A Alemanha já foi dividida em dois estados (Oriental e Ocidental) após a Segunda Guerra Mundial, em 1949. Mas, o país foi reunificado em 1990, culminando com a queda do Muro de Berlim, que dividia a nação.
Por incrível que pareça, a queda da famosa barreira foi importante para a abertura cultural do país. Hoje, podemos dizer que existe uma Alemanha cada vez mais global. O exemplo claro é visto na seleção que está nas semifinais do Mundial da África do Sul.
Dos 23 jogadores convocados pelo técnico Joachim Löw para a Copa, 11 têm origens fora da Alemanha. Praticamente um time titular. Fato inimaginável há algumas décadas. Trata-se, de fato, de uma seleção multicultural. Veja a lista de atletas:
Jogadores que nasceram em outros países:
- Marko Marin (meio-campo) - Bósnia
- Piotr Trochowski (meio-campo) - Polônia
- Lukas Podolski (atacante) - Polônia
- Miroslav Klose (atacante) - Polônia
- Cacau - (atacante) - Brasil
Jogadores que nasceram na Alemanha, mas com descendência de outros países:
- SerdarTasci (zagueiro) - Turquia
- Mesut Ozil (meio-campo) - Turquia
- Sami Khedira (meio-campo) - Tunísia
- Jérôme Boateng (lateral) - Gana
- Dennis Aogo (lateral) - Nigéria
- Mário Gomez (atacante) - Espanha
O caso do lateral Jérôme Boateng é o mais curioso. Ele é filho de pai ganês e mãe alemã. Jérome optou em defender a Alemanha. Já seu irmão Kevin-Prince escolheu Gana. Ironicamente, ambos os países se enfrentaram na primeira fase desta Copa. Vitória alemã por 1 a 0. Jérome e Kevin-Prince Boateng se transformaram nos primeiros irmãos a se enfrentarem em um Mundial.
De fato, nos últimos anos, a Alemanha tem se notabilizado pela convocação de jogadores de outra nacionalidade, como Gerald Asamoah (atacante nascido em Gana que disputou as Copas de 2002 e 2006), Kevin Kurányi (nascido no Brasil, de pai húngaro-alemão e mãe panamenha) e Paulo Rink (brasileiro revelado pelo Atlético Paranaense que jogou amistosos pela Alemanha entre 1998 e 2000).
A mistura étnica é considerada uma das receitas para o bom desempenho alemão no Mundial da África. Em cinco jogos, a seleção aplicou três goleadas, sendo duas em equipes tradicionais, como Inglaterra e Argentina. Podemos dizer que o caldeirão multicultural misturou força física e habilidade dos estrangeiros com a frieza e determinação tática dos alemães.
Preocupação
A Copa da África do Sul apresenta um recorde. O número de jogadores representando um país onde não nasceu é o maior em todos os Mundiais. Das 32 seleções que disputam o torneio, 26 contam com jogadores naturalizados. Ao todo, são 76 atletas defendendo a camisa de um país onde não nasceram.
Apenas África do Sul, Brasil, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Honduras, Inglaterra e Uruguai não contam com naturalizados no elenco. A comparação com os dois Mundiais anteriores assusta. Em 2002, eram apenas 43 naturalizados. Na Alemanha, em 2006, o número subiu para 64 jogadores, 12 a menos do que na Copa deste ano.
Os países que mais cedem jogadores para outros são França (23) e Brasil (6). O caso mais curioso ocorre na seleção da Argélia, em que 17 dos 23 atletas convocados para o Mundial nasceram na França. A maioria só se tornou argelino depois que a equipe garantiu a vaga na Copa, o que comprova que a naturalização foi motivada apenas pela vontade de disputar a competição.
O número de naturalizados, que cresce em escala exponencial, vem preocupando a FIFA que já está discutindo a questão.
Tratamento individualizado
A FIFA tem que se atentar, e muito, ao crescimento de atletas naturalizados. Mas os casos devem ser tratados de maneira individualizada.
Por exemplo: o volante dos EUA Benny Feilhaber nasceu no Brasil, mas foi para o país norte-americano com seis anos de idade. No meu ponto de vista, não há problema nenhum em sua naturalização.
Ao contrário do atacante de Portugal Liedson. Ele nasceu em terras canarinhas e jogou boa parte de sua carreira por aqui. Atuou em grandes clubes brasileiros, como Coritiba, Corinthians e Flamengo. Liedson se naturalizou português com quase 30 anos de idade. A Federação Portuguesa de Futebol teria aproveitado uma ausência legislativa para naturalizá-lo.
- Piotr Trochowski (meio-campo) - Polônia
- Lukas Podolski (atacante) - Polônia
- Miroslav Klose (atacante) - Polônia
- Cacau - (atacante) - Brasil
Jogadores que nasceram na Alemanha, mas com descendência de outros países:
- SerdarTasci (zagueiro) - Turquia
- Mesut Ozil (meio-campo) - Turquia
- Sami Khedira (meio-campo) - Tunísia
- Jérôme Boateng (lateral) - Gana
- Dennis Aogo (lateral) - Nigéria
- Mário Gomez (atacante) - Espanha
O caso do lateral Jérôme Boateng é o mais curioso. Ele é filho de pai ganês e mãe alemã. Jérome optou em defender a Alemanha. Já seu irmão Kevin-Prince escolheu Gana. Ironicamente, ambos os países se enfrentaram na primeira fase desta Copa. Vitória alemã por 1 a 0. Jérome e Kevin-Prince Boateng se transformaram nos primeiros irmãos a se enfrentarem em um Mundial.
De fato, nos últimos anos, a Alemanha tem se notabilizado pela convocação de jogadores de outra nacionalidade, como Gerald Asamoah (atacante nascido em Gana que disputou as Copas de 2002 e 2006), Kevin Kurányi (nascido no Brasil, de pai húngaro-alemão e mãe panamenha) e Paulo Rink (brasileiro revelado pelo Atlético Paranaense que jogou amistosos pela Alemanha entre 1998 e 2000).
A mistura étnica é considerada uma das receitas para o bom desempenho alemão no Mundial da África. Em cinco jogos, a seleção aplicou três goleadas, sendo duas em equipes tradicionais, como Inglaterra e Argentina. Podemos dizer que o caldeirão multicultural misturou força física e habilidade dos estrangeiros com a frieza e determinação tática dos alemães.
Preocupação
A Copa da África do Sul apresenta um recorde. O número de jogadores representando um país onde não nasceu é o maior em todos os Mundiais. Das 32 seleções que disputam o torneio, 26 contam com jogadores naturalizados. Ao todo, são 76 atletas defendendo a camisa de um país onde não nasceram.
Apenas África do Sul, Brasil, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Honduras, Inglaterra e Uruguai não contam com naturalizados no elenco. A comparação com os dois Mundiais anteriores assusta. Em 2002, eram apenas 43 naturalizados. Na Alemanha, em 2006, o número subiu para 64 jogadores, 12 a menos do que na Copa deste ano.
Os países que mais cedem jogadores para outros são França (23) e Brasil (6). O caso mais curioso ocorre na seleção da Argélia, em que 17 dos 23 atletas convocados para o Mundial nasceram na França. A maioria só se tornou argelino depois que a equipe garantiu a vaga na Copa, o que comprova que a naturalização foi motivada apenas pela vontade de disputar a competição.
O número de naturalizados, que cresce em escala exponencial, vem preocupando a FIFA que já está discutindo a questão.
Tratamento individualizado
A FIFA tem que se atentar, e muito, ao crescimento de atletas naturalizados. Mas os casos devem ser tratados de maneira individualizada.
Por exemplo: o volante dos EUA Benny Feilhaber nasceu no Brasil, mas foi para o país norte-americano com seis anos de idade. No meu ponto de vista, não há problema nenhum em sua naturalização.
Ao contrário do atacante de Portugal Liedson. Ele nasceu em terras canarinhas e jogou boa parte de sua carreira por aqui. Atuou em grandes clubes brasileiros, como Coritiba, Corinthians e Flamengo. Liedson se naturalizou português com quase 30 anos de idade. A Federação Portuguesa de Futebol teria aproveitado uma ausência legislativa para naturalizá-lo.
É este tipo de ação que deve ser proíbida pela FIFA.
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