domingo, 9 de março de 2008

Clássico das gerais termina sem gols

Uma partida com baixo nível técnico. Assim se resume o clássico entre Atlético e Cruzeiro, disputado neste domingo, no Mineirão. O melhor do duelo ficou por conta dos mais de 54 mil torcedores, que promoveram uma grande festa. O resultado pouco modifica as situações das duas equipes no campeonato. O time celeste, mesmo perdendo os 100% de aproveitamento no estadual, continua na primeira posição, com 16 pontos. Já o Galo permanece no terceiro posto, com 13.

O Atlético teve mais posse de bola na etapa inicial, mas não era um domínio que fizesse com que o time alvinegro abrisse o marcador. Já o Cruzeiro não conseguia passar pelo sistema defensivo imposto pelo técnico Geninho (4-4-2 e não 3-5-2 como o comandante havia treinado). O técnico atleticano foi inteligente ao colocar o veloz Danilinho na ponta direita, evitando as investidas de Jadílson e até mesmo prejudicando Ramires, que não pôde sair para o jogo como de costume. Entretanto, a primeira chance foi da equipe estrelada, logo aos sete minutos. Wagner invadiu a área pela esquerda, e bateu cruzado, rente à trave.

Aos poucos o Galo foi tomando conta do jogo, criando algumas chances de tirar o zero do placar. Para complicar a situação do Cruzeiro, duas baixas, de ordem médica modificaram as pretensões de Adílson Batista. A primeira aconteceu aos 20 minutos, quando Guilherme teve que deixar o jogo machucado para dar vaga a Marcinho. Depois, aos 33, foi a vez de Charles, que era dúvida para o embate, se contundir, dando lugar a Sandro. Mesmo assim, o Atlético não conseguiu transformar o domínio em gol.

O Cruzeiro retornou para o segundo tempo com outra postura. O time estrelado passou a pressionar a saída de bola rival. Além disso, o técnico cruzeirense liberou Ramires para o jogo. Através do volante, a Raposa criou boas chances, mas falhava na hora de finalizar. Aos 18 minutos, Adilson Batista queimou a última substituição, promovendo a estréia de Elicarlos no lugar de Jonathan, deslocando Marquinhos Paraná para a lateral direita. Para retomar as rédeas da partida, Geninho também alterou o Atlético. Primeiro ele substituiu Sidnei por Gérson, e depois o apático Marinho por Marcelo Nicácio.

As mudanças impostas pelo treinador atleticano surtiram efeito. Além disso, nos 20 minutos finais, Thiago Heleno, Sandro, Marcelo Moreno e Jadilson sentiram dores musculares e como não podiam ser substituídos (o cruzeiro já havia feito três alterações) se arrastaram em campo. Desta forma, o Atlético perdeu a oportunidade de sair de campo vitorioso, uma vez que a sina de perder gols continua atrapalhando o time alvinegro. Marcelo Nicácio, Coelho, de falta, e Danilinho poderiam sair do confronto como heróis, mas pecaram nas finalizações.

Mas a verdade é que o empate sem gols foi o placar justo, demonstrando a falta de inspiração das duas equipes. O próximo compromisso do Galo pelo estadual será no próximo domingo, fora de casa contra o Ipatinga. Já o Cruzeiro joga antes, na quinta feira, contra o Rio Branco, no Mineirão.

Outros resultados da rodada

A sétima rodada do Campeonato Mineiro começou no sábado, com o triunfo do Ituiutaba, que jogando em casa venceu o irregular Ipatinga por 2 a 1. Além do clássico das gerais, o domingo do Campeonato Mineiro teve a vitória do Rio Branco, que jogando fora de seus domínios derrotou o Democrata-SL por 3 a 1. Em Uberaba, os donos da casa, lanterna da competição, empataram por 2 a 2 contra o vice-lider Tupi. Para finalizar, o Villa Nova, em ascensão, derrotou o Democrata-GV pelo placar mínimo, em Nova Lima.

Imagem: Washington Alves/ divulgação


Luciano Dias

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