atlético 5 x 1 Náutico
Grêmio 0 x 1 Atlético
Atlético 2 x 0 Portuguesa

A conta de adversários de segundo escalão é a mesma do adversário: quatro. O Galo fez o dever de casa conta três, mas escorregou contra o Bahia - perdeu dois pontos preciosos.

Contra os grandes, o Atlético ganhou três e perdeu apenas uma. Mas três jogos foram contra times sem 100% do "foco": Corinthians estava com a cabeça na Libertadores, Palmeiras e São Paulo estavam na semifinal da Copa do Brasil. Já a vitória contra o Grêmio no Olímpico deve ser exaltada. Única observação são os quatro gols que o time gaúcho levou para o Santos, na rodada seguinte. A goleada pode evidenciar uma equipe frágil na primeira fase do Brasileirão.

Na conta final, um vacilo e meio (poderia ter aproveitado melhor o confronto com um São Paulo com cabeça na semi da Copa do Brasil) e um triunfo inesperado (que pode perder o status se o Grêmio for um saco de pancadas no início deste campeonato).

Conclusão: as duas equipes fazem um início de Brasileirão quase irretocável. A perspectiva do Galo é mais otimista por causa da excepcional fase, dentro e fora de campo, do time. Mas a mesma euforia que empurra pode ser a que ilude e atrapalha (vide 2009). Do outro lado, Celso Roth está formando uma equipe sólida e a diretoria fez contratações interessantes. O elenco é, sem dúvidas, mais modesto, mas as expectativas também.

Como diria o outro, vamos aguardar.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Onde estão os pentacampeões?

Luciano Dias (@jornlucianodias)



O que andam fazendo os pentacampeões de 2002?

Se aposentaram? Continuam atuando em grandes clubes? Ainda vestem a camisa da seleção? Foram esquecidos? Todas estas perguntas ajudam a formular a resposta.

Muitos já devem ter esquecido os jogadores que deram ao Brasil o quinto título Mundial. Dez anos se passaram. Era a famosa "famíla Scolari".

Dos 23 convocados, 13 já se aposentaram. Todos já passaram a casa dos 30 anos e nenhum foi lembrado por Mano Menezes nas últimas convocações da Seleção.

Abaixo, um comparativo dos pentacampeões. Como eles estavam em 2002 e como estão hoje. Confira:

1 - Marcos, 38 anos (aposentado): O goleiro vivia grande fase em 2002. Era uma das referências do Palmeiras e o homem de confiança de Felipão com quem havia trabalhado um ano antes. Depois de seguidas contusões nos últimos anos, o jogador se aposentou em 2012 e, atualmente, é embaixador do Palmeiras;

2 - Cafu, 41 anos (aposentado): O capitão do penta era um dos destaques da Roma em 2002. Se despediu dos gramados (mesmo não oficialmente) em 2008 com a camisa do Milan. Atualmente, Cafu se divide entre a carreira de empresário e seu projeto social na Fundação Cafu.

3 - Lúcio, 33 anos (Inter de Milão): Em 2002, quando atuava pelo Bayer Leverkusen (ALE), era um dos jogadores mais criticados do elenco da seleção. Os anos se passaram e Lúcio se transformou em um dos melhores zagueiros do mundo. Atualmente, está na Inter de MIlão;

4 - Roque Júnior, 35 anos (aposentado): O zagueiro, que também atuava como volante, vestia a camisa do Milan em 2002. Abandonou o futebol em 2010, depois de uma discreta passagem pelo Ituano. Atualmente, ele é gestor do clube Primeira Camisa, licenciado da disputa da Segunda Divisão do Campeonato Paulista;

5 - Edmilson, 35 anos (aposentado): O ex-zagueiro, que também fazia as vezes de volante, atuava pelo Lyon (FRA) em 2002. No início deste ano, abandonou a carreira no Ceará, depois de brigar com as seguidas contusões. Atualmente, cuida da Fundação Edmilson, voltada para crianças e adolescentes;

6 - Roberto Carlos, 39 anos (Anzhi-RUS): Em 2002, o lateral vivia grande fase no Real Madrid. Era considerado um dos melhores jogadores do mundo. Atualmente, é jogador e auxiliar técnico do Anzhi. Recuperando de uma lesão muscular, o anúncio da aposentadoria está próximo;

7 - Ricardinho, 35 anos (aposentado): Em 2002, Ricardinho, um dos destaques do Corinthians, foi chamado de última hora para a Copa, após o corte do volante Emerson. Hoje, o ex-armador se arrisca na carreira de técnico. Ele tenta reerguer o Paraná Clube, time onde começou no futebol;

8 - Gilberto Silva, 35 anos (Grêmio): Uma das surpresas em 2002, Gilberto Silva está jogando como zagueiro no Grêmio. Há 10 anos, se destacava com a camisa do Atlético-MG;

9 - Ronaldo, 35 anos (aposentado): O artilheiro da Copa do Mundo de 2002, vivia período de transição na carreira: deixava a Inter de Milão e se transferia para o Real Madrid. O Fenômeno se aposentou em 2011 depois de enfrentar seguidas lesões e o hipotireoidismo, um disturbio metabólico que desacelera o metabolismo e dificulta a perda de peso. Atualmente, se arrisca no ramo empresarial, gerenciando carreiras de esportistas ;

10 - Rivaldo, 40 anos (Kabuscorp-ANG): Um dos melhores jogadores do mundo em 2002, Rivaldo não conseguiu encontrar o grande futebol após aquela Copa. Atualmente, o jogador vive os últimos momentos da carreira  no futebol angolano;

11 - Ronaldinho Gaúcho, 32 anos (Atlético-MG): Foi um dos destaques da Copa de 2002. Na época, atuava pelo PSG-FRA. Após a Copa, brilhou no Barcelona e foi o melhor do Mundo em duas oportunidades. Atualmente, é a principal aposta do Atlético-MG para conquistar o Brasileirão;

12 - Dida, 38 anos (Portuguesa): Então goleiro do Milan, perdeu a posição para Marcos meses antes da Copa de 2002. Teve a sua chance no Mundial seguinte, em 2006. Decepcionou. Depois de ficar dois anos sem jogar, foi anunciado em maio pela Portuguesa para a disputa do Brasileirão;

13 - Belleti, 35anos (aposentado): Em 2002, era um dos destaques da equipe do São Paulo. Encerrou a carreira em junho do ano passado quando estava no Ceará. Por causa das contusões, não conseguiu fazer nenhuma partida pelo time cearense. Atulmente, faz estágio para virar treinador;

14 - Anderson Polga, 33 anos (Sporting Lisboa-POR): Uma das surpresas da Copa de 2002, quando vivia grande fase com a camisa do Grêmio. Depois do mundial, foi para o Sporting Lisboa, onde teve grandes atuações. Mas, hoje vive altos e baixos com a camisa do time português;

15 - Kleberson, 33 anos (sem clube): Campeão brasileiro pelo Atlético Paranaense, Kleberson foi a melhor surpresa da Copa de 2002. Foi um dos últimos convocados, mas terminou o Mundial como titular absoluto. Depois de passagens frustradas pela Europa, o volante reencontrou o bom futebol no Flamengo, em 2009. Mas, após virar moeda de troca do rubronegro e ser pouco aproveitado, rescindiu o contrato com o time carioca e foi contratado pelo Bahia.

16 - Júnior, 38 anos (aposentado): Outro pupilo de Felipão. Na época da Copa de 2002, não estava na melhor fase no Parma, da Itália. Mas, as belas atuações no Palmeiras, no final da década de 90, foram suficientes para credenciar o jogador para o Mundial daquele ano. Hoje, o ex-jogador virou empresário. É um dos donos de um restaurante francês em Belo Horizonte;

17 - Denilson, 34 anos (aposentado): Com uma habilidade invejável, era o 12º jogador da Copa de 2002. De lá pra cá, seu futebol caiu assustadoramente. Se aposentou em 2010, vestindo a camisa do Kavala-GRE. Atualmente, é comentarista esportivo;

18 - Vampeta, 38 anos (aposentado): Irreverente e em grande fase, Vampeta foi muito importante na disputa das Eliminatórias para o Mundial de 2002. Depois do penta, apareceu, principalmente, em declarações polêmicas e na cambalhota na rampa do Palácio do Planalto. Encerrou a carreira em 2008, vestindo a camisa do Juventus, de São Paulo. Atualmente, Vampeta se arrisca como treinador do Grêmio Osasco;

19 - Juninho Paulista, 39 anos (aposentado): Rápido e habilidoso, Juninho tinha tudo para ser uma peça fundamental no esquema de Felipão na Copa de 2002. Mas não se adequou e perdeu a posição para Kléberson. Após o penta, Juninho rodou pelo mundo e atuou, inclusive, no futebol australiano. Atualmente, é presidente do Ituano;

20 - Edilson, 41 anos (aposentado): Fundamental nas Eliminatórias, o "capetinha" entrou em quase todas as partidas no Mundial de 2002. A aposentadoria aconteceu em 2010 com a camisa do Bahia. Hoje, ele é repórter em Salvador;

21 - Luizão, 36 anos (aposentado): Em 2002, Luizão só não foi titular porque Ronaldo se recuperou das contusões. Com todo respeito, ainda bem. Mesmo não parando em nenhum clube, trata-se de um atacante com vários títulos no currículo. O último clube foi o Rio Branco de Americana, em 2009. Atualmente, Luizão é empresário de jogadores;

22 - Rogério Ceni, 39 anos (São Paulo): Mesmo sem a mesma elasticidade de 2002, Ceni ainda defende as cores do Tricolor Paulista. No momento, está machucado e não será surpresa se, em breve, Ceni se transformar em cartola são-paulino;

23 - Kaká, 30 anos (Real Madrid-ESP): O mais novo da Família Scolari. Kaká foi para o Mundial de 2002 para apenas respirar o clima de Copa do Mundo. Sábia percepção de Felipão. Depois da Copa, foi rei com a camisa do Milan. Atualmente, veste a camisa do Real Madrid, mas não vive grande momento. Pode sair do do time espanhol a qualquer momento;

- Luis Felipe Scolari, 63 anos (Palmeiras): Super valorizado após a Copa de 2002, Felipão recebeu propostas de grandes clubes e de várias seleções. Preferiu Portugal. Utilzando a mesma fórmula dos tempos de seleção brasileira - a união -, fez um belo trabalho por lá. Hoje, luta para colocar o Palmeiras nos trilhos.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Não vingaram!


 Luciano Dias (@jornlucianodias)
Apostar em jogadores que ainda buscam um lugar ao sol. Este foi o perfil adotado pela diretoria do Cruzeiro na hora das contratações para este ano. Mas a maioria dos atletas recém-chegados deixou a desejar. Apenas o volante Marcelo Oliveira, contratado junto ao Atlético-PR, permaneceu como titular nos cinco primeiros meses do ano.
A situação mais estranha é a do colombiano Diego Arias. Ele chegou com status de ídolo, mas participou apenas do amistoso contra o América no começo da temporada. O atacante Walter, emprestado pelo Porto-POR até o final do ano, chegou como solução para o ataque, mas não conseguiu ganhar a titularidade no time.
A contratação do lateral-direito Jackson foi a mais curiosa. Ele veio do Dallas-EUA, mas foi dispensado sem fazer um jogo oficial. Os últimos contratados foram o meia Souza, pouco aproveitado no Fluminense, e o zagueiro Alex Silva, que estava afastado no Flamengo.
Os resultados das contratações que não deram certo foram vistos dentro de campo. O Cruzeiro fracassou nas duas competições do primeiro semestre: Campeonato Mineiro e Copa do Brasil. O presidente, Gilvan de Pinho Tavares, garantiu, após a demissão do técnico Vágner Mancini, no último dia 9, que vai trazer reforços para a disputa do Campeonato Brasileiro.

LISTA DE CONTRATADOS:
Jogador / posição / Clube anterior / Jogos pelo Cruzeiro
Mateus / zagueiro / Portuguesa / 1 (amistoso)
Thiago Carvalho / zagueiro / Boa Esporte / 5
Alex Silva / zagueiro / Flamengo / 2
Jackson / lateral-direito / Dallas-EUA / 1 (amistoso)
Gilson / lateral-esquerdo / América-MG / 6
Diego Arias / volante / Paok-GRE / 1(amistoso)
Rudnei / volante / Ceará / 7
Amaral / volante / América-MG / 9
Marcelo Oliveira / volante / Atlético-PR / 17
Charles / volante / Lokomitve Moscow-RUS / *não jogou
Souza / armador / Fluminense / 2
Walter / atacante / Porto-POR / 11
Fábio Lopes / atacante / Cerezo Osaka-JAP / 2
*Revelado pelo Cruzeiro, ainda não jogou este ano, no retorno ao clube. Se recupera de contusão.
** Marcos : o lateral-direito voltou de empréstimo do Bahia.  

terça-feira, 1 de maio de 2012

Independência atleticana

Luciano Dias (@jornlucianodias)

Após um e ano e dez meses de ‘estadia’ em Sete Lagoas, o Galo se despediu do campo neste sábado com a vitória sobre o Tupi, por 1 a 0, pela semifinal do Campeonato Mineiro. Agora, os atleticanos tem um grande motivo para comemorar nesta quinta-feira: a inauguração do novo Independência.

Não vai ser mais preciso colocar o pé na estrada para jogar em casa. Não foi fácil este período longe de BH. O Galo fez 50 jogos em Sete Lagoas, o que equivale, mais ou menos, a 5 mil quilômetros de estrada. Dava pra ir e voltar a Fortaleza ou à Argentina.

Os números na Arena do Jacaré são até positivos: 50 jogos, 30 vitórias, 10 empates e 10 derrotas. O Galo marcou 100 gols e sofreu 54. Mas faltou um detalhe importante: título. O Atlético chegou perto no Campeonato Mineiro do ano passado ao ficar com o vice-campeonato. Mas decepcionou nas outras competições, sendo eliminado precocemente na Sul-Americana, na Copa do Brasil e brigando para não cair no Campeonato Brasileiro. 

Confira os números em Sete Lagoas: 
- 2010: 13 jogos - 7 V - 5 D - 1 E - 22 Gols feitos - 16 Gols Sofridos
- 2011: 30 jogos - 17 Vi - 5 D - 8 E - 62 Gols feitos - 33 Gols Sofridos 
- 2012: 7 jogos - 6 V -1 E - 16 Gols Feitos - 5 Gols Sofridos 

Veja a matéria que fiz para o Golasô, da Band, sobre o fim das viagens do Galo para jogar em casa: 

sábado, 28 de abril de 2012

Laterais problemáticas no Cruzeiro

Luciano Dias (@jornlucianodias )

"Comer pelas beiradas". Isso é coisa de mineiro.

Mas no Cruzeiro está difícil "comer pelas beiradas". Afinal, o time não consegue encontrar laterais que agradem os torcedores. Só este ano, Marcos e Diego Renan foram testados na direita.

Na esquerda, o mesmo Diego Renan começou o ano como titular. Foi vaiado no início da temporada e, quando parecia encontrar o bom futebol, se machucou. Agora, é a vez de Everton, meia de origem, ser testado. Não está comprometendo, mas não é da posição.

O último lateral-direito que se destacou no Cruzeiro foi Jonathan, que deixou o clube em 2010. De lá pra cá, o time celeste testou Pablo, Vitor, Gil Bahia e improvisou Marquinhos Paraná em algumas partidas. Este ano, Marcos retornou ao clube, mas não conseguiu engrenar.  A diretoria também trouxe Jackson para a posição. Ele veio do FC Dallas, dos Estados Unidos, mas não jogou nenhuma partida. Foi embora sem deixar saudades.

Na esquerda, Diego Renan foi o dono da posição nos últimos anos. Viveu altos e baixos. Gilson foi contratado para resolver o problema, mas não conseguiu se manter como titular. O último nome que se destacou com a camisa 6 foi Leandro Silva, em 2003, ano da Tríplice Cora. Lá se vão quase nove anos. De lá pra cá, passaram nomes como Fábio Santos, Jadílson, Júlio César, Gerson Magrão e por aí vai. Nem mesmo Sorín, na sua volta ao clube, conseguiu resolver o problema na lateral.
Confira a matéria do Golasô, da Band Minas, sobre o drama nas laterais do Cruzeiro.